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Porto Alegre, 30 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.531

 

Produção de leite da Nova Zelândia aumentará à medida que os preços se recuperam

 

A produção de leite na Nova Zelândia aumentará em 2017-18 pela primeira vez em três anos, segundo projeções da Fonterra, embora os volumes devam permanecer abaixo dos recordes, em meio a algumas preocupações financeiras persistentes na indústria. A Fonterra, que processa a grande maioria da produção de leite da Nova Zelândia, em sua primeira previsão de produção para a estação de 2017-18, que começou este mês, previu um volume de 1,575 bilhão de quilos de sólidos de leite (18,74 bilhões de quilos de leite). Isso representaria um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e colocaria fim em um período de queda da produção estimulado pela queda dos preços do leite, cortando os valores para menos dos custos de produção e deixando muitos produtores com dívidas substanciais.

O preço do leite da Fonterra aos produtores caiu de NZ$ 8,40 (NZ$ 6,12) por quilo de sólidos de leite em 2013-14 [equivalente a NZ$ 0,70 (US$ 0,51) por quilo de leite] para NZ$ 3,90 (US$ 2,84) por quilograma de sólidos de leite [equivalente a NZ$ 0,32 (US$ 0,23) por quilo de leite] duas estações depois. Entretanto, os valores se recuperaram para NZ$ 6,15 (US$ 4,48) por quilo de sólidos de leite [equivalente a NZ$ 0,51 (US$ 0,37) por quilo de leite] na última estação, com um pagamento previsto pela Fonterra de NZ $ 6,50 (US$ 4,73) por quilo de sólidos de leite [equivalente a NZ$ 0,54 (US$ 0,39) por quilo de leite] para 2017-18. "O melhor cenário de preço do leite deve dar suporte aos planos de produção de leite dos produtores", disse a cooperativa. Entretanto, as captações permanecerão abaixo do recorde de 1,62 bilhões de quilos de sólidos de leite estabelecidos em 2014-15, incentivados pelo impulso do pagamento recorde da estação anterior, com a natureza da produção de leite levando a um atraso na eficácia da influência dos preços nos volumes de produção.

De fato, recentemente o Instituto Reinz, embora tenha previsto uma recuperação de 6,8% nos valores das propriedades leiteiras da Nova Zelândia com relação ao ano passado, sinalizou a perspectiva de vendas forçadas. "A atividade instigada pelo financiador confirma os recentes comentários do Reserve Bank de que alguns produtores podem ter que lidar com os níveis de dívida acumulados nas últimas estações, sendo a venda a única opção nesses casos". Ainda assim, dados recentes de produção de leite da Nova Zelândia foram muito melhores do que se esperava, com a Fonterra inicialmente prevendo uma queda de 7% em suas captações para a estação passada, mais de duas vezes a taxa de queda realmente registrada.

No mês passado, a agência do Departamento de Agricultura dos EUA em Wellington aumentou em mais de 700 mil toneladas, para 21,9 milhões de toneladas, sua previsão para a produção de leite da Nova Zelândia em 2017, citando fatores que incluem clima favorável no início do ano, além de preços mais altos do leite. No geral, a recuperação do preço do leite está "aumentando a confiança dos produtores", que levará a compra de mais insumos para a fazenda, se for necessário. A previsão do número de vacas leiteiras não foi reduzida tanto quanto previsto anteriormente. Foi estimado 5 milhões de cabeças, 100.000 cabeças a mais do que o previsto anteriormente". (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 Fundesa recebe homenagem de fiscais agropecuários


Foto: Sarah Souza/Divulgação

A primeira edição do Prêmio Afagro Destaque Fiscalização Agropecuária, que reconhece personalidades e entidades que se empenharam pela valorização e fortalecimento da atividade no Estado, homenageou o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). A distinção foi na categoria Representação do Setor Produtivo, por ser entidade parceira nas demandas da fiscalização, culminando no fortalecimento do agronegócio gaúcho. O troféu foi entregue nesta quinta-feira (29/6), em Porto Alegre.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, recebeu o prêmio das mãos da fiscal estadual agropecuária Lucila Carboneiro dos Santos. O dirigente destaca que o fundo não é apenas uma instituição arrecadatória, ressaltando que o Fundesa mantem uma relação próxima do serviço oficial. "Isso garante a aplicação de recursos em insfraestrutura e capacitação dos técnicos de forma complementar ao que deve ser feito pelo setor público", comenta.

Confira a lista dos demais homenageados pela Associação dos Fiscais Agropecuários do RS:
- Ministério Público do RS
- Valdeci Oliveira, deputado estadual
- Jerônimo Goergen, deputado federal
- Luis Fernando Mainardi, deputado estadual e ex-secretário da agricultura
- João Carlos Machado, ex-secretário da agricultura
- CRMV-RS
- Sintergs
- DS-RS Anffa Sindical
- Fundesa
- Danton Jr. do jornal Correio do Povo
- Athia de Mello, fiscal aposentada
- Ex-presidentes da Afagro: Fanfa Fagundes Barbosa, Nilton Rossato, Maria da Graça Dutra, Fernando Thiesen Turna e Antonio Augusto Medeiros
- Homenagem especial: fiscal estadual agropecuária Paula Devicenzi (Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Exportações/NZ

As exportações da Nova Zelândia atingiram o maior nível mensal em mais de três ano, em maio, uma vez que o país foi beneficiado pelo aumento dos preços dos produtos lácteos exportados para a China. As exportações aumentaram 8,7%, chegando a NZ$ 4,95 bilhões em maio, comparadas com o mesmo mês do ano passado, e chegando ao maior nível desde março de 2014, de acordo com o Statistics New Zealand. As exportações de produtos lácteos lideraram o crescimento, com 42% de aumento nas divisas, que saíram de NZ$ 342 milhões, para NZ$ 1,16 bilhões. As exportações de leite em pó, manteiga e queijo da Nova Zelândia aumentaram pelo oitavo mês consecutivo, à medida que os preços dos produtos lácteos melhoravam no mercado internacional, proporcionando maior remuneração aos agricultores, e movimentando a economia local. 

As exportações para a China, o maior mercado da Nova Zelândia, saltaram 17% em maio, chegando a NZ$ 969 milhões, lideradas pelo aumento de 76% na venda de produtos lácteos. "Os preços mais elevados do leite em pó ajudaram a aumentar os valores das exportações nos últimos meses", disse Daria Kwon, gerente de estatísticas internacionais do Stats NZ. "As exportações de produtos lácteos para a China lideraram o aumento dos valores". (The Country - Tradução livre: Terra Viva)

Nova fórmula de comercialização de leite

Empresas criam consórcios. Haverá contratos e arbitragem da Bolsa. A ideia é garantir os preços. Consignação do leite, um instrumento criado em Santa Fe para mediar entre produtos e fábricas de laticínios, começou a funcionar como prova piloto. O projeto, desenvolvido durante o último ano e meio, é uma organização de segundo grau, onde cooperativas e bacias de produção colocam o leite cru à disposição da indústria. A ideia deste espaço é que funcione sob contrato, com arbitragem da Bolsa de Comercio de Rosario, e que gere um mercado institucionalizado que centralize uma parte da oferta. Desta forma, espera-se melhorar as condições de comercialização, bem como facilitar questões de logística e distribuição e os controles dos laboratórios sobre qualidade do leite. "Já estamos trabalhando com 7 empresas: 5 cooperativas, uma sociedade anônima e um Acordo de Comercialização Empresarial (ACE). Começamos o teste em maio, formando um grupo, o que representa um caminhão aproximadamente 30.000 litros por dia. 

Em junho duplicamos o volume: cada empresa contribuiu com duas equipes", explicou Marcelo Dándolo, presidente da Sociedad Rural Las Colonias e membro da Consignação, que já vende matéria prima a 3 PyMES. Assim, nesta primeira fase, o consórcio vendeu 200.000 litros de leite em maio e uns 400.000 em junho. Segundo Dándolo, o projeto estará em operação em um prazo de aproximadamente 70 dias, uma vez que concluídos os trâmites jurídicos para que o organismo seja um Consórcio de Cooperação Empresarial. "A Consignatária venderá a qualquer empresa, buscando eliminar a venda informal do produtor para a indústria. Agora a transação será feita através de contratos e os preços não serão por litro, mas, por sólidos e qualidade da matéria-prima", assegura o presidente da Sociedad Rural Las Colonias. Desta forma, a ideia é melhorar as condições do setor lácteo, que atravessa um momento de crise, mantendo preços fixos que permitam a subsistência dos produtores. "Agora haverá um preço de referência, assim como por exemplo, existe para a soja. A província produz 5 milhões de litros de leite por dia. Esperamos que paulatinamente se chegue a canalizar toda esta produção através da Consignação", conclui Dándolo. (Campo En Acción - Tradução livre: Terra Viva)

 

Estoques/UE
A intervenção permite que a Comissão Europeia compre 60.000 toneladas de manteiga e 109.000 toneladas de leite em pó desnatado (SMP), entre 1º de março e 30 de setembro, todo o ano, com os preços fixos de €2.217/tonelada e €1.698/tonelada, respectivamente. O objetivo é estabelecer um piso mínimo no mercado durante períodos de preços baixos. Depois que o volume atinge o limite, o produto pode ser oferecido nos estoques de intervenção através de licitação, e não será mais a preços pré-estabelecidos. Não houve oferta de SMP para os estoques públicos de intervenção desde 15 de maio. Desde o dia 1º de março foram adquiridas apenas 7.937 toneladas. Houve, no entanto, uma proposta bem-sucedida de vendas dos estoques de intervenção na última rodada, com a Bélgica vendendo 100 toneladas ao preço de €1.850/tonelada. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

 

Porto Alegre, 29 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.530

 

  Nestlé fomenta produção de leite orgânico no país

Líder na captação de leite no Brasil, a suíça Nestlé iniciou um movimento no setor que, embora modesto à primeira vista, tem potencial para gerar mudanças significativas no mercado de lácteos nos próximos anos se for bem-sucedido. Atenta ao crescimento da demanda por alimentos naturais nos últimos anos, a empresa decidiu fomentar a produção de leite orgânico e está começando a experiência na região de Araraquara (SP), onde tem fábrica e produz leite longa vida com as marcas Molico, Ninho, além de leite condensado. O projeto-piloto começou há um ano, quando a área de captação de leite da empresa na região iniciou a busca por interessados em produzir a matéria-prima de forma orgânica, isto é, de maneira sustentável, sem a utilização de adubos químicos ou agrotóxicos na produção do alimento do gado leiteiro e com uso de medicamentos homeopáticos ou fitoterápicos no cuidado dos animais.

