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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01º de outubro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.233


Calculadora do Leite já está disponível no site do Conseleite

A terça-feira (01/10) marcou a entrada em operação da Calculadora do Leite. A ferramenta gratuita está disponível no endereço www.conseleite.com.br/calculadora. Disponibilizada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), deve auxiliar o produtor a projetar a rentabilidade conforme a qualidade do leite produzido. “É uma melhoria que chega para incentivar os produtores a seguirem adotando as melhores práticas em suas propriedades a fim de que o leite gaúcho aumente sua produtividade, competitividade e qualidade”, assinala Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
 
Para o cálculo do valor de referência/mês são equalizados os parâmetros fornecidos pelo produtor àqueles que integram a base de referência padrão do leite. Eles levam em conta o volume (litros por dia), os percentuais de gordura e proteína e índices para contagens de Células Somáticas (CCS) e Bacterianas (CBT). A Calculadora foi elaborada na Câmara Técnica do Conseleite por lideranças dos produtores e indústrias com apoio da Universidade de Passo Fundo (UPF).

As informações são da assessoria de imprensa do SINDILAT/RS


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Dívida bruta do governo sobe pelo 14º mês seguido e é a maior em 3 anos

Indicador chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto em agosto, segundo Banco Central

A dívida bruta do governo geral subiu pelo 14º mês seguido e chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) ontem. O nível é o mais alto desde outubro de 2021, quando o patamar da dívida chegou a 79,5% do PIB.

A última vez que o indicador recuou foi em junho de 2023. Naquele mês, a dívida passou de 72,2% para 72,14% do PIB. Desde então, a alta foi de 6,41 pontos percentuais (p.p.). Apenas neste ano, a elevação foi de 4,1 p.p, saindo de 74,4% do PIB em dezembro de 2023.

O mercado e o governo projetam que essa elevação continue nos próximos anos. As expectativas de mercado colhidas pelo BC mostram uma mediana de projeções de 78,15% do PIB para 2024 e sucessivas altas até atingir 89,72% em 2032 e cair para 88,65% no ano seguinte.

Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA e ex-secretário do Tesouro Nacional, afirmou que um percentual “mais elevado” de indexação da dívida à Selic “deve potencializar o efeito do ciclo de aperto monetário sobre a dinâmica da dívida”.

Segundo o BC, 54,9% da dívida bruta é indexada à Selic e cada elevação de 1 p.p. na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) impacta em alta de 0,44 p.p na relação dívida/PIB, ou R$ 50,3 bilhões.

Bittencourt ressalta também que a ausência de recuperação mais rápida do resultado primário nos próximos anos reduz a capacidade do fiscal neutralizar o efeito da alta dos juros. A projeção da ASA é que a dívida chegue em 77,5% do PIB ao fim deste ano.

“Importante destacar que o movimento da Selic é muito condicionado pela própria situação fiscal, de modo que um melhor resultado primário não só teria um efeito direto no cálculo da dinâmica da dívida, mas atuaria sobre as expectativas viabilizando taxas de juros mais baixas, contribuindo também indiretamente para uma trajetória melhor do indicador", disse.

Em nota, o Bradesco informou que espera um ritmo de alta da relação dívida/PIB mais baixo nos próximos meses. “A antecipação de despesas para o primeiro semestre deve gerar resultados primários mensais melhores no restante do ano. Por outro lado, o início do ciclo de alta da Selic ainda manterá o déficit nominal em níveis elevados.” O Bradesco projeta a dívida bruta em 79,5% no PIB no fim de 2024.

Em entrevista ao Valor na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a estabilização da curva da dívida seria em 2028 e entre 81% e 82% do PIB. Já para este ano, Ceron disse que a equipe técnica estava fechando os detalhes, mas que a dívida bruta deve terminar em cerca de 77,5%, 77,7% ou 77,8% do PIB. Na ocasião, Ceron apontou que alta do PIB ajuda o indicador. No entanto, o novo ciclo de elevação na política monetária pelo BC “tem algum impacto”.

O BC também divulgou que o déficit primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses chegou a R$ 256,3 bilhões, vindo de R$ 257,7 bilhões no mês anterior. Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, apontou que o número vem caindo “mês a mês” desde maio, quando estava em R$ 280,2 bilhões (2,52% do PIB). (Valor Econômico)

As informações são do Jornal do Comércio


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Relatório sobre produção e consumo de laticínios na América do Norte

O mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a produção de leite nos 24 principais estados produtores de leite dos Estados Unidos da América (EUA) totalizou 18,2 bilhões de libras (8,2 milhões de toneladas) em julho, um leve recuo de 0,2% na comparação interanual. A produção em junho de 2024 caiu mais (-1,5%) em relação a junho de 2023. 

Olhando para a produção por vaca, nesses estados, houve aumento de 2 libras (0,9kgs) em julho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano anterior e chegou à média de 2.047 libras (929 quilos). Apesar desses dados, o Serviço de Pesquisa do USDA prevê que ambos os indicadores de produção de 2024 serão menores em comparação com 2023. 

Diferenças entre os estados
Entre todos os principais estados produtores, o Novo México registrou o maior declínio, menos 48 milhões de libras (-8,9%) e Dakota do Sul ganhou 29 milhões de libra (+7,4%). O analista Phil Plourd da Ever.Ag Insights atribuiu a queda de produção registrada nesses estados aos surtos de gripe aviária, uma doença altamente patogênica que atingiu grandes estados produtores de leite, incluindo o Colorado, Idaho e Iowa. 

Situação no Canadá
A comissão Canadense de Laticínios mostrou em suas últimas estatísticas de junho de 2024 pequenas diferenças em relação a um ano atrás. A produção de leite cru no Canadá é medida pelo teor de manteiga do leite, o que varia sazonalmente. “Em junho de 2024, a produção nacional foi de 1,11 milhões de quilos de manteiga em média diária”, afirma a Comissão. “Isso representa um decréscimo de 2,09% em relação ao mês anterior e aumento de 0,62% na comparação com o período equivalente do ano passado, em termos de média diária. 

