Pular para o conteúdo

 

Porto Alegre, 04 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.385

 

Carrefour oferece aos consumidores a chance de votarem no preço do leite

A rede de supermercados Carrefour deu aos consumidores franceses a chance de votarem sobre os preços que deveriam pagar aos produtores por seu leite junto com outro critério de qualidade. A maioria escolheu €0,39 (US$ 0,43) por litro, comparado com apenas 3% que optaram pelo preço mundial de mercado, de €0,27 (US$ 0,29).

Eles também votaram pelo leite produzido na França, por vacas que puderam passar pelo menos três meses ao ano em pastagem e que foram alimentadas com ração localmente obtida, livre de organismos geneticamente modificados.

O produto resultante, um leite UHT, foi vendido nacionalmente na quarta-feira (02/11) a €0,99 (US$ 1,09) por litro, comparado com €0,70-€0,90 (US$0,77-US$ 0,99) de outros leites.

O design da embalagem do leite diz tudo. Em letras grandes e maiúsculas em embalagem azul ou vermelha, está escrito: "esse leite dá aos produtores um preço justo". Abaixo, a questão "quem é o chefe?" é respondida com: "a marca do consumidor". (FoodBev)

  
 
Blairo: produtos agropecuários sustentáveis devem ter preferência no mercado global

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sugeriu que os países do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) se unam e cobrem preferência para seus produtos no mercado global de alimentos como recompensa por ações ambientais. A proposta foi feita pelo ministro nesta quinta-feira (3), em Assunção, durante a 32ª Reunião Ordinária do CAS, formado por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Blairo disse também ser importante que produtores de outros países passem a ter maior responsabilidade com a preservação do planeta.

De acordo com o ministro, o Brasil superou em 5 milhões de hectares o compromisso que havia firmado de ter, em 2015, 6 milhões de hectares no programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O programa promove a recuperação de áreas de pastagens degradadas agregando sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.

Segundo o ministro, seus colegas do bloco devem ainda participar dos fóruns mundiais ambientais, a fim de que as políticas ambientais sejam decididas de forma conjunta, e não apenas por ministros de meio ambiente. "Quem deve reivindicar isso somos nós mesmos. Se não fizermos isso, ninguém nos oferecerá espaço para debate."

Para o ministro, o mundo precisa reconhecer os esforços que países como o Brasil vem fazendo para garantir a preservação ambiental e criticou atividades que não têm avançado na preservação. "Não é justo que outros setores poluam e mandem a conta para a agricultura." Ao mesmo tempo, ressaltou que a política ambiental brasileira é muito dura. "Já entregamos muitas coisas, mas não temos recebido compensação."

Blairo Maggi divulgou números sobre a ocupação da terra no Brasil, observando que 61% do território nacional está preservado. "Apenas 8% são usados para agricultura e outros 19% para a pecuária." Isso mostra, assinalou, que a conta ambiental não pode continuar sendo cobrada somente dos agricultores, vistos sempre como vilões pelos ambientalistas.

A reunião foi aberta pelo presidente do CAS, o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguirre. Além da questão ambiental, os participantes abordaram outros temas, como a agricultura, situação sanitária regional e segurança alimentar. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, acompanharam Blairo no encontro. (As informações são do Mapa)

Ideas for Milk: projetos selecionados para a 2ª etapa são divulgados

Dos 137 projetos inscritos para o Ideas for Milk, 40 deles foram divulgados ontem (03) no Dairy Vision e vão para a segunda etapa. Ao todo, serão oito finais locais com cinco equipes aprovadas para cada uma delas e as cidades na qual elas serão realizadas são: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Viçosa, Lavras, Porto Alegre, São Carlos, Campinas e Piracicaba.  

As propostas envolvem soluções em hardware, como sensores, aplicativos mobile e softwares web. A classificação será feita com base nas dimensões tecnologia ou recursos computacionais, mercado e inovação. O processo será conduzido por uma comissão formada pelas empresas organizadoras - Embrapa, Litteris Consulting, Agripoint e Carrusca Innovation. Reúne pessoas com expertise em agronegócio do leite, modelos de negócio, inovação e tecnologia da informação. Detalhes sobre os projetos selecionados, clique aqui.  (MilkPoint)

Nova ferramenta dá incentivos financeiros para fazendas de laticínios serem mais ecológicas

Em breve o setor leiteiro será capaz de participar dos mercados de crédito de carbono internacionais, graças a nova metodologia que permite que os produtores e projetistas documentem como estão reduzindo as emissões de gases do efeito de estufa.

A nova metodologia para pequenos produtores de lácteos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), aborda dois grandes desafios que a agricultura enfrenta hoje: a necessidade de tornar a agricultura mais produtiva, aumentando os rendimentos, enquanto ao mesmo tempo tentar reduzir a pegada de carbono. Ao abrir novas fontes de financiamento, a metodologia aborda a questão essencial de como financiar a transição necessária para um setor pecuário mais ecológico. A nova metodologia, desenvolvida pela FAO e parceiros, pela primeira vez identificou claramente as áreas dentro da produção leiteira onde as emissões de gases podem ser controladas - por exemplo, alterando a composição alimentar ou práticas de alimentação, ou melhorando a eficiência energética do equipamento - e explica como as reduções podem ser medidas e relatadas. Mais importante é que a metodologia foi certificada pela Gold Standard, um órgão independente que avalia projetos climáticos. Esta certificação é fundamental para permitir que as operações dos pequenos produtores recebam créditos de carbono internacionalmente aceitos em troca da redução da emissão de gases. Estes podem ser vendidos nos mercados de carbono - fluxo de receita potente que cria incentivo financeiro para a indústria de laticínios ser mais ecológica.

"Investir em maneiras de tornar os sistemas de lácteos para pequenos produtores mais produtivos é uma forma eficiente de reduzir simultaneamente as emissões de gases do efeito estufa e garantir a segurança alimentar", disse Henning Steinfeld, chefe do setor de Pecuária, Análise Setorial e Política da FAO. "Esta metodologia ajudará a canalizar financiamento para projetos que tenham impactos reais nos meios de vida de milhões de pequenos produtores de leite", acrescenta.

Ele estima que a produção de leite terá que crescer 144 milhões de toneladas até 2025 para atender a crescente demanda. Mudanças estratégicas nos abrigos e alimentação dos animais, na gestão do esterco e na seleção de raças que produzem mais leite, são chaves para atender a essas demandas com o menor dano ambiental possível. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Os 9 principais fornecedores de leite fluido para a China

O volume de leite enviado para a China, o país mais populoso do mundo, aumentou 126% desde 2010, segundo estatísticas da alfândega. A importaçõa de leite pela China está avaliada em US$ 333 milhões, e é dominada pela União Europeia. 
Han Qi, professor da Escola de Comércio Internacional da Universidade de Economia e Negócios Internacionais, ressaltou que muitos consumidores ficaram desconfiados em relação ao consumo de produtos locais desde o escândalo de 2008, quando um produto adulterado com melamina matou quatro bebês e intoxicou milhares. Por isso os chineses preferem comprar produtos lácteos estrangeiros, especialmente se for para seus filhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos também lembrou que os consumidores chineses, alarmados com escândalos passados, consideram o leite importado como uma alternativa mais segura e confiável. Os principais fornecedores de leite fluido para a China durante o ano de 2015.

Nº 1 - Fórmulas infantis importadas em um supermercado de Xuchang, província de Henan. Alemanha - 196.300 toneladas;
Nº 2 - Fórmulas infantis em um supermercado de Pequin. Austrália - 61.200 toneladas;
Nº 3 - Fazenda de Matakana, ao norte de Auckland, Nova Zelândia. Nova Zelândia - 52.300 toneladas;
Nº 4 - Leite em pó e fórmulas para bebês em um supermercado da cidade de Qiqihar, província de Heilongjiang. França - 14.300 toneladas;
Nº 5 - Leite em pó e fórmulas para bebês em um supermercado da cidade de Xuchang, província de Henan. Itália - 12.400 toneladas;
Nº 6 - Leite em pó e leite fluido em um supermercado da cidade de Qiqihaer, província de Heilongjang - [Polônia - 11.700 toneladas];
Nº 7 - Um homem seleciona fórmula infantil em um supermercado de Qionghai, na província de Hainan. Reino Unido - 9.200 toneladas;
Nº 8 - Supermercado em Nanjing, província de Jiangsu. Uruguai - 6.200 toneladas;
Nº 9 - Supermercado em Qingdao, província de Shandong. Espanha - 5.300 toneladas. (PeopleDaily - Tradução livre: Terra Viva)
 

Projeto de lei contra fraudes
O deputado Alceu Moreira apresentou projeto de lei à Câmara Federal propondo punições idênticas a quem mascarar a qualidade do leite em todo o país. O parlamentar se inspirou na legislação que o Rio Grande do Sul está adotando desde que as operações Leite Compensado e Queijo Compensado detectarem adulterações nos dois produtos. Moreira entende que a unificação das regras em legislação nacional facilitará a fiscalização e o combate ao crime. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 03 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.384

 

 Rotulagem para alimentos de origem animal é o tema do curso do SENAI/RS

O SENAI-RS está promovendo o curso "Rotulagem para alimentos de origem animal", que vai ocorrer nos dias 17 e 18 de novembro, no prédio da Superintendência do Ministério da Agricultura (Av. Loureiro da Silva, 515 - 8º andar - sala 806). O curso pretende apresentar e discutir as principais legislações de rotulagens industriais de alimentos que atenda as exigências do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, bem como as da ANVISA, além de abordar as legislações específicas de lactose, glúten e alergênicos. Haverão dinâmicas em grupo para identificar problemas de rotulagem dos alimentos.

O único pré-requisito para a inscrição no curso é a formação de nível superior ou técnico na área (medicina veterinária, engenharia de alimentos, nutrição, tecnólogo de alimentos etc), visto que esse é o público alvo. 

O curso tem carga horária de 16 horas, realizado nos turnos da manhã e tarde. O valor é de R$ 480,00 por participante, podendo ser parcelado em duas vezes, e com desconto especial para ex-alunos e indústrias contribuintes. Para mais informações e inscrições: (51) 3904-2615 ou pelo e-mail tecnologia.alimentos@senairs.org.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
 
Projeto Leite na Escola visita Instituição de Ensino para Surdos Profª Lília Mazeron

 
Projeto leva a importância do consumo do leite a escolas 
Foto: Felipe Wizzotto - Comunicação/Seapi

Nesta Quinta-Feira (03), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação foi até a Escola Estadual de Ensino Médio para Surdos Profª Lília Mazeron, localizada no bairro Santa Maria Goretti, zona norte de Porto Alegre, onde realizou atividades do Projeto Leite na Escola.
 