A Fundação Mokiti Okada, que pesquisa agricultura natural, e a Embrapa Pecuária Sudeste também participam do projeto. Segundo Taissara Martins, agrônoma responsável pelo desenvolvimento de fornecedores da Nestlé, houve interesse por parte de 50 produtores de leite na região, mas apenas 11 foram contratados na atual fase do projeto. A razão para esse número restrito é que parte deles não tinha como readequar a propriedade à produção orgânica, caso de um pecuarista cuja fazenda tem, com frequência, sobrevoo de aviões para fumigação de lavouras de cana vizinhas. Atualmente, esses 11 produtores -- um já tem o selo de produção orgânica e os demais estão em conversão - fornecem 6 mil litros de leite por dia à fabrica da Nestlé em Araraquara, e segundo a agrônoma há outros 20 a 30 produtores em prospecção. "O plano é, com esses novos produtores, alcançar 20 mil a 30 mil litros por dia, no primeiro semestre de 2019", afirma ela. Se essa meta da Nestlé for alcançada, a produção brasileira de leite orgânico, hoje estimada em apenas 20 mil a 30 mil litros por dia em todo o país, irá praticamente dobrar, observa Taissara Martins. Essa produção diária nacional atualmente equivale a 5 milhões de litros por ano, o mesmo volume de leite que a Nestlé recebe a cada dia para processamento em suas 10 fábricas do Brasil. 

Por ora, o projeto de orgânicos da Nestlé está restrito à região de Araraquara, mas o plano é expandir para outras áreas do país, afirma Rachel Müller Galvão, gerente executiva de marketing lácteos da empresa. Até porque é necessário ter escala. Segundo ela, o "propósito da Nestlé de impactar positivamente a vida das pessoas" é um dos motores do projeto, além da busca do consumidor por produtos considerados mais saudáveis. O plano da companhia, diz, é lançar leite UHT orgânico, mas a marca ainda não está definida. A Nestlé já atua no segmento de orgânicos em outros países. Na Europa, onde a agricultura orgânica é bastante desenvolvida, produz iogurtes, café, chá e papinhas. Nos Estados Unidos e México, tem linha de iogurtes e produtos culinários, por exemplo. No Brasil, a oferta de leite orgânico é restrita. Uma das marcas mais conhecidas é o leite Timbaúba, produzido pela Fazenda Timbaúba, de Alagoas. 

De acordo com estimativas de mercado citadas pela Nestlé, há hoje no Brasil apenas 50 fazendas produzindo leite orgânico, daí a oferta bastante modesta. Um dos grandes desafios, diz Taissara Martins, é a necessidade de desenvolver as cadeias de produção orgânica dos grãos, como milho e soja, utilizados na alimentação do rebanho. "Estima-se que menos de 1% da produção do milho do Brasil seja orgânica", afirma. O tempo necessário para a conversão à produção orgânica de leite é outro desafio: de 21 a 24 meses entre a conversão do pasto e dos animais e a adequação de estrutura para a produção. Conforme explica a agrônoma, a conversão do pasto leva 12 meses e a dos animais, seis meses. A certificação de orgânica - neste caso, conferida pelo IBD - só é obtida após 18 meses e auditorias que verificam se as exigências estão sendo seguidas. Diante das dificuldades, o projeto de fomento da Nestlé busca dar estímulos para que o pecuarista aposte na produção orgânica, pois há custos na adequação. A empresa, que fez contratos de 36 meses com os produtores, ainda está recebendo leite convencional da maior parte dos fornecedores que aderiram, uma vez que eles ainda estão em processo de conversão. No entanto, paga pelo litro do produto como se fosse leite orgânico. "É uma forma de encorajar o produtor, já que ele ficará durante 18 meses com custos maiores, fazendo as adequações", observa Taissara. 

Afora isso, a empresa auxilia na compra da ração orgânica para o consumo das vacas. De acordo com a agrônoma, a Nestlé contata os fornecedores dos grãos orgânicos e lhes garante que o produto será adquirido pelos pecuaristas. Com isso, consegue preços mais competitivos. Os produtores também obtêm mais prazo para pagar. A Nestlé também subsidia a assistência técnica aos produtores, que é feita pela Fundação Mokiti Okada, de Ipeúna (SP). Além disso, a equipe de profissionais (zootecnistas, agrônomos e técnicos agrícolas) da Nestlé na região recebe capacitação técnica da Embrapa para que promovam a adoção de tecnologias sustentáveis e boas práticas na fazenda entre os produtores. (Valor Econômico)

 

 Rótulos/EUA 

A etiqueta com base na proposta Country Of Origin Labeling (COOL), [Rotulagem do País de Origem], está de volta ao noticiário. A controversa rotulagem havia caído por decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas ressurgiu através de um processo do Departamento de Agricultura (USDA). Os apoiadores da COOL dizem que o USDA não deveria ter suspendido o programa e nem impedido o Congresso de fazê-lo. Espera-se que o COOL seja incluído nas renegociações do NAFTA e proposto para votação no Congresso. Os apoiadores da lei acreditam que agora têm um advogado de defesa na Casa Branca com o presidente Trump adotando sua agenda pró-América. Será que esta estratégia conseguirá trazer a COOL de volta? Ainda existem grandes obstáculos a serem superados. Encontrar uma forma de obter aprovação da OMC é crítico. Se você acredita que devemos ser parte da OMC ou não, devemos respeitar as regras, enquanto formos membros. 

Os críticos muitas vezes ignoram os casos em que a OMC decide a favor dos norte-americanos. Além disso, quem realmente conhece a intenção do Congresso? Não tenho certeza e talvez nem eles saibam. Além disso existem os consumidores. É até compreensível a paixão dos apoiadores pelo COOL, mas não acho que a paixão seja compartilhada pela maioria dos consumidores que tendem a considerar o preço na hora da compra, mais do que o rótulo de origem. Se as empresas estivessem certas de que obteriam algum benefício econômico com a rotulagem, esta forma de rotulagem seria adotada voluntariamente. Embora seja um conceito atraente, isso não é o suficiente para justificar a adoção do COOL. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)

Aftosa - RS prepara informações

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, e o coordenador do plano estratégico do Programa de Febre Aftosa, Plínio Lopes, estarão em Porto Alegre para receber informações sobre como o Rio Grande do Sul tem se organizado para atender os requisitos do plano estratégico que visa manter as condições de erradicação da doença, com a retirada da vacinação, no dia 4 de julho. Ontem, o serviço veterinário oficial do Estado e entidades fizeram uma reunião preparatória. (Correio do Povo)

Fiscalização - Ministério quer temporários 

O Ministério da Agricultura pediu autorização ao Ministério do Planejamento para a contratação temporária de veterinários até a realização de concurso público. Entre os argumentos está o de que a falta de pessoal impede a abertura de plantas frigoríficas e represa o aumento da produção nacional. A delegada do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários no Estado, Consuelo Paixão Cortes, criticou a iniciativa, que pode levar a nomeações políticas, e defendeu e a contratação por concurso público. (Correio do Povo)

 

 

Projeto prevê privatização
O Executivo protocolou ontem, na Assembleia Legislativa, o projeto de lei 125/2017, que autoriza as empresas a contratarem veterinários privados para o trabalho de inspeção sanitária de produtos de origem animal. O projeto vinha sendo discutido desde 2016 pela Secretaria de Agricultura e foi alvo de críticas dos fiscais agropecuários da casa. O governo defende que a contratação privada irá agilizar o serviço e atender a uma demanda para a qual não há pessoal disponível. (Correio do Povo)

 
 
 

 

Porto Alegre, 28 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.529

 

Conferência da IFCN na Alemanha avalia ciclo do preço do leite

A 18ª Conferência de Lácteos da International Farm Comparison Network (IFCN) foi realizada de 10 a 14 de junho em Kiel, na Alemanha, com participantes que avaliaram a análise mais recente dos desenvolvimentos em 2016 e 2017. Na última conferência da IFCN, durante a crise dos preços do leite, foi previsto que os mesmos se recuperariam no final de 2016.

Torsten Hemme, diretor-gerente da IFCN, comentou que é importante ver um cenário mais amplo dos ciclos no setor leiteiro, observando que o que começou em 2013 chegou ao fim.