Mercado
Analistas industriais mostram que o consumo per capita de produtos lácteos está aumentando em cerca de 1 a 2 kg. Isso se deve especialmente ao aumento da população hispânica etambém envelhecimento geral da população, com as pessoas acima de 50 anos consumindo mais produtos lácteos do que qualquer outro grupo no país. O consumo de leite está em declínio, enquanto a venda de outros lácteos, como queijo e iogurte aumentam constantemente. Algumas indústrias de laticínios passaram a comercializar lácteos enriquecidos com mais proteína para atender essa tendência do consumidor. 

Ao norte da fronteira, para assegurar que o consumo de leite e derivados seja firme, o Dairy Farmers Canada lançou um novo programa de recompensa para os consumidores nesta primavera. Ele é identificado pelo chamado logotipo “Blue Cow’, um dispositivo no rótulo que diferencia os produtos lácteos canadenses dos importados. 

Fonte: Dairy Global Tradução livre: www.terraviva.com.br


O aumento do percentual no pagamento por sólidos: produtores de leite da CCGL terão 30% da folha do leite pagos pelo Programa Mais Sólidos, Maior Valor

A partir de 01 outubro de 2024, o Programa Mais Sólidos, Maior Valor da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) entrará na Fase 3, com um importante reajuste no modelo de remuneração aos produtores de leite. O peso do pagamento por sólidos, que era de 20%, passará para 30%,do volume de leite comercializado, reforçando o compromisso da cooperativa com a valorização da qualidade e dos sólidos no leite, como gordura e proteína.

O programa, que inovou o modelo de pagamento no Brasil ao remunerar os produtores não apenas pelo volume de leite, mas também pelos quilos de gordura e proteína fornecidos, foi lançado em 2022 com o objetivo de incentivar a produção de leite com maior rendimento industrial e qualidade superior. Em entrevista, a Coordenadora de Projetos da CCGL, Dra. Natália Marins Bastos, destacou os benefícios que essa nova fase trará para os cooperados.

"O programa Mais Sólidos busca valorizar os esforços dos produtores que investem em produtividade e qualidade do leite, resultando em maior rendimento industrial. Trata-se de um modelo de pagamento inovador no Brasil, que remunera o produtor pelos quilogramas de gordura e proteína fornecidos durante o mês e considera a contagem de células somáticas (CCS), fator relacionado com a qualidade do produto", explicou a coordenadora.

O suporte técnico oferecido pela CCGL é outro ponto fundamental para o sucesso do programa. "Temos no campo um corpo técnico especializado, que auxilia os produtores a identificar os fatores que influenciam direta e indiretamente na produção de gordura e proteína, aumento da produção de leite e redução da CCS. Desde o bem-estar animal e consumo da dieta, até produção de volumosos e fertilidade do solo. O objetivo é otimizar a produção", reforçou Natália.

Com o aumento do peso do pagamento por sólidos de 20 para 30% refletido no preço final da folha do leite, os produtores terão um incentivo financeiro ainda maior, “Já temos produtores que, com 20% da folha do leite sendo pago por sólidos, recebem cerca de 20 centavos a mais por litro. Agora, com o aumento para 30%, esperamos resultados ainda mais positivos”, afirmou.

O Programa Mais Sólidos, Maior Valor, segue sua trajetória de evolução, impulsionando a sustentabilidade e a lucratividade dos produtores cooperados. "Desde o início, nosso objetivo foi aumentar progressivamente o peso do pagamento por sólidos incidindo sobre a folha do leite. Agora, com essa nova fase, estamos dando mais um passo firme em direção a um leite de maior qualidade", concluiu Natália.

Para mais informações sobre o programa e como participar dessa nova fase, os produtores devem entrar em contato com o técnico responsável no sistema CCGL. (As informações são da Assessoria de Imprensa da CCGL)

Com impacto dos eventos meteorológicos, PIB do RS recua 0,3% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre de 2024

Na comparação com o mesmo período de 2023, economia gaúcha cresceu 4,6%

A economia gaúcha no segundo trimestre de 2024, marcado por eventos meteorológicos extremos, registrou variação negativa de 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O desempenho nos três grandes segmentos no período entre abril e junho apontou alta nas atividades ligadas à agropecuária (+5,3%), variação de 0,1% nos serviços e queda de 2,4% na indústria. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou crescimento de 1,4%.

A apresentação dos resultados do PIB do Rio Grande do Sul, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), ocorreu nesta terça-feira (24/9), com a presença da titular da SPGG, Danielle Calazans.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a economia do Rio Grande do Sul cresceu 4,6%, puxada pelo desempenho da agropecuária (+34,6%). Na mesma base de comparação, a alta no PIB do país foi de 3,3%.

A indústria apresentou retração de 1,7% no segundo trimestre, influenciada pelo desempenho negativo de 6,5% da indústria de transformação, a principal do segmento. Das 14 principais atividades industriais, dez apresentaram queda, em especial a atividade de máquinas e equipamentos (-26,3%), produtos químicos (-10,9%) e produtos alimentícios (-5,1%). Com exceção da indústria de transformação, os demais setores registraram alta, com destaque para a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+37,9%).

Nos serviços, o Estado apresentou alta de 2,4% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Entre os segmentos da área, o comércio puxou os números positivos, com alta de 5,1% no trimestre, seguido dos serviços de informação (+3,9%). Entre as dez principais atividades comerciais, seis tiveram desempenho positivo, em especial a de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (+12,1%), móveis e eletrodomésticos (18,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+9,7%).

"O governo tem trabalhado arduamente para a recuperação do Estado após os efeitos dos eventos meteorológicos que atingiram o território em maio. Após dois anos de estiagens e as inundações recentes, os números do PIB demonstram a resiliência da população gaúcha e auxiliam a orientar as políticas em desenvolvimento para superarmos este momento de dificuldades", ressaltou Danielle Calazans.

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro semestre do ano, o PIB do Rio Grande do Sul teve crescimento de 5,4% contra 2,9% do Brasil. A recuperação da produção agrícola em 2024 em relação ao ano anterior, ainda afetado por estiagem, marcou os números da agropecuária. Entre os principais grãos, houve crescimento de 43,8% na produção de soja e de 13,6% na de milho e variação de -0,3% na cultura de arroz. No mesmo período no Brasil, o segmento registrou queda de 2,9%. Nesta mesma base de comparação, a indústria gaúcha cresceu 0,2%, e os serviços, 2,7%.

