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25/10/2018

 

Porto Alegre, 25 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.846

"Leite é a Perfeição" hoje e para a próxima geração

WDS 2018 FIL/IDF - O principal orador da FIL/IDF Cúpula Mundial de Leite 2018 (WDS-2018) deu o tom para os cinco dias do evento quando declarou que "Leite é a Perfeição", ecoando as palavras de Hipócrates, o pai da medicina moderna.

O ex-Secretário Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon que abriu o encontro anual WDS-2018 em Daejeon, na Coreia do Sul, no dia 15 de outubro insistiu que o leite é um importante alimento em termos nutricionais quando se dirigiu à audiência de mais de 700 pessoas. "Desde a antiguidade as pessoas entendiam o valor nutricional do leite e, hoje, é um alimento básico para a população mundial de mais de 7 bilhões de pessoas", disse Ban. Ele também observou que o setor lácteo "tem um papel de liderança nos esforços internacionais para atingir os objetivos do Desenvolvimento Sustentável para erradicar a pobreza e a fome, e construir um mundo sustentável onde a humanidade possa desfrutar de melhor educação, saúde e igualdade".

Também foi gratificante ver a mensagem gravada pelo Secretário Geral da Organização Internacional para Padronização (ISO), Sergio Mujica, reconhecendo o papel essencial da FIL/IDF na promoção dos padrões ISO entre seus membros em todo o mundo, além de contribuições pertinentes na formulação de padrões internacionais e estabelecimento de diretrizes para o setor lácteo. Ele disse: "Essa estreita colaboração entre a FIL/IDF e a ISO é mantida através do desenvolvimento de padrões únicos para métodos de análise e amostras para produtos lácteos, unificando experiência e normas que melhoram a conformidade na segurança e qualidade dos alimentos". Também vieram os elogios do Secretário do CODEX, Tom Heilandt ao ressaltar que a FIL/IDF é como "um consultor técnico essencial em todas as questões relacionadas ao leite e produtos lácteos". Ele enfatizou a necessidade de continuar a harmonização global de normais para facilitar os negócios.

"Há muito o que fazer para conseguir alimento bom e seguro em todas as casas, o tempo todo. Precisamos de parceiros para distribuir estrategicamente as tarefas. Para leite e produtos lácteos, será a FIL/IDF". Com cerca de 120 palestrantes de todo o mundo, distribuídas em mais 40 conferências durante toda a WDS-2018, muito foi ganho em conhecimento. Palestrantes e delegados debateram o papel dos laticínios em dietas sustentáveis bem como a contribuição do leite e produtos lácteos para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, particularmente no que se refere à Fome Zero, eliminação da pobreza, saúde e bem-estar, igualdade de gênero e meios de subsistência.

Houve conferência especial para Programa Leite nas Escolas; Nutrição e Saúde; Segurança Alimentar; Meio Ambiente; Gestão Agrícola; Saúde e Bem-Estar Animal; Políticas e Economia Leiteira; e Marketing, que atraíram muitos interessados. As palestras ampliaram o conhecimento e a compreensão sobre cada assunto, com abordagens provocantes e estímulos aos espíritos inovadores. Finda Daejeon, a expectativa agora é a WDS-2019 em Istambul, que será realizada entre os dias 23 e 26 de setembro de 2019. Esse foi o documento da Diretora Geral da FIL/IDF, Caroline Emond, encerrando a WDS-2018. (FIL/IDF - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Além dos lácteos

Independentemente de quem assumir o comando do Brasil em 2019, a economia vai se recuperar. Este ao menos tem sido o mantra que a Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, entoa desde o início do ano. Luiz Cláudio Lorenzo, diretor comercial da companhia, explica que a empresa esperou 2018 para destravar os investimentos, os quais ele prefere não revelar em todas as suas cifras. "Em 2018, mudamos o perfil, temos sinalização desde o início do ano de crescimento mais forte neste ano, apostando em maior recuperação da economia em 2019", afirma.

A empresa guardou todas as novidades em 2017 para apresentá-las ao mercado apenas neste ano. Desde janeiro, a Bela Vista fez nada menos que 18 lançamentos de produtos, a maioria pela marca Piracanjuba e Leite Bom. "No ano de 2017, a gente foi mais prudente com os investimentos, um ano de muita dificuldade, de muita restrição no consumo", explica o executivo, há dez anos na companhia, alçado neste ano a porta-voz para representar os proprietários, os irmãos Marcos e Cesar Helou.

A empresa, criada em 1955, em Piracanjuba (GO), registrou receita líquida no ano passado de R$ 2,9 bilhões, um aumento de 8% em relação a 2016. Esse resultado ajudou o laticínio a passar da quinta posição no ranking dos maiores produtores de leite em 2016, de acordo com a Associação dos Produtores de Leite (Leite Brasil), para a quarta posição em 2017. E a expectativa para 2018 é crescer 25% em receita líquida, impulsionada pelos novos produtos e pela ampliação da captação de leite nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. "Vamos chegar à terceira posição", aposta Luiz Cláudio.

Com esse investimento em ampliação, a empresa vai elevar em 15% a captação de leite em 2018. No ano passado, a Bela Vista chegou a processar 1 bilhão de litros do produto, fornecido por 7 mil fazendeiros do país.

