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30/07/2018

Porto Alegre, 30 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.788

LEITE/CEPEA: Preço sobe em julho pelo 6º mês seguido e atinge recorde real para o período

Preço Cepea - O preço do leite recebido por produtores subiu em julho pelo sexto mês consecutivo e atingiu recorde real para o mês, de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Já quando considerados todos os meses da série histórica, a média de julho é a maior desde outubro de 2016, também em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de jun/18). 

O valor líquido recebido em julho (referente à captação de junho) fechou a R$ 1,4781/litro na "Média Brasil" (inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS e não contém frete e impostos), aumento de 14% em relação ao mês anterior. Desde o início do ano, a alta acumulada real é de expressivos 44%. Na comparação com julho/17, houve elevação de 15%, em termos reais. A média deste mês está abaixo da de outubro/16, quando foi de R$ 1,4817/litro.

A expressiva alta em julho esteve atrelada à paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio, e à tentativa do setor em normalizar suas atividades no pós-greve. Desabastecidos, os laticínios acirraram a competição para a compra de leite no campo no correr de junho, com o objetivo de recompor estoques. Além disso, o avanço da entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste e o "atraso" das pastagens de inverno no Sul do País seguiram limitando a captação em junho, influenciando a formação dos preços ao produtor em julho.

A valorização da matéria-prima também se refletiu em aumento das cotações dos derivados lácteos em junho. No entanto, em julho, o movimento altista não se sustentou. No acumulado da primeira quinzena de julho, o preço do UHT (leite longa vida) caiu 1,32% e, na segunda metade do mês (dados até 27/07), 9,4%, indicando a dificuldade do consumidor em absorver novas altas. Para agentes do setor, a queda dos preços reflete um novo equilíbrio do mercado, com a normalização dos estoques e com as cotações retornando a patamares condizentes com a demanda - ainda fragilizada por conta da estagnação econômica. 

Neste momento, é importante ficar atento aos preços do leite spot. Durante a primeira quinzena de julho, os valores em Minas Gerais subiram 28,1% em relação ao mês anterior, mas, na segunda metade do mês, houve queda de 6,6%, o que mostra que empresas têm tido dificuldades em manter o ritmo de valorização do leite no campo. 

O QUE ESPERAR PARA AGOSTO? - De acordo com agentes do setor, a oferta deve seguir limitada, fundamentados no clima adverso e no encarecimento dos grãos, o que deve impedir a mudança de tendência no mercado. Assim, a maioria dos colaboradores entrevistados pelo Cepea acredita em uma nova alta para o próximo mês. No entanto, uma parte dos colaboradores acredita em estabilidade nos valores em agosto, devido a dificuldades de consumidores em absorver novas valorizações dos lácteos. (Cepea)
 
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de junho/18)
 
 
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JULHO/18 referentes ao leite entregue em JUNHO/18
 
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
 
Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE
 
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.

 

Mapa completou 158 anos neste sábado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor, completou 158 anos neste sábado (28). Sua origem remonta ao tempo do Império, tendo sido criado pelo imperador Dom Pedro II, em 28 de julho de 1860, pelo decreto nº 1.067, ainda como Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

Em 1892, com a proclamação da República e a secretaria transformada em Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, os assuntos de agricultura passaram a ser tratados por diretoria dessa pasta. E, em 1909, as atividades foram incorporadas ao, então criado, Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio".

Em 2017, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, registrando crescimento de 13% em relação a 2016. No período, o setor foi responsável por 44,1% do total das vendas externas do Brasil. Com o crescimento do valor exportado sobre o das importações, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 81,86 bilhões, ante os US$ 71,31 bilhões do ano anterior. Foi o segundo maior saldo da balança do agronegócio da história, inferior apenas ao registrado em 2013 (R$ 82,91 bilhões).

O agronegócio no país compreende desde o pequeno até o grande produtor, reunindo atividades de fornecimento de bens e serviços à agricultura, produção agropecuária, processamento, transformação e distribuição de produtos de origem agropecuária até o consumidor final.

Sob sua gestão se encontram aspectos mercadológico, tecnológico, científico, ambiental e organizacional do setor produtivo e também dos setores de abastecimento, armazenagem e transporte de produtos das safras agrícolas, além da gestão da política econômica e financeira do agro.

