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18/09/2018

 

Porto Alegre, 18 de setembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.823

Conseleite /PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Setembro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2018 é de R$ 2,5608/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite Paraná) 

GDT

Brasil inaugura fundo 'sustentável' de ONU e Rabobank

O fundo de US$ 1 bilhão criado pela ONU Meio Ambiente, com apoio do Rabobank, para financiar projetos e práticas de agricultura sustentável, anunciado no ano passado, começará a ter seus primeiros desembolsos no próximo mês. "O primeiro projeto beneficiado deverá do segmento sucroalcooleiro do Brasil", afirmou o diretor global de sustentabilidade do banco holandês, Bas Rüter, durante a Conferência Global de Ações Climáticas (GCAS, na sigla em inglês), realizada em San Francisco, na Califórnia.

"Os recursos do fundo vão financiar a ampliação de uma usina, o aumento da produtividade e projetos de conversão de áreas agrícolas degradadas e de reflorestamento", detalhou Rüter ao Valor. Ele não revelou qual empresa será beneficiada nem qual será o valor do aporte, mas afirmou que a companhia em questão faz parte da iniciativa Bonsucro, uma certificação de sustentabilidade. "É um projeto que pretende combinar os benefícios ambientais com a melhora da situação dos trabalhadores no campo", disse.

Batizado de Kickstart Food, o fundo da ONU foi criado no ano passado para contribuir com iniciativas que ajudem a reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura por meio do aumento da produtividade e do fortalecimento da resiliência das lavouras. O fato de a primeira iniciativa apoiada pelo fundo ser direcionada para um projeto brasileiro está alinhada com a prioridade dada ao país e à Indonésia, nesses aportes, segundo Rüter. O fundo conta com um aporte de US$ 700 milhões do Rabobank. Os demais US$ 300 milhões estão sendo negociados com outras instituições e bancos públicos. Apelos a financiamentos dos governos deverão ocorrer apenas quando os produtores não conseguirem tomar empréstimo a taxas regulares e dentro das linhas normais dos bancos.

Como o fundo está focado no apoio a projetos de sustentabilidade, os prazos de pagamento serão longos. "Os prazos serão definidos caso a caso. Por exemplo, para projetos de reflorestamento, podem ser necessários mais de dez anos. Para projetos em áreas degradadas, o prazo pode ser menor", afirmou o diretor.  Nesse horizonte, disse, já deverá ser possível colaborar para a redução das emissões de gases de efeito estufa dentro dos prazos estabelecidos pelo Acordo de Paris para a limitação do aumento da temperatura global. Segundo Rüter, há especial atenção a projetos de reflorestamento, uma vez que metade das emissões do setor agrícola está relacionada ao desmatamento.

Além do setor sucroalcooleiro no Brasil, também está na mira do fundo o apoio a projetos de integração lavoura-pecuária-floresta no país em áreas hoje voltadas à produção de soja no Cerrado. Projetos de agricultura sustentável de produtores rurais de pequeno e médio porte também poderão ser favorecidos. Nesses casos, os recursos serão repassados pelo Rabobank a cooperativas financeiras rurais, que por sua vez operarão os financiamentos, afirmou Rüter. Além de Brasil e Indonésia, outros países do Sudeste Asiático, regiões da África e das Américas do Sul e Central também têm potencial para incentivo a soluções "inteligentes" na agricultura. Rüter ressaltou que as ações na África serão mais cautelosas, por causa do risco elevado. Os primeiros projetos na África deverão ser financiados por meio de grandes companhias que têm intenção de estabelecer uma relação de longo prazo com os agricultores africanos de pequeno porte e pequenas cooperativas. "Queremos garantir que os primeiros projetos ocorrerão em regiões que são relativamente estáveis", assegurou. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Tetra Pak investe em novas soluções para a indústria de queijos

Tetra Pak - O mercado de queijos no Brasil passará por transformações importantes ao longo dos próximos anos, o que demandará da indústria investimentos em serviços e soluções de automação que respondam às mudanças no mercado consumidor, indica projeção da Tetra Pak.  Em resposta às mudanças, a companhia tem investido em aquisições e na ampliação de seu portfólio de produtos e serviços para a categoria, com soluções que abrangem diferentes tipos de queijo (duros, semiduros, frescos e muçarela). Diante da evolução do mercado, uma das principais novidades introduzidas ao portfólio da Tetra Pak foi a oferta de serviços de automação que elevem o controle dos equipamentos em operação no cliente. O maior controle é fundamental para o desenvolvimento de formulações com alto valor agregado e para a padronização de alguns tipos de queijo (processo que garante o mesmo sabor e consistência ao produto, independentemente de lotes, variações climáticas ou outros fatores externos).