Declínio na produção de leite
Os preços baixos persistentes nos últimos dois anos desencadearam uma resposta da oferta, com 2016 mostrando o menor crescimento da produção de leite desde 1998. Liderando o crescimento da produção de leite no ano passado estiveram Índia, EUA e Países Baixos, que compensaram o menor crescimento da produção com China, Brasil, Argentina e Oceania. A IFCN disse que o crescimento da demanda ainda não se recuperou com relação a 2006 ou níveis médios, ainda que não tenha sido devastador. Além disso, a demanda de importação de leite aumentou na China, Brasil, Filipinas e México.

Estabilizar ao invés de crescer
A IFCN disse que, em um futuro próximo, no entanto, vários elementos sugerem que os preços do leite provavelmente não aumentarão significativamente, mas sim, estabilizarão. Em termos de produção, desde outubro de 2016, o crescimento da produção de leite foi retomado em todo o mundo e vem aumentando. A questão dos estoques continua sendo uma grande incerteza e os níveis estimados ainda são substanciais. Além disso, os preços do petróleo e dos alimentos animais, importantes direcionadores do preço do leite, devem permanecer estáveis.

A IFCN disse que, após um crescimento constante nos números de fazendas no passado, houve uma redução global gradual desde 2014 em torno de 1,5% ao ano. No entanto, a produção de leite continua aumentando. Anders Fagerberg, presidente do conselho da IFCN, concluiu no final da conferência que a chave é lidar com a mudança e ter confiança e acesso aos dados. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 Uruguai - Preço do leite ao produtor continua em recuperação

O preço do leite pago ao produtor subiu pelo quarto mês consecutivo e ficou na média de UYU$10,14 por litro, [R$ 1,19/litro], conforme dados publicados pelo Instituto Nacional de la Leche (Inale). 

É o maior valor médio desde julho de 2014. O avanço foi de 1% em relação a abril e de 16% em relação a maio do ano passado, quando o preço médio foi de UYU$9,72 o litro. Em dólares o valor médio foi de US$ 0,36/litro, 30% a mais que os US$ 0,28/litro de um ano atrás. (Blasina y Asociados- Tradução livre: Terra Viva)

Cientistas criaram um leite de vaca com mais cálcio e menos lactose

Leite enriquecido - Pesquisadores do Conicet-Rosario apresentaram um leite de vaca rico em cálcio e com lactose reduzida, um alimento ideal para a maior parte da população. O fizeram através de um método que se baseia em casca de ovo e do kéfir, um conjunto de microorganismos similar ao iogurte originário do Cáucaso, que é milenar e se consome majoritariamente na Ásia. 

"Um adulto precisa ingerir, diariamente, o equivalente em cálcio ao conteúdo de um litro de leite. Mas, nem todos consomem esta quantidade, porque na idade adulta se perde o hábito de consumir lácteos, principal fonte de cálcio, somado a que algumas pessoas são intolerantes à lactose e tendem a evitá-los", explicou à Agência Télam, Alfredo Rigalli, diretor do Laboratório de Biologia Óssea da Faculdade de Ciências Médicas da Universidad Nacional de Rosario (UNR). Por isso, o pesquisador recorreu a "uma técnica doméstica" para provar em pessoas. "Foram feitas testes em voluntários, entre 15 e 20 pessoas sãs que trabalhavam no nosso próprio laboratório. Foram comparadas a urina dos voluntários que beberam leite sem tratar por um dia, com outros que durante o mesmo período, tomaram a bebida preparada com kéfir e casca de ovo". Dessa maneira, comprovou que "o corpo incorpora uma maior quantidade de cálcio com a segunda opção". "O resultado animou o laboratório: Desenvolver coisas que sejam aplicáveis, de baixo custo e bom resultado", destacou Rigalli, contando ainda que junto com a sua equipe de pesquisa já vinha experimentando a casca de ovo como fonte de cálcio para a alimentação. "Mas, para enriquecer o leite não era útil, porque é muito difícil de dissolver. Então, o kéfir foi a solução", acrescentou.

"Estes microorganismos consomem a lactose do leite produzindo o ácido láctico que por sua vez tem a capacidade de dissolver a casca do ovo, fazendo com que o cálcio passe para a bebida. Com este tratamento se conseguiu reduzir a lactose em 50%, e elevar o cálcio em outros 50%. Obtivemos assim um leite enriquecido com cálcio mediante um método natural e econômico, porque para isso utilizamos a casca de ovo", finalizou. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)

As importações chinesas de lácteos, em maio, se mantiveram firmes

Importações/China - Nos primeiros cinco meses do ano as importações chinesas de produtos lácteos cresceram 23% em dólares em relação ao mesmo período de 2016.  Em volume o crescimento foi de 1,4%. As importações de leite em pó integral (LPE) caíram 5% em volume, mas, aumentaram 21% em faturamento, segundo estatísticas publicados pelo site italiano CLAL.it. Apesar da baixa, continua sendo o principal produto importado com 253.781 toneladas. As compras de creme registraram o maior crescimento interanual medido em volume com uma alta de 35% nos cinco primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2016. Em valor, o soro de leite em pó foi o produto estrela, com elevação interanual de 52%. 

A participação do mercado dos Estados Unidos e da União Europeia cresceu em comparação com um ano atrás. Recentemente os Estados Unidos assinou um Memorando de Entendimento com Beijing para facilitar as exportações de mais de 200 empresas norte-americanas a esse mercado. Já a Comissão Europeia chegou a um acordo com a China sobre 100 produtos com certificação de origem protegida. As importações procedentes da Nova Zelândia caíram. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

PL 214/2015
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informa que foi retirado o regime de urgência do Projeto de Lei 214/2015, que trata da redução de 30% nos créditos presumidos do setor lácteo. A decisão atende a requerimento protocolado no final da tarde de terça-feira. Com a retirada da urgência, a matéria retorna à tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, na qual está sob a relatoria do deputado Elton Weber (PSB).  O sindicato segue acompanhando o assunto, principalmente levando-se em conta a necessidade de o governo apresentar contrapartidas que viabilizem a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

Porto Alegre, 27 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.528

 

 O mapa do Agro

Em 2006, a produção de soja no Rio Grande do Sul era de 7,7 milhões de toneladas. Hoje, soma 18,71 milhões de toneladas, aumento de 140%.

Essa é apenas uma das mudanças verificadas no hiato de 11 anos que separa o último Censo Agropecuário do atual, que começará a ser feito a partir de 1º de outubro em todo o país.

- Se o produtor responder corretamente o censo, isso irá lhe propiciar uma política pública correta - afirma Antonio Carlos Simões Florido, gerente do Censo Agropecuário do IBGE, que esteve no Estado para cerimônia que marcou a contagem dos cem dias para o início da pesquisa.

O trabalho deveria ter iniciado antes - o ideal seria fazer o censo a cada cinco anos -, mas foi postergado devido a cortes no orçamento. No projeto original, estava previsto R$ 1,6 bilhão para a execução. Mas a proposta fechou com R$ 505 milhões para 2017 e R$ 277 milhões para 2018. Foi necessário fazer adptações, como a do questionário, que ficou menor.

No Brasil, serão 18,8 mil recenseadores para mapear 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários (veja no mapa abaixo dados do RS). (Zero Hora)

 

Fatiamento - Um ano para a adaptação

O secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, assinou ontem, no Palácio Piratini, a portaria que estabeleceu o prazo de um ano para que mercados e açougues façam as adequa- ções físicas necessárias para atender às novas normas de fatiamento de produtos de origem animal. As regras para fracionar queijos e embutidos entraram em vigor em janeiro deste ano, mas não davam um tempo para as adaptações. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, Caroline Vaz, ressaltou que o Ministério Público "sempre esteve de acordo com este prazo, não só para os pequenos comerciantes, que têm mais dificuldades para uma rápida adequação, como para os gestores públicos municipais, que necessitam de capacitação prévia na área da Saúde para trabalharem essas mudanças". (Correio do Povo)

 

Leite/NZ 

A produção na Nova Zelândia crescerá em 2017/18 pela primeira vez em três anos, de acordo com projeções da Fonterra, ainda que os volumes permaneçam abaixo dos níveis recordes, em meio a preocupações financeiras da indústria. A Fonterra, que processa a grande maioria do leite produzido na Nova Zelândia, em sua primeira previsão para a captação em 2017/18, calcula 1.575 bilhões de quilos de sólidos totais (kg/MS). Isso representa crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior, e encerrar a desaceleração provocada por preços desencorajadores, que ficavam abaixo do custo de produção, deixando muitos agricultores com dívidas substanciais. O preço do leite ao produtor pago pela Fonterra despencou de NZ$ 8,40/kgMS em 2013/14, para NZ$ 3,90/kgMS duas temporadas mais tarde.

Luta com as dívidas
No entanto, o valor foi recuperado para NZ$ 6,15/kgMS na última temporada, com a previsão da Fonterra de iniciar 2017/18 com NZ$ 6,50/kgMS. "A melhora dos preços deve incentivar planos de produção nas fazendas", disse a cooperativa. No entanto, a coleta permanecerá abaixo do recorde de 1,62 bilhões de kgMS em 2014/15, incentivada pelo pagamento recorde da temporada anterior. A característica da produção de leite estabeleceu um atraso na eficácia da percepção dos sinais que afetariam os preços em decorrência do aumento da produção. O instituto Reinz, no início da semana, detectou recuperação de 6,8% no valor das fazenda de leite da Nova Zelândia em relação ao ano passado, sinalizando perspectivas de vendas forçadas. "A atividade, incentivada pelo financiador... confirma os recentes comentários do Banco Central de que alguns agricultores lutam para cobrir as dívidas acumuladas nas últimas temporadas, e em alguns casos, a venda é a única opção".

