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18/12/2018

 

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.882

Leite termina 2018 em queda, mas acima do padrão de 2017

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul fecha o ano em R$ 1,0057, queda projetada de 5,58% para o mês de dezembro em relação ao consolidado de novembro (R$ 1,0652). No acumulado de 2018, no entanto, houve valorização em relação aos valores praticados em 2017. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (18/12) pelo Conseleite, houve uma elevação nominal média de 15,59% no valor de referência, a maior variação percentual anual desde 2006. Contudo, se considerarmos a inflação (IPCA), a valorização real em 2018 em relação a 2017 é de 11,42%, o que resulta em um valor médio do ano de R$ 1,1012, abaixo das médias corrigidas de 2016 (R$ 1,1058) e 2013 (R$ 1,1258). "O ano de 2018 foi melhor do que 2017 tanto para o produtor quanto para a indústria", constata o professor UPF Eduardo Finamore, responsável pela pesquisa. Otimista, ele acredita que 2019 será um ano de nova recuperação. "O que o mercado está sinalizando é que teremos pela frente um ano de bons preços", indica, pontuando que a retomada deve vir a partir do início do ano, quando, tradicionalmente, o consumo das famílias é reaquecido. Para o final deste 2018, a previsão do Conseleite é de queda na produção no campo em função do clima, o que reforça a projeção de alta de preços para os próximos meses.

Os números de dezembro refletem diretamente o desempenho do mercado do leite UHT e do leite em pó, dois produtos que puxam o mix no Rio Grande do Sul.  "De janeiro a dezembro de 2018, o UHT acumulou alta de 7,49% e o leite em pó, 6,25%", acrescentou Finamore. Comparando dezembro de 2018 com o mesmo mês de 2017, verificou-se que o leite UHT manteve-se praticamente nos mesmos patamares (0,61%), enquanto o pó teve alta de 20,75%. 

Segundo o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, infelizmente, a valorização apresentada nos números traz pouco da realidade do campo, onde os produtores enfrentam alta de custos. E lembrou de recente compromisso assumido pela futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina Costa Dias, com o setor para revisar o ingresso de lácteos do Mercosul no Brasil. "Isso nos traz otimismo em um momento difícil para a atividade". O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indica que o ajuste cambial garantiu estabilidade de preços dos insumos, o que tornou a produção mais rentável tanto em Minas Gerais quanto no Rio Grande do Sul. Palharini indicou que o caminho para a maior estabilidade do mercado é fomentar as exportações. "Temos clientes importantes a conquistar para equilibrar o mercado", salientou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


FOTO: CAROLINA JARDINE 

 
GDT
 

Fonte: GDT 

EUA: apesar das tarifas de retaliação, exportações de lácteos devem registrar ano recorde

As exportações de lácteos dos EUA estão a caminho de um ano recorde, apesar das vendas estáveis tanto em volume quanto em valor em outubro, devido a uma perda de vendas para a China desde a implementação das tarifas de retaliação.

 

As exportações de leite em pó, soro de leite, queijo, lactose e manteiga para a China caíram 47% em outubro, enquanto as exportações dos EUA aumentaram 14%, com grandes ganhos nas vendas para o Sudeste Asiático e México. Em uma base total de sólidos de leite, as exportações dos EUA foram equivalentes a 15,3% da produção de leite dos EUA em outubro, elevando o percentual acumulado do ano para 16,3%. O recorde anterior tinha sido de 15,4% em 2013.

Nos quatro meses desde que a China colocou as tarifas adicionais em vigor, as exportações de soro do leite dos EUA para a China caíram 36% (-6.909 toneladas/mês) em comparação com o ano anterior. As vendas de leite em pó desnatado caíram 54% (-1.333 toneladas/mês), as vendas do leite em pó integralcaíram 97% (-1.288 toneladas/mês) e as exportações de queijo caíram 56% (-752 toneladas/mês). Em uma base de valor, as exportações totais de lácteos para a China caíram 36% no período de julho a outubro. Enquanto isso, as exportações para o México e o Sudeste Asiático aumentaram 25% e 29%, respectivamente, em outubro (em termos de valor) - principalmente devido à melhora nas vendas de leite em pó desnatado.

As exportações norte-americanas de leite em pó desnatado totalizaram 60.672 toneladas em outubro, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. O total de 2018 nos primeiros 10 meses - 617.096 toneladas - já estabeleceu uma nova alta anual, faltando ainda dois meses para terminar.

As vendas para o México (32.734 toneladas, +37%) continuaram pesadas em outubro, enquanto as vendas para o Sudeste Asiático aumentaram 39% (uma alta de seis meses de 20.401 toneladas, principalmente Indonésia, Filipinas e Malásia). Em contraste, as vendas para a China, Peru, Paquistão, Japão e região do Oriente Médio/Norte da África (MENA) foram insignificantes, com uma queda de mais de 5.800 toneladas entre elas em comparação com um ano atrás.

Os fornecedores dos EUA também venderam volumes maiores de leite em pó integral para o sudeste da Ásia. As exportações totais de setembro foram de 4.227 toneladas (+124%) e quase a metade foi para o Vietnã. Em contraste, as vendas para a China foram de apenas 38 toneladas, uma fração do que foi enviado no ano passado. As exportações do leite em pó integral dos EUA dobraram este ano.