Em paralelo, a empresa também tem investido no desenvolvimento de variações ou novas opções de receita junto aos seus clientes. Em Monte Mor, no interior de São Paulo, a Tetra Pak mantém em operação uma planta piloto para a realização de testes e avaliações de formulações. A estrutura opera dentro do Centro de Inovação ao Cliente (CIC), desenvolvido para suportar clientes de ponta a ponta na criação e aprimoramento de produtos e serviços.
"O consumidor tem diversificado a sua dieta e buscado produtos com alto valor agregado - por exemplo, com menor quantidade de sal e gordura ou mesmo com a ausência de lactose. Essa é uma realidade que também será refletida na indústria queijeira e que será melhor endereçada com maior controle e automação das linhas de produção", explica Rodrigo Godoi, diretor de Processamento da Tetra Pak.

Em outra frente, a empresa tem direcionado esforços em aquisições que complementem o seu portfólio de soluções em processamento. Em 2017, a Tetra Pak adquiriu, globalmente, a companhia norte-americana Johnson Industries International, especializada no desenvolvimento e fabricação de equipamentos para produção de queijos de massa filada, como a muçarela. Atualmente, o produto é mais vendido no Brasil, com penetração em mais de 70% dos lares brasileiros. Em movimento similar, em 2015 a Tetra Pak realizou a aquisição da fabricante polonesa OBRAM. Fundada em 1976, a marca do leste europeu se especializou no fornecimento de soluções para a produção de queijo fresco, queijo cottage e aplicações de queijos semiduros. A marca também foi a primeira a desenvolver solução inovadora que dispensa o uso de moldes para a produção de queijo fresco: o Tetra Pak Cheeseformer.

Indústria queijeira em números
Em 2016, a produção brasileira de queijo alcançou 1.133 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Queijos (ABIQ), sendo que em 2021 o ritmo de produção deverá subir para 1.326 mil toneladas, representando crescimento de 17% em cinco anos. Somente em 2017, a produção brasileira de queijo contabilizou 1.274 toneladas, sendo que o consumo per capita no mesmo ano registrou 5,5 quilos (evolução de quase 10% em 5 anos).

"O consumo per capita tem crescido, o que elevará o nível de produção da indústria brasileira. Junto a isto, notamos a mudança no perfil do consumidor e em seus hábitos de consumo, o que tem aberto oportunidades interessantes para os fabricantes brasileiros", revela Godoi.

As oportunidades, segundo o executivo, se dão em todas as categorias, mas em especial para queijos duros e semiduros, que mais têm registrado inovações nos últimos anos. Segundo estudo encomendado pela Tetra Pak à agência de Inteligência de mercado Mintel, a categoria foi a que mais apresentou lançamentos nos últimos cinco anos: salto de 14,2% em 2013 para 27,7% em 2017. Adicionalmente, a oferta de queijos com sabor (adição de temperos e ingredientes que acentuem o gosto do produto) e de snacks em sabor queijo (de diferentes tipos) também deverá crescer nos próximos anos. Dentre os consumidores entrevistados pela pesquisa conduzida pela Mintel, 79% e 72%, respectivamente, declararam estar abertos a experimentar as inovações. Em complemento, nos próximos anos também deverá aumentar a oferta de porções sortidas de queijos, um formato mais atraente, principalmente, para consumidores interessados em experimentar variações pagando valores acessíveis. (Tetra Pak)

Grandes disparidades mundiais no preço dos lácteos
Preços - Os preços dos produtos lácteos registraram grandes diferenças ao nível mundial no mês de agosto. Enquanto que os preços na União Europeia (UE) e Estados Unidos aumentaram, os da Oceania caíram. A elevação na UE foi impulsionada pelas incertezas em relação à oferta no mercado comunitário, enquanto que a redução na Oceania foi em consequência do otimismo da próxima temporada na Nova Zelândia, que pressiona os preços, de acordo com a avaliação da associação inglesa, AHDB. Na UE, o mercado está dominado pela maior demanda depois que os consumidores retornaram das férias e previsão de oferta restrita como consequência do verão quente e seco. Neste contexto favoreceu o aumento dos preços. A produção de leite em pó desnatado foi escassa e a maior parte do que foi fabricado já está comprometido. No caso do leite em pó integral, os operadores estão buscando fechar operações para assegurar os contratos do ano. Nos Estados Unidos, o início do ano escolar gerou maior demanda de leite fluido, reduzindo a oferta de leite e creme para produção de manteiga e queijo. Os preços da manteiga subiram em agosto em relação a julho. Apesar das elevações, os preços da manteiga e do leite em pó desnatado em agosto foram menores do que um ano antes. A produção de queijo foi baixa no início do mês de agosto, mas, foi aumentando ao longo das semanas. A menor produção refletiu nos preços, que subiram. Na Oceania, o início da nova temporada foi caracterizado por uma produção baixa, mas, existe otimismo para os próximos meses. Portanto, ainda que a oferta esteja sazonalmente pequena, alguns compradores suspenderam, temporariamente, a assinatura de contratos a espera de que a maior produção prevista reduza os preços. Esta suspensão, por sua vez, amorteceu os preços em agosto. O preço do queijo aumento em agosto quando comparado com julho, mas, o otimismo de uma oferta maior, limitou este aumento a apenas 0,5%. (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

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