A Câmara Setorial do Leite, representada pelo coordenador Danilo Gomes, Nathan e Luciana, apresentou a importância de consumir leite e seus derivados diariamente, abordando desde a origem até como chegam as nossas mesas. A apresentação foi traduzida simultaneamente em Libras (Língua Brasileira de Sinais) pelos professores da instituição para os alunos com deficiência auditiva.
 
A atividade, contou também com a distribuição das duas edições da revista em quadrinhos 'Pedrinho e Lis': 'A Fantástica Fábrica de Laticínios', (lançada na Expointer de 2016) e 'A Origem do Leite' (lançada na Expointer 2015) e com o apoio do Sindilat. (SEAPI)

Especialistas em nutrição incentivam o consumo de leite por adolescentes

Dê às suas adolescentes de 2 a 3 porções de lácteos por dia para assegurar que tenham ossos saudáveis por toda a vida. Esta é a mensagem de especialistas em nutrição que estão preocupados com o bem-estar das garotas adolescentes. Os pesquisadores pedem aos pais que ajudem suas adolescentes a construírem ossos fortes e saudáveis, evitando a osteoporose mais tarde na vida. A professora sênior da Massey University, especialista em nutrição, Pamela von Hurst ressalta que é na adolescência e no início da idade adulta o momento ideal para a construção de um esqueleto forte. "Por inúmeras razões muitos adolescentes, principalmente a meninas, tendem a diminuir o consumo de lácteos na puberdade. Frequentemente exploram outras opções de dietas, e alguns estão preocupados com o peso. 

O problema é que é nesta fase da vida que nossos corpos começam a estabelecer cálcio para fortalecer os ossos contra a osteoporose", explica von Hurst. "Após a puberdade cessa o crescimento da altura. As meninas alcançam a altura máxima. O esqueleto gastou muitos anos crescendo, e então o corpo entra no modo de reforço. Na adolescência entra em jogo uma explosão de novos hormônios. O estrogênio é um hormônio potente na construção do osso. E esta primeira inundação de estrogênio é o que impulsiona o processo de mineralização óssea do corpo. Assim se constrói o "Banco de Ossos", que fortalece o esqueleto. Este processo continua pelos próximos 5-10 anos", diz von Hurst. "É um período muito dinâmico. 

É o momento mais oportuno para desenvolver ossos saudáveis e fortes que irão manter as meninas bem por toda a vida. O risco de oesteoporose pode ser reduzido, e o melhor momento para fazer isto é antes de atingir a idade adulta", acrescenta von Hurst. A principal cientista e pesquisadora da Fonterra, Linda Schollum concorda, e destaca a importância do consumo diário de 2-3 porções de lácteos por toda a vida. "Na infância e adolescência, precisamos de boa nutrição e alimentos ricos em cálcio para atingir o máximo de massa óssea. Em adultos e idosos uma dieta nutritiva ajuda a preserva a massa óssea e a força. Também acelera a recuperação e reduz o risco de fraturas", diz Schollum. "Existem muitas maneiras de servir leite. Smoothies são muito populares entre os adolescentes, fornecem boa proteína e bom cálcio. Andam de mãos dadas com exercícios, que também é importante para o desenvolvimento e a manutenção de ossos fortes". (Rural News - Tradução livre: Terra Viva)

Evento discute desafios do agro
O 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat) debaterá desafios do agronegócio, entre os dias 22 e 24 de novembro, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. Entre os palestrantes estará a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde Animal, Monique Eloit, que tratará, no primeiro dia do evento, das estratégias globais de enfrentamento de enfermidades. A inscri ção pode ser feita até essa sexta-feira pelo site do evento. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 01 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.383

 

Prorrogadas inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

As inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram prorrogadas até 06/11 (domingo). Promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), o concurso visa valorizar reportagens focadas no agronegócio e no setor lácteo. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindilat/RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Serão premiadas as melhores reportagens que abordam o desenvolvimento tecnológico do setor lácteo, avanços da cadeia produtiva do leite e os seus futuros desafios. São quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia, que serão avaliadas por uma comissão julgadora composta por profissionais da área de comunicação social e por executivos representantes das instituições ligadas ao setor lácteo. 

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av. Mauá, 2011/505 - Porto Alegre), das 9h às 18h. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até 21 de novembro.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, não está vinculado à compra de nenhum tipo de produto e não está subordinado ou vinculado a qualquer modalidade de sorte ou jogo, nem tampouco ao pagamento de qualquer valor, conforme a Lei 5.768 de 20/12/71 e o Decreto de Lei 70.951 de 09/08/72 (texto do Artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71: "Independe de autorização, não se lhes aplicando o disposto nos artigos anteriores: I- a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência; II- a distribuição gratuita de prêmios em razão do resultado de concurso exclusivamente cultural, artístico, desportivo ou recreativo, não subordinado a qualquer modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, nem vinculação destes ou dos contemplados à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço"). Para acessar regulamento e inscrição CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Leilão GDT: preços de lácteos disparam

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (01/11), apresentou alta expressiva em relação ao evento anterior, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados 11,4% maior, fechando em US$3.327/ton.

O leite em pó integral foi o produto que apresentou maior alta, sendo essa de 19,8%, fechando a um preço médio de US$3.327/ton. O leite em pó desnatado teve alta de 6,5%, chegando a US$2.329/ton. O queijo cheddar teve alta de 0,9%, com o preço de US$3.317/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 12% inferior ao leilão anterior e 18% inferior que o mesmo período do ano passado, com um total de 27.735 toneladas comercializadas.

Dentre as principais justificativas para o aumento de preços, o maior desde agosto, estão as quedas na produção na Nova Zelândia na primeira metade de outubro, devido a problemas climáticos. 

O diretor geral da Fonterra Austrália, René Dedoncker, disse que esse preço refletiu o fortalecimento dos preços mundiais dos produtos lácteos, pois apesar do mercado global de lácteos permanecer volátil, a oferta mundial de leite continuou caindo significativamente, enquanto a demanda permaneceu relativamente estável.

Os contratos futuros de leite em pó integral acompanharam a alta de preços, com elevação de 31,9% a um preço de US$3.745/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses apresentaram oscilação de preços entre US$3.255 a US$3.745/ton. (MilkPoint e GDT)

LEITE/CEPEA: avanço da safra e fraca demanda pressionam valores pagos ao produtor

O avanço da safra em grande parte do Brasil, que eleva a produção e a captação de leite pelas indústrias, e a persistente fraca demanda nacional pressionaram os valores pagos ao produtor em outubro pelo segundo mês seguido. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço médio recebido pelo produtor na "média Brasil" (sem frete e impostos) foi de R$ 1,3961/litro no mês, forte baixa de 8,5% (ou de 13 centavos/litro) em relação a setembro. 

Mesmo com a queda mensal, o preço pago ao produtor ainda acumula alta de 37,3% neste ano, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de setembro/16). O preço bruto médio do leite (que inclui frete e impostos) caiu 8% de setembro para outubro, passando para R$ 1,506/litro. As médias calculadas pelo Cepea são ponderadas pelo volume captado em setembro nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA.

A captação de leite aumentou em todos os estados que compõem a "média Brasil", refletindo a recuperação das pastagens, favorecida pela chegada das chuvas em grande parte das bacias leiteiras. De agosto para setembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) aumentou significativos 6,24%, com destaque para Bahia e Rio Grande do Sul, onde foram verificadas altas de 10,72% e de 9,8%, respectivamente. Já o menor aumento na captação foi observado no Paraná, de 1,77%.

Para novembro, com o avanço da safra, representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea apontam nova queda nos preços do leite. A maioria dos agentes entrevistados (94,2%), que representa 99,8% do leite amostrado, indica que os valores devem cair. Outros agentes (1,9%), que representam 0,02% do volume amostrado de leite, acreditam em estabilidade. Fundamentados no volume de chuvas abaixo do esperado em algumas regiões, alguns colaboradores (3,8% dos agentes que representam 0,2% da amostra) têm expectativa de alta nas cotações em novembro.

No mercado de derivados, os valores também caíram, especialmente no Sudeste do País, devido à entrada de produtos lácteos vindos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Paraná. Como a safra na região Sul do Brasil ocorre antes que no Sudeste, os produtos sulistas chegam a valores menores aos demais estados, acirrando a concorrência. 

Além disso, a demanda está enfraquecida, em decorrência dos elevados patamares de preços nos últimos meses, o que tem aumentado os estoques dos derivados e pressionado as cotações. Os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados no atacado de São Paulo em outubro (até o dia 28) foram de R$ 2,23/litro e de R$ 17,05/kg, respectivamente, significativas quedas de 10,16% e de 10,96% em relação às médias de setembro. 

Com o cenário de baixas intensas desde agosto, a variação acumulada do leite UHT desde o início do ano já passou a ser negativa, em 4,9%. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (Informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em OUTUBRO/16 referentes ao leite entregue em SETEMBRO/16.

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.

Programa Leite Saudável prepara segunda turma de técnicos

Mais 11 novos técnicos serão qualificados para atuar no Programa Leite Saudável, realizado pelo SENAR-RS em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 
O treinamento integra o processo seletivo dos profissionais e ocorre entre os dias 31/10 e  dia 9/11, no Polo Educacional da entidade em Cruz Alta. No total, serão capacitados 40 profissionais para benefício de 1.140 produtores de leite do Estado já cadastrados no programa. Com 72 horas de duração, a grade de capacitação segue a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) elaborada pelo SENAR Nacional, que trabalha de forma sistêmica em cinco passos para melhorar a produtividade das propriedades rurais: diagnóstico produtivo individualizado; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional complementar; e avaliação sistemática de resultados. Dentro dos sete eixos de ações definidos pelo Leite Saudável - assistência técnica e gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados - o serviço prestado pelo SENAR terá papel estratégico para o desenvolvimento da produção leiteira no RS.

Entre os conteúdos ministrados no treinamento, está a operação de um software específico do Programa Leite Saudável desenvolvido pelo SENAR, que orienta a gestão da atividade leiteira na propriedade. Com duração total de 72 horas, a capacitação ainda inclui pontos como Coordenação de sistemas de assistência técnica e gerencial, Cálculo e análise de custos de produção, Planejamento da atividade e Empreendedorismo aplicado. Os participantes irão receber apostilas com os conteúdos das aulas. Conforme o superintendente do SENAR-RS, Gilmar Tietbohl, a realização do programa evidencia a importância do setor para instituição. "Preparando esses profissionais, buscamos estimular o aperfeiçoamento constante da produção leiteira no Estado. Desta forma, beneficiamos tanto os produtores e suas famílias, quanto os consumidores, através de um produto cada vez melhor, e os profissionais técnicos, que recebem novas oportunidades de atuação".
 