"As enchentes causaram impactos significativos na economia gaúcha, resultando em quedas expressivas nas produções agropecuária, industrial e de serviços em maio. No entanto, a partir de junho, a produção industrial começou a se recuperar, a construção voltou a crescer, e as vendas no comércio atingiram o maior nível da série, sinalizando um movimento de retomada econômica, ainda que não generalizada para todas as atividades”, avaliou o pesquisador do DEE, Martinho Lazzari.

Quatro trimestres

Nos números acumulados dos últimos quatro trimestres (do 3º trimestre de 2023 ao 2º trimestre de 2024), o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 2,6%, enquanto no Brasil a alta foi de 2,5%. (SEAPI)


Jogo Rápido

Argentina – As fazendas leiteiras esperam as chuvas “decisivas” para recuperar a produção
Segundo o último relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), são necessárias chuvas “importantes” nos últimos quatro meses do ano, quando são produzidos 38% do total nacional. Segundo a entidade, para reverter a queda da produção é preciso urgentemente de uma ajuda do clima. Os números da produção de leite na Argentina: Em agosto de 2024 a produção foi de 992,8 milhões de litros de leite, o que representa 5,5% acima da produção do mês anterior (igual na média diária) e 6,2% menos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.  “Normalmente a produção no mês de agosto sobe cerca de 6,5% em relação a julho (na média diária), e este agosto o percentual ficou um pouco abaixo, 5,5%”, afirma o OCLA.  Se forem analisados os números pelo tamanho das fazendas leiteiras, por níveis de produtividade/eficiência e por região geográfica, fica evidente uma grande diferença em relação ao comportamento da produção, onde existe quedas interanuais significativas em regiões e estratos produtivos. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

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Porto Alegre, 26 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.231


Cadeia leiteira: o que é preciso para continuar na atividade?

Relação familiar e busca por conhecimento são apontados como caminhos para a permanência

A bovinocultura de leite precisa se tornar uma atividade atrativa para não perder mais produtores rurais. Entidades ligadas ao setor, como cooperativas e representantes da classe produtiva, reconhecem que a manutenção e a prosperidade da atividade leiteira gaúcha dependem tanto da valorização dos jovens na propriedade, quanto de estímulos da própria família. Aproximar a gestão da propriedade rural da tecnologia é outro ponto observado como determinante para a continuidade das famílias na cadeia leiteira.

Hoje são pouco mais de 33 mil produtores de leite no Rio Grande do Sul ligados à indústria, segundo o último Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater em 2023 – documento que é lançado a cada dois anos. O próximo levantamento será no ano que vem, quando o relatório completa dez anos. Em 2015, o Estado concentrava 84.199 produtores de leite. A redução desses números tem entre as razões a dificuldade de 
sucessão familiar. 

A tecnologia impacta todos os setores produtivos, e no ramo leiteiro não é diferente. Em termos de acesso à tecnologia, a distância entre zona rural e urbana é bem mais estreita. Foi-se o tempo em que os produtores rurais lutavam por acesso à energia elétrica. Agora banda larga é um imperativo básico para levar adiante o setor primário. A adaptação de lidar com ferramentas tecnológicas, desde aplicativos de gestão e monitoramento de rebanho a ordenhadeiras robotizadas, está nas mãos da geração atual.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, reconhece que as propriedades onde há sucessão familiar se destacam pelos investimentos voltados à tecnologia. “Normalmente as propriedades que têm se destacado na questão de novas tecnologias têm jovens que estão assumindo o gerenciamento”, afirma. 

A prova de que a transformação tecnológica dá resultados está nos números da produção de leite que chega até as indústrias. Palharini observa o patamar de produtividade leiteira no Estado. Os dados da Emater apontam o crescimento da produção mesmo diante da queda do número de produtores. Isto coloca o Rio Grande do Sul como terceiro maior produtor de leite do Brasil, segundo dados do Anuário do Leite 2024, elaborado pela Embrapa. “Embora haja diminuição do número de produtores, não tem diminuição da produção de leite. Quer dizer que aqueles que estão ficando na atividade ou fazendo seus investimentos também têm como visão de médio e longo prazo o ganho em escala. Essas propriedades que continuam na atividade têm esse norte de que precisam aumentar sua produtividade, precisam investir em novas tecnologias do que tem hoje disponível para que realmente consigam se manter na atividade e ter lucratividade também”, avalia Palharini. (ABC Mais)


Conseleite/MG projeta variação de 1,3% no valor de referência do leite a ser pago em outubro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Setembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2024 a ser pago em Agosto/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

Períodos de apuração:

Mês de Julho/2024: De 01/07/2024 a 31/07/2024
Mês de Agosto/2024: De 01/08/2024 a 31/08/2024
Parcial de Setembro/2024: De 01/09/2024 a 20/09/2024
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

As informações são do Conseleite Minas Gerais.

Empresas de apostas online receberam em agosto R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família, mostra análise técnica do BC

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Estudo estima que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido por elas

Apenas no mês passado, 56 empresas de apostas e jogos de azar online totalizaram R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas. A estimativa é de que, só em agosto, 5 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do Bolsa Família (PBF) enviaram R$ 3 bilhões às empresas de aposta via Pix, com média de gastos por pessoa de R$ 100. As informações são de análise técnica do Banco Central (BC) sobre o mercado de apostas online no Brasil e o perfil dos apostadores. 

Dentro desse universo de apostadores, 4 milhões são chefes de família, aqueles que de fato recebem o benefício, e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets. De acordo com o estudo, cerca de 17% dos cadastrados no programa apostaram no período.

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Os dados são referentes a empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado. Essas empresas, explica o BC, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. 

Num comparativo entre apostas online e loterias, o BC apresentou os valores mensais arrecadados pelas modalidades em agosto de 2024. No mês, a média mensal arrecadada pelas loterias foi de R$ 1,9 bilhão. Esse valor corresponde a soma dos valores arrecadados em cada sorteio da Caixa Econômica Federal. Segundo o levantamento do BC, o número de CNPJs de casas lotéricas ativas em agosto de 2024 era de 13.559.

No mesmo mês, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos que se classificaram no CNAE correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões.

"Com base nas transferências que são feitas dessas empresas para pessoas físicas, estimamos que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido pelas empresas, com o restante distribuído aos ganhadores a título de prêmio", destaca o BC. O estudo especial, cujo objetivo é mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil,  foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM).

