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05/02/2019

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.913

     Redução da dose da vacina contra aftosa valerá a partir de maio

A vacina contra a febre aftosa vai ter sua dose reduzida de 5 ml para 2 ml na primeira etapa de vacinação de bovinos e bubalinos, que será realizada a partir de maio, na maioria dos estados brasileiros. Diego Viali dos Santos, chefe da Divisão de Febre Aftosa e outras Doenças Vesiculares (Difa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lembra que, nessa primeira etapa de vacinação do ano, a grande maioria do País vai imunizar todo o rebanho, conforme calendário de vacinação disponível no site do Mapa. No Rio Grande do Sul, a vacinação acontecerá no mês de maio. Apenas no Acre, no Espírito Santo e no Paraná a dose será aplicada apenas em animais jovens (de até 24 meses de idade). O estado do Amapá, devidos a suas condições peculiares, realiza a vacinação anualmente somente no segundo semestre. A mudança da dose está prevista no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), que deverá culminar com a retirada total da vacinação no País prevista até 2021. A expectativa é de que, com a redução da dosagem, ocorram menos reações nos animais. Além disso, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração. O ministério preparou um manual para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa, atualizando a publicação de 2005. A versão digital, contendo orientações aos Serviços Veterinários Estaduais e aos distribuidores, deve ser disponibilizada nesta semana. 

Cuidado com as vacinas:
• Compre as vacinas somente em lojas registradas. 
• Veriique se estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C.
• Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre. • Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos. 
• Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação. 
• Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 2 ml. 
• O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma. 
• Lembre de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oicial do seu estado juntamente com a nota iscal de compra das vacinas. FONTE: MAPA. (Jornal do Comércio)
 
 

Produção brasileira de leite representa cerca de 7% de todo o leite do mundo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou um estudo sobre Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos períodos de 2014 a 2017. Os resultados apontaram o Brasil como o principal responsável por 7% de todo o leite do mundo.

Segundo a Conab, o Brasil teve um crescimento em média de 7% da produção do leite em nível mundial, o que levou o país a ocupar a quinta posição em relação a volume.

A pesquisa também apontou os quatro maiores produtores durante o período, sendo a União Europeia, com 30,47%, Estados Unidos, 19,6%, Índia, 12,8% e a China, com 7,21%, que, somando com a produção de leite brasileira, totalizam 76%. A Rússia teve um avanço de 6,5%. A China e a Índia são os países com maior índice populacional, e responderam por 20% da produtividade da bebida.

Durante o período de estudo, houve um aumento de 13,27% na produção mundial, apresentando uma média de 1,5% de crescimento. Os resultados mostram que, em relação aos países maiores, a Índia saiu na frente com 45,8%, avanço de 5,01% anual. Atrás dela, vem a Nova Zelândia, com 36,23%, avançando para 4,3% no período de 12 meses. Já a produção brasileira deslanchou em 21,89%, e ao ano aproximadamente 2,43%.

Estudo aponta lentidão no avanço da produção de leite no Brasil
Diante do levantamento realizado pela Conab, a produtividade do leite no país caminha lentamente. A instituição mostra que, no ano de 2014, houve um avanço de 35 bilhões de litros de leite. No entanto, percebe-se que Minas Gerais registra uma média de 27% do total da bebida no Brasil.

Enquanto isso, Rio Grande do Sul e Paraná evoluíram semelhantemente em termos de produção. É notório a redução na produtividade de Goiás e um avanço em Santa Catarina. Ambos apresentam uma média anual superior a um bilhão de litros de leite.

Segundo a entidade, o rebanho leiteiro de vacas ordenhadas no País teve o seu ponto máximo no ano de 2011, com 23,2 milhões de gados. O rebanho foi reduzido nos dois anos seguintes. No ano de 2014, teve um crescimento que chegou pouco mais de 23 milhões de cabeças.

De acordo, ainda, com o estudo da Conab, o volume de vacas ordenhadas tem reduzido, chegando ao ponto mínimo no ano de 2016, levando em consideração a série analisada, com 19,7 milhões de gados.

Como o ERP pode ser útil na indústria de laticínios
As indústrias de laticínios geram bilhões de litros de leite todos os anos. Para enfrentar a concorrência em um mercado tão competitivo, muitos produtores estão investindo cada vez mais em sistemas de gestão com o objetivo de melhorar os processos das atividades dos diversos setores de sua indústria e, principalmente, aumentar a produtividade e alcançar melhores resultados.

O ERP é um sistema de gestão que facilita ao gestor acompanhar todos os processos de produção de sua indústria de laticínios, e ainda faz a integração de todos os setores, de modo a melhorar a gestão produtiva e, dessa forma, aumentar a produtividade do leite com mais agilidade e eficácia.
Com a implantação do ERP, o gestor consegue visualizar possíveis falhas na produção, permitindo a ele criar estratégias para corrigi-las.

