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31/08/2018

Porto Alegre, 31 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.812

Vitrine do Leite leva para a cidade todo o processo de ordenha no campo

Instalada para melhor atender ao público, a arquibancada de 50 lugares montada no Pavilhão do Gado Leiteiro para receber a Vitrine do Leite ficou pequena diante da procura pela apresentação que já se tornou uma das grandes atrações da Expointer. Crianças e adultos acompanharam atentamente o passo a passo do trabalho de ordenha de uma vaca leiteira, algo corriqueiro no campo mas ainda novidade para quem mora na cidade.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o objetivo da ação é aproximar o público urbano que raramente tem a oportunidade de acompanhar os processos que são realizados até o leite pra chegar na 'caixinha'. "Algumas pessoas podem até ter visto em vídeos e reportagens, mas é muito diferente ao vivo. Na Vitrine é possível constatar de perto todo o cuidado que existe com a matéria-prima em todas as etapas antes da industrialização", ressaltou o dirigente, que considera a Expointer o palco ideal para esse tipo de evento, uma  vez que permite ao consumidor final acompanhar também a preparação das vacas.

A médica veterinária Jussara Weirich foi uma das que presenciou a apresentação na arquibancada e se mostrou satisfeita com o que viu. "Sempre quis acompanhar um processo de ordenha, pois não tinha ideia de como era feita. Os técnicos foram muito dedicados e deixaram claro que são profissionais que gostam do que fazem", disse. O jogador do Sport Club Internacional, Leandro Damião, levou seus pequenos para verem de perto o manuseio de uma vaca leiteria. "Minha filha gosta muito de animais, por isso paramos aqui para acompanhar, gostei muito da iniciativa. "destacou. 

A capacidade produtiva das vacas também chamou a atenção de quem passou pelo pavilhão. Ao todo, mais de seis animais foram ordenhados e algumas vacas chegaram a produzir 32 litros de leite apenas no período da apresentação. Além da demonstração da ordenha, foi exibido um curta metragem que reuniu depoimentos de profissionais da cadeia produtiva. O vídeo explicou o caminho percorrido pelo leite da propriedade rural à indústria, destacando a importância de cada uma dessas etapas.

A Vitrine do Leite é uma realização do Fundesa, com apoio do Sindilat, da Secretaria Estadual de Agricultura, do Ministério da Agricultura, Associação do Gado Holandês, Fetag, Farsul, Emater e Eurolatte. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Sindilat participa de reunião do GP de proteína animal do Estado


Foto: Camila Silva 

O Sindicato das Indústrias de Latícinios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou na manhã desta quinta-feira (30/8), da reunião do grupo de discussão sobre a cadeia produtiva de proteína animal do Rio Grande do Sul, na Expointer, em Esteio. O objetivo central do evento foi projetar cenários e perspectivas do setor no Estado.

O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, destacou a importância do grupo e o empenho dos representantes das cadeias produtivas em discutir e fomentar soluções para os respectivos problemas e gargalos da produção de proteína animal, incluindo o setor dos lácteos. Na primeira parte do evento, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, palestrou sobre a conjuntura nacional com reflexos no atual momento político.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, abordou as principais demandas dos fabricantes de lácteos no Estado. De acordo com Palharini, a principal pauta do setor atualmente refere-se à certificação das propriedades produtoras livres da tuberculose e brucelose. "Essa pauta não é importante apenas para a inserção dos produtos lácteos no exterior, mas também para atendermos ainda com mais qualidade o mercado externo, afinal, trata-se de um tema de saúde pública", destacou e nesse momento estamos com dificuldade de antígenos para os testes. E essa compra e teste do pode ser autorizado pelo ministério da agricultura.

Palharini também mencionou a importância do diálogo com as prefeituras das cidades onde os laticínios estão sediados, tendo em vista que determinadas demandas, como logística e qualidade de energia elétrica passam diretamente pela administração das cidades. "O produtor de lácteos é uma micro indústria do município, ele gera ICMS para cidade que, em determinadas ocasiões, focam nos grandes empreendimentos de fora", afirmou.

Além do setor lácteo, os representantes das demais cadeias também falaram sobre as suas principais demandas. Na ocasião, os participantes puderam degustar produtos ofertados pelos setores presentes. Os associados do Sindilat disponibilizaram queijos e derivados para os convidados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Produção do leite deve buscar eficiência

A busca pela eficiência dentro e fora da porteira é o desafio do momento da cadeia do leite. Ao mesmo tempo em que quase 20 mil produtores abandonaram a atividade nos últimos três anos, conforme levantamento da Emater, muitos dos que permaneceram tiveram de se adaptar para aumentar produtividade e reduzir custos. Os desafios do setor pautaram a última etapa do ciclo Debates do Correio do Povo Rural, ontem, na Casa do Correio do Povoo no Parque de Exposições Assis Brasil. Entre os pontos consensuais está a necessidade de ampliar o controle sanitário visando o mercado externo. O desafio de abrir mercados fora do país passa pela necessidade de intensificar os avanços na qualidade do leite obtidos nos últimos anos. "Para podermos alcançar mercados mais exigentes, vamos ter que seguir buscando melhoria na qualidade do leite, tanto do ponto de vista nutricional, para aumentar a concentração de nutrientes, quanto do ponto de vista higiênico e sanitário, para diminuir a carga bacteriana e ter um controle rigoroso sobre brucelose em tuberculose", afirmou a pesquisadora Renata Suñé Martins da Silva, da Embrapa Pecuária Sul. 