O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois "muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado (CNAE 9200-3/99, relacionado à exploração de jogos de azar e apostas)". Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

"Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento", destaca a análise técnica do BC.

O perfil dos apostadores
A análise feita estima que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram de jogos de azar e apostas, fazendo ao menos uma transferência via Pix para empresas durante o período analisado. Com relação ao perfil dos apostadores, a maioria tem entre 20 e 30 anos, embora as apostas sejam feitas por indivíduos de diferentes faixas etárias.

Foi identificado ainda que o valor médio mensal das transferências cresce de acordo com a idade. Para os mais jovens, a média é em torno de R$ 100 por mês. Já para os apostadores mais velhos, o valor supera R$ 3 mil por mês, de acordo com dados de agosto de 2024.

"Esses resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam as famílias de baixa renda como as mais prejudicadas pela atividade das apostas esportivas. É razoável supor que o apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas seja mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade financeira", destaca o Banco Central. 

O BC diz estar atento ao tema e que precisa de mais dados e tempo para avaliar com maior robustez as implicações para a economia, estabilidade financeira e o bem-estar financeiro da população.

Confira o estudo completo CLICANDO AQUI. (Estadão conteúdo via GZH)


Jogo Rápido

UE propõe apoio de 120 milhões de euros a agricultores afetados pelas cheias

A Comissão Europeia propôs alocar € 119,7 milhões da reserva agrícola para apoiar diretamente os agricultores da Bulgária, Alemanha, Estônia, Itália e Romênia que foram afetados por eventos climáticos adversos excepcionais na primavera e no início do verão na segunda-feira, de acordo com um comunicado de imprensa da Comissão.  A Comissão propôs atribuir 10,9 milhões de euros à Bulgária, 46,5 milhões de euros à Alemanha, 3,3 milhões de euros à Estónia, 37,4 milhões de euros à Itália e 21,6 milhões de euros à Roménia. Isso contribuirá para compensar os agricultores desses países que perderam parte de sua produção e, como resultado, parte de sua renda. Os valores apresentados hoje são um sinal de solidariedade da UE com os agricultores afetados, que podem ser complementados em até 200% com fundos nacionais. Uma vez adotadas, as autoridades nacionais terão de distribuir esta ajuda até 30 de abril de 2025 e garantir que os agricultores são os beneficiários finais. Os Estados-Membros em causa terão também de notificar a Comissão até 31 de dezembro de 2024 sobre os detalhes da implementação das medidas, nomeadamente os critérios utilizados para determinar a concessão de ajuda individual, o impacto pretendido da medida, as previsões de pagamentos discriminadas por mês até ao final de abril e o nível de apoio adicional a ser fornecido. A notificação deverá também incluir as medidas tomadas para evitar distorções da concorrência e sobrecompensação. A proposta da Comissão será discutida com todos os Estados-Membros antes que eles decidam sobre sua aprovação durante a reunião do Comitê para a Organização Comum dos Mercados Agrícolas em 7 de outubro. Agricultores em outros Estados-Membros foram afetados por eventos climáticos extremos na segunda metade do verão. A Comissão avaliará se tais danos também justificam que a solidariedade da UE seja fornecida. (The Dairy Site)
 
 

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Porto Alegre, 25 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.230


CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 09/2024

Na reunião do mês de agosto/2024, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de setembro e a partir de outubro de 2024, apenas valores com revisão.

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de setembro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2024 é de R$ 4,6251/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br


La Niña fraca deve marcar clima nos próximos três meses

A ocorrência de um La Niña de fraca intensidade, com chuvas ligeiramente abaixo da média histórica, deve marcar o clima nos meses de outubro, novembro e dezembro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Apesar do prognóstico de chuvas abaixo da média no trimestre, o mês de outubro poderá ter chuva acima da média, especialmente na metade norte do Rio Grande do Sul. Durante o mês, a temperatura também poderá ficar abaixo da média, com chances de geada tardia e maior risco de granizo.

Os meses de novembro e dezembro devem ter chuvas abaixo do normal para o período, com as temperaturas máximas elevadas e possíveis ondas de calor.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

PASTAGENS E PRODUÇÃO ANIMAL

- Considerando o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica, a partir do mês de novembro, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, ajuste da lotação animal conforme o crescimento da pastagem para otimizar os recursos disponíveis;
- Indica-se manter a lotação animal reduzida nas pastagens de azevém, pois essa ação garantirá uma ressemeadura natural eficiente para o próximo ano, preservando a quantidade e a qualidade do azevém;
- Escalonar os períodos de plantio/semeadura das pastagens cultivadas no verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para garantir um crescimento uniforme;
- Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes, tendo em vista que o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica pode afetar o crescimento e desenvolvimento das pastagens.

Assessoria de Comunicação Social - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Consumo de queijo: Norte-americanos comem, em média, 20 kg de queijo por ano

O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem da Bloomberg.
O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem publicada pela Bloomberg  Businessweek.

Atualmente, cada norte-americano é responsável, em média, pelo consumo de 42 libras (quase 20 quilos) de queijo por ano — mais do que toda a demanda individual de manteiga, sorvete e iogurte juntos.

As instalações locais para produzir queijos respondem hoje por mais da metade dos US$ 8 bilhões em projetos de laticínios dos EUA programados para entrar em operação entre 2023 a 2026, de acordo com dados da International Dairy Foods Association.

O texto da Bloomberg relata que a Great Lakes Cheese Co. está gastando mais de US$ 700 milhões em uma fábrica em Nova York para dobrar a produção de leite da empresa.

Enquanto isso, a Lactalis USA está fazendo um “grande investimento” para iniciar a produção de queijo feta (de origem de grega) em sua unidade na Califórnia, de olho no crescimento da demanda por este tipo de produto.

Por sua vez, a Sargento Foods Inc. acaba de formar uma parceria com a Mondelēz International Inc. para embalar queijo do tamanho de um biscoito. “Seria difícil andar por qualquer uma de nossas instalações e não tropeçar em uma placa de ‘Em construção’”, disse à Bloomberg o chefe de inovação da Sargento Foods, Rod Hogan.

Na era das dietas de baixa gordura que explodiram no início dos anos 1990, houve uma “guerra nutricional contra as gorduras saturadas”, recordou Corey Geiger, economista-chefe de laticínios do CoBank.