Redução do rebanho
Ainda assim, a produção registrada recentemente na Nova Zelândia foi muito melhor do que o esperado, com a Fonterra prevendo, inicialmente, 7% de queda na captação em relação ao ano passado, duas vezes mais, do que o declínio realizado. No último mês, o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Wellington acrescentou 700 mil toneladas, às previsões sobre a produção de leite da Nova Zelândia em 2017, chegando a 21,9 milhões de toneladas, atribuindo ao clima favorável no início do ano, junto com os preços elevados do leite. De um modo geral, a recuperação do pagamento do leite "aumenta a confiança dos agricultores, que poderão comprar insumos extras, se for necessário", disse a Agência. "O número de vacas leite não foi reduzido como o esperado anteriormente. A estimativa é de que existam 5 milhões de cabeça, o que representa 100.000 cabeças a mais em relação à previsão inicial". (Agrimoney- Tradução livre: Terra Viva)

 

CIRCULAR PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA (PERT)
CLIQUE AQUI para acessar a CIRCULAR sobre o parcelamento FEDERAL, a partir das regras da regulamentação da Receita Federal publicadas dia 21/06/2017. (Sindilat)

 
  

Porto Alegre, 26 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.527

 

Regras completam um ano

Um ano após a assinatura do decreto que regulamentou o Programa de Qualidade de Produção do Leite, por meio da chamada Lei do Leite, ocorrido no dia 24 de junho de 2016, entidades do setor comemoram avanços, mas ainda discutem formas de aperfeiçoar o texto. A identificação
dos caminhões, por meio de um adesivo, é uma das mudanças já observadas, embora o prazo para adequação não tenha se encerrado. "Como não temos perna para fiscalizar todo o leite transportado, um caminhão identificado serve para o consumidor observar se ele está fazendo alguma prática irregular", afirma o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes. 

Uma das principais novidades implementadas pela lei é a rastreabilidade dos produtores, a cargo das indústrias. "Antes, qualquer produtor que tivesse animais poderia estar entregando leite num laticínio", explica a fiscal agropecuária Karla Pivato Oliz, da Seção Técnica de Laticínios, Ovos e Mel da Seapi. O sistema identifica pendências, por exemplo, relacionadas às vacinas obrigatórias e à declaração do rebanho. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o grande mérito foi eliminar a figura do atravessador, o que "fez com que se tivesse uma segurança maior". O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirma que entidades tem se reunido para discutir ajustes. Um dos pontos a serem trabalhados é a integração entre os sistemas federal, estadual e municipal. "A lei veio preencher uma lacuna e, no decorrer do tempo, vamos ter que fazer os ajustes e adequações necessários.". (Correio do Povo)

Novo decreto prevê prazo para adaptação

O governo do Estado publicou no Diário Oficial, na sexta-feira, o decreto 53.598, que determina que a Secretaria Estadual da Saúde estabeleça um prazo para que supermercados, açougues e fiambrerias se adaptem às normas para o fatiamento de produtos de origem animal nestes estabelecimentos. O porcionamento é permitido desde que não sejam alteradas as características organolépticas (de cor, sabor, textura) dos alimentos. O deputado Gabriel Souza, líder do governo na Assembleia Legislativa, adiantou que o período para as adequações será de um ano. O parlamentar, representantes das secretarias da Agricultura e Saúde e entidades irão hoje ao Ministério Público Estadual (MP/RS) para combinar os detalhes deste período de transição. Publicado em novembro de 2016, o decreto 53.304 instituiu as normas para que os estabelecimentos fizessem o fracionamento das carnes, queijos e embutidos, em substituição à antiga lei, de 1974. 

No entanto, apesar dos sete meses de vigência, as apreensões de produtos fracionados nas empresas tiveram continuidade. O parlamentar afirma que muitas empresas confundem o fracionamento com a alteração do produto. "Se o mercado, por exemplo, temperar uma carne de porco para vender, ele terá que contar com um serviço de inspeção permanente, como acontece nas indústrias. Se ele só for fatiar o alimento atendendo claramente às regras deste novo decreto, está dispensado da inspeção", detalha Souza. O vice-presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Ezequiel Stein, diz que a entidade espera há 45 dias que o secretário da Saúde, João Gabbardo do Reis, valide uma cartilha informativa elaborada pela entidade. Este documento será distribuído aos associados com o objetivo de explicar didaticamente as novas normas. 

No entanto, a Agas ainda não obteve retorno por parte da secretaria. "A Agas sempre esteve ao lado do Ministério Público e das vigilâncias sanitárias porque somos totalmente contrários à venda de produtos clandestinos, vencidos, mau conservados", observa Stein. "Mas também somos contrários às apreensões de carnes e frios fatiados nos mercados. As empresas têm que se adequar às exigências do consumidor. Quem compra hoje em dia um queijo de cinco quilos para levar para casa?", acrescenta o dirigente. O decreto 53.304, de 2016, foi elaborado por um grupo técnico, que uniu governo, Ministério Público (MP) e entidades, para estabelecer regras claras para o porcionamento de produtos de origem animal. A ideia de uma nova lei surgiu após operações do Ministério Público que apreenderam grande quantidade de alimentos em mercados, restaurantes e outros, a partir de dezembro de 2015. (Correio do Povo) 

 

Entraves na diversificação

Alternativas ao fumo esbarram na infraestrutura precária e na dificuldade de acesso ao crédito
Na ordenha de balde ao pé, realizada duas vezes ao dia, os produtores de Venâncio Aires Alex Lauermann, 31 anos, e a mulher Micheli Freitas, 25 anos, perderam as contas de quantas vezes ficaram sem energia. Nem o transformador, instalado há cerca de dois anos pela prestadora do serviço que atende a região, resolveu o problema. A propriedade, com 10,9 hectares, destinava seis hectares para o fumo há cinco anos, quando a família decidiu investir em nova atividade antes do nascimento da filha Érica Laís, de um ano. A motivação foi a demanda do cultivo por mão de obra, cara e escassa. Hoje, são apenas dois hectares de fumo e o restante abriga 24 bovinos, sendo 10 de leite, além de açudes para irrigação e criação de carpas.

Sem tensão suficiente, o projeto de migrar do balde ao pé para ordenha canalizada está inviabilizado, assim como melhorar a irrigação na propriedade, já que o equipamento utiliza motor potente, demandando mais do sistema elétrico.

- Com energia, iríamos investir no leite, mas hoje o tabaco traz segurança - conta Lauermann, que enfrenta outro problema de infraestrutura: os 3,5 quilômetros de estrada de chão batido que o separam de uma rodovia asfaltada.

Quando chove, muitas vezes o produtor precisa socorrer o caminhão que vai até a propriedade de dois em dois dias fazer o recolhimento de 350 litros de leite.

Os obstáculos enfrentados por Alex e Micheli não são novidade para quem cultiva tabaco e entre os que buscam outras fontes de renda. Pesquisa sobre o perfil do produtor na Região Sul (veja na página ao lado), mostra que infraestrutura é um dos principais entraves na área rural - especialmente no Rio Grande do Sul.

- Energia elétrica é gargalo em todas as atividades e a diversificação fica especialmente impactada. Por exemplo: é necessário resfriador para o leite, secador para milho, energia para a criação de aves ou de suínos. E, à medida que se afasta da cidade, mais atividades alternativas e maiores as deficiências de estrada, telefonia, energia - explica Vicente João Fin, chefe do escritório municipal da Emater em Venâncio Aires. (Zero Hora)

Qual a tendência para o clima no segundo semestre?
De acordo com as últimas simulações dos órgãos de meteorologia internacionais, a expectativa para o segundo semestre de 2017 ainda será de neutralidade climática, mesmo com as águas do Oceano Pacífico equatorial central levemente aquecidas, mas ainda não o suficiente para classificar como El Niño. Com isso, a tendência para o clima no sul do país será de chuvas dentro e acima da média climática. Nas áreas que fazem fronteira com Uruguai e Argentina os desvios tendem a ser maiores, porém não com volumes muito elevados como ocorreu durante o outono. O impacto da chuva durante o inverno para as culturas é de forma positivo, pois com a ocorrência de episódios de chuva a umidade do solo segue elevada, beneficiando o desenvolvimento das lavouras. Em relação às temperaturas, as ondas de frio devem ser menos frequentes e duradouras, diferentemente do ano de 2016. Com isso, as lavouras de inverno podem ser afetadas com episódios de temperaturas baixas mais espaçadas. (Zero Hora)

 

 

Porto Alegre, 23 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.526

 

  Leite condensado desbanca leite em pó nas exportações

A crise na Venezuela gerou uma mudança no perfil das exportações brasileiras de lácteos. Nos últimos anos, o principal produto da pauta de exportações do Brasil era o leite em pó, graças às compras do país vizinho. Mas o recrudescimento da crise no país governado por Nicolás Maduro afastou os exportadores brasileiros. Como reflexo, o leite condensado, que até o ano passado era o segundo item mais exportado em valor, tornou-se o primeiro da lista neste ano, e já é vendido para mais de 20 países, segundo dados compilados pela Viva Lácteos, que reúne empresas do setor.

Entre janeiro e maio deste ano, a receita com as vendas externas de leite condensado correspondeu a 43,2% do total de US$ 50,728 milhões em lácteos exportados pelo Brasil. Em igual intervalo do ano passado, equivaliam a 24,1% do valor das exportações, que então somaram US$ 52,229 milhões. Já a receita com os embarques de leite em pó correspondeu a apenas 15,6% do total de janeiro a maio deste ano. No mesmo período de 2016, as vendas de leite em pó representavam 48,2% do total exportado.

