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22/01/2016

         

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.191

 

  Região Sul lidera ranking regional do valor bruto da produção agropecuária

O Sul do país teve maior participação no valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2015. Do montante de R$ 498,5 bilhões alcançados no ano passado, os três estados da região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) foram responsáveis por um faturamento de R$ 145,6 bilhões dentro dos estabelecimentos rurais, segundo números da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No ranking por regiões do VPB 2015, elaborado pela Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, o Centro-Oeste aparece em segundo lugar, com R$ 135,2 bilhões, seguido do Sudeste, com R$ 127,4 bi, Nordeste, com R$ 46,9 bi, e Norte, com R$ 29,1 bi.

Valor Bruto da Produção Brasil por Regiões - 2015
 

Soja, bovinos, cana-de-açúcar, milho e café foram os produtos com maior VBP no ano passado, destacou o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques. "Milho, soja e carne bovina apresentaram o maior valor bruto da produção nos últimos cinco anos." Ainda de acordo com ele, 2015 também foi o de melhor resultado para outros produtos ao longo dos últimos anos, com destaque para cebola, suínos, frango e ovos. (As informações são do Mapa)
 

 
USDEC: 7 razões pelas quais a recuperação no setor leiteiro não é iminente
Os mercados mundiais de lácteos continuam com excesso de oferta. Na última edição do Global Dairy Market Outlook, do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), foram identificadas sete razões pelas quais uma recuperação global não parece ser iminente:

1) Economia mundial frágil. As notícias do começo do ano novo estão dominadas pela ansiedade sobre as commodities globais e os mercados acionários. Os preços do petróleo estão em seus menores níveis em 12 anos. Os preços dos grãos estão em seus menores níveis desde 2009 e a previsão continua fraca. Os mercados globais de ações estão agitados. As preocupações sobre a sanidade da economia da China continuam aumentando. Isso reflete amplamente uma fragilidade na economia mundial, o que não sugere uma recuperação do setor leiteiro em curto prazo. 

2) Ampla oferta global de lácteos. Grandes estoques, tanto no lado das vendas como no lado das compras da cadeia de fornecimento, bem como os estoques do governo da União Europeia (UE), limitarão as previsões de recuperação nos próximos meses. Até 10 de janeiro, os estoques de intervenção da UE estavam em 46.639 toneladas após uma oferta de 6.359 toneladas na semana anterior. Em 6.000 toneladas por semana, o limite de 109.000 toneladas será alcançado até março - bem quando o pico da primavera estará ocorrendo. Nos Estados Unidos, os estoques comerciais de queijos, manteiga e leite em pó desnatado no final de novembro eram de 115.000 toneladas, maior do que o normal para o período.

3) Produção de leite na UE. A produção de leite em outubro foi estimada como sendo 4% maior do que no ano anterior. O USDEC estimou que a produção de novembro aumentou quase 4% e previu um aumento de 1 a 1,5% com relação ao ano anterior na primeira metade de 2016. Nos oito meses desde que as cotas de produção chegaram ao fim, as entregas de leite na Irlanda e na Holanda aumentaram 10%. Isso mais do que compensou um declínio de 3% na produção na Nova Zelândia na primeira metade de sua estação de 2015/16.

4) Ainda esperando a China. As importações da China foram acima dos níveis do ano anterior em novembro (embora com relação a uma baixa comparável). Além disso, as exportações da Nova Zelândia à China aumentaram dramaticamente em novembro, o que sugere bons volumes de importação da China em dezembro. Entretanto, essas compras devem ter sido principalmente devido à empolgação anual da China pelo leite em pó com baixas tarifas da Nova Zelândia, que são redefinidas no começo de cada ano. Os processadores chineses parecem ter finalmente trabalhado para reduzir os estoques a níveis confortáveis, mas embora o crescimento da produção doméstica seja modesto, até agora ainda está crescendo suficientemente para mitigar a necessidade de uma mudança no jogo nas importações.

5) Preços estagnados. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado. O preço de intervenção da UE para leite em pó desnatado (cerca de US$ 1.844/tonelada a taxas de câmbio atuais) colocou um piso sobre os preços agora. Entretanto, não há urgência na oferta de preços mais elevados dados os atuais excedentes. Os preços caíram em 19 de janeiro no leilão GDT, segundo declínio seguido. O leite em pó integral ficou em média em US$ 2.188/tonelada e o leite em pó desnatado ficou em US$ 1.835/tonelada. Os comerciantes não antecipam muita melhora nos próximos meses; em 19 de janeiro, os futuros na NZX para leite em pó integral ficaram em média em US$ 2.297/tonelada para o segundo trimestre de 2016.