Muitos norte-americanos optaram por produtos como leite desnatado e iogurte light, até que a crescente popularidade de dietas de baixo carboidrato, como Atkins e South Beach, deu um impulso ao queijo na virada do milênio. Nos anos seguintes, a demanda crescente por alimentos ricos em proteínas colocou o queijo novamente no menu, diz a reportagem.

Além disso, a pandemia (da Covid-19) acelerou a ascensão do queijo. Quando os restaurantes fecharam, recorda o texto da Bloomberg, os próprios norte-americanos tentaram recriar seus pratos favoritos, completos com pilhas de queijo.

Os queijos mais tradicionais têm apenas quatro ingredientes — leite, sal, culturas e uma enzima — uma simplicidade que aumenta seu apelo. “‘Gordura’ não é uma palavra tão ruim quanto antes, mas ‘ultraprocessado’ é”, comparou Michael Burdeny, presidente da Challenge Dairy Products Inc., uma produtora de manteiga da Califórnia.

A Agri-Mark Inc., proprietária da Cabot Creamery Cooperative, faz quadrados de queijo projetados como biscoitos, degustados sem necessidade de faca. A linha de cortes da empresa, que começou em 2017 com seis variedades, agora tem uma dúzia.

A Cabot produz mais de 140 produtos de queijo, com novos lançamentos superando as outras categorias de laticínios da empresa, de acordo com Sarah Healy, vice-presidente sênior de marketing da companhia. “O queijo deixou de ser um lanche pelo qual os consumidores se sentiam um pouco culpados”, disse Sarah, à Bloomberg.

Alívio ao setor de lácteos
Os investimentos em queijo serão um alívio bem-vindo para uma indústria norte-americana de laticínios, há décadas prejudicada pela queda na demanda por um copo alto de leite frio, relembrou a reportagem.

Parte deste declínio pode ser atribuída ao consumo de produtos vegetais alternativos, como leite de amêndoa e aveia — uma preocupação que não afeta diretamente o queijo. “Queijos vegetais existem, mas não decolaram muito porque não conseguem igualar a textura, consistência e derretimento do produto real”, observou o texto.

No entanto, alertou a reportagem, especialistas do setor nos EUA alertam sobre potencial excesso de oferta de queijos no país, já que as dietas tendem a mudar.

“Suspeitamos que essa onda de investimento, particularmente em queijo, levará a uma situação de excesso de oferta, pelo menos no curto prazo”, disse Erica Maedke, vice-presidente da pesquisadora Ever.Ag Insights.

Um potencial excesso de queijo pode significar boas notícias para os consumidores dos EUA, que viram os preços do produto atingirem níveis recordes há dois anos, embora tenham caído um pouco desde então.

Preços mais baixos também ajudariam os exportadores norte-americanos a conquistar uma fatia maior dos mercados internacionais, sugeriu a reportagem, acrescentando: “Embora os EUA tenham importado um recorde de US$ 1,8 bilhão em queijo no ano passado, o país é um exportador líquido deste alimento”.

Segundo a analista Cara Murphy, da  HighGround Dairy, se a demanda por queijo não se mantiver ao longo dos próximos anos, outros produtos lácteos — iogurte, creme ou proteína de soro de leite em pó — podem ajudar a amortecer a indústria, embora o leite comum não seja mais o motor de crescimento que já foi.

“Queijo e manteiga são o ‘pão com manteiga’ dos laticínios americanos”, disse a analista, que completou: “A beleza desta indústria é que os laticínios são muito adaptáveis.” Portal DBO via edairy news


Jogo Rápido

 

 Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através de link disponibilizado no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. (SINDILAT)
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.229


Empresa britânica lança leite com 100% mais proteína e 80% mais cálcio do que o leite padrão

Um novo produto de leite de vaca com o dobro da proteína do leite comum, chamado SuperNutrio, está prestes a ser lançado no Reino Unido.

Produzido usando um processo patenteado em que dois litros de leite de vaca passam por filtros inteligentes, concentrando a proteína e o cálcio em um litro, o SuperNutrio não contém aditivos, conservantes ou aromatizantes artificiais.

O resultado é um leite com 100% mais proteína e 80% mais cálcio do que o leite de vaca padrão.

O SuperNutrio foi desenvolvido para atender entusiastas de esportes, além de famílias com crianças pequenas e pessoas da terceira idade que buscam aumentar naturalmente a ingestão de proteína para fins de saúde.

Bill Randles, diretor-geral da SuperNutrio, disse: “Este é um lançamento realmente empolgante para um setor que, há muito tempo, viu pouca inovação. Embora tenham ocorrido grandes desenvolvimentos em novas alternativas ao leite, a indústria do leite de vaca, em comparação, permaneceu relativamente estagnada.”

“No entanto, nossa pesquisa mostra que há uma lacuna no mercado para aqueles que procuram aumentar sua ingestão de proteínas, mas sem a adição de aromatizantes artificiais, aditivos ou conservantes... Por isso, investimos em nosso processo patenteado, que nos permite filtrar e concentrar dois litros de leite de vaca em um, oferecendo um leite delicioso e cremoso com o dobro de proteína, 80% mais cálcio e absolutamente zero impurezas.”

O SuperNutrio estará disponível em versões de leite integral, semidesnatado e desnatado de um litro e será lançado nas lojas Sainsbury's e Tesco nas próximas semanas.

As informações são do FoodBev.com.


Oscilação de preços no mercado chinês de leite cru: Preços caem abaixo do custo

Após a “queda brusca nos preços do leite” em 2023, o declínio contínuo dos preços do leite e o aumento dos custos ainda estão afetando o setor de laticínios este ano.

Em 17 de agosto, o fazendeiro Jia Mu, de Tianjin, publicou dois avisos nas mídias sociais sobre a “venda de vacas do rancho”. Um aviso era sobre 100 vacas leiteiras prenhes, com seis meses de gestação, para venda, enquanto o outro era sobre 80 vacas de descarte prontas para o abate. No vídeo, as vacas leiteiras prenhes e as vacas de descarte engordadas eram vistas deitadas ou em pé em uma pilha de feno, abanando o rabo, à espera de novos donos.

Jia Mu, que há muito tempo está envolvido no comércio de gado leiteiro e de corte, notou que, desde o final do ano passado, cada vez mais fazendeiros o procuraram para vender suas vacas.