Programa Leite Saudável
O Leite Saudável é um programa de assistência ao produtor leiteiro baseado em sete eixos de ações - assistência técnica e gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados. Em sua primeira etapa, a iniciativa irá atender 3.560 propriedades de cinco Estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. O objetivo do programa visa aumentar a competitividade do setor Lácteo e a qualidade do leite produzido no Brasil. O convênio com o Mapa prevê assistência técnica através visitas mensais de 4h/propriedade/mês, além de capacitações para os produtores (120h/propriedade/ano). Os critérios para seleção das propriedades que serão assistidas pela ATeG são: volume de produção (mínimo de 50 litros/dia e máximo desejável de 200 litros/dia), permanência do produtor por dois anos (assinatura de um termo de compromisso com o Mapa), comprovação do potencial para implementar as melhorias propostas pelo Programa e estar inserida nas rotas de comercialização. (Agrolink)

 

Para não vacilar
No dia em que começa a segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul, veja algumas orientações para que nada dê errado. Até o dia 30 de novembro, a meta da Secretaria da Agricultura é vacinar pelo menos 90% dos cerca de 5 milhões de bovinos e bubalinos entre zero e 24 meses - animais que devem receber a segunda dose da imunização. A fiscal agropecuária Lucila Carboneiro dos Santos reforça que todos os produtores precisam prestar contas nas inspetorias veterinárias: - Está previsto em lei, quem não comprovar a aplicação será multado. Para isso, é importante seguir os seguintes passos: 1º passo - Adquirir as vacinas nas agropecuárias credenciadas. Nesta fase, o governo não fará doações de doses. 2º passo - A aplicação não deve ultrapassar cinco dias da data de aquisição. As doses devem ser conservadas entre 2 ºC e 8 ºC. 3º passo - Comunicar a inspetoria veterinária, com nota fiscal, e declarar o número de animais vacinados. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 31 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.382

 

Rebanho leiteiro da Rússia alcança menor nível já registrado

A produção de leite da Rússia alcançará seu menor nível no ano que vem, à medida que o rebanho leiteiro do país diminuiu para seu menor nível já registrado, disseram oficiais dos Estados Unidos.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Moscou disse que o rebanho leiteiro russo cairá 3% em 2017 (comparado com este ano), para 7,32 milhões de cabeças - citando baixos investimentos nos rebanhos, apesar dos maiores rendimentos para grandes produtores. 

O consumo de leite fluido também deverá cair para seu menor nível já registrado, à medida que os altos preços desestimularão o consumo. A estrutura da indústria de lácteos da Rússia está mudando, à medida que fazendas maiores se tornam mais eficientes, com menos vacas produzindo maiores rendimentos. "Essas companhias melhoram sua eficiência, mas não têm incentivos suficientes para expansão", disse o escritório de Moscou, acrescentando que "as incertezas nos programas estatais de suporte agrícola e orçamentos estagnaram os novos investimentos".

A agência notou uma série de desincentivos aos investimentos na produção leiteira russa, incluindo "o uso de substitutos de óleos vegetais pelos processadores". Os produtores de leite da Rússia alertaram que o uso de óleos vegetais da indústria de lácteos como substituto à gordura do leite pode prejudicar a produção local. Apesar dos rebanhos menores, os maiores produtores têm sido capazes de impulsionar a produção graças à melhor genética e manejo do rebanho.

"Como resultado, a produção de leite para uso industrial provavelmente continuará crescendo em 2017, enquanto o rebanho leiteiro nessas fazendas industriais continuará declinando". A produção em fazenda de pequena escala está caindo. Além disso, com as importações permanecendo muito restritas, a agência sugeriu que os maiores preços dos lácteos podem reduzir o impacto do suporte estatal incerto".

A produção de leite na Rússia deverá cair 0,5%, para 30,185 milhões de toneladas em 2017. "A produção de leite fluido declinará a um ritmo mais lento do que os números do rebanho leiteiro devido ao aumento da produção por vaca nas fazendas industrializadas".

As importações de leite fluido, leite em pó integral e desnatado não deverão mudar em 2017, à medida que as sanções às importações da União Europeia (UE) permanecem em prática, com a Bielorrússia continuando a ser o principal vendedor ao mercado russo. (Informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
De onde tirar o Leite?
Matéria-prima escassa
AUMENTO DE 16,7% da capacidade instalada e redução na produção de leite levam a indústria a estudar estratégias para ampliar captação A redução da produção de leite no Rio Grande do Sul, realidade que impacta o fornecimento de matéria- prima para os laticínios, leva o setor a buscar alternativas para elevar a captação. O desafio é abastecer não apenas as plantas atuais, mas as ampliações anunciadas pela indústria. As obras aumentarão em 16,7% a capacidade de processamento, passando de 18,5 milhões de litros por dia em 2015 para 21,6 milhões no final de 2017 - quando estarão concluídas.

A meta parece ainda maior quando considerada a ociosidade atual das plantas - 37,8% - que operaram com a média de 11,47 milhões de litros por dia em 2015. Frente à escassez de matéria-prima, algumas empresas estudam como formalizar contratos de até 12 meses com os produtores.

- Queremos garantir estabilidade no fornecimento e, ao mesmo tempo, fortalecer a relação com os produtores - afirma Guilherme Portella, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Lactalis, que só no Rio Grande do Sul trabalha com 10 mil produtores.

Segundo o executivo, o projeto contempla o fornecimento de ração, medicamentos e genética, além de fomento à assistência técnica e extensão rural. As medidas integram programa de estímulo aos produtores que será lançado pela Lactalis em novembro e deve sair do papel ainda este ano, adianta Portella. 

Esta é uma das estratégias da empresa francesa para atender à demanda, cuja média é de 3 milhões de litros ao dia, e que nos próximos dois anos será ampliada em 50%, a partir do investimento de R$ 104 milhões nas unidades de Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. O objetivo é reduzir os custos de produção e aumentar a produtividade média de 10 litros vaca/dia para 30 litros vaca/dia.

A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), de Cruz Alta, também está disposta a firmar contratos de compra e venda a preço fixo. Recentemente, a cooperativa mais que dobrou a capacidade de processamento da planta, saltando de 1 milhão de litros por dia para 2,2 milhões. A intenção é atingir o volume máximo de captação em um prazo de três a cinco anos por meio de assistência técnica e fidelização dos produtores.

- Qualquer iniciativa que venha a melhorar a situação dos produtores e dar mais estabilidade, somos parceiros - disse o presidente da CCGL, Caio Vianna, referindo-se aos contratos a preço fixo.

Profissionalização impulsiona produtividade
Especialistas do setor apontam que o caminho para equacionar este paradoxo e ampliar a produtividade de leite no Estado é investir na profissionalização.

-- Os produtores dedicados veem no leite uma oportunidade de negócio e estão preocupados em produzir mais -- avalia o professor Carlos Bondan, da Universidade de Passo Fundo (UPF), acrescentando que a indústria consegue ampliar a produção por meio de projetos técnicos de fomento.

Doutor em Ciências Veterinárias, Bondan se diz surpreso com o investimento da Lactalis devido às dificuldades das indústrias já instaladas em comprar leite e atender à demanda interna. Na avaliação do economista Leonardo Xavier, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o avanço da tecnologia e da mecanização, a tendência é que alguns produtores desistam e outros ampliem a produção.

-- Os menos aptos não vão conseguir se sustentar na atividade -- avalia.

O economista Darcy Bitencourt, pesquisador em economia da produção leiteira da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, acrescenta que o caminho é buscar soluções em conjunto.

-- Precisamos fazer parcerias para fortalecer o setor e fazer um grande estudo da realidade do leite -- avalia Bitencourt.

A orientação do pesquisador é de que os produtores busquem conhecimento para fazer o planejamento e a gestão da unidade de produção. Entre os indicadores que devem ser analisados estão a quantidade de animais, alimentação e área disponível, genética e sanidade.

Energia monofásica é entrave na produção
Além das oscilações de preço que fazem parte do sistema de produção, que é sazonal devido às condições climáticas, os produtores ainda enfrentam outras dificuldades. Um dos entraves para avançar na profissionalização da produção de leite é a falta de energia elétrica bifásica, fator que dificulta até o uso de ordenhadeiras.

- Estes produtores estão atados no poste do subdesenvolvimento agropecuário, pois a inovação tecnológica depende da luz - lamenta o presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergilio Perius, destacando que mais de 30 mil produtores ainda tem energia monofásica.

O zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, ressalta que o Estado tem potencial para continuar avançando e dobrar a produtividade. Entretanto, ainda é necessário tornar a atividade mais atrativa e rentável.

- Hoje, não há nenhum gargalo técnico que limite, basta estimular os produtores a investirem na atividade - comenta.

O veterinário Danilo Cavalcanti Gomes, coordenador da Câmara Setorial do Leite da Secretaria da Agricultura, comenta que qualquer investimento é bem-vindo desde que as contrapartidas decorrentes de benefícios fiscais direcionem parte do retorno para o setor.

- É fundamental existir uma contrapartida social. Não basta gerar empregos - afirma, acrescentando que, no caso de uma indústria de leite, uma boa compensação seria a garantia de manter o maior número possível de produtores na atividade. (Zero Hora)

Valeu, Dr. Drauzio Varella!

 

A palestra proferida pelo Dr. Drauzio Varella: "Benefícios do Consumo de Leite", promovida pelo site "Beba Mais Leite", com o patrocínio da Tetra Pak e da Piracanjuba, ocorreu no Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte, no dia 29 de outubro de 2016. Um grande auditório repleto de pessoas, com um público predominantemente feminino, atento e participativo.

A representante do site www.bebamaisleite abre o evento falando sobre os trabalhos que são desenvolvidos em defesa do leite e sobre a sua importância na alimentação humana. Antes da palestra do Dr. Drauzio, a plateia foi agraciada com duas participações importantes:

- A Dra. Carolina Vieira de Mello Barros Pimentel, que é Doutora em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, nutricionista, professora de Graduação e Pós-Graduação em nutrição, e membro da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutricionistas - 3ª Região, fez uma apresentação detalhada sobre a necessidade de desmistificar o leite Longa Vida. Afirmou que é importante ter transparência e abrir as informações para se entender o que de fato acontece no processo de industrialização desses alimentos. Essa industrialização foi uma resposta a uma demanda do nosso próprio estilo de vida que tem a necessidade de poupar tempo, sem abrir mão da segurança e mais ainda da necessidade de planejar a preparação do cardápio da semana.

