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31/01/2019

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.910

     Validade das declarações de aptidão ao Pronaf volta a ser de dois anos

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, assinou portaria alterando o prazo de validade da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que passa de um para dois anos. Essa medida estava entre as metas anunciadas para os primeiros 100 dias do Governo Federal.

De acordo com a ministra, a partir da publicação nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU), as DAPs ativas permanecem assim por dois anos, a contar da emissão até o decurso do prazo. “Da forma como estava a norma, seriam afetados cerca de 2,5 milhões de registros, gerando demanda por novas DAPs incompatível com a capacidade de emissão da rede”, afirmou. Foi evitada, conforme explicou, a possibilidade de colapso no sistema, o que prejudicaria agricultores familiares e cooperativas da agricultura familiar em todo o país.

A nova portaria altera a publicada em 24 de agosto do ano passado, que havia fixado a validade da DAP até o próximo dia 27 de fevereiro e o prazo para a emissão em um ano.

A DAP funciona como carteira de identidade do agricultor familiar e dá acesso as linhas de crédito rural do Pronaf, aos programas de compras institucionais, como a Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (PNAE), além da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), o Programa Garantia Safra e o Seguro da Agricultura Familiar, além de outras 15 políticas públicas.

O secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke, disse que ainda neste ano a secretaria fará a migração do atual sistema de DAPs para a do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), mais completo, utilizando outras bases de dados existentes, o que diminuirá o risco de fraudes nas suas emissões. (MAPA)
 
 

Bom filho à casa torna

Após quatro anos à frente da Secretaria do Desenvolvimento Rural, extinta no atual governo, Tarcisio Minetto retorna à Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro). A partir de amanhã, o economista ocupará o cargo de diretor-executivo da entidade. 

- Depois desse período em cargo público, volto à iniciativa privada com um novo olhar. Temos alguns projetos já em mente para executar a partir de agora - diz Minetto.

Presidente da Fecoagro, Paulo Pires adianta que uma das primeiras ações será resgatar dados econômicos, com foco nos custos de produção da atividade agropecuária - um dos principais desafios do setor. Além disso, o dirigente destaca a necessidade de buscar projetos agroindustriais intercooperativos.

- Temos de pensar em investimentos conjuntos de cooperativas da mesma região - exemplifica Pires. (Zero Hora)

Importação de lácteos da China manteve-se forte em 2018, diz corretora

As importações chinesas de lácteos continuaram fortes no ano passado, na avaliação da corretora HighGround Dairy. “Encerrando o que foi um ano robusto para as importações, independentemente das manchetes da guerra comercial, da desaceleração da economia e de outras lutas enfrentadas pela segunda maior economia do mundo em 2018”, informou a operadora. A HighGround Dairy disse, ainda, que a China estabeleceu novos recordes de importação em vários produtos em 2018, incluindo leite em pó desnatado, soro de leite, manteiga e leite em pó anidro e leite anidro. Esses produtos registraram o maior volume importado desde 2014. (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no Estadão, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Taxas antidumping nas importações lácteas preocupa setor

O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia. A decisão deve ser tomada até o dia 06/02. Segundo o Presidente da Comissão Nacional de Pecuária e leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa situação era para estar resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado no ministério do governo de Michel Temer. “O ministério solicitou a prorrogação do processo, mais documentos e mais argumentos em que a CNA prontamente atendeu. Porém, nós estamos muito apreensivos”, comenta.

A preocupação do mercado brasileiro é com os europeus, que têm 250 mil toneladas de leite em pó estocadas e não têm para quem comercializar. “O grande problema da Europa é que ela subsidia violentamente a sua produção e exportação. Concorrer com o leite da Europa significa competir com o tesouro da comunidade europeia”, afirma.

Atualmente, a tarifa antidumping é de 3,9% para a Nova Zelândia e 14,8% para a União Europeia. Caso as tarifas não venham ser mantidas, o mercado brasileiro corre o risco de ter um excesso do produto e com isso, a derrubada dos preços internos.  As medidas antidumping da União Europeia foram aplicadas em fevereiro de 2001 e na época, se verificou também antidumping com relação a países como Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e Austrália. “No caso da Austrália, como as importações eram muito pequenas, não foi por dano casual. Já com a Argentina, ficou estabelecido que o país não poderia exportar a um preço inferior ao da Nova Zelândia”, relata.