A Magistech é uma empresa que atua na implantação de sistema de gestão para empresas de pequeno, médio e grande porte. A empresa conta com diversas soluções tecnológicas altamente eficientes, como o sistema para laticínio voltado a indústrias. (Terra)

Recuperação/AR 

Depois de vários anos em que a interminável crise do setor lácteo só foi aprofundando, nos últimos meses começaram a surgir uma série de sinais que indicariam uma leve recuperação nas principais bacias leiteiras.

O boletim do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) mostra que em dezembro passado a fazenda média do país começou a registra índices de rentabilidade depois de dez meses consecutivos de perdas. Isto porque no mês passado o preço pago ao produtor aumento para 9,31 pesos por litro, uma cifra 4% superior à registrada em novembro (8,90 por litro) e 63% superior à vigente em dezembro de 2017.

Ou seja, em 2018 – depois de muitos anos de constantes perdas – os produtores de leite representaram um dos poucos itens da economia que conseguiram ganhar da inflação geral, 47,6%, medida pelo INDEC.

A taxa de rentabilidade média de fazenda foi de 0,3%, enquanto que as unidades produtivas grandes conseguiram ganhos de 1,5%, segundo o documento do OCLA que se baseia em 30 modelos regionais gerenciados pelo INTA.
 

A Secretaria de Agroindústria coletou os dados do setor e os funcionários ficaram otimistas ao destacar que a produção de leite em 2018 aumentou 4,26%, totalizando 10.527 milhões de litros. A euforia foi tanta que o secretário Luís Miguel Etchevehere decidiu falar do Japão: “Estamos focando em oportunidades comerciais além do Mercosul, e outros destinos que ainda não chegamos”. Entre janeiro e novembro do ano passado, as exportações de produtos lácteos cresceram 34%, representando US$ 899,75 milhões (passando de 225.599 para 294.945 toneladas), segundo dados oficiais.

 

O crescimento mais notório das exportações ocorreu no final do ano. Em novembro foram exportadas 40.666 toneladas, contra as 22.754 toneladas do janeiro anterior, registrando incremento de 78%. Os produtos exportados pelas 32 empresas nacionais foram: leite em pó, soro de leite, queijos de massa dura, semidura e muçarela, enviados principalmente, para o Brasil, a Argélia, Rússia, China, Chile, Paraguai, Indonésia, Uruguai, Japão e Bolívia.

O último índice da Câmara de Comércio mostrou que a diferença entre o que é pago ao produtor, e que o consumidor paga na gôndola foi de 311%. Isto porque o valor médio do leite na gôndola está em torno de 37,90 pesos por litro. A crise dos produtores gerou fortes ataques da Câmara Setorial ao próprio Etchevehere, que foi acusado de não conhecer a realidade do setor. Em meio às polêmicas, foi informado pela Confederação, Coninagro, que em 2017, era encerrada uma fazenda de leite por dia, e que atualmente são 10.731 unidades produtivas. Para a entidade, nos últimos cinco anos houve uma redução média de 2,3% de fazendas por ano. (Portal Lácteo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Leite/Alemanha

Os produtores de leite da Alemanha recebem cerca de 5 centavos a mais que os espanhois. Mesmo assim, é necessária uma estratégia para a próxima década (Estratégia 2030) para melhorar a competitividade e a agregar valor ao setor lácteo alemão.

As principais linhas da Estratégia, segundo a DNV, a principal organização agrária alemã, serão:
- Criação de uma entidade interprofissional reconhecida, na qual os pecuaristas profissionais estejam representados em igualdade de condições com as centrais leiteiras.
- Promover grupos de produtos para concentrar as vendas de leite para as indústrias, melhorando o poder de negociação.
- Gerenciar os fundos comunitários previstos para a promoção e modernização dos sistemas de cria animal, incentivando os investimentos correspondente.
- Utilização de determinados instrumentos de gestão de riscos (criação de modelos de preços fixos; assegurar preços no mercado futuro) para reduzir os efeitos da volatilidade.
- Maior colaboração entre a indústria e produtores para organizar a oferta.
- Manutenção de ferramentas de mercado como intervenção e armazenamento privado e pagamentos diretos.
- Ampliar o sistema de gestão de qualidade do leite (QM-Leite) para estabelecer padrões de produção e evitar que a distribuição imponha, unilateralmente, as normas que devem ser cumpridas pelos produtores de leite.

Muitas das medidas propostas vão de encontro com o desejo de muitos produtores de leite espanhois. (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
Nota de pesar
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul lamenta o falecimento do presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios(AGL), José Luis Ipar Pravia. Idealizador do Festiqueijo, tradicional evento da cidade de Carlos Barbosa (RS), Pravia morreu aos 66 anos nesta terça-feira (05/02). O velório teve início no fim da manhã de hoje e o sepultamento ocorrerá às 18h15 no Cemitério Público Municipal de Carlos Barbosa.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

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