- Depois foi a vez da engenheira de alimentos pela Unicamp, Helena Camargo, mostrar a "Lancheira Ideal". Especialista em P&D de novos produtos, com foco em alimentos saudáveis, discorreu, didaticamente, sobre o tema " alimento saudável desde a infância"; a introdução de alimentos a partir de 6 meses de vida; além da importante questão de uma alimentação saudável e balanceada para as crianças no período escolar. Por fim, a apresentação do Dr. Drauzio Varella. A seguir alguns comentários, interpretações e momentos de destaque dessa palestra: 

- Ele disse que ao receber o convite para falar da importância do leite para a saúde, ficou admirado de saber que existe essa necessidade, por conta das coisas fantasiosas que são faladas sobre esse alimento, sobretudo na internet.

O leite acompanha o homem desde o seu surgimento, continua com o florescimento da agricultura e domesticação dos animais.  Muito à sua vontade e descontraído, disse: sou convidado para dizer que leite é bom, que faz bem para a saúde. Mas é tão simples e tão lógico que leite faz bem e que é essencial para todos os mamíferos. Dizem: Mas, o homem é o "único animal adulto que toma leite"! É verdade. Somos os únicos que soube domesticar a vaca! Brincando com o público disse: somos o único animal adulto que toma Chopp! Que bebe cachaça, boa igual essa cachaça mineira! O público reagiu com enormes sorrisos. Assim foi ao longo de toda a palestra, mesmo quando teve de explicar sobre a importância do cálcio contido no leite; sobre a intolerância à lactose; sobre a alergia à proteína do leite; sobre gordura animal; sobre o que se fala a respeito da gordura que nos faz gordos. Sobretudo, foi muito detalhada a explicação sobre o estilo de vida. O gordo é gordo porque come muito; porque se alimenta sem regras, em quantidades e qualidade, e sobretudo porque é sedentário. Mais uma vez brincando diante de fatos diz: quem disser que correr é bom e agradável, mente descaradamente! Porque é ruim, é difícil fazer ginástica ou correr. Eu participo de Maratona. E o que faz bem para a saúde é a preparação. Imagine se de repente digo: vou correr e saio. No primeiro quilômetro o sujeito morre. Então, se vou correr, o melhor é me preparar para participar. É isso que faz bem para minha saúde. Na cama somos profundamente mal caráter. Não tome decisões na cama. Certamente não irá correr! Levante e decida se vai ou não correr! Mas só decida após se vestir a caráter, senão não vai. 

É ruim, é difícil. Mas é importante. Depois de 23 anos que corro ainda faço sofrendo ...! Depois de iniciar a corrida ela só vai ficar gostosa quando acaba o treino ou a corrida! O homem é primata e se locomove para caçar e se alimentar e fazer sexo e qualquer outra coisa, não faço com espontaneidade. Faz porque, de uma forma ou de outra, é obrigado. Eu faço porque quero manter a minha saúde.  Antes, já há muitos anos, uma pessoa gorda era notada em qualquer lugar, olha o Gordo! Hoje já começa a ser o contrário, olha o Magro! Somos obesos, no Brasil somos 52% da população  obesos! Nos EUA muito mais! Substituíram a gordura pelo açúcar! 

No ritmo que conduziu a sua palestra seria possível ficar ali sentado por mais algumas horas. Foi agradável, divertido, proveitoso. Uma aula magna sobre os "Benefícios do Consumo do Leite". O auditório amou todo o conteúdo do evento e dessa palestra, particularmente. Portanto, conclui-se que o gordo é gordo porque come muito. Correr ou fazer ginástica não é gostoso. É importante para a saúde. Fechar a boca e levantar da cama cedo para correr. Senão torna-se mais um gordo. Fácil não é, mas é preciso e já comprovada a eficácia. (Terra Viva)

 

SEGURANÇA ALIMENTAR é tema de seminário hoje no Ministério Público, em Porto Alegre. O encontro tratará sobre fiscalização da produção, distribuição, comercialização de alimentos e riscos à saúde. (Zero hora) 
 

 

Porto Alegre, 28 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.381

 

Sindilat discute controle sanitário no setor leiteiro em reunião
 
   
Crédito Laura Berrutti
 
Foi sugerido na reunião mensal do Sindilat com os associados na sexta-feira (28/10), que a resolução nº 003/ 2012 do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária do Animal (Fundesa) seja atualizada com base na inflação acumulada no período. A decisão partiu da necessidade de estimular o controle sanitário nas propriedades leiteiras. "A questão do controle da sanidade é questão de saúde pública e de competitividade mercadológica" afirma Guerra.

Os associados também debateram estratégias para a defesa do setor lácteo gaúcho e discutiram a missão feita em Brasília para controlar a importação de leite no Brasil. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, foi convidado pelo Sindilat para conversar com as indústrias sobre o momento delicado que o setor lácteo está passando. "Precisamos ter conhecimento do que está acontecendo para que possamos minimizar os impactos no mercado brasileiro", afirma o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Também foram avaliados os resultados do 2º Fórum Itinerante do Leite, ocorrido na última segunda-feira (24/10), na Universidade Federal de Santa Maria.  A grande presença de estudantes universitários e produtores rurais participando do evento chamou a atenção dos participantes da reunião. Os associados concordaram na necessidade da existência de atividades que promovam a interação da Academia com o campo. "Muitos alunos são filhos de produtores: eles se formam e muitos vão para a cidade. Precisamos fixar essa garotada no campo, eles contribuem com novas ideias e desenvolvem a produção", afirma  secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
Fiergs debate futuro da nutrição no país

O futuro da nutrição no país está em debate no 24˚ Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran). O evento é promovido pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), em parceria com a Associação Gaúcha de Nutrição (Agan), e ocorre na Fiergs, em Porto Alegre. A programação segue até amanhã, quando estarão em debate a alimentação saudável e de qualidade e temas curiosos como a inclusão de insetos em dietas e o uso de nanotecnologia na concepção e fabricação de alimentos. 

 
Com o objetivo de promover um debate livre e evitar conflitos de interesse, pela primeira vez o congresso não conta com parcerias junto a empresas do setor alimentício. "Os temas são baseados em evidências científicas e a experiência dos profissionais da área", relatou a presidente da Asbran, Luciana Coppini. Segundo ela, o Conbran deste ano pretende redefinir novas rotas para a nutrição no país, através de novas descobertas e desafios. "Vamos debater o papel da nutrição na prevenção de doenças crônicas e o uso de tecnologia", exemplificou. Assuntos polêmicos, como os mitos da dieta sem glúten e lactose e o uso indiscriminado de suplementação também terão espaço. Ao final do 24˚ Conbran, uma carta será produzida e encaminhada ao mundo acadêmico e autoridades com a expectativa de que sejam implementadas na forma de políticas públicas. (Correio do Povo)

Crescimento da produção de leite da UE desacelerará para o menor nível em oito anos

O crescimento na produção de leite na União Europeia (UE), responsável pela queda nos preços internacionais dos lácteos, desacelerará em 2017, devido à queda nas finanças dos produtores por causa da queda dos valores. A equipe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na Europa em suas primeiras estimativas para o próximo ano, previu que as entregas de leite crescerão 0,3%, para 152.000 toneladas em 2017.

Isso representa uma forte desaceleração do crescimento de 1,1%, para 152.000 toneladas esperadas nesse ano, e de 2,5% registrada em 2015, quando foi impulsionada pelo fim das cotas de produção da UE. Essa também será a taxa de crescimento mais lenta em oito anos.

O crescimento na produção de leite está declinando devido ao baixo nível dos preços ao produtor, refletindo o enfraquecimento dos valores globais, até recentemente, que foi também consequência da fraca demanda dos importadores chineses. "Em julho, o preço médio do leite cru ficou em 25 euros (US$ 27,19) por 100 quilos e foi 10% menor do que no mesmo mês de 2015", disse o relatório, que também sinalizou o impacto na produção do esquema recém introduzido na UE, compensando por produzirem menos leite.

Esse esquema deverá reduzir a produção de leite nos últimos três meses de 2016 em 1 milhão de toneladas e encorajar os abates de vacas - apesar de fornecer um impulso à produtividade do rebanho retido. A "maior taxa de abate de vacas leiteiras terá um impacto positivo na produtividade média de leite das vacas em 2016 e 2017, à medida que os produtores manterão suas melhores vacas e descartarão animais de menor produção". No entanto, a produção de leite da UE entrará em declínio na primeira metade de 2017, mostrou o relatório do USDA, destacando o efeito do "baixo nível dos preços do leite ao produtor".

A expectativa de um aumento nos volumes na segunda metade do próximo ano depende das expectativas da atual recuperação nos valores tomados em conta. "A recuperação dos preços mundiais das commodities lácteas, que começou na segunda metade de 2016, deverá estimular a produção de leite na segunda metade do ano, resultando em um leve aumento geral na produção de leite em todo o ano de 2017". (Informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Fortes preços internacionais podem ser bons sinais para as exportações de lácteos

A convergência dos preços mundiais dos produtos lácteos pode significar aumento das exportações norte-americanas e fortalecimento dos preços do leite, dizem os economistas da Universidade de Wisconsin, Mark Stephenson e Bob Cropp. 

"Será um Natal melhor do que o do último ano", disse Setphenson. "Vemos a convergência dos preços do mercado mundial com os preços dos Estados Unidos. No resto do mundo aumenta e nós baixamos". Exemplos: os preços do queijo Cheddar no Global Dairy Trade (GDT) na última semana ficaram em torno de US$ 1,50/libra comparado com os cerca de US$ 1,56/libra da Bolsa de Mercado de Chicago (CME-Chicago Mercantile Exchange). Os preços mundiais da manteiga ficaram em 1,80/libra no último GDT, e na CME o valor é US$ 1,78/libra. As exportações de leite em pó também estão se fortalecendo. Subiram 39% em agosto, e o México aumentou em 80% os pedidos. "Estou otimista, mais que isso, esperançoso, de que haverá mais exportações sem a assistência da CWT (Cooperatives Working Together)", disse Stephenson. 

Isso em decorrência do fato de que a produção no mundo está diminuindo. A União Europeia instituiu um programa voluntário de gestão da produção no último trimestre deste ano, o que pode reduzir em até 3% o volume, lembrou Cropp. A previsão para a produção de leite na União Europeia, em 2017, também é de redução, enquanto problemas climáticos continuam afetando a atividade na Nova Zelândia e na Argentina. Cropp projeta os preços do leite Classe III em US$ 16/cwt no segundo ou terceiro trimestre de 2017, e US$ 17/cwt depois. "Isto é mais do que o projetado pelo Departamento de Agricultura (USDA), mas acredito que o USDA está exagerando no crescimento da produção de leite para o ano que vem", justifica Cropp.