Após a “queda brusca nos preços do leite” em 2023, o declínio contínuo dos preços do leite e o aumento dos custos ainda estão afetando o setor de laticínios este ano. No ponto mais baixo do preço do leite fresco este ano, o fazendeiro Li Li vendeu leite a 1,2 yuan por quilo, em comparação com o ponto alto de 6 yuan por quilo em 2021. Ele lamentou: “Este ano, o preço do leite fresco está ainda mais barato do que o da água engarrafada”.

De acordo com especialistas, o excedente de leite fresco em 2024 é significativamente maior do que em 2023, com a margem de lucro por quilograma de leite para o sistema nacional de tecnologia da indústria de laticínios entrando em território negativo pela primeira vez. A taxa de perda do setor ultrapassa 80%.

Em resposta à atual fase de excedente no mercado de leite cru, algumas autoridades regionais e fazendeiros começaram a tomar medidas como seguros e subsídios para absorver o excesso de leite cru.

Li Li, diretor de uma empresa de criação de gado leiteiro em Hebei, sentiu o impacto da tendência do mercado de leite cru este ano. Sua fazenda, que tem 500 vacas leiteiras, tem sofrido uma pressão financeira significativa devido à queda contínua dos preços do leite cru desde o segundo semestre do ano passado. Em agosto, o último lote de leite fresco foi vendido por cerca de 3 yuans por quilo, e as empresas de laticínios com as quais ele trabalha propuseram frequentemente a redução da quantidade de leite que coletam.

“O excesso de leite só pode ser vendido a um preço baixo para vendedores particulares de leite”, disse Li Li. Em seu ponto mais baixo, ele vendeu leite a 1,2 yuan por quilo, observando: “Este ano, o preço do leite fresco é ainda mais barato do que o da água engarrafada”.

A queda persistente nos preços do leite cru tem sido um problema comum para os agricultores desde 2023. Em 13 de agosto, dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais mostraram que o preço médio do leite fresco em 10 grandes províncias produtoras, incluindo Mongólia Interior e Hebei, era de 3,21 yuans por quilo, inalterado em relação à semana anterior e com queda de 14,6% em relação ao ano anterior. Em outubro de 2021, o preço semanal do leite fresco atingiu um valor quase alto de 4,4 yuans por quilo, mas tem apresentado uma tendência de queda desde setembro de 2023, agora em 3,21 yuans por quilo.

Recentemente, várias regiões realizaram reuniões de coordenação de preços com base na situação de compra e venda de leite fresco. Por exemplo, em 16 de agosto, o Comitê de Coordenação de Preços de Leite Fresco da Mongólia Interior realizou sua terceira reunião de negociação de preços para 2024, estabelecendo um preço de referência para o terceiro trimestre em 3,25 yuans por quilo, com um incentivo para preços de qualidade. As reduções de preço estão limitadas a 5%. A reunião enfatizou que as empresas de processamento de laticínios devem continuar a assinar contratos de compra prontamente e garantir a cobrança total.

Em 14 de agosto, a negociação do preço do leite fresco do terceiro trimestre da Associação da Indústria de Laticínios de Ningxia definiu o preço de referência para o terceiro trimestre de 2024 em 3,14 yuans por quilograma, com um aumento permitido de até 4%.

Em 27 de julho, a filial do setor de laticínios da Associação Provincial de Criação de Animais de Shaanxi definiu o preço de referência do terceiro trimestre para o leite fresco em pelo menos 3,05 yuans por quilo, incentivando a qualidade dos preços e garantindo a coleta total e a renovação oportuna dos contratos pelas empresas de laticínios. O período de implementação é de 1º de julho de 2024 a 30 de setembro de 2024.

O que significa para os pecuaristas uma queda de preço para cerca de 3 yuans por quilo? De acordo com a revista China Dairy Industry, em Shandong, o custo médio de alimentação por quilograma de leite foi de 3,57 yuans no segundo trimestre deste ano, enquanto o custo total da pecuária leiteira foi de 3,60 yuans por quilograma. O analista independente de laticínios Song Liang observou que, com o aumento dos custos das matérias-primas nos últimos anos, o custo real da pecuária leiteira está entre 3 e 3,5 yuans por quilo, o que significa que os preços atuais de mercado estão abaixo do custo, resultando em perdas generalizadas no setor.

De acordo com a Associação da Indústria de Laticínios da China, a proporção de vacas leiteiras em operações agrícolas de grande escala com mais de 100 vacas aumentou de 70% em 2021 para 76% em 2023. Muitas fazendas de grande escala estabeleceram relações de cooperação fixa com as principais empresas de laticínios. Li Li tem a sorte de ter um contrato fixo com uma empresa de laticínios, o que lhe permite continuar mesmo com dias de coleta de leite reduzidos e preços mais baixos.

Um amigo de Li Li com mais de 100 vacas, que não tem um contrato fixo com uma empresa de laticínios, teve seu leite cru repetidamente rejeitado e teve que vendê-lo a um preço baixo para os vendedores de leite. Para reduzir os custos, ele optou por abater algumas das vacas de baixo rendimento e vender o restante para a produção de carne.

Em julho, a empresa de laticínios com a qual Li Li trabalha sugeriu controlar o tamanho do rebanho e vender as vacas de baixo rendimento para reduzir a capacidade de produção. Li Li decidiu vender um lote de vacas que produziam menos de 25 quilos de leite por dia.

As rápidas mudanças nas condições do mercado surpreenderam Li Li. Ele lembra que, depois que o setor de laticínios chegou ao fundo do poço em 2018, os preços do leite continuaram a subir, chegando a 6 yuans por quilo em 2022, e a maioria dos fazendeiros tinha uma perspectiva otimista. Com a expansão das fazendas nos últimos anos, o excedente de leite se tornou mais grave. “A duração desse ciclo de baixa é incerta; só podemos nos adaptar ao mercado”, disse Li Li.

Jia Mu, que frequentemente comercializa gado de corte em Tianjin, notou um aumento no número de fazendeiros que procuram vender suas vacas desde o ano passado. Tanto vacas leiteiras prenhes quanto vacas de descarte estão sendo vendidas. Ele explicou que, devido ao fato de as empresas de laticínios rejeitarem o leite cru, muitos fazendeiros são forçados a vender ou abater suas vacas. O influxo de vacas leiteiras no mercado de carne bovina também levou a uma queda nos preços da carne bovina.