 


Com a redução nas vendas de leite em pó para a Venezuela, o país também perdeu relevância entre os importadores. No acumulado até maio, Caracas importou apenas US$ 8,15 milhões em lácteos do Brasil, ou 16,1% do total. Um ano antes, havia importado 49,1% do total. De uma certa forma, o Brasil foi obrigado a reduzir o que o setor chegou a chamar de "Venezuelodependência", e as empresas tiveram de buscar diversificar produtos e destinos.

Hoje, segundo Gustavo Beduschi, assessor técnico da Viva Lácteos, o Brasil exporta leite condensado para 22 países da África, Oriente Médio e América Latina, principalmente. Apesar da redução das vendas à Venezuela, o país segue como o principal mercado para o leite em pó brasileiro. Bolívia e Paraguai também adquirem o produto do Brasil.

Embora os montantes ainda sejam pequenos, as exportações de queijos e requeijão pelo Brasil também vêm ganhando importância, segundo a Viva Lácteos. Entre janeiro e maio deste ano já representaram 14,3% do total exportado. Além da Rússia, o Brasil também exporta esses itens a Chile, Argentina e Uruguai.

Enquanto as exportações de lácteos seguem com pouco fôlego, as importações continuam em alta no acumulado do ano. As compras no exterior vinham perdendo força até abril, mas em maio voltaram a subir em relação ao mês anterior. Até maio, já totalizaram US$ 272,005 milhões, alta de 33,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2016. 

Mas a expectativa de analistas é que as importações recuem no segundo semestre. De acordo com Valter Galan, da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, a maior oferta no Brasil com a safra e o menor custo de produção devem desestimular as compras no exterior. Ele afirma que se as cotações internacionais do leite se mantiverem no patamar de US$ 3 mil a US$ 3,3 mil por tonelada e se o dólar ficar no nível atual "importar fica menos interessante". Isso porque com o aumento na produção, os preços domésticos tendem a cair tornando o leite nacional mais competitivo.

De fato, o mercado já sinaliza queda de preços da matéria-prima ao produtor, observa Laércio Barbosa, do Laticínios Jussara. Além do incremento da oferta de leite, a demanda está pouco aquecida. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Produção global de leite tende a se recuperar lentamente

Os níveis da produção global de leite continuam a se recuperar após a forte contração no fim de 2016, informa o Rabobank em seu relatório trimestral sobre o mercado de lácteos. No entanto, o ritmo da retomada é mais lento do que o esperado por analistas do mercado.

De acordo com análise do banco holandês, os preços mais altos ao produtor e as condições climáticas mais favoráveis estão dando um "necessário alívio" para os produtores de leite ao redor do mundo depois de três anos de declínio nas cotações do produto.

Os preços nos EUA continuam acima dos valores na Europa e Oceania, estimulados pela demanda local e exportações maiores, em função do dólar ligeiramente mais fraco. A expectativa do Rabobank é que se as margens de produção seguirem boas, a produção de leite nos EUA continuará a crescer, depois de um leve tropeço no primeiro trimestre deste ano. Nos primeiros quatro meses do ano, a alta foi de 2% sobre igual intervalo de 2016. Além disso, o consumo doméstico de manteiga e queijo também deverá continuar a aumentar no país.

O Rabobank observa que as cotações médias ao pecuarista na Europa subiram no fim de 2016, mas permaneceram em patamares apenas moderadamente interessantes, o que levou a diferentes respostas por parte dos produtores. Pecuaristas na Irlanda, Polônia e Itália continuam a expandir a produção e também houve uma arrancada na produção tardia no Reino Unido no segundo trimestre deste ano.

No entanto, a produção como um todo na Europa cresce mais lentamente do que muitos esperavam, diz o relatório. No primeiro trimestre, foi 1,1% inferior a igual intervalo em 2016, e as indicações são de que a produção deve ficar atrás nos grandes países produtores também no segundo trimestre.

O fraco crescimento da produção na União Europeia, num período do ano em que os níveis de oferta de gorduras lácteas estão naturalmente deprimidos, e o forte aumento da demanda nos EUA têm contribuído para uma escassez global de gorduras lácteas, levando os preços da manteiga e do creme de leite a "níveis excepcionais". Neste ano, a tonelada alcançou quase US$ 6 mil, segundo o Rabobank, praticamente o dobro do patamar de 2016. "No curto prazo, para aliviar a pressão, processadores ficarão certamente tentados a elevar os preços ao produtor para estimular maior oferta de gordura láctea", afirma o relatório.

O Rabobank destaca ainda que a recuperação da produção de leite na América do Sul continua em ritmo lento, mas estável. No Brasil, os custos começaram a recuar e a produção e o consumo estão em recuperação. Ainda conforme o relatório, a Argentina também deve voltar a ampliar a produção no segundo semestre do ano.

Na Nova Zelândia, há mais otimismo com a nova safra do que havia nos últimos três anos e os preços iniciais ao produtor estão ao redor de 6,50 dólares neozelandeses por quilo de sólidos de leite. Conforme o banco holandês, o clima favorável na safra deve estimular um forte crescimento da produção.

Na China, relata o Rabobank, os preços ao produtor têm perdido força, restringindo o crescimento do volume de grandes fazendas de produção e forçando pequenos produtores a deixar a atividade. Isso significa que "mesmo um crescimento medíocre do consumo tem conseguido superar o aumento da oferta".

Como os estoques no país asiático estão baixos, a expectativa do Rabobank é que os níveis de importação da China terão de aumentar muito mais rápido no segundo semestre de 2017 e que o crescimento da importação em todo o ano ficará perto dos 20% já previstos.

De uma maneira geral, diz o banco, a expectativa é que recuperação da produção mundial continuará. Para a instituição, o aumento estrutural da demanda por gorduras lácteas é uma questão que levará mais tempo para ser solucionada, e há necessidade de que os preços se ajustem para refletir as mudanças nos padrões de consumo. Será preciso também novos incentivos de longo prazo para estimular a produção de mais gordura. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Estados defendem modernizar legislação de inspeção

Os secretários estaduais de Agricultura defenderam, nesta quarta-feira (21), mudanças para modernizar a inspeção de produtos de origem animal. Eles querem autorização, por lei federal, para inspeção privada, com a permissão para que estados que adotam esses serviços possam comercializar os produtos dentro do país. O pedido foi apresentado durante reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), em Brasília.

A inspeção é tratada distintamente da fiscalização e da auditoria, ambas de competência exclusiva de governo. Diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), Guilherme Marques ressaltou que trata-se de uma experiência já adotada no mundo inteiro e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Um dos principais defensores da mudança é o Rio Grande do Sul. Seguindo modelos já adotados em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, o estado elaborou proposta de lei estadual para contratar inspeção privada para esses produtos. O governo gaúcho alega que, da maneira como está a lei federal atualmente, a comercialização, nesse caso, é limitada a municípios do próprio estado de origem. O secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, disse que o Mapa vai estudar o assunto. (As informações são do Mapa)

Leite/Oceania 

A média de manteiga de leite na Austrália em abril foi 0,6% acima do valor de um ano antes. A média de proteína foi de 0,1% na mesma comparação, de acordo com a Dairy Australia. Em abril de 2017 a produção de leite caiu 6,3% em relação a abril de 2016. A produção de leite na Austrália na temporada está 8% menor, em relação à temporada imediatamente anterior. Muitos analistas acreditam que a produção de leite na Nova Zelândia no final da temporada será maior do que o esperado. As pastagens estão boas. Embora tenha sido antecipado preços melhores na próxima temporada, o valor ainda é incerto. Os produtores estão esperançosos. A recente força nas cotações, especialmente da manteiga, deverá ajudar a manter o preço do leite ao produtor. A preocupação agora é que, após alguns anos difíceis, os produtores respondam com maior produção de leite ao aumento da remuneração da matéria-prima, o que pode pressionar novamente os preços para baixo. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Produção/UE
A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou ligeiramente em abril passado (+0,7%) em comparação com abril de 2016. Foi o primeiro mês a registrar aumento desde maio de 2016. 15 Estados membros tiveram queda de produção de leite em abril. No caso da Espanha houve incremento de 2,3%. As entregas acumuladas de leite entre janeiro e abril de 2017 foi 1,5% menor do que as verificadas no mesmo período de 2016. Todos os países apresentaram queda na captação, exceto, Chipre, Irlanda, Polônia, Bulgária, Itália e Romênia, que aumentaram. Os dados acumulados da Espanha apresentaram queda de 0,3%. A produção de leite desnatado em pó na UE diminuiu 9,7%, e de manteiga 5,3%, entre janeiro de abril de 2017. A produção de leite em pó integral, leite de consumo e leite fermentado também caiu, mas, em menor proporção. Já queijo, leite concentrado e creme, foram os únicos produtos que tiveram aumento de produção de janeiro a abril de 2017. (AAgrodigital- Tradução livre: Terra Viva)

 
 
 

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.525

 

  Conseleite pede atenção aos prejuízos com PL 214

O Conseleite/RS encaminhou nesta quinta-feira (22/06) um ofício aos membros da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS), que pede que o Projeto de Lei (PL) 214, que prevê a retirada de 30% de créditos presumidos das indústrias, não prejudique o setor lácteo. O presidente do Conseleite e do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, entregou o documento ao deputado estadual Elton Weber e lembrou da importância do diálogo entre as instituições responsáveis para o andamento do projeto. "Corte de crédito é aumento de impostos", alertou, salientando que os incentivos das indústrias de laticínios são fundamentais para a manutenção de uma produção rentável.