"Preços relativamente baixos da alimentação animal podem impulsionar a produção do leite de vaca", avalia Stephenson. Mesmo assim continua otimista, uma vez que a previsão de preços altos em 2017 fará com que os compradores aumentem as encomendas para não serem pegos de surpresa. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)

Piracanjuba é Destaque Regional Centro-Oeste, aponta Prêmio Top Of Mind

Mais um importante reconhecimento para a Piracanjuba. A marca foi apontada como Destaque Regional Centro-Oeste, durante a 26ª edição do Top Of Mind, prêmio que reconhece as marcas mais lembradas pelos consumidores. Realizado pelo Data Folha, em parceria com o jornal Folha de São Paulo, a solenidade foi realizada na noite desta terça-feira (25), no Tom Brasil, em São Paulo. "Nada melhor do que ser reconhecido por quem consome nossos produtos e acredita na marca. Sabemos que o consumidor está cada vez mais exigente e com razão. Por isso, mantemos nosso compromisso em oferecer produtos de qualidade, inovadores e que atendam aos mais diversos públicos", afirma a Gerente de Marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.

Foram premiadas 50 categorias por setor de negócio, além dos prêmios especiais por região e as sete categorias Top. Ao todo, 7.247 mil pessoas, em 217 municípios brasileiros, tanto de regiões metropolitanas quanto de cidades com menos de 5 mil habitantes, responderam à pesquisa. (Portal da Propaganda) 

 

Estado deixa de fornecer vacina
A situação econômica do Rio Grande do Sul é o argumento do secretário de Agricultura, Ernani Polo, para justificar a extinção do programa que fornecia aos pecuaristas doses gratuitas de vacinas contra a febre aftosa. O programa que até 2015 franqueava cem doses por produtor, já havia reduzido o subsídio para dez doses na primeira campanha de vacinação deste ano. A segunda etapa da campanha começa no dia 1˚ de novembro. "O Estado era o único do país que ainda subsidiava a vacina", diz Polo. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, lamentou a medida, mas disse que ela já era esperada. "O produtor vai continuar fazendo sua parte. O Estado que deixou de fazer a dele", completa. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 27 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.380

 

   Brasil superou importações de leite em pó da China em setembro

Com a forte queda na captação de leite no Brasil e preços mais altos do que os dos países vizinhos, 2016 tem apresentado importações em volumes recordes. Tão recordes que, em conjunto com a queda na demanda chinesa por lácteos importados, o Brasil superou as importações de leite em pó chinesas no mês de setembro. 

Enquanto os chineses importaram 16,4 mil toneladas de leite em pó (7,2 mil toneladas de leite em pó integral e 9,2 mil toneladas de leite em pó desnatado), o Brasil importou 19,7 mil toneladas de leite em pó (14,9 mil toneladas de leite em pó integral e 4,8 mil toneladas de leite em pó desnatado). As informações podem ser vistas no gráfico a seguir. (As informações são da Equipe MilkPoint)

Gráfico 1 - Importações de leite em pó - Setembro/16. 

  
 
Abertas as inscrições para o III Seminário de Segurança Alimentar

Estão abertas as inscrições para o III Seminário de Segurança Alimentar - Competências e Responsabilidades, que acontece no próximo dia 31, das 9h às 17h, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre. O evento faz parte do Programa Segurança Alimentar e tem como tema as competências e responsabilidades para fiscalização da produção, distribuição e comercialização de alimentos, bem como suas implicações e riscos à saúde.

O objetivo do encontro é contribuir na intensificação de medidas protetivas do setor de alimentos, esclarecer e alinhar o entendimento acerca das competências para fiscalizar cada setor e as responsabilidades dos fornecedores, consumidores, bem como as responsabilidades funcionais. Ainda, orientar acerca das ações a serem adotas para a criação desses serviços. Além disso, pretende compartilhar informações sobre alimentos impróprios para o consumo entre os órgãos que atuam na área e orientar os consumidores a fiscalizarem os produtos, buscando informações relevantes para sua segurança, antes de adquiri-los. A programação do dia foi organizada em três painéis: Competências para a fiscalização e inspeção sanitária, Responsabilidades dos Fornecedores perante o CDC e Responsabilidades funcionais (Administrativa, Civil e Criminal). 

O encontro, promovido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica (Caocon), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), contará com a participação de membros e servidores do Ministério Público, gestores municipais, técnicos e especialistas da área.  As inscrições podem ser feitas no site do MP, ou clicando AQUI. (MP/RS) 

  

Oferta de leite deve continuar apertada em 2017, aponta Rabobank

A redução na produção global de leite tende a continuar em 2017, mas a influência desse fundamento sobre os preços da commodity deve ser limitada em virtude da demanda frágil e dos amplos estoques, avaliou nesta quarta, 26, o banco holandês Rabobank. A instituição cita problemas, principalmente, na Nova Zelândia, onde o menor rebanho e o estresse hídrico em partes da região norte do país têm afetado a oferta do produto. Também nesta quarta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a produção de leite no Japão se recuperou em 2016, mas adversidades climáticas tendem a reduzir o potencial de crescimento neste trimestre e também nos próximos. Além disso, os preços mais altos dos bovinos de corte podem fazer com que os produtores troquem a produção de leite por rebanhos com a genética wagyu (gado de corte). (Canal Rural)

Tetra Pak 

A Tetra Pak, fabricante sueca de embalagens cartonadas para bebidas e também alimentos sólidos, vai abrir o chamado Customer Innovation Center no Brasil. Ele será instalado em Monte Mor (SP), onde a companhia já tem uma unidade, e exigirá investimento de € 6,2 milhões. Esse será seu terceiro centro de inovação ao consumidor do mundo. O primeiro foi aberto em Denton, a 40 minutos de Dallas (Texas), há dois anos. O segundo deve ser inaugurado em Cingapura, em janeiro de 2017. Já o terceiro abre as portas entre março e abril do ano que vem no Estado de São Paulo e visa trabalhar com as empresas clientes na concepção dos novos produtos até o projeto final.

"Esse centro vai ajudar os clientes a desenvolverem suas ideias de novos produtos, até o produto final. Eles poderão chegar com um problema e nós ajudaremos a pensar na solução", diz a argentina Julia Elena Sotera, diretora de serviços de marketing para as Américas da Tetra Pak. Dependendo do projeto, os clientes poderão ficar imersos no centro por até três dias. O centro foi idealizado há dois anos e faz parte do projeto global de expansão da Tetra Pak, negócio fundado em 1951, hoje presente em 17 países e € 11,9 bilhões em vendas em 2015. A companhia, ainda familiar e nas mãos do neto do fundador, vendeu 184 bilhões de embalagens em 2015 no mundo. O Brasil, conta Julia, é o segundo maior mercado da Tetra Pak no mundo, atrás da China.

Embora a crise econômica tenha afetado o consumo ao longo de 2016, a executiva garante que suas vendas não caíram neste ano. O faturamento da subsidiária brasileira deve estabilizar em 2016 e retomar o crescimento em 2017. "Ganhamos 'market share' neste ano. Só em leite, temos 56% de todo mercado brasileiro que consume 11 bilhões de litros no ano." No Brasil desde 1957, a Tetra Pak visa projetos de longo prazo, garante a executiva. Embora a categoria de leite UHT e a de sucos sejam, na ordem, as mais representativas da receita, ela conta que os produtos baseados em leite, como creme de leite, leite condensado e leite aromatizado, avançam em embalagens cartonadas, mercado com potencial de manter a Tetra Pak crescendo por muitos anos.

As duas fábricas que a companhia têm no Brasil ¬ Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR) ¬ ainda têm capacidade para atender as futuras demandas do mercado doméstico e abastecer outros países da América Latina, hoje atendidos por essas unidades. Na semana passada, a Tetra Pak divulgou o estudo "Spending power of Seniors to hit US$ 10 trillions by 2020: how the food and drink industry can attract the over 60s", que mostra as tendências de consumo até 2020 pela população com mais de 60 anos, cada vez mais ativa, capitalizada e consumista (preferem qualidade a quantidade e buscam produtos que valorizem saúde e bem¬estar). Segundo as Nações Unidas, até 2050, mais de 22% da população mundial terá mais de 60 anos, comparado aos 8% hoje. Isso os torna os consumidores de maior potencial de crescimento do mundo e alvo para as fabricantes mundiais de bebidas e alimentos. O Japão atingirá 31% de habitantes com mais de 60 até 2020 ¬ eram 26% em 2005. Já nos BRICs, esse percentual subirá de 11% para 16%. Os chamados seniores gastam 20% da renda com alimentação e bebida enquanto os mais jovens direcionam até 18% dos ganhos com os mesmos fins.

Pelos estudos realizados por institutos como Nielsen, Mintel e Euromonitor e pesquisas conduzidas por ela própria, a Tetra Pak acredita que esse público quer viver mais e melhor, próximo da família, fora de casa (viajar e praticar atividades físicas) e não ser tratado como velhos (e isso inclui até produtos desenvolvidos pela indústria). (Valor Econômico) 

 

Preço do leite no Uruguai subiu a US$0,31 o litro
Os 164.5 milhões de litros representaram o menor volume desde setembro de 2009, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional do Leite (Inale) do país. No acumulado janeiro-setembro foram enviados 1.226 milhões de litros para as plantas industriais, 13% a menos do que o acumulado de 2015. A maior baixa do ano foi registrada em junho, quando a queda foi de 19%. Em setembro, o preço pago ao produtor por litro de leite enviado à indústria subiu a $8,79 (em pesos uruguaios - R$0,98*). Em agosto, este número era de $8,75 (R$0,97). Na comparação interanual, o aumento é de 16%. Em setembro de 2015, o preço pago girou em torno de $7,57 (R$0,64) o litro. Medido em dólares, o valor por litro registrou seu maior nível em setembro de 2016, com US$0,31 ($8,70 em pesos uruguaios, R$0,97 em reais). (Cenario MT)
 
 

 

Porto Alegre, 26 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.379

 

   Última semana de inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Quem ainda não inscreveu seus trabalhos no 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo deve se apressar. As inscrições estão na última semana e vão até 1º de novembro. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), a iniciativa irá premiar as melhores reportagens produzidas pela mídia especializada no agronegócio e sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos edesafios. O Prêmio é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av. Mauá, 2011/505 - Porto Alegre), das 9h às 18h. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até 21 de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindilat/RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Maiores informações podem ser obtidas no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
 
Embrapa Gado de Leite presta homenagem ao Sindilat
 
Na segunda-feira (24), durante a comemoração dos seus 40 anos, a  Embrapa Gado de Leite, em Minas Gerais, homenageou o Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) pelo trabalho em conjunto nos últimos anos. A homenagem, materializada em uma placa comemorativa, significa o reconhecimento pelo esforço do Sindilat/RS na cadeia produtiva do leite gaúcho. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, ressalta que a missão da entidade é ter proximidade com produtores, empresários e consumidores. Assim, o Sindilat e os sindicatos de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que desempenham projetos e formam uma união importante para o setor lácteo, foram escolhidos para receber as homenagens. "Esse é um reconhecimento pelo trabalho que o sindicato tem feito e pela sua importância no setor lácteo não só no Rio Grande do Sul como em todo o Brasil", afirmou o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra. 
 