As exportações de soro de leite (whey) em outubro foram de apenas 40.765 toneladas, uma queda de 19% em relação a um ano atrás. Todas as subcategorias de soro apresentaram quedas nas vendas. As exportações para a China em outubro foram de apenas 10.167 toneladas (-51 por cento), o pior mês desde novembro de 2015. Pelo terceiro mês consecutivo, a maior parte do declínio veio de vendas menores de soro de leite modificado (permeado). Mais uma vez, os fornecedores desviaram as vendas do produto para o Sudeste Asiático, onde os volumes subiram 19%, incluindo vendas recordes do mesmo. As vendas para o Japão e a Coreia do Sul também foram maiores.

 

As exportações de queijos (26.931 toneladas) ficaram semelhantes às do ano anterior em outubro. As vendas de queijos para o México melhoraram apesar das tarifas retaliatórias, com um aumento de 31% em comparação a um volume fraco comparável. Os fornecedores dos EUA também registraram vendas mais baixas para a China (-59%), Japão (-26%) e Austrália (-25%). Os ganhos mais notáveis foram registrados nas vendas para a região MENA (+36%) e Sudeste Asiático (+28%).

As exportações de lactose totalizaram 29.070 toneladas em outubro, o menor valor em 17 meses (base média diária). Os embarques para a China caíram 9%, após a implementação de novas tarifas no final de setembro, enquanto as vendas para o Sudeste Asiático caíram 18% e as exportações para a Nova Zelândia foram uma baixa de oito anos. As vendas para o Japão, em contraste, aumentaram 39%.

As exportações de manteiga totalizaram 5.603 toneladas (+ 75%), a maior em mais de quatro anos. Os ganhos foram liderados pelo recorde de vendas para o México (3.156 toneladas). As exportações de leite fluido e creme subiram 18%. As vendas para o Canadá e o México foram as mais altas do ano.

Os fornecedores despacharam 176.948 toneladas de leite em pó, queijo, manteiga, produtos de soro e lactose em outubro, um aumento de 2% em relação a outubro de 2017. As exportações totais dos EUA foram de US$ 459,8 milhões, 1% abaixo do ano anterior. Nos primeiros 10 meses de 2018, as exportações de lácteos totalizaram US$ 4,71 bilhões, 4% a mais do que no mesmo período de 2017, enquanto o volume total subiu 15%.

Em uma base total de sólidos de leite, as exportações dos EUA foram equivalentes a 15,3% da produção de leite dos EUA em outubro, elevando o percentual acumulado do ano para 16,3%. (As informações são do USDEC, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Preço do UHT recua pelo 4º mês consecutivo

Leite UHT - A cotação do leite UHT registrou queda pelo quarto mês seguido em novembro. A média no atacado do estado de São Paulo foi de R$ 2,1077/ litro, baixa de 14,83% em relação a outubro. Para o queijo muçarela, o recuo foi de 3,72% no mesmo período, com o quilo do produto a R$ 17,65.

Na comparação com novembro do ano anterior, o valor do leite longa vida recuou 3,24%; porém, o queijo muçarela se valorizou fortes 20,23%. Em nov/17, o UHT custava, em média, R$ 2,1784/litro e a muçarela, R$ 14,68/kg. O movimento de queda dos produtos entre outubro e novembro está atrelado à baixa demanda e à elevada oferta do produto. Devido à instabilidade do mercado de lácteos, os canais de distribuição também pressionaram os valores. Diante da dificuldade nas negociações, alguns laticínios optaram por reduzir os preços para escoar os estoques, sendo que alguns diminuíram a produção ou migraram para outros produtos, visando evitar o acúmulo de produto estocado. Em dezembro, o mercado do leite longa vida já mostrou reação. De 03 a 13 de dezembro, a elevação dos valores do UHT foi de 3,28%, com média de R$ 2,0227/litro. Já o queijo muçarela se desvalorizou 2,13%, com preço médio de R$ 16,8585/kg - porém, a previsão também é de aumento nos valores. Essa pesquisa conta com o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).  (Cepea)

 
 
 

Condorelli assume o Senar
A partir de 1° de janeiro de 2019, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS) terá como superintendente o zootecnista Eduardo Condorelli. Ele assume junto com a nova diretoria da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que continuará a ser presidida por Gedeão Pereira. Produtor rural, vice-presidente do Sindicato e Associação Rural de Bagé e integrante das Câmaras Técnicas do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), Condorelli diz que os primeiros passos de sua administração serão no sentido de realinhar as demandas do Senar para a implementação de novas formas de levar capacitação ao homem do campo. "Queremos otimizar recursos para ampliar o número de 120 mil agricultores treinados por ano", diz o superintendente, que substituirá Gilmar Tietböhl, e que não descarta a adoção de cursos na modalidade de Ensino a Distância (EAD). O Senar/RS oferece 10 mil cursos por ano em 13 programas de qualificação e 170 treinamentos profissionalizantes. (Correio do Povo)

 

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