6) Clima. Um dos direcionadores relacionados ao clima que poderia ter apontado os mercados para um território positivo moderaram nos dois últimos meses. A ameaça do El Niño na produção de leite da Nova Zelândia diminuiu à medida que os neozelandeses já passaram pelo pico. Nos meses de pico, de outubro e novembro, a produção de leite da Nova Zelândia caiu apenas 2,4% com relação ao ano anterior. 

7) Pequena urgência para compradores. Os compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo - Argélia e Venezuela, em particular - tenham reduzido as compras nos últimos meses. Assim como todas as commodities, os lácteos precisam de uma história de alta para impulsionar um aumento global. Atualmente, essa história não existe. A avaliação anterior do mercado feita pelo USDEC continua a mesma: levará grande parte de 2016, se não o ano todo, para os mercados se reequilibrarem. (As informações são do blog do USDEC)

Relatório aponta que mercado global de queijos superará US$ 100 bi até 2019

O mercado global de queijos tem visto um enorme crescimento nos últimos anos e continuará vendo até exceder US$ 100 bilhões em 2019, de acordo com um relatório recente do Transparency Market Research. O relatório, chamado "Global Cheese Market - Industry Analysis, Size, Share, Growth, Trends and Forecast, 2013 - 2019", disse que o mercado tinha um valor de US$ 79,5 bilhões em 2012 e deverá ter um valor de US$ 105,1 bilhões em 2019. O mercado teve e continuará tendo uma taxa de crescimento de 4,4% ao ano, de acordo com essas projeções.

Analistas acreditam que o mercado de fast food é o que atualmente está direcionando o maior interesse por queijos no mundo. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) disse em dezembro de 2015 que a demanda dos setores defast food e food service poderiam ajudar os preços dos queijos a voltar a níveis normais em um futuro próximo. Além do mercado de fast food, o relatório disse que a capacidade dos consumidores de gastar dinheiro com queijos finos ajudou o mercado a se tornar mais proeminente nos últimos anos.

Uma questão que pode afetar de forma adversa o crescimento dos queijos como mercado é o prazo de validade relativamente curto do produto. O site da DCI Cheese Company diz que os queijos que têm menor prazo de validade são os macios não amadurecidos, como ricota e queijo cottage, que têm um prazo de validade de duas a quatro semanas. Por outro lado, queijos duros, como o parmesão, têm um prazo de validade de sete a nove meses. Os queijos processados podem durar até um ano. 

Embora a urbanização de países como China, Coreia do Sul e Brasil tenha aumentado a demanda de cada uma dessas áreas por queijos, grandes players ainda continuam no topo. O relatório disse que a Europa detém 38,8% de participação no mercado global de queijos, com a América do Norte vindo em seguida, com 32,7%. O relatório também apontou que a Europa é o maior mercado do mundo, porém, o USDEC anteriormente disse que os Estados Unidos é que possui esse posto.

A Ásia Pacífico está vendo o maior crescimento durante o período previsto pelo relatório, à medida que a região verá um crescimento de 7,9% por ano até 2019. (As informações do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Protestos/Uruguai

O campo está cansado e saiu para manifestar. Isto ocorreu ontem, especialmente por produtores jovens, surpreendendo os próprios dirigentes rurais que vinham negociando com autoridades do governo durante o ano, pelos mesmo motivos dos protestos, que ocorreram em onze pontos diferentes no interior do país.

A iniciativa, que surgiu espontaneamente pelas redes sociais no dia 13 de janeiro, foi iniciada por um produtor de 27 anos da zona de Libertad, San José, Marcos Algorta Antía, um pecuarista que pediu reconsiderar os aumentos das tarifas públicas, redução dos preços dos combustíveis, aumentar o patrulhamento rural noturno, medidas de proteção à horticultura, "que apareça o pagamento da Venezuela" e que o Estado aperte o cinco para folgar o cidadão. O líder da mobilização pertence ao setor lácteo, que, até bem pouco tempo demonstrava sua pujança econômica e exportadora e que agora reclama por melhores condições para desenvolver sua atividade. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Reajustes salariais 
Os acordos de negociação salarial firmados em dezembro não conseguiram acompanhar o ritmo da inflação e, com isso, o trabalhador brasileiro terminou o ano com perda real em seu salário. É o que aponta levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados do Ministério do Trabalho (MTE). No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 11%, enquanto os trabalhadores com carteira assinada tiveram em dezembro, na mediana, aumento salarial de 10%. Em novembro os salários já haviam encolhido 0,3%. (Estadão Conteúdo)
 

 

 

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