Martins ainda destaca o projeto Ideas For Milk, uma parceria entre a Embrapa Gado de Leite, o Sindilat/RS, onze universidades brasileiras e diversas entidades leiteiras. "É o maior movimento de incentivo a startups do agronegócio, que já conta com 137 iniciativas inscritas." O projeto reúne estudantes e profissionais da tecnologia da informação, medicina veterinária, zootecnia e agronomia, que se unem para criar aplicativos, hardwares e outras várias ideias que beneficiem e representem o setor produtivo do leite. Oito cidades participarão da final, que acontecerá em Brasília, no dia 14 de dezembro. Esse projeto é resultado da grande aproximação que o sindicato e a Embrapa estão desenvolvendo ao longo dos anos, que aumenta a abrangência dos seus trabalhos e os tornam mais eficientes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

RS: Redução de custos garante produtores na atividade leiteira

Garantir a qualidade do leite produzido pelas pequenas propriedades com genética de ponta e redução de custos, permitindo aumento de produção e produtividade. Esta foi a mensagem deixada em encontro realizado na última sexta-feira, dia 21 de outubro, organizado pelo projeto Pró-Leite Noroeste, realizado pela Fundação de Capacitação e Desenvolvimento (Funcap) em parceria com entidades como a Embrapa, para fomentar a criação de um Arranjo Produtivo Local (APL) na região. Na ocasião, técnicos e produtores puderam conhecer o sistema de produção de propriedades rurais atendidas pelo programa.

Uma delas foi a do produtor Valdir Justen, de Boa Vista do Buricá (RS). Em 18 hectares, onde vive com a mulher e dois filhos, ele produz cerca de 18 litros por dia para cada vaca. No início do projeto eram 20 animais. Hoje a propriedade já conta com 35 exemplares e a meta é chegar a 40. Justen revela que em alguns meses, aplicando a proposta, conseguiu até R$ 1,00 de lucro por litro de leite vendido. "Estamos bem satisfeitos com o projeto. O que queríamos fazer na propriedade, começamos a fazer aos poucos", salienta.

A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) esteve representada no evento com o seu presidente, Wlademir Dall'Bosco, além de técnicos e produtores de laticínios associados. Para o dirigente, o modelo pode ser adotado na relação entre as pequenas e médias indústrias e pequenos produtores fornecedores da matéria-prima. "A parte importante do projeto é que trabalha em cima de custos. O produtor precisa saber exatamente o quanto custa o litro de leite e produzir com um custo aceitável. Não adianta ele produzir leite com custo elevado porque não conseguimos mudar o comportamento do mercado. Aqui ele consegue trabalhar com um custo que não ultrapasse os R$ 0,80", ressalta.
Entre os fatores destacados por Dall'Bosco para a redução dos custos está a forma de alimentação dos animais, que é determinante para o controle dos gastos. A alimentação está no campo, com o gado ficando cada dia dentro de um piquete e com 85% de sua alimentação no pasto e eliminando custos maiores com silagem e ração. "Para as pequenas propriedades, produtores e indústrias é importante trabalhar nesta linha, com tecnologia e qualidade garantindo a redução de custos para poder competir no mercado", observa o dirigente.

Segundo Diorgenes Albring, coordenador do Funcap, entidade que faz a gestão da APL Leite Fronteira Noroeste, a proposta foi retomada em 2012, depois de uma primeira experiência iniciada em 1992 quando três mil produtores foram profissionalizados. A região de Santa Rosa (RS), onde está instalada a bacia leiteira do projeto, que compreende 20 municípios, congrega 9,8 mil produtores de leite. Mas o dirigente acredita que pelo menos 10% já estão deixando a atividade.
 

No projeto Pró-Leite são atendidas 250 propriedades que estão focadas no aumento de produtividade e redução de custos. Albring afirma que a meta é dobrar a produção e que muitas ainda estão no caminho certo para alcançar estes resultados. "A maioria dos produtores já aumentou em 80% a produção das propriedades, enquanto outras estão em torno de 45% a 50%. Parece que é pouco, mas o foco principal é a redução de custo. Hoje a maioria das propriedades tem um custo de R$ 1,00 o litro, mas temos propriedades com R$ 0,80, R$ 0,70 e até R$ 0,45 por litro", revela. (APIL/RS)
 
SP: publicação da Embrapa orienta produtor de leite sobre gestão da água

A adoção de práticas de produção hidricamente corretas contribui para o pecuarista manter-se competitivo e fazer com que a produção agropecuária esteja de acordo com as exigências das legislações ambientais. A Embrapa Pecuária Sudeste disponibilizou, em outubro, um guia para auxiliar produtores, técnicos e gestores a manejar os recursos hídricos e conservar o meio ambiente na propriedade.

A publicação "Boas Práticas Hídricas na Produção Leiteira", segunda edição, orienta o pecuarista na adoção de ações em cada etapa do processo produtivo. Práticas simples como a troca de mangueiras comuns por de pressão, captação de água da chuva para uso na lavagem do piso, detecção de vazamentos, manter os bebedouros limpos, formular e balancear corretamente as dietas dos animais podem fazer a diferença.

"As boas práticas hídricas proporcionam o entendimento da água nas três dimensões em um sistema de produção animal: alimento, insumo produtivo e recurso natural. Exercitar a utilização e o manejo da água nestas três dimensões proporcionará disponibilidade hídrica em quantidade e com qualidade na propriedade rural", explica o pesquisador Julio Palhares, autor do documento. Para a implantação das boas práticas é fundamental que o técnico e o produtor tenham os conhecimentos necessários ou sejam capacitados.

No manual, a Embrapa propõe algumas ações para a gestão eficiente da água na propriedade e redução de possíveis impactos negativos no uso dos recursos hídricos. As recomendações consideram a realidade da produção leiteira brasileira e as legislações ambientais. "A pecuária leiteira pode ser pioneira na utilização de boas práticas hídricas, garantindo a oferta de um produto que considere os valores de segurança dos alimentos e de conservaçãodo meio ambiente, bem como a saúde de humanos e animais", destaca o pesquisador. A publicação está disponível AQUI. (Fonte: Embrapa Pecuária Sudeste)

África entra no mapa das multinacionais de lácteos

Na pequena propriedade familiar de Anno Walivaka, no vale abaixo do Monte Elgon, no Quênia, a produção diária de leite de seu punhado de vacas subiu de enos de 5 litros por animal para mais de 15 litros em dez anos. E ele está confiante em poder chegar, em breve, "a 20 ou até 25 litros". O consumo de leite na África está entre os mais baixos do mundo, mas assim como o rendimento das vacas de Walikava, está em alta. Entre os que apostam na expansão da área de laticínios na África estão a cooperativa dinamarquesa Arla Foods e o grupo francês Danone. Em recente visita ao Quênia, o vice¬presidente executivo da Danone, Pierre¬André Térisse, disse que continua otimista com as perspectivas de longo prazo da companhia na região, mesmo diante da recente queda nos preços das commodities e da baixa disponibilidade de mercados de câmbio em alguns países. O executivo prevê que a receita da Danone na África crescerá até 10% ao ano até 2020 - e na África Ocidental a taxa deverá ser duas vezes maior. A estimativa de avanço no continente é também duas vezes superior ao ritmo global previsto. Em 2015, a receita da Danone na África foi de € 1,4 bilhão. A Arla Foods é outra com grandes expectativas. Sua meta é quintuplicar a receita na África Subsaariana em cinco anos, de € 90 milhões, em 2015, para € 460 milhões, em 2020. 

No ano passado, a cooperativa criou empreendimentos conjuntos no Senegal e na Nigéria para melhorar sua rede de distribuição e fomentar a expansão na África Ocidental. Analistas dizem que apesar dos obstáculos representados pelo clima e pela baixa renda, a demanda potencial por laticínios na África é considerável. Seu consumo anual per capita é de 37 litros, ante a média mundial de 104 litros, segundo o Banco Mundial. E a população da África Subsaariana deverá dobrar até 2050 e se tornar mais próspera. Segundo Kevin Bellamy, especialista do Rabobank nesse mercado, a "África está definitivamente no mapa dos laticínios". Ele destacou que forma firmados 14 acordos de fusões e aquisições no segmento na região no ano passado. Esse interesse é incentivado, em parte, pela desaceleração na China, que levou empresas a buscarem outros países em desenvolvimento para crescer. Ao mesmo tempo, a tendência é de aumento da produção de leite na Europa após o fim das cotas restritivas da União Europeia, em 2015. Mas há problemas: neste ano, o baixo preço do petróleo e a valorização do dólar coibiram alguns negócios. A Danone, cuja primeira aquisição no continente foi no Marrocos, em 1953, investiu € 1 bilhão na África nos últimos dois anos, expandindo sua rede pelo continente. Neste ano, tornou¬se acionista majoritária da Fan Milk, que atua na África Ocidental, e comprou a Halayeb, uma das mais antigas produtoras de queijo no Egito. Antes, já havia adquirido, por € 30 milhões, 40% da Brookside Dairy, empresa queniana que processa e vende laticínios na África Oriental. 