Na 15ª Conferência de Laticínios da China, realizada em julho, Li Shengli, vice-presidente da Associação da Indústria de Laticínios da China e professor da Universidade Agrícola da China, relatou que o excedente de leite fresco em 2024 é significativamente maior do que em 2023, com a margem de lucro por quilograma de leite entrando em território negativo pela primeira vez.

A taxa de perda do setor ultrapassa 80%. Ele estimou que uma fazenda com 1.000 vacas consumiria 2,4 milhões de yuans em fluxo de caixa anualmente devido a uma perda de 0,4 yuans por quilo de leite, com uma produção diária de 35 quilos de leite por vaca. Prevê-se que, durante o período de ajuste, as pequenas fazendas de bezerros poderão registrar uma taxa de saída de 30%, e algumas fazendas grandes poderão passar por reestruturações ou fusões.

As razões para a queda nos preços do leite são multifacetadas. Um funcionário do departamento regional de agricultura e rural do noroeste da China explicou que o preço médio de compra do leite fresco começou a cair em 2022, marcando o retorno do ciclo de baixa do setor de laticínios. Fatores como a fraca demanda por produtos lácteos, o aumento dos custos de ração e a expansão acelerada da oferta de leite contribuíram para o excesso de oferta e os baixos preços do leite.

O analista do setor de alimentos da China, Zhu Pengdan, também observou que a queda nos preços do leite é uma questão residual dos anos anteriores. O setor de laticínios chinês teve um rápido crescimento de 2019 a 2021 e agora está em uma fase de excesso de oferta, o que levou à queda nos preços do leite cru que começou no terceiro trimestre do ano passado.

Subsídios locais e políticas de seguro para absorver o excesso de capacidade

Recentemente, Li Li deu um suspiro de alívio, pois os preços do farelo de soja, que vinham subindo há muito tempo, finalmente começaram a cair. O farelo de soja é um alimento proteico essencial para a criação de gado leiteiro. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, o preço médio do farelo de soja em todo o país em junho de 2024 foi de 3,70 yuans por quilo, representando uma redução de 1,1% em relação ao mês anterior e uma queda de 14,4% em relação ao ano anterior.

Song Liang analisou que o mercado de consumo de produtos lácteos permanece em um período de baixa, e espera-se que a relação entre oferta e demanda no mercado doméstico de leite cru ainda esteja se ajustando este ano. O fato de o mercado conseguir alcançar o equilíbrio depende em grande parte dos esforços de redução da capacidade do setor.

Como as lições podem ser aprendidas para garantir o desenvolvimento saudável do mercado de leite cru? Song Liang sugeriu o estabelecimento de um sistema nacional unificado de produção de leite, a implementação de um sistema de cotas com base nas condições naturais regionais e a criação de um mecanismo para combinar a oferta e a demanda totais, bem como a previsão e o alerta antecipado.

“O estabelecimento de um mecanismo coordenado cientificamente reduzirá as ocorrências de ‘escassez de leite’ e ‘excedentes de leite’”, disse Song Liang. Ele também alertou que se as fazendas de pequeno e médio porte continuarem a sair do mercado, isso poderá levar a uma perda de diversificação no setor de laticínios doméstico, aumentando os riscos futuros do mercado.

Liu Changquan, diretor da Sala de Economia Industrial do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais, também discutiu a situação. Ele observou que, na atual fase de excedente de leite cru, as empresas de processamento geralmente se concentram primeiro em estabilizar e proteger sua própria capacidade de fornecimento de leite.

As fazendas menores e mais vulneráveis arcam com a maior parte dos riscos. “Tanto as empresas líderes quanto os departamentos governamentais relevantes devem prestar atenção oportuna aos desafios de sobrevivência enfrentados pelas fazendas de pequeno e médio porte.

A longo prazo, se a demanda do consumo doméstico se recuperar e não houver crescimento nas fontes de leite importado, a capacidade de produção doméstica de leite ainda será essencial. Se as fazendas de pequeno e médio porte e outras fontes saírem do mercado em grande escala, o equilíbrio de longo prazo entre oferta e demanda e o desenvolvimento geral do setor lácteo nacional serão severamente afetados.”

A Red Star News observou que, em resposta à atual fase de excedente de leite cru, algumas autoridades regionais e fazendeiros começaram a tomar medidas, como seguros e subsídios, para absorver o excesso de leite cru. Em Qingdao, o fazendeiro Li Dayong, depois de vender relutantemente mais de 50 vacas, conseguiu aproveitar o primeiro ciclo de seguro do preço-alvo do leite fresco de Qingdao, que começou no final de julho.

De acordo com o Qingdao Daily, o “Aviso sobre o lançamento do programa piloto para o seguro de preço-alvo do leite fresco”, emitido pela Secretaria Agrícola e Rural de Qingdao e pela Secretaria de Finanças, entre outros departamentos, aborda a questão do declínio contínuo dos preços de compra do leite cru. Os fazendeiros arcam com 20% do prêmio do seguro, enquanto o governo subsidia 80%, com uma garantia de risco esperada de 350 milhões de yuans para 96.000 toneladas de leite fresco.

Em março deste ano, a Mongólia Interior também emitiu quatro diretrizes de implementação de subsídios, tais como apoiar as empresas a expandir a escala de processamento de leite fresco com subsídios de volume de processamento; incentivar as empresas de processamento a comprar leite fresco integralmente durante a entressafra e fornecer subsídios para o uso de leite fresco em pó; fornecer subsídios para o aumento do processamento de leite fresco em queijo; e oferecer subsídios para projetos novos ou ampliados de produção de queijo, soro de leite e proteínas do leite. Zhu Pengdan analisou que incentivar as empresas a se envolverem no processamento profundo é atualmente uma maneira eficaz de lidar com o excesso de capacidade.

Muitos fazendeiros entrevistados, incluindo Li Li, acreditam que ainda há um potencial significativo para o consumo doméstico de leite. Eles esperam que as empresas de laticínios produzam produtos lácteos mais acessíveis, envolvendo-se em vendas de baixa margem e alto volume para expandir o consumo de leite e aliviar a pressão do setor.