Para Guerra, um dos fatores que enfraquecem a competitividade é o perfil importador que o país possui, o que contrapõe o caráter exportador do Estado. "O que vem de fora entra no Brasil por 35 centavos de dólar, equivalente a R$ 1,15. Não conseguimos produzir a custo de leite importado", destacou. Segundo o presidente, o índice de redução de produtores de leite do Estado, por ano, é de 7%, o que encarece e prejudica a produção. "Somos a cadeia que mais emprega, mais exige esforços e atenção". Ele lembrou, ainda, que não existe espaço para novas cargas tributárias, visto o dinamismo e a fragilidade do setor lácteo. "No mês passado, a soja e o milho caíram de preço, diminuindo os custos para o produtor. Neste mês, o excesso de chuvas fez o preço subir", exemplificou. "O Rio Grande do Sul fez e continua fazendo a sua parte para que possamos manter as famílias nas suas atividades".

O ofício foi entregue na presença dos deputados Edson Brum e Zé Nunes. O documento foi assinado pelo Sindilat, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Associação Gaúcha de Laticínios e Laticinistas (AGL), Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Gado Jersey, Gadolando e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Vitorya Paulo

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Junho de 2017 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Maio de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Junho de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Faesc)

Leite/Reino Unido 

Os produtores de leite no noroeste do condado de Cheshire pretendem exportar leite fresco para a China, estendendo a vida útil e mantendo-o fresco. A NEMI Dairy Ltd, em Audlem, perto de Nantwich, disse estar negociando para vender seu leite para as principais cidades do território chinês. O leite produzido pelos produtores tem vida útil longa e é enriquecido naturalmente com selênio.

Trabalhando com uma equipe de especialistas do Reaseheath College, a empresa de laticínios espera ter seu leite à venda na China até 1º de agosto deste ano e se tornar a primeira empresa britânica a exportar leite fresco para a segunda maior economia do mundo. Andrew Henderson, fundador e diretor geral da NEMI Dairy, disse à publicação Farming Life: "Devido ao tempo e à distância necessária para atravessar os continentes, há um problema em conseguir leite fresco para a China, mas nós encontramos um processo que não só tem a vida útil estendida, mas garante que o leite mantenha seu sabor fresco ". A unidade de produção de alimentos da Reaseheath trabalhou com Henderson para testar o leite e certificar que permanecesse fresco por mais tempo.

Henderson também participou de uma aula empresarial administrada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da faculdade e financiou o Programa de Crescimento Empresarial das PMEs em outubro. Ele lançou a empresa há mais de três anos, mas trabalha no conceito há mais de 10 anos.

"A equipe do Reaseheath foi excelente ao trabalharem na pesquisa e desenvolvimento para a vida útil do leite", disse Henderson. As propostas sobre a exportação de lácteos para a China estão sendo elaboradas há algum tempo. No início deste mês, Henderson recebeu uma delegação chinesa na Reaseheath para mostrar o trabalho que foi feito. Henderson e sua equipe também viajarão para Xangai para continuar as negociações. A Farming Life observou que a empresa de embalagens Shepton Mallet Framptons Ltd é um dos três únicos processadores britânicos com credenciamento e licenças necessárias para exportar para a China.

A distribuição será tratada com a Shanghai Extend Import and Export Co, que já forneceu e distribui produtos e frutos do mar na China. "Sabíamos que não podíamos realmente importar e distribuir fisicamente o leite, mas confiamos nos parceiros que identificamos", acrescentou Henderson. Ele disse que, se receber a permissão para abastecer a China será um grande diferencial para os produtores de leite britânicos. (The Dairy Site- Tradução Livre: Terra Viva)

 

Fundoleite terá novo debate
A proposta de remodelação do Fundoleite feita pela Ocergs foi apresentada ontem em reunião da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Na próxima semana, o assunto voltará ao debate, em reunião com o titular da Secretaria da Agricultura, Ernani Polo. - Vamos tentar fazer uma minuta de projeto de lei - diz o presidente da Frencoop, deputado Elton Weber (PSB). A sugestão da Ocergs é para que haja redução de 90% do valor cobrado na arrecadação do Fundoleite - quem paga são as indústrias de leite e o governo estadual. Outro ponto seria a diminuição do número de entidades que fazem parte do conselho gestor do fundo. A partir da modificação, a ideia seria retomar o convênio com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), que faria controle das políticas públicas do leite. O Fundoleite tem R$ 1,4 milhão em caixa - e passivo de R$ 4,5 milhões. (Zero Hora)

 
 

 

Porto Alegre, 21 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.524

 

  MUITA CONVERSA E POUCA DEFINIÇÃO

O governo do Estado tem reiterado que está aberto ao diálogo quando o assunto é o projeto de lei (PL) 214, que reduz em até 30% o crédito presumido das indústrias. Na prática, no entanto, quanto mais a proposta se arrasta na Assembleia Legislativa, mais difícil de prever qual será o desfecho. Ontem, o tema era o terceiro da ordem do dia, mas em reunião de líderes, optou-se por não realizar votação.

- Estamos dando tempo para discussão - afirma o líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB).

Mas lá se vão dois anos desde que o texto foi protocolado. Esteve em regime de urgência, depois voltou à normalidade e agora está com prazo determinado para a votação - passou a trancar a pauta.

Um dos muitos segmentos preocupados com a questão, a indústria de leite quer voltar a apresentar seus argumentos diante da Comissão de Agricultura amanhã.

- Mais uma vez repetimos: não existe espaço para nenhum tipo de redução. Diminuição de crédito é o mesmo que aumento de imposto - entende Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).

Como 60% da produção de leite vai para fora do Estado, qualquer alteração na tributação pode se converter em perda de espaço em mercados importantes.

- A manutenção dos créditos presumidos se impõe em razão da necessidade de manter a competitividade em relação a outros centros produtores - acrescenta Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do RS (Sips).

Kerber afirma que o setor se mantém permanentemente organizado na tentativa de impedir que a redução dos créditos presumidos se concretize. E se agarra à promessa feita pelo governo de que, diante de aprovação do texto na Assembleia, fará avaliação individual de todos os setores, para só então tomar decisão final.

- Temos a certeza de que o setor de proteína animal não deverá sofrer qualquer restrição - completa o diretor-executivo.

Outros dois pontos precisam ser considerados. Um é o projeto de recuperação fiscal dos Estados, proposto pelo Planalto e que exige como contrapartida redução anual de 10% dos créditos presumidos. O outro é a convicção de muitos de que, colocado em votação, o projeto estadual não seria aprovado, recebendo votos contrários inclusive da base aliada do governo Sartori. Quanta mais próximo da votação, mais indefinido fica o PL 214. (Zero Hora)

Piá amplia linha zero lactose e apresenta novidade na Exposuper 2017

Com o objetivo de atender a uma demanda crescente do mercado por produtos zero lactose, a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), amplia sua linha para este segmento e apresenta o último lançamento da marca na Exposuper 2017, o achocolatado Chocolateria Zero Lactose.

         

Novo achocolatado zero lactose, Chocolateria, é lançamento da Piá na Exposuper 2017. 

Crédito: Divulgação Cooperativa Piá. Desenvolvido para o público adulto, a bebida possui sabor mais acentuado de cacau, além de ser menos doce do que os achocolatados tradicionais. A nova versão leva o leite zero lactose da Piá na receita, e foi criado para ser uma versão líquida do chocolate gramadense Lugano, observando suas características sensoriais de aroma, cor e sabor. 

Segundo o gerente de marketing da Cooperativa, Tiago Haugg, a linha Zero Lactose é uma das que mais cresce em vendas no portfólio da Cooperativa, que já possui em seu mix esta especialidade em leites 1L e 500ml, iogurte em copo de 150g nos sabores manga, morango, maçã com canela e natural, iogurte em bandeja de 540g de morango, doce de leite e requeijão. 

O executivo destaca que a ampliação segue um dos objetivos principais da Piá que é apresentar, constantemente, novidades que atendam às necessidades do consumidor atual, sejam funcionais, tenham excelência em qualidade e possuam sabor diferenciado - uma das características dos produtos da marca. "O novo Chocolateria já estará nas gôndolas na primeira semana de julho", avisa. 

De acordo com o instituto de pesquisa Kantar, atualmente, a Cooperativa é líder na comercialização de leite zero lactose, versão 1 litro, no Rio Grande do Sul. "Avaliando estudos já realizados, identificamos que a intolerância a lactose é uma deficiência que atinge milhares de pessoas em todo o Brasil. Considerando esse fator, a marca tem realizado investimentos em lançamentos que suprem a demanda deste seleto grupo, que quer consumir alimentos saborosos, apesar da carência que possuem", pontua Haugg. 