Analistas acreditam que a Danone vai direcionar a Fan Milk sobretudo para a área de iogurtes, com a intenção de aumentar as vendas na Nigéria, onde os produtos representaram 20% das vendas de laticínios em 2014 ¬ que no total alcançaram US$ 2,6 bilhões naquele ano, conforme o Rabobank. "O iogurte é um negócio de alta margem e está alinhado às atuais tendências a favor dos produtos saudáveis. O consumo na Nigéria, sob condições econômicas normais, vai aumentar", diz Miguel Azevedo, analista do Citigroup A compra da participação na Brookside, na qual a família do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, tem participação majoritária, representa um trampolim para impulsionar a expansão. Em 2015, a Brookside adquiriu a empresa de laticínios ugandense Sameer Agriculture and Lives; neste ano, comprou participação majoritária na Inyange, uma empresa de laticínios, sucos e águas, em Ruanda. Parte desse "sucesso" da Danone pode ser creditada a uma "revolução" iniciada há 18 meses, quando as operações africanas foram tiradas de suas respectivas divisões de produtos e colocadas em uma nova unidade com base geográfica, a única do tipo no grupo francês. A estratégia contrasta com a de outras rivais, como a Nestlé, que agrupa a África Subsaariana com a Ásia e Oceania e a África Setentrional com Europa e Oriente Médio. Uma parte central da estratégia da Danone na África, diz o vice¬presidente Térisse, é ter "produtos que sejam feitos por africanos, para africanos". "Então, em vez de fazer iogurtes frescos, vamos pensar em longa vida (...). "Em vez de potes legais, vamos pensar em sachês.. Em vez de apenas laticínios, vamos pensar em cereais, já que há muitas tradições na África de mistura de cereais e laticínios". A Danone também quer usar o continente como "laboratório". "O problema da Europa e de muitas partes do mundo é que, quando você muda, há muito a perder. Na África, se mudarmos, não temos tanto a perder, mas temos muito a ganhar", diz Térisse. (Valor Econômico)
 

 

Atividade leiteira em Picada Café é discutida em encontro
Na tarde desta segunda-feira (24/10), a equipe da Emater/RS-Ascar de Picada Café esteve reunida com o grupo de agricultores familiares que desenvolvem a atividade leiteira no município, para tratar de diversos assuntos. O encontro aconteceu na propriedade de João Carlos Federhen, na localidade de Joaneta, e também contou com a presença do prefeito em exercício, Daniel Rückert. Inicialmente, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Rafael Hoss, expôs o cenário da atividade leiteira e sua contextualização em nível de mundo, país, estado e, por fim, a caracterização da atividade no município de Picada Café, feita a partir do diagnóstico realizado nas propriedades, através do qual foi possível apontar algumas potencialidades e gargalos existentes na atividade leiteira. Após, o assistente técnico do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, João Carlos da Luz, tratou de uma das principais dificuldades da atividade leiteira levantadas no diagnóstico: a sanidade do rebanho, especificamente o problema frequente da mastite, que traz grandes prejuízos à produção leiteira. No encontro, também foi apresentado o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, do governo do Estado: seus objetivos, abrangência em Picada Café e, principalmente, a necessidade dos agricultores realizarem a gestão de suas propriedades, identificando assim os custos de produção de cada atividade que desenvolvem.Para a extensionista social da Emater/RS-Ascar de Picada Café, Elisete Benke, esses encontros permitem a troca de experiências entre as famílias e a possibilidade de, junto com a Extensão Rural e Social, buscar alternativas para superar as dificuldades enfrentadas. A proposta feita aos agricultores é de que ações que envolvem a agricultura familiar, especialmente os produtores de leite, tenham continuidade no próximo ano, com mais encontros periódicos como este. (Emater - RS)

 

Porto Alegre, 25 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.378

 

  Preço do leite atinge extremos em 2016

Direto de Santa Maria (RS), onde acontece o 2º Fórum Itinerante do Leite, o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, diz que este ano foi atípico para o setor. No primeiro semestre, os preços atingiram patamares históricos, e no segundo semestre, quando a produção reagiu e as importações foram maiores do que era necessário, os preços diminuíram de forma intensa. Os extremos prejudicam o produtor, que não consegue fazer o planejamento, e também prejudica a indústria, que não consegue garantir suas margens e viabilizar seus negócios. Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 

 
  
 
Produtores pedem preço mínimo para o leite

Entidades que representam os produtores de leite do Rio Grande do Sul querem que seja instituído um preço mínimo para a matéria-prima, como forma de acabar com a constante oscilação do valor pago ao produtor. A proposta foi colocada na pauta do 2º Fórum do Leite, em Santa Maria (RS), nesta segunda-feira, dia 24. Atualmente, o valor é balizado de forma geral pelas informações repassadas pelas indústrias. No entanto, o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no estado (Fetag), Pedro Signori, afirma que o preço é formado apenas por 50% da produção gaúcha de leite. "Com o preço mínimo, ninguém recebe menos do que isso e você agrega qualidade e sanidade dos animais". Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI

O produtor Daniel Kraetzig, de Jaguari (RS), mantém um rebanho de apenas oito vacas. Recebendo 30% a menos pelo litro de leite - que não passa de R$ 0,95 na região -, ele teve que apertar os custos, reduzindo gastos com alimentação. "Hoje, só na base da pastagem. Mão tem condições de dar ração", diz.

Reidratação
A indústria sugere a inclusão de um parágrafo na portaria do Ministério da Agricultura garantindo que o leite em pó, só possa ser reidratado a partir de matéria-prima produzida no Brasil. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, hoje a restrição não está clara. (Canal Rural) 

 
Instrução Normativa nº 40 

Não surtiu nenhum efeito positivo para os produtores de leite goianos e nacionais as alterações propostas pelo Governo Federal na Instrução Normativa nº 40, de 20 de outubro de 2016, que altera o artigo 1º da Instrução Normativa nº 26 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que trata da reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado para atender o abastecimento público na região de desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Edson Novaes, a diferença da (IN) 26 para a (IN) 40 é que, a partir de agora, somente pode ser reconstituído o leite em pó oriundo de matéria-prima (leite) com origem em estabelecimento industrial registrado no Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado em território nacional. "Entre outras palavras, continua autorizada a reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida. Com isso, não se pode mais reconstituir o leite em pó oriundo de importações".

Ele explica que há alguns aspectos que tornam essa medida praticamente inócua para os produtores de leite nacionais. A primeira delas é de que no Brasil não existem, atualmente, grandes estoques de leite em pó de origem nacional para serem reconstituídos. "O grande volume de leite em pó que temos hoje, no Brasil, foi internalizado, provenientes da Argentina, Uruguai ou de outros países", destaca.

Outro aspecto que faz com que essa medida não tenha resultado esperado, de acordo com Sérgio, é a estrutura deficitária do Mapa para fiscalizar se as indústrias estão realmente reconstituindo o leite em pó de leite de origem nacional ou não para a produção de leite longa vida. "E a terceira e mais importante questão é que, mesmo com a queda de produção de leite ocasionada em alguns estados brasileiros no primeiro semestre deste ano, não faltou leite para atender o mercado brasileiro e em específico a região nordeste. O leite produzido pelos produtores nacionais atende perfeitamente à demanda nacional", explica.

Sérgio acrescenta que essa alteração da (IN) 40 só atende os interesses comerciais das indústrias, uma vez que não faz sentido produzir leite em pó para depois reconstituí-lo em leite longa vida, já que os preços pagos internamente para a produção de leite em pó são os mesmos pagos para se produzir o leite longa vida. "O que se percebe é a manutenção de uma política para que as indústrias continuem a reconstituir o grande volume de leite em pó importado e que foram importados com valores menores aos pagos aos produtores goianos", enfatiza.

Por fim, Sérgio avalia que o que é necessário para que não haja mais prejuízos e para que os produtores nacionais não continuem saindo da atividade, é a revogação imediata da (IN)26, e agora da (IN)40, para que os produtores de Goiás e do Brasil possam voltar novamente a serem estimulados a investir e a produzir leite para que possamos não só abastecer o mercado interno, mas gerar excedentes exportáveis ao invés de importarmos. (Faeg)

Pesquisador expõe dados da produção de leite

Na primeira palestra da Agrotecnoeste 2016, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, comentou diversos dados sobre o mercado de leite, tratando de questões como consumo, produção, competitividade e eficiência. A palestra aconteceu nesta quinta-feira, 20, no auditório central.

Segundo ele, há uma crescente demanda por produtos lácteos que não corresponde à velocidade de crescimento da produção, o que encarece o produto para o consumidor. Um dos fatores que explica esse crescimento no cenário internacional é o consumo de produtos como queijos, iogurtes e até soro em pó por países que tradicionalmente não consumiam esses alimentos.
Com relação ao Brasil, Lorildo apresentou dados sobre a produção, conforme as regiões e também de acordo com o tamanho dos rebanhos por produtor. As regiões que mais produzem leite são o sul e sudeste do Brasil.

Já a análise da estrutura produtiva revela um cenário de concentração. De acordo com os dados apresentados, o país tem cerca de um milhão de produtores de leite e, deste total, 800 mil são pequenos produtores, com até 30 vacas. No entanto, eles respondem por apenas 20% da produção. Por outro lado, 200 mil médios e grandes produtores respondem por 80% do leite produzido no Brasil. "E essa concentração tende a aumentar: a cada dia mais e mais produtores saem do mercado de leite", concluiu. (Da assessoria de imprensa do Campus Iporá do IF Goiano). (Fonte: Oeste Goiano)
 

 

EUA: Wisconsin perdeu quase 400 fazendas leiteiras desde 2015
O Estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, perdeu quase 400 fazendas leiteiras no ano passado, de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - que mostrou que pouco mais de 9.400 rebanhos leiteiros estavam ativos no estado em 1 de outubro, 4% a menos que em 2015. Porém, o presidente da Associação de Negócios Leiteiros de Wisconsin, Gordon Speirs, disse que a perda deste ano é positiva comparada com os declínios nos anos anteriores. "Esse é um dos menores (declínios) em minha memória e acho que é uma vitória real para nossa indústria, considerando os desafios econômicos que tivemos no último ano e meio com os baixos preços do leite", disse Speirs, que é proprietário e opera na Shiloh Dairy, em Brillion. "Há não muitos anos atrás, perdíamos 600, 800 e até 1.000 por ano". O número de rebanhos leiteiros vem declinando nos últimos 40 anos, à medida que mais produtores se aposentam sem que tenha alguém para cuidar de sua operação, disse Speirs. "As pessoas envelhecem, seus filhos não estão interessados em continuar o negócio da família e estão deixando a indústria". O número de vacas leiteiras em Wisconsin continuou muito estável nos últimos anos. Speirs disse que muitos produtores de leite aumentaram suas operações enquanto outros deixaram a indústria. (As informações são do http://www.wiscontext.org, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 24 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.377

 

Setor lácteo alinha rumos da competitividade em Santa Maria

  

Fotos: Carolina Jardine

Elevar a competitividade do setor lácteo exige um trabalho orquestrado, que une planejamento e gestão profissional dos tambos a uma atuação forte por parte das indústrias para obtenção de produtos de alta qualidade em escala e capazes de acessar mercados cada vez mais exigentes. Como regente, o poder público tem o dever de, em conjunto com o setor, criar políticas públicas que garantam o equilíbrio necessário para assegurar competitividade ao setor, que gera renda a mais de 100 mil famílias e arrecadação a 467 dos 497 municípios gaúchos. A necessidade de união e ações concatenadas pelo bem coletivo foram a tônica dos debates do 2º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta segunda-feira (24/10), na UFSM, em Santa Maria (RS). Cerca de 450 pessoas, entre autoridades, lideranças do setor lácteo, acadêmicos, empresários e agricultores estiveram presentes no evento. Além do debate sobre o mercado, à tarde oficinas permitiram a avaliação técnica de diversas questões como inspeção, legislação, sanidade e gestão nas propriedades leiteras.

Durante o Fórum, o pesquisador Wagner Beskow cobrou avanços logísticos que permitam ao setor ser mais competitivo. Ele ainda defendeu empenho em qualificar os processos e manejo, principalmente com relação à alimentação animal, o que julga ser um dos grandes gargalos dentro da porteira.  "Nossa palavra de ordem tem que ser produtividade e eficiência", ressaltou.  O pesquisador da Embrapa Clima Temperado Darcy Bitencourt reforçou a necessidade de maior organização como estratégia para evitar a competição interna na cadeia produtiva. "Precisamos de lideranças que mudem essa história e se preocupem com o crescimento da cadeia", salientou.