 


 
Segundo Luiz Cláudio, esses criadores passam por uma rigorosa avaliação de qualidade. A companhia possui um projeto chamado Pró-Campo, de aperfeiçoamento e estímulo aos seus produtores de leite. Até o fim do ano, esse programa será levado a Governador Valadares, em Minas Gerais, onde a empresa produz, desde 2014, leite longa vida integral, desnatado, semidesnatado, creme de leite e bebidas lácteas. Luiz Cláudio explica que essa iniciativa contribui para a melhoria da qualidade da matéria-prima por meio de treinamentos dos criadores para o melhor manejo dos animais. "É preciso recuperar a produção de leite da região de Governador Valadares. Ao longo do tempo, a produção de lácteos dessa área foi ficando um pouco mal assistida pelas indústrias que estavam lá. E entendemos que precisamos restabelecer a confiança dos produtores."

Que o leite é a principal matéria-prima da companhia, disso não há dúvidas. Mas há sempre espaço para novidades. Entre os lançamentos feitos pela companhia neste ano, Luiz Cláudio destaca produtos que não são lácteos, com o intuito de mostrar que a diversificação é boa para todo negócio. "Somos um dos três maiores players em leite longa vida, leite condensado, creme de leite e bebidas lácteas, e podemos ser maiores", diz. Porém, avalia, há um novo mercado em ebulição: pela marca Viva Bem, a Bela Vista apresentou um chá-mate pronto para beber e, em parceria com a Blue Diamond Growers, empresa californiana líder na venda de amêndoas, lançou a Almond Breeze, bebida feita com base nesse fruto.

 

"A gente entende que esse é um mercado em evolução, em crescimento. É um nicho de mercado, sem dúvida. Mas vem crescendo nos últimos anos, uma bebida alternativa ao leite", diz o diretor. "Há interesse por pessoas que são intolerantes à lactose e pelos veganos. E, claro, é uma bebida de cereais, com baixa caloria." Ambas as bebidas são produzidas na unidade da companhia em Bela Vista de Goiás (GO). A empresa atua também com unidades fabris em Doutor Maurício Cardoso (RS), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Há uma fábrica em Imperatriz, no Maranhão, que está no radar da Bela Vista para ser arrendada há mais de um ano, mas problemas judiciais relativos ao antigo dono tornam esse movimento imprevisível. Em 2019, a companhia deverá terminar a reforma na fábrica de queijo muçarela em Sulina. A unidade, que processava 50.000 litros de leite por dia, terá sua capacidade triplicada. O valor do investimento, isso o executivo goiano não revela. "O valor desse investimento, e dos investimentos totais, não informamos para não despertar os concorrentes. O sentido é que este ano voltamos a investir um pouco mais, acreditando na estabilização da economia independentemente de quem será o presidente do país."

A companhia também passou por mudanças em sua sede. Em setembro, o escritório central mudou de Bela Vista para Goiânia. A maioria dos 300 funcionários mora na capital e precisava se deslocar todo dia 45 quilômetros entre as duas cidades. A empresa ainda tem planos futuros de se internacionalizar. "Hoje, a Bela Vista já é grande, mas podemos ser ainda maiores." (Globo Rural) 

 

Propriedade de Bossoroca destaca-se pela gestão na atividade leiteira
Dia de Campo - A forma como é conduzida a gestão da propriedade Agrofan, de Ademar, Nair e Ezequiel Fanzlau, em Bossoroca, chamou a atenção do público que participou de um dia de campo na última sexta-feira (19/10). A propriedade é uma unidade de referência tecnológica em bovinocultura de leite assistida pelo Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF), coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e executado pela Emater/RS-Ascar. Além do leite, a família também tem como fonte de renda o cultivo de grãos. Durante o diagnóstico realizado no início das atividades do PGSAF observou-se que os solos explorados apresentavam altos índices de degradação e a produtividade da soja era baixa. Diante deste quadro iniciaram-se diversas atividades para reverter a situação, como a produção de forragens para as matrizes leiteiras. A progressão e resultados da família assessorada no PGSAF nas atividades de bovinocultura leiteira e grãos, principalmente soja; as providências tomadas em relação ao manejo, conservação e o uso do solo e os respectivos resultados obtidos; produção para autoconsumo, com valoração monetária da produção de alimentos da propriedade; agricultura de base ecológica, com orientações sobre compostagem e aproveitamento de resíduo orgânico originário das matrizes leiteiras; e energia fotovoltaica, abordando análise de custos e benefícios puderam ser conhecidos pelos participantes do Dia de Campo. Assim, o público presente, pode observar, avaliar e comprovar as estratégias e ações que se desenvolveram, bem como os resultados obtidos. Um dos destaques nesta propriedade é o contexto de sucessão familiar que foi estabelecido. Aos 24 anos o filho Ezequiel já se apresentava como sucessor e um dos responsáveis pelas anotações, controles e análises dos custos das atividades. O acompanhamento da gestão recebe assessoria da Emater/RS-Ascar. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e SDR, com apoio da Secretaria Municipal da Agricultura e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Dentre as autoridades presentes estiveram o prefeito de Bossoroca, José Moacir Fabrício Dutra, vereadores Paulo Sodré e Ruth Veloso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João Iraí Lunardi Sodré, vice-presidente da Cermissões, Diomedes Reck, secretário municipal da Agricultura, Enerton Souza Oliveira, gerente da agência local do Banco do Brasil Ciro e supervisor da Emater/RS-Ascar, Joney Braun. (Emater/RS)

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