Outro aspecto analisado pela Piá para o desenvolvimento de produtos deste segmento é que o aumento expressivo nas vendas desta linha está ligado também a mudanças comportamentais. "Notamos que a linha zero lactose é, ainda, uma opção para pessoas que não são intolerantes, mas que buscam - através de uma alimentação saudável -  uma digestão mais leve. Isso torna o mercado ainda mais promissor", finaliza o gerente de marketing. A Cooperativa Piá estará presente na Exposuper 2017 nos estandes E8 e F8, corredor A. (Assessoria de Imprensa Piá)

Preço/Manteiga

Depois de seis elevações consecutivas, o valor médio dos lácteos caiu 0,8%. Os produtos lácteos continuam apresentando equilíbrio de preços este ano, com ajustes para cima ou para baixo que vão moderando nas distintas licitações da Fonterra. E, depois de acumular seis elevações consecutivas nos últimos três meses, o valor médio dos produtos apresentou queda de 0,8%, fechando em US$ 3.434 por tonelada. Wilson Cabrera, presidente da Associação dos Produtores de Leite (ANPL), assegurou que são "oscilações de mercado" que até o momento mantém "estável a equação". O leite em pó integral, principal produto exportado pelo ruguai registrou uma nova baixa: agora de 3,3%. Cabrera afirmou que este percentual significa uma "queda importante", e que se somada à perda da licitação anterior, em junho, a desvalorização do produto foi de 6,2%, passando de US$ 3.312/tonelada, para US$ 3.022/tonelada. No entanto, o representante da entidade está otimista no sentido de que as indústrias "possam manter os preços", aos produtores. A manteiga continua com tendência de alta, se mantendo constante nos últimos doze meses. Desde junho do ano passado, acumula mais de US$ 3.000 por tonelada de valorização. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Conaprole

O volume de leite captado pela Conaprole no exercício que se encerra em 31 de julho próximo cairá aproximadamente 5%, em consequência das "dificuldades produtivas enfrentadas pelo setor com o clima adverso e restrições financeiras dos produtores", revelou a El Observador o vice-presidente da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi. 

Explicou que a produção de leite está se recuperando em junho, e que em maio passado foi o primeiro mês da atual temporada que registrou crescimento da produção em relação ao mesmo mês do ano anterior. O fator determinante foi a adversidade climática, embora a captação nos últimos dias tenha atingido a média de 3,4 milhões de litros/dia. Isto indica que a produção de julho vem com um aumento importante até a metade deste mês, o que poderá propiciar um resultado 6% acima do volume verificado em igual período de 2016. No entanto, no acumulado do ano, o resultado é negativo, sustentou Pérez Viazzi. Avaliou que se o clima continuar bom, agora em junho e julho a recuperação poderá se consolidar. A esta altura do exercício, com 10 meses já transcorrido, a queda na captação está em 5,5% em relação ao período anterior.

Pérez Viazzi estima que, faltando 45 dias para o fechamento do exercício, em 31 de julho próximo, o volume da produção leiteira recebido pela Conaprole registrará queda aproximada de 5%. Durante o exercício 2015/2016 o volume de leite captado foi de 1.374 milhões de litros. A perda de produção iniciou nos meses do ano passado, que englobam esse exercício. Por exemplo, durante o inverno passado houve queda abrupta de produção, em função do clima adverso, o que provocou dificuldades para emprenhar as vacas, explicou Pérez Viazzi.

Parições tardias
Por essa razão o plantel leiteiro vem com atrasos nas parições previstas e a recuperação do escore corporal, parições e produção de leite começou a ocorrer a partir do outono. Outro aspecto que afetou a cadeia foram as dificuldades financeiras que atingiram os produtores do verão ao outono, determinando a menor produção. "Trata-se da consequência de uma crise de produção e de preços que perdurou por três anos, e que hoje, ainda que a situação esteja diferente, não cobriu parte do que foi perdido nos períodos anteriores", conclui Pérez Viazzi.

Queda de custos
A iminente baixa no preço do diesel, anunciada pelo presidente Tabaré Vázquez, - além do percentual estabelecido pelo governo - sinaliza que o governo está se dando conta de que tem que reduzir os custos, destacou a El Observador o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Wilson Cabrera. O dirigente também adiantou que foi reduzida a tarifa de energia elétrica. Embora em baixos percentuais, a notícia foi bem recebida pelo setor. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Frase do Dia

"Grãos sempre serão um bom negócio. Ousado mesmo foi investir na pecuária leiteira. E eu não queria leite, queria queijo!"

Raul Anselmo Randon, produtor de grãos, leite, mação, uva e azeitona, de Vacaria/RS, ao falar da diversificação de seus 

negócios. (Revista Balde Branco)

  

Porto Alegre, 20 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.523

 

  Leite deve ter leve queda em junho
 
O valor de referência do leite deve ter uma leve redução no mercado gaúcho em junho. Segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (20/6) pelo Conseleite, o estimado para o litro é de R$ 1,0178, 1,69% abaixo do consolidado de maio, que fechou em R$ 1,0353. Segundo o professor da UPF - instituição responsável pela pesquisa - Eduardo Finamore, a queda foi puxada pela baixa do UHT e leite em pó, dois produtos que concentram juntos 84% do mix produtivo do RS. "O leite UHT não acompanhou os níveis do mesmo período do ano anterior, quando o produto estava em patamares bem mais elevados. O UHT em junho ficou bem abaixo de 2016, mas ainda está acima da média histórica, acompanhando os demais itens lácteos", informou, destacando a dificuldade de se traçar projeções neste momento.
 
Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, a justificativa para esse cenário passa pela retração do consumo decorrente da crise econômica e da falta de frio. "A visão do Centro do país é pessimista. Precisamos que o consumo volte a oxigenar a indústria", frisou, lembrando que o valor de referência do Conseleite é só um balizador. "Cada empresa agrega bônus referentes à qualidade e à quantidade", explica.
 
Durante o encontro, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou dados referentes à importação de lácteos que indicam que a balança do setor segue no negativo. Em 2015, o saldo da balança comercial representava 70 dias de produção e, em 2016, a diferença representou 173 dias. Em 2017, esse valor segue em expansão em 6%. Entre os produtos com destaque na importação está a manteiga, o soro de leite e os queijos.
 
O presidente do Sindilat explicou que a entrada do leite importado no mercado brasileiro vem ocorrendo como instrumento competitivo, uma vez que a produção nos países vizinhos é mais barata do que a dos tambos brasileiros. "Precisamos ganhar em competitividade. Para fechar as importações precisamos ser mais eficientes no mercado interno", clamou Guerra. O diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, pontuou a importância de o produtor gaúcho trabalhar com gestão mais eficaz, focada em resultados.  
 
PL 214 - O Conseleite ainda debateu o projeto de lei PL 214, que tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa. O colegiado está unido contra a proposição, que reduz os créditos presumidos concedidos à indústria e pode impactar toda a bacia leiteira gaúcha. "Não há espaço para qualquer alteração de tributos. Esse será um ônus de todo o setor", salientou Guerra. O Conseleite pretende agendar reunião com integrantes da Comissão de Agricultura para tratar do assunto ainda nesta quinta-feira (22/6). Na ocasião, os representantes do Conseleite irão entregar aos deputados documento explicando sobre a inviabilidade do PL 214. (Assessoria de Imprensa Sindilat)  


 Foto: Carolina Jardine
 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de Junho de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Maio de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2017 é de R$ 2,3723/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Laticínios avaliam resultado do PUB do Queijo

Representantes dos principais laticínios que atuam no Rio Grande do Sul debateram, na tarde desta terça-feira (20/6), os resultados atingidos pelo PUB do Queijo durante a Fenasul 2017. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou os detalhes do projeto e o sucesso de público e divulgação da iniciativa. Uma das ideias em debate na reunião foi a de levar o projeto do PUB para a Expointer, o que ainda está em análise entre os associados. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a meta é marcar uma maior presença do sindicato na exposição. 

Durante a reunião, lideranças avaliaram a ação do Sindilat junto ao Fundoleite. Os associados do Sindilat ainda deliberaram pelo apoio a uma carta conjunta com a Apil referente à tributação de PIS/Cofins do setor láteo. Palharini apresentou às empresas relatório dos dados expostos na manhã desta terça-feira pelo Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 

Créditos Presumidos - Corte pode ser votado hoje

Está pronto para ir a votação hoje, no plenário da Assembleia Legislativa, o projeto de lei 214, que contingencia créditos fiscais presumidos de ICMS de empresas de diversas áreas, inclusive agroindustriais. A matéria retomou o regime de urgência no final de maio e tranca a pauta de votações. O texto só não será apreciado se o governo voltar atrás. Se aprovado, reduzirá até 30% dos benefícios. Contrário ao projeto, o deputado Sérgio Turra diz que, durante a reunião do Executivo com os líderes dos partidos aliados, pela manhã, reforçará o pedido para que o governo retire o projeto da ordem do dia. Avisou ainda que, caso haja insistência, votará pela rejeição. "Este projeto não está maduro o suficiente e não terá sustentação na Assembleia, porque prejudicará vários setores", justifica. 

O Executivo acredita que a medida vai ampliar a arrecadação em cerca de R$ 300 milhões por ano. No entanto, as atividades econômicas que recebem os incentivos fiscais alegam que perderão competitividade em relação aos outros Estados. O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados é contrário ao projeto. "Se o projeto for aprovado, o setor do leite vai ser muito impactado e o custo social disso será alto", adverte o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini. Parte do pacote de ajustes fiscais do governo de José Ivo Sartori, o texto tramita desde 2015 e havia sido retirado da ordem do dia no final do ano passado, após mobilização de segmentos que se sentiram prejudicados. (Correio do Povo)

 

Após seis leilões em alta, preços do GDT apresentam queda
 
O segundo leilão GDT de junho, divulgado nesta terça-feira (20/06), registrou queda de 0,8% no preço médio dos lácteos, fechando em US$3.434/tonelada. A queda no preço médio do leite em pó integral foi de 3,3%, com média de US$3.022/tonelada. Já para o queijo cheddar o decréscimo foi de 3,8% e a média de US$4.121/tonelada. 

