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04/01/2019

Porto Alegre, 04 de janeiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.891

  Secretaria da Fazenda informa novo valor da UPF para 2019

O novo valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF), que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019, está fixado em R$ 19,5356. A UPF serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado e sofreu correção de 3,86% com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-E). Ao longo de 2018 a unidade estava fixada em R$ 18,8094.

Para a correção de impostos, como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), o novo valor da UPF passa a valer já no primeiro dia útil do ano. Em relação ao valor de taxas, a nova referência passa a vigorar 30 dias após a data de publicação.

A UPF 2019 foi fixada por meio de instrução normativa da Receita Estadual, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 27/12/2018. (Sefaz)

 

Quais são as perspectivas para o mercado lácteo da China nos próximos 5 anos?

A China verá um potencial de crescimento significativo no consumo de leite orgânico, iogurte e queijo, impulsionado pela crescente demanda por produtos premium. De acordo com um novo relatório, o público principal é composto majoritariamente por consumidores conscientes sobre questões de qualidade.

Nos próximos cinco anos, as vendas de queijo terão uma taxa de crescimento anual composta de mais de 20%. Em 2023, o consumo per capita de queijos terá consideravelmente expandido e o crescimento contínuo de produtos lácteos sólidos, como o leite em pó, será uma tendência futura, de acordo com o relatório New Horizon 2023 divulgado pela Sino-Dutch Dairy Development Center.

"Os consumidores na China são muito exigentes. Mais pessoas estão dispostas a pagar por produtos lácteos premium, ultra-premium e inovadores", disse Rahul Colaco, presidente da produtora de lácteos holandesa FrieslandCampina China e presidente do conselho de supervisão SDDDC. "Há uma grande tendência no consumo de lácteos na China, impulsionada pela popularidade do chá com leite, pizzas e hambúrgueres de estilo ocidental", disse ele.

"Enquanto isso, os consumidores chineses estão buscando uma nutrição mais personalizada. A população idosa, ou aqueles que têm necessidades médicas e praticam esportes, estão buscando produtos mais especializados e alimentos funcionais. Além disso, espera-se que as cidades chinesas de menor escala experimentem um grande crescimento desse mercado. Para o mercado de nutrição infantil, cerca de 50% do crescimento virá de cidades menores", afirmou o presidente.

Nos próximos cinco anos, o volume total de consumo de produtos lácteos na China crescerá de 15% a 20% e o consumo per capita de leite cru chegará a 40 quilos. Atualmente na China, a cifra é de cerca de 36 quilos por ano, enquanto é de 50 quilos no Japão e na Coreia do Sul.

Durante o período de cinco anos, a receita de vendas de produtos lácteos aumentará em mais de 3% ao ano. O mercado de leite refrigerado terá um crescimento de vendas de 8% ao ano e as vendas de iogurte e leite orgânico deverão crescer mais de 10% ao ano, segundo o relatório. "As principais empresas chinesas de laticínios Yili Group e Mengniu Dairy Co devem aumentar suas vendas em 30 bilhões de yuans (US$ 4,35 bilhões) para 50 bilhões de yuans (US$ 7,24 bilhões) nos próximos cinco anos. Elas esperam se juntar aos cinco maiores produtores globais de leite", disse Li Shengli, professor da Universidade Agrícola da China.

O relatório do setor lácteo foi divulgado pelo SDDDC, co-fundado pela Universidade Agrícola da China, Universidade de Wageningen e Royal FrieslandCampina em 2013. O centro tem como objetivo melhorar os níveis de produção, segurança e qualidade dos produtos lácteos na China com a ajuda de laticínios holandeses especializados em produção. (As informações são do TheCattleSite, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Argentina – “O Panorama leiteiro para 2019 é muito ruim”, diz Eduardo García Maritano

“O panorama leiteiro para 2019 é muito ruim, porque a única expectativa de que o setor melhore é com a redução de mais produtores. O ajuste se daria com queda na oferta de matéria prima, o que resultaria em melhorar o preço ao produtor.

Mas, preço não é igual venda. Ou seja: não é porque o preço será mais alto que a atividade será rentável. É muito triste que esta atividade seja dependente do ajuste da oferta”. Essa foi a resposta dada a Bichos de Campo por Eduardo García Maritano, especialista do setor lácteo e dirigente das Confederações Rurais Argentinas (CRA) em Santa Fe, ao estabelecer um balanço da atividade em 2018 e projetar o cenário para o ano novo. 

Em relação ao lançamento do Mercado de Futuros para o leite, uma iniciativa impulsionada pelo Governo que começou a funcionar no dia 15 de dezembro, o dirigente a considerou apenas um paliativo, porque o mais importante deveria ser consolidar primeiro o mercado disponível: “Por um lado o Governo diz que não irá intervir em transações entre entes privados, e lança um mercado de futuros sem antes ter um mercado disponível consolidado. Isso é o mesmo que construir a casa a partir da caixa d’água”, ironizou. “É fundamental a caixa d’água, mas, não é a primeira coisa que se coloca quando se vai construir uma casa”, acrescentou.

É possível ter um mercado disponível na atividade leiteira? García Maritano diz que “é possível definir um preço disponível, porque os preços são construídos. Se existem transações, é possível criar o mercado onde a oferta e a demanda traduzam os preços, precisamente. O leite não é um objeto à venda, é uma oferta. Eu posso vender uma novilha, ou um saco de soja, mas, não posso vender o leite que é ordenhado todos os dias; ele gera uma oferta, um termo tipificado como tal no Código Civil e Comercial”, explicou.

“Continuamos com uma atividade que acaba não sendo estabelecida como negócio. Não há regras claras do jogo e não há sistemas de formação de preços. Não podemos pensar em leite como soja ou gado. Usamos o exemplo para ser entendido, mas, requer mais esforço, porque é uma situação mais complexa”, acrescentou o líder.

O modelo de referência leiteiro da CRA, “existe sempre um contrato. O que muda é a modalidade que se aplica. Claramente a transação que tipifica a transferência de propriedade do leite do produtor para a indústria é uma oferta. Não é a única forma, mas é a mais adequada”.

Em relação ao último boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), onde afirma que a maior parte dos produtores de leite da Argentina produzem menos de 3.000 litros diários, García Maritano alertou que “aceitam como uma coisa natural, isto de que os produtores pequenos devem desaparecer. Mas, diz que o Brasil triplicou sua produção, em um período em que a Argentina está estagnada, e que a média dos produtores de leite do país é de 19 vacas. Portanto, não é certo que não se pode crescer com pequenos produtores. O tema passa pela falta de regras comerciais claras”. (Bichos de Campo – Tradução livre: Terra Viva)

 
Analistas preveem melhor cenário de preços para 2019
A primeira licitação do ano apresentou a terceira elevação consecutiva. O gerente do Inale (Instituto Nacional do Leite), Gabriel Bagnatto, disse que estas elevações consecutivas não têm propagações significativas, mas, geram “alteração de tendência”, ao interromperem 12 baixas que reduziram a cotação do leite em pó integral a US$ 2.600/tonelada. No entanto, mesmo que o valor esteja longe de ser um número “satisfatório” do ponto de vista da cobertura dos custos de produção, é “uma luz no fim do túnel”, um caminho para os US$ 3.000/tonelada para o leite em pó integral, que chegou a US$ 2.700/tonelada. (Espectador – Tradução livre: Terra Viva)

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