Com a integração do desenvolvimento sustentável e da competitividade, o Mapa visa à garantia da segurança alimentar da população e a produção de excedentes para exportação,

O ministério conta com quatro secretarias, 27 superintendências estaduais, unidades locais, rede de seis laboratórios, além de duas vinculadas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que abrigam cerca de 11 mil servidores espalhados por todo o Brasil.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são empresas públicas que atuam sob ingerência e coordenação do Mapa. Também são entes descentralizados do ministério, organizados sobre a forma de sociedades de economia mista, as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A (Ceasa/MG), a Companhia de Armazéns, Silos de Minas Gerais (Casemg), Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O ministério coordena ações e políticas de 28 Câmaras Setoriais e 8 Câmaras Temáticas relacionadas aos diversos setores produtivos do agronegócio brasileiro. (As informações são do Mapa)

 

Regulação: Portal permite acompanhar temas para 2018 

Agenda Regulatória - A nova página de acompanhamento da Agenda Regulatória 2017-2020 (AR 2017-2020) permite que qualquer cidadão conheça as atividades regulatórias da Anvisa, o que envolve cada tema e saiba o que estará acontecendo ao longo do ano no processo de regulação. 

O conteúdo no portal da Anvisa foi remodelado e apresenta, de maneira simples e objetiva um descritivo sobre o tema que está sendo regulado, os problemas inicialmente identificados e, dentro de cada processo de regulação, exibe o cronograma previsto para 2018, com as etapas e as atividades relacionadas ao fluxo regulatório.

Acompanhamento
A lista de 126 temas da Agenda Regulatória (AR) para o quadriênio 2017-2020 foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa e publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 6 de dezembro de 2017 (confira a publicação na íntegra ou a lista de temas em PDF). A inserção de um tema na AR é a primeira etapa do processo de regulação. Durante o processo é incentivada a participação colaborativa de toda a população e por isso é importante ter transparência e permitir o acompanhamento dos temas da Agenda. Para conferir as informações disponíveis, basta acessar no menu do portal da Anvisa na área de Regulamentação/Agenda Regulatória/ Acompanhamento dos temas (http://portal.anvisa.gov.br/2017-2020/temas) e, no painel exibido, escolher a área de atuação do seu interesse entre os 15 macrotemas da Agenda Regulatória da Agência. Nesta área é apresentada a lista de temas que serão regulados, informações descritivas de cada um e, em seguida, os processos regulatórios relacionados e o cronograma previsto de atividades para este ano. Para mais informações é possível acessar o arquivo com a ficha de planejamento completa sobre o tema. 

A cada atualização, o indicativo da versão da ficha também será alterado. O conteúdo de alguns temas ainda está sendo trabalhado pelas gerências da Anvisa e, assim que for finalizado, as fichas serão incorporadas ao Portal. O objetivo é ampliar o acompanhamento da Agenda com monitoramentos semestrais e assim garantir ainda mais transparência e informações ao público sobre os temas em andamento, já concluídos ou mesmo com indicativo para arquivamento. (Anvisa) 

Argentina - Os produtores insistem em um preço de referência para o leite 
Produção/AR - Estiveram reunidos em Buenos Aires com os ministros das seis províncias que concentram a produção de leite da Argentina. Os produtores precisam construir um horizonte para o setor que se encontra estagnado há vários anos. Na reunião com os ministros das províncias, os produtores de leite reivindicaram preço de referência para o leite cru, políticas bem definidas para o setor lácteo e o compromisso de que as obras de infraestruturas seriam realizadas pelas províncias para melhorar o acesso às fazendas e as estradas das distintas bacias leiteiras. Na reunião, que foi realizada na Província de Santa Fe em Buenos Aires, "foram reiteradas reivindicações que são feitas pelos produtores de leite, há anos, como contar com um mercado mais transparente, com preços de referência e que sejam pagos por sólidos e não por litro de leite, que é uma forma de reconhecer a qualidade", contou ao Clarín rural, Roberto Tion, o secretário de pecuária de Santa Fe. A maioria das reivindicações foi resumida no trabalho apresentando pela Confederação Rural Argentina (CRA), que também vê a necessidade de estabelecer um projeto base para o setor lácteo. "As província também se comprometeram a resolver problemas pontuais em estrada, vias e infraestrutura", assegurou Tion. De imediato, a principal reclamação é em relação ao preço do leite fluido. Os produtores estão recebendo entre 6,70 e 7,00 pesos por litro, e asseguram que precisam de mais de 8 pesos para "cobrir" os custos de produção e tornar o empreendimento viável. (agrositio - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

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