De acordo com ela, o controle sanitário do rebanho está entre os aspectos em que ainda há pontos a avançar, o que, por sua vez, se refletirá na remuneração ao produtor. "Se a gente conseguir colocar nas propriedades os conceitos de boas práticas e, com isso, obter uma qualidade do leite melhor, isso vai incidir sobre a bonificação do produtor", sustentou. A recente recuperação de preços ao produtor reduziu as perdas do setor, porém a oscilação dos valores ainda preocupa. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, um dos fatores que impactam na questão da eficiência é a logística da cadeia do leite. "Precisamos tentar achar, juntamente com o governo, uma política de incentivo na questão do transporte", explicou. 

O dirigente destacou avanços como o Programa Mais Leite Saudável, o melhoramento genético ainda em curso e a previsibilidade obtida a partir do preço de referência do Conseleite, mas salientou que a iniciativa privada necessita da parceria do poder público em diversos aspectos. Um deles, percebido com força recentemente, foi a escassez da tuberculina, antígeno utilizado para testes de tuberculose bovina, ocorrida ao mesmo tempo em que a cadeia incentiva o controle da doença nas propriedades rurais. "Temos uma produção pequena no Brasil, só de um laboratório em São Paulo, e aí não se agiliza a questão de trazer de fora do país", reclamou.

O presidente da Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul, Alcio Azambuja de Azambuja, destacou que o grande problema é a insegurança provocada pela oscilação nos preços, considerando que seria interessante para o produtor uma maior estabilidade no que se refere a políticas de pagamento. "Fala-se em eficiência do produtor, mas quem consegue se programar nesta inconstância de mercado?", questionou. Azambuja destacou que os gaúchos caíram para a terceira posição no ranking dos estados produtores, após ocuparem a segunda colocação. 

Também observou que o Rio Grande do Sul conta com a maior capacidade de expansão, especialmente na Metade Sul. Além disso, Azambuja lembrou que a produção leiteira está presente em 98% dos municípios gaúchos e que a cadeia merece ser pensada levando-se em conta essa capilaridade. O presidente da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, salientou que a produção gaúcha triplicou nos últimos 15 anos. Junto com isso, veio a ampliação do portfólio das indústrias. Para Rodrigues, é importante que a cadeia do leite pense em conquistar reconhecimento da sua qualidade para atender aos diversos mercados, porém sem esquecer que há um espaço grande também no mercado interno. "Precisamos avançar no desenvolvimento de subprodutos do leite, de maior agregação de valor, para atender ao nosso consumidor que hoje está exigente", defendeu. Para que isso ocorra, na avaliação dele, a questão sanitária é um ponto fundamental. 

De acordo com Rodrigues, as cadeias leiteiras dos estados da região Sul têm se manifestado de forma consensual sobre o que deve ser feito, porém ainda há barreiras que se impõem relacionadas ao marco legal do setor. Apesar da recente recuperação nos preços pagos ao produtor, o agrônomo Giancarlo Fernandes Rubin, assessor especial da Emater, destacou a necessidade de que as discussões sobre os valores e a qualidade do leite sejam mantidas. Até porque, segundo ele, a variação positiva, que foi influenciada pela greve dos caminhoneiros, deve sofrer uma reversão nos próximos meses. "Se não continuarmos a discussão, na próxima feira, que é a Expodireto, vamos estar voltando ao assunto, porque o preço vai cair", ressaltou. Quanto à busca por eficiência, salientou a necessidade de que a propriedade seja analisada como um todo. A produtividade defendida pela Emater é de 15 mil litros por hectare, enquanto que a realidade no Rio Grande do Sul é de 6,5 mil litros. (Correio do Povo)

Cooperativa Santa Clara recebe Troféu Negócios da Terra
Ao completar 106 anos, a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa/RS, foi uma das homenageadas pelo Trófeu Negócios da Terra - Destaque Expointer, entregue na noite de quinta-feira (30/08). Na ocasião, o diretor-executivo Alexandre Guerra, que também é presidente do Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), recebeu a distinção das mãos do diretor comercial do SBT RS, Carlos Toillier. Na terceira edição, o Trófeu é concedido pelo SBT, Grupo Sinos, com patrocínio da Corsan e do Governo do Estado. A festa de entrega ocorreu na Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, reunindo empresários, representantes de associações, instituições e convidados. O Troféu leva o nome do programa do SBT voltado ao agronegócio. Foram reconhecidos os trabalhos de empresas e entidades na área do agronegócio nos diversos segmentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

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