De todos os produtos, somente a manteiga e o leite em pó desnatado apresentaram variação positiva, cerca de 2,9% (média de US$5.768/tonelada) e 1,4% (média de US$2.218/tonelada), respectivamente. 

Em relação às vendas, quando comparado com o leilão anterior, a quantidade vendida foi 4% inferior, sendo comercializadas 21.171 toneladas. Ao comparar com o mesmo período de 2016, o volume de produtos negociados chega a ser 8% menor. Para os preços futuros do leite em pó integral, a tendência é de relativa estabilidade até novembro de 2017. (Gdt/Milkpoint)

 

 

Grupo Renner Herrmann S.A completa 90 anos
Tradicional empresa gaúcha, o grupo Renner Herrmann S.A completou os seus 90 anos neste domingo (18/06). Fundada em Porto Alegre, em um pequeno galpão no bairro Navegantes, em 1927, ainda como Renner Koepke & Cia. Ltda., com o passar dos anos o cavalinho branco do grupo, que assinala a marca mundo à fora, ganhou novos mercados. O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) parabeniza a entidade, que concentra empresas referência de qualidade, tecnologia e responsabilidade sócio-ambiental. A Renner Herrmann S.A iniciou com a extração de pigmentos em um moedor de café e alcançou avançada tecnologia para fabricação de tintas. Depois disso, perseguiu novos segmentos de mercado. Em 2010, inaugurou a fábrica da Relat - Laticínios Renner, que transforma soro líquido em pó, em Estação, no norte gaúcho. A unidade beneficia cerca de 1,2 milhões de litros de soro de leite por dia, tendo fixado-se como a maior transformadora de soro de leite do Sul do Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 


 

Porto Alegre, 19 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.522

 

Preços do frete rodoviário tiveram retração em maio

O avanço da comercialização de soja no último mês não se traduziu em aumento dos valores do frete nas rotas de escoamento do grão. Conforme análise do grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog), os preços vêm caindo desde fevereiro pico da colheita de soja em Mato Grosso e estão, em alguns percursos, até mais baixos que há um ano. No acumulado da atual temporada até junho, foram comercializadas 78,2% da colheita de soja prevista para Mato Grosso, segundo última estimativa divulgada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). 

Em maio, apenas 69% da produção havia sido comercializada. No entanto, mesmo com o ritmo mais intenso de vendas de soja os preços cobrados pelo transporte caíram mais de 5% no período em algumas rotas, segundo a EsalqLog. Do município de Sorriso um dos maiores produtores de soja de Mato Grosso até Rondonópolis, onde existe um terminal ferroviário, o preço da tonelada de soja transportada passou de R$ 99,76, em abril, a R$ 97,78 em maio (queda de 2%). Na comparação com maio de 2016, porém, ainda houve alta de 9,2%, mas a queda dos preços continuou em junho. Na primeira semana deste mês, o valor chegou a R$ 95,33. Comparado ao pico do ano, em fevereiro, a queda do frete de Sorriso a Rondonópolis é de 21% De Nova Mutum, também em Mato Grosso, para o porto de Santos (SP), o frete caiu 5,7% entre abril e maio, para R$ 255,56 a tonelada. Em relação a fevereiro, o recuo é de 5,4% e, se comparado a maio do ano passado, a queda é bastante expressiva, de 21,8%. De Sapezal (MT) a Porto Velho (RO), a queda mensal é de 9,24% e, em relação a fevereiro, de 6,14%, para R$ 136,71 a tonelada. Na comparação anual, o aumento do frete ficou abaixo da inflação do período, de 3,52%. 

 
 
Mesmo fora de Mato Grosso, os preços do frete também caíram. No Paraná, o lento escoamento e a falta de concorrência com outros produtos fizeram os preços do transporte caírem 6,2% de abril para maio entre Ponta Grossa e Paranaguá. Na comparação com maio de 2016, porém, o preço subiu 15,3%. "Este ano foi atípico. Devido aos preços baixos da soja, os contratos que já haviam sido fechados foram entregues logo após a colheita, gerando o pico em fevereiro e março. Mas depois disso, os produtores guardaram o produto em armazéns e a comercialização foi bem lenta, não gerando demanda por caminhões", explica Samuel da Silva Neto, economista e pesquisador da EsalqLog. 
 
De fato, a comercialização ainda está abaixo do mesmo período da safra passada. Embora tenha avançado rapidamente no último mês em Mato Grosso, ainda estava 12,8 pontos percentuais abaixo de igual intervalo da safra 2015/16, quando 90,9% da colheita já havia sido comercializada até o início de junho, de acordo com o Imea. No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado indica que 44% da safra 2016/17 foi negociada até junho, ante 59% no mesmo período de 2015/16. Silva Neto acredita que ocorrerá um aumento gradual nos preços entre julho e agosto, quando o comércio de açúcar deve gerar demanda ao mesmo tempo que começar a colheita de milho safrinha (inverno). Porém, o economista só vê altas mais efetivas em setembro ou outubro, quando os produtores de grãos sentirem a necessidade de escoar a soja ou o milho porque não terão lugar nos armazéns para tantos grãos. (Valor Econômico) 
 

Para milhões de americanos, vacas marrons produzem leite achocolatado

Uma pesquisa realizada entre consumidores nos Estados Unidos mostrou que 7% dos americanos acreditam que o leite achocolatado seja produzido por vacas marrons. Isso significa que 16,4 milhões de pessoas no país não sabem que se trata de um produto industrializado, feito com leite, chocolate e açúcar, segundo o jornal Washington Post.

Para muitos especialistas em educação alimentar e nutricional, no entanto, o estudo causou surpresa por não revelar um número ainda maior de consumidores, digamos, mal-informados.

Nos anos 1990, uma pesquisa encomendada pelo Departamento de Agricultura dos EUA revelou que 1 em cada 5 adultos não sabia que hambúrgueres são feitos de carne. O levantamento também mostrou os americanos não sabiam informações básicas sobre agricultura e pecuária, como o que comem os animais criados em fazendas. E, segundo o Post, os especialistas acreditam que não houve muita mudança nessas duas décadas.

"Estamos condicionados a pensar que, se você precisa de comida, você vai ao mercado. Nada em nosso sistema de ensino diz às crianças de onde vem o alimento", disse à publicação americana Cecily Upton, cofundadora da FoodCorps, ONG que visa promover educação nutricional em escolas de ensino fundamental nos Estados Unidos.

Outro estudo menor, realizado em 2011 em uma escola de ensino fundamental na Califórnia com alunos do quarto, quinto e sexto anos, também deixou os pesquisadores estarrecidos. Mais da metade não sabia que picles são pepinos ou que cebolas são vegetais. Entre os alunos entrevistados, 3 em cada 10 não sabiam que queijo é feito de leite.

Organizações como a FoodCorps trabalham para levar educação alimentar e nutricional para as salas de aula de escolas americanas. Além de ensinar o valor nutricional dos alimentos, visando uma alimentação mais saudável, os especialistas querem que as crianças aprendam sobre a origem dos produtos que consomem. "Conhecimento é poder. Sem ele, não podemos tomar decisões conscientes", disse Cecily Upton ao Washington Post. (As informações são da VEJA)
  

Em Córdoba a produção melhorou até 30%

Produção/AR - A Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria publicou os dados correspondente à produção de maio, revelando boas notícias para os produtores. O primeiro dado favorável é que foi confirmada a retomada da produção de leite que surgiu em abril, depois de 12 meses consecutivos de baixa: o leite produzido no último mês superou em 3% o volume de abril, e 4% a mais em relação à produção de maio de 2016.

O outro dado positivo foi o preço pago pela indústria aos produtores, apresentando incremento de 3% em comparação com abril, e 38% acima do valor pago em maio do ano passado, superando os 5,40 pesos/litro.

O relatório sobre a Leiteria, elaborado com base nos dados fornecidos pelas indústrias e fazendas do Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina (Siglea), mostra o crescimento da produção por departamento de Córdoba, Santa Fe, Entre Rios, Buenos Aires, La Pampa, San Luís, Río Negro e Tucumán. Para o caso de Córdoba, fica em destaque a bacia da zona central da província (departamentos Tercero Arriba, Rio Segundo e General San Martín) que melhoraram sua produção entre 20 e 30% em maio, em relação ao ano passado.
A principal bacia leiteira da província, que é do departamento San Justo, o aumento foi de até 10%, mesma cifra que em Rio Primero, Unión e Juárez Celman. No sentido contrário, em Marcos Juárez e Rio Cuarto, a produção caiu em até 10%, enquanto reduções mais profundas, de 30%, foram registradas em General Roca e Presidente Roque Sáenz Peña, as regiões mais prejudicadas pelas inundações. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

A captação de leite na França, em abril
Produção/França - A captação de leite na França, em abril, caiu 1% em relação a abril de 2016, como consequência de fenômenos meteorológicos adversos. Um tempo anormalmente frio reduziu o crescimento das pastagens de primavera. Na UE28, a captação de leite em março de 2017 ficou estável em relação ao mesmo mês de 2016.  Foi mantida a tendência de baixa na Alemanha (-2,3%) e Reino Unido (-1,5%). No entanto, a produção aumento aumento na Holanda (+0,7%), assim como na Polônia e na Itália, com crescimento de (5,2%) e (2,6%), respectivamente. Na Espanha a captação subiu 1,3% em março, sendo a primeira elevação registrada desde setembro do ano passado. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)