Ao analisar o mercado, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, referiu-se aos entraves criados pela importação descontrolada de leite pelo Brasil. "A competitividade começa na casa do produtor, em como posso ampliar o rendimento por vaca. Mas vivemos em uma economia globalizada que atinge o mercado e os preços", frisou.  "Altos e baixos são uma realidade da vida inteira no setor lácteo. Quando se fala em leite, não dá para olhar o mês, tem que se olhar o exercício. Quando se ganha tem que se guardar", sugeriu, contrapondo manifestação de produtores que reivindicam uma maior previsibilidade de valores a serem pagos. "A indústria não quer baixar o preço, mas seguimos a lei da oferta e da procura, até porque vivemos em uma economia globalizada", completou Guerra.
A necessidade de parâmetros de preço e incentivos fiscais também foi alvo da manifestação do secretário-geral de Fetag, Pedrinho Signori.  Segundo ele, o desequilíbrio da cadeia produtiva desanima o produtor, que vive com picos de preço. "Precisamos de um maior equilíbrio. Não podemos entregar o leite e receber 40, 45 dias depois sem saber quanto. Isso desestrutura muito os tambos. O sucesso do campo está relacionado à sucessão rural. O jovem só vai ficar na propriedade se tiver resultado. Precisamos equilibrar a cadeia".

O diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, ainda reforçou a importância de se estabelecer normas factíveis ao produtor, diferente da IN 51, que mudou de nome, mais ainda é de difícil cumprimento. Rodrigues sugeriu a adaptação das exigências em relação à CCS aos padrões norte-americanos. A Aliança Láctea ainda está trabalhando com a equiparação de fiscalização dos três estados do Sul e em um plano de fidelização entre o produtor e a indústria, o que pode acontecer por meio de um contrato, por exemplo.
 
Durante manifestação em Santa Maria, o procurador do Ministério Público, Alcindo Bastos, informou que a Operação Leite Compensado deve ser levada a outros estados do Brasil.  A proposta é uma forma de corrigir a penalização do leite gaúcho que, sendo o mais fiscalizado, também acabou tendo um maior número de denúncias deflagradas. 

O 2º Fórum Itinerante do Leite foi uma realização do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Uruguai: faturamento das exportações caiu 7% até setembro

Até agora nesse ano (janeiro-setembro), o faturamento das exportações de lácteos do Uruguai foi de US$ 422 milhões, 7% a menos que no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite do país (Inale). Embora sigam caindo os preços de todos os produtos com relação ao ano anterior, as exportações de leite em pó integral e queijos são maiores do que as registradas no ano passado.

No caso do leite em pó integral, as receitas no período de janeiro a setembro foram de US$ 252,5 milhões (+27%), com um volume de 103.595 toneladas (+51%). No caso dos queijos, foram exportadas 27.055 toneladas (+28%) com um faturamento de US$ 89 milhões (-8%).

Com relação a dezembro do ano passado, em setembro houve uma melhora nos preços recebidos de todos os produtos, no caso do leite em pó desnatado foi de 49%, da manteiga, 17%, do leite em pó integral, 13%, e do queijo, 12%.

Por outro lado, em setembro deste ano, os preços dos queijos exportados pelo Uruguai aumentaram 5% com relação a agosto, ficando em média em US$ 3.929 por tonelada. Os preços recebidos pela Oceania também aumentaram 15% com relação ao mês anterior, ficando em US$ 3.581 por tonelada.

No caso do preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai, em setembro aumentou 4% com relação a agosto, ficando em US$ 2.653 por tonelada. No entanto, os valores de exportação desse produto da Europa (do norte) e da Oceania aumentaram 11% e 17%, ficando em US$ 2.888 e US$ 2.869, respectivamente. (Informações são do Tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produtores de leite australianos descartam milhares de litros de leite

Os produtores de leite de Western Australia estão descartando milhares de litros de leite no ralo à medida que o excesso de oferta global os força a deixar suas terras. Produtores de leite no sudoeste do estado estão encerrando as atividades visto que processadoras como Brownes Dairy e Harvey Fresh terminaram seus contratos.

 

Graham Manning descartou 16.000 litros de leite e 156 anos da história da família à medida que o excesso de produtos lácteos e a queda na demanda da Ásia e da Europa interferiram  no seu sustento. Ele, que é da quinta geração de produtores, está se preparando para vender suas vacas e a fazenda em Harvey, sul de Perth. Seu contrato de dois anos com a Brownes expirou em 30 de setembro.

Os produtores Dale Hanks e Tony Ferrano também perderam seus contratos. A Harvey Fresh comprou o volume de duas semanas de leite de três produtores, após o fim do contrato da Brownes, mas isso terminou nesta semana.

 

O presidente do conselho de lácteos que representa os produtores de Western Australia, Michael Partridge, criticou as companhias de lácteos pela forma como estão lidando com o excedente de lácteos. "Esses três produtores assumirem o peso do problema da indústria no momento é absolutamente repugnante. Precisamos nos certificar de que isso não acontecerá com outros. Há outras formas de equilibrar e controlar a oferta de leite".

Brownes não quis comentar, mas citou um post no Facebook de 23 de setembro. "Em Western Australia, enfrentamos uma situação sem precedentes, onde nossa oferta de leite está maior do que a demanda dos mercados locais e de exportação combinados", diz o post.

 

Mais cinco produtores rurais do sudoeste de Western Australia enfrentam um futuro incerto à medida que os contratos da Harvey Fresh terminam em janeiro. No começo desse ano, a Brownes e a Harvey Fresh disseram a nove produtores rurais no sudoeste do Estado que seus produtos não eram mais requeridos, devido ao excesso de oferta de leite.

Em maio, o diretor gerente da Brownes, Tony Girgis, disse que a Western Australia estava produzindo 390 milhões de litros de leite por ano, mas somente 310 milhões de litros estavam sendo consumidos. Ele destacou que venderia 250 vacas e pararia a produção de mais 100. "É um momento muito difícil, mas temos que passar por ele. Não podemos pensar muito sobre nós mesmos, é importante para nós lidar com essas vacas". (As informações são do Dailymail.co.uk, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Processos de certificação no setor lácteo pautam encontro com produtores franceses
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foram debatidas na última quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs (Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul), Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência. A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês). Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa dos produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Informações são do Governo do Rio Grande do Sul)
 

 

Porto Alegre, 21 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.376

 

 Reconstituição do leite

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (21) publicou a Instrução Normativa (IN) nº 40, que proíbe a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetada pela seca.

Segundo o texto, apenas o leite em pó nacional pode ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. A IN do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) altera o artigo 1º da medida publicada em julho deste ano com a finalidade de conter a queda dos preços ao produtor nacional. Ela não especificava a origem do leite em pó, permitindo assim tanto o produto nacional quanto o de outros países. A proibição do produto importado para reconstituição vinha sendo reivindicada pelos representantes do setor e por parlamentares gaúchos que se reuniram esta semana com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de leite com 4,7 bilhões de litros por ano. Minas Gerais aparece em primeiro lugar no ranking, com 9,4 bilhões de litros por ano. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressalta Geller.

Produção de leite
A produção brasileira de leite é de aproximadamente 35 bilhões de litros por ano e vinha crescendo 4% ao ano na última década. Na região Sul o crescimento foi de 7% ao ano. Nos dois últimos anos, no entanto, houve queda na produção, principalmente na região Nordeste. Segundo a Secretaria de Política Agrícola, no primeiro semestre deste ano a redução foi de 6% para o país. No Nordeste, a queda foi maior, 12%, o que levou o governo a autorizar a reconstituição de leite e a sua venda na área da Sudene. A Sudene abrange a região semiárida brasileira, ou seja, todos os estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Mapa)
 

  
 
Certificação
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foi debatidas nesta quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs, Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência.

A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês).

Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa de produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Governo do RS)

Lácteos 

Ainda que existam boas perspectivas no médio e longo prazo para os lácteos, a conjuntura continua sendo complicada para o setor. Depois da queda nas cotações registradas no início do mês na plataforma da companhia neozelandesa Fonterra (Global Dairy Trade), nesta terça-feira o valor do leite em pó mostrou uma leve recuperação. O preço da tonelada subiu 2,9%, chegando ao valor de US$ 2,706. 
 
A melhora, no entanto, não foi suficiente para recuperar a perda registrada no começo do mês, quando o produto teve queda de 3,8%. O problema é o estoque. As grandes reservas mundiais de lácteos, que segundo o último relatório do Rabobank calculou em 6,5 milhões de toneladas acima do normal, é um freio que não deixa os preços decolarem. No entanto, uma queda na produção faria com que as cotações sejam recuperadas no futuro. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai 

"Felizmente este ano foi de boas notícias no que diz respeito a habilitações para o mercado internacional", destacou Martin Berrutti. O gerente comercial de Estâncias del Lago disse no "Amanhecendo com o Campo" que está exportando leite em pó integral para o Brasil, e conseguiram ingressar na Rússia e México. Nos próximos dias será obtida a abertura do mercado chinês. Esclareceu que a habilitação para a China está em fase final e seria "o último dos grandes mercados, por seu enorme potencial de compra". Atualmente a empresa não está sendo pressionada a fazer negócios, já que pode colocar, até janeiro, grande parte de sua produção no Brasil, destacou Berrutti. Assegurou ainda, que o espírito comercial de Estancias del Lago "foca sempre na diversificação do mercado e se aparecer algum negócio que fique próximo aos níveis de preços do Brasil, estamos dispostos a conversar". Comentou que hoje o Brasil está pagando em torno de US$ 3.100/tonelada de leite em pó, para entrega em janeiro. 

De qualquer forma, o gerente comercial da empresa disse que estão dispostos a fechar negócios de US$ 2.950 a US$ 3.000/tonelada, para não perder contato com os mercados do Norte da África e Oriente Médio. Mas, lembrou que "não estão em apuros, nem com pressões comerciais". Finalizou dizendo que o mercado internacional para o leite em pó integral está firme, mas, com uma demanda que não é elevada. A demanda "é discreta, mas os negócios continuam e isto ocorre pela baixa produção de vários países do Mercosul e outras partes do mundo". (El País - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
 

FIL/IDF x FAO
Durante a Cúpula Mundial do Setor Lácteo, realizada em Roterdã, A Federação Internacional de Laticínios (FIL/IDF), assinou com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), um compromisso para enfrentar o desfio da sustentabilidade. Em nome da cadeia láctea mundial, as duas entidades firmaram um Declaração conjunta, assumindo a Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)