Na época que o Brasil adotou as medidas antidumping ele não era autossuficiente na produção de leite. “É importante ressaltar que o país importava pois não tinha condições de concorrer com o produto subsidiado da Europa. Nos momentos que foram aplicadas as tarifas, o Brasil cresceu em dez anos mais de 10 bilhões em litros de leite por ano”, destaca. (As informações são do portal Notícias Agrícolas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Vacinação e exames são essenciais para controle da brucelose

Uma das principais medidas de controle da brucelose bovina é a vacinação. Fêmeas, entre três e oito meses de idade, devem ser vacinadas obrigatoriamente. A realização periódica de exames de diagnóstico no rebanho também é estratégica para a erradicação.

A brucelose bovina é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus. O abortamento ocorre geralmente no último terço da gestação, sendo o principal sintoma dessa enfermidade. Além disso, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, corrimento vaginal, inflamação das articulações e inflamação dos testículos também são sinais clínicos apresentados. Em relação aos prejuízos pode-se apontar queda da produtividade, menor produção de leite, baixos índices reprodutivos, aumento no intervalo entre partos, morte de bezerros precocemente e perda de animais.

No Brasil, as vacinas utilizadas para prevenção das infecções são a B-19 ou RB-51. A B-19 é atualmente a mais utilizada pelos pecuaristas em programas de controle da brucelose devido ao menor custo. As fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade devem ser vacinadas com um dos tipos da vacina. De acordo com o veterinário Raul Mascarenhas, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), a imunização do animal persiste por sete anos. Após esse período, recomenda-se o reforço vacinal. Neste caso, só deve ser utilizada a RB-51. Essa necessidade acontece, principalmente, em rebanhos leiteiros ou de elite, em que as vacas permanecem na propriedade por mais tempo.

Outra estratégia importante para controlar e erradicar a doença do rebanho é a realização periódica de exames de diagnóstico. “Pelo menos uma vez ao ano o produtor deveria realizar os testes de brucelose em todos os animais do rebanho. No entanto, como o exame não é obrigatório, muitos produtores não o fazem e continuam arcando com os prejuízos da doença”, destaca Mascarenhas.

Os exames podem ser realizados em fêmeas com idade superior a 24 meses, quando estas tiverem sido vacinadas entre três e oito meses com a vacina B-19. A bezerras vacinadas com a RB-51 e os animais machos podem ser submetidos ao exame a partir dos oito meses de idade, quando não apresentarão anticorpos colostrais, que podem influenciar no resultado dos exames ocasionando falsos positivos.

Em caso de animais positivos no teste de triagem, o órgão responsável pela defesa agropecuária da região deve ser notificado. Além disso, podem ser submetidos a um novo exame confirmatório em um laboratório de referência do Mapa. Enquanto aguarda-se o resultado, o bovino deve ficar isolado para não ocorrer transmissão. Confirmando-se o resultado, o animal deve ser sacrificado e o exame realizado em todo o rebanho.

Transmissão
A brucelose bovina é transmitida principalmente pela ingestão de pastagem contaminada pela urina de bovinos doentes, restos fetais e restos de placenta. Dificilmente, ocorre transmissão via monta devido às características de pH vaginal e imunidade de mucosas. A doença pode ser introduzida em um rebanho sadio pela aquisição de bovinos infectados. Por esse motivo, é importante a realização de quarentena e de novos exames para que os animais possam ser incorporados ao rebanho. (Fonte: Embrapa)

 
USP deve concluir estudo sobre tabelamento de frete até abril, diz ministro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta última quarta-feira, 30, que a Universidade de São Paulo (USP) deve concluir até abril um estudo que embasará uma nova revisão no tabelamento do frete rodoviário de cargas no país. “A USP está elaborando vários modelos para reduzir as distorções da tabela de frete. Queremos tornar essa tabela mais técnica, para modelar corretamente o transporte rodoviário”, afirmou Gomes de Freitas. Segundo ele, esse estudo pode aumentar ou reduzir alguns preços observados na tabela. “O valor do preço de referência pode ser maior ou menor, a depender do tipo de carga e do tipo de veículo”, acrescentou, sem dar maiores detalhes. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

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