(Fonte: Red Star News via edairynews)

Com inflação e endividamento, cai adesão ao consumo consciente na hora da compra

Índice que mede o percentual de consumidores que se pautaram por ações de ESG na decisão de compra caiu de 50% em 2023 para 43% neste ano

Há um descompasso em relação àquilo que os consumidores brasileiros pensam em relação a consumo consciente e como efetivamente agem na hora da compra, segundo o relatório “Impacto do ESG no Varejo 2024”, realizado pela Mosaiclab, empresa do grupo Gouvêa Ecosystem, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV).

A maioria dos consumidores defende ações mais sustentáveis, mas neste ano diminuiu o percentual de compradores que se pautaram por essas práticas quando fizeram as suas últimas escolhas de compra. Pela pesquisa, realizada neste mês, 88% consideram o tema importante, no entanto, o índice que mede o percentual de consumidores que se pautaram por por ações de ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) na decisão de compra caiu de 50% em 2023 para 43% neste ano. Em 2022, a taxa era de 39%.

“Durante os anos após início da pandemia, os consumidores viram uma atitude bem ativa das varejistas, na defesa de ações mais conscientes e de defesa da saúde e sustentabilidade. Isso ainda existiu em parte do ano passado, mas neste ano, essas medidas perderam força, e o cliente reage muito aos incentivos que vêm das redes”, disse Karen Cavalcanti, sócia-diretora da Mosaiclab.

A executiva evita mencionar empresas que reduziram seu foco no ESG, mas questionada pelo esforço maior das companhias em elevar rentabilidade e eficiência, passada a crise sanitária, Cavalcanti diz que essa agenda realmente cresceu nas companhias. Porém, ela acredita que são questões que podem avançar paralelamente.

Todos os componentes do ESG pesaram menos para o consumidor em suas compras. O aspecto ecológico caiu de 46% para 40%, o componente social reduziu de 50% para 42%, e o componente de governança passou de 53% para 45%.

Ainda segundo a executiva, apesar do cenário de crescimento de renda e emprego no país neste ano, ainda há um ambiente de cautela dos consumidores na hora da compra — pelo alto endividamento e inflação estacionada em patamares elevados.

Como a pesquisa considerou apenas entrevistados das classes A, B e C, esse impacto sobre o peso do preço na hora da aquisição já foi menor do que se tivesse sido incluído no relatório as camadas de menor renda (D e E).

“Quando os gastos crescem, as pessoas em geral tendem a priorizar preço e conveniência sobre questões mais amplas, como sustentabilidade”, diz ela.

Existe esse impacto de preço nas decisões quando a inflação estabiliza em níveis mais altos porque produtos sustentáveis tendem a ser mais caros que a média. O levantamento, antecipado ao Valor, está sendo apresentado durante o Latam Retal Show, um dos principais eventos do setor no país, que termina amanhã, em São Paulo.

Para o IDV, as empresas do setor não reduziram seus investimentos na área, mas houve uma etapa de maior consolidação dos projetos lançados.

Gonçalves lembra que, apesar de 44% dos entrevistados da pesquisa afirmarem não saber o que é ESG ainda, o conhecimento cresceu entre os compradores, o que já torna mais fácil ao cliente identificar os projetos e fazer as escolhas.

Todas as 10 categorias analisadas pela Mosaiclab apresentam quedas no índice, que mede a importância dos componentes ESG na compra. Os recuos mais significativos foram em papelaria, alimentação e material de construção. Em melhor situação estão varejo eletroeletrônico e “pet”, de produtos para animais de estimação, com quedas menores.

Na pesquisa, foram ouvidas 1.840 pessoas num painel on-line de respostas, e a metodologia seguiu as divisões das classes econômicas A, B e C determinadas nas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento considerou 2.990 momentos de compra (por exemplo, a compra de um item de moda ou de um eletrônico é uma é uma ocasião de compra computada) em dez segmentos do varejo.

Apesar desse cenário, as expectativas dos consumidores em relação às ações ESG das empresas permanecem altas.

Entre as principais prioridades destacadas estão a criação de oportunidades de emprego, mencionada por 47% dos entrevistados; a redução de lixo e incentivo à reciclagem, com 46%; a qualidade da água e combate ao desmatamento, com 45%; e a redução de emissões de carbono, com 44%. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

RECEITA FEDERAL: Arrecadação de agosto é recorde e vai a R$ 201,6 bi

Brasília - A arrecadação total das receitas federais atingiu R$ 201,6 bilhões em agosto, um acréscimo real (IPCA) de 11,95% em comparação com o mesmo mês do ano passado.O valor é o maior para o mês desde o início da série históri-ca, em 1995. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação alcançou R$ 1,73 trilhão, representando aumento pelo IPCA de 9,47%. O montante tambem e recorde para o perio-do. Quanto as receitas administradas pela Receita Federal, o valor, no mês, foi de R$ 195,1 bilhões, uma alta real de 12,06%, enquanto no período acumulado somou R$ 1,64 tri-lhão, elevação de 9,41%. No Rio Grande do Sul foram arrecadados R$ 12,4 bilhões entre impostos e contribuições. Os dados foram divulgados ontem pela Receita Federal. De acordo com o Fisco, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) de 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital), avanço real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), incremento real de 17,99% no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.228


Fundoleite busca R$ 15 milhões para projetos

Até julho deste ano, a cadeia leiteira tinha obtido a liberação de apenas R$ 130 mil, de um saldo de R$ 35,91 milhões acumulados, os quais foram usados para pagar despesas do Conseleite com a UPF

Segundo maior em recursos depositados, o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) conseguiu a liberação de módicos R$ 130 mil até julho deste ano, frente um saldo de R$ 35,91 milhões. Os valores pagos representam 0,36% do total arrecadado junto a pecuaristas e indústrias do setor lácteo. Os pagamentos foram feitos para custear o convênio do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite) com a Universidade de Passo Fundo (UPF), que fornece serviços técnicos mensais de cálculo do preço de referência aos produtores.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, relata a necessidade de liberação de R$ 15 milhões para a execução de outros projetos já apresentados. “A arrecadação é satisfatória, mas não tivemos sucesso até agora para a aplicação dos recursos, que são fundamentais, ainda mais agora depois das enchentes, porque seriam aplicados a fundo perdido na recuperação de pastagens, de equipamentos, instalações e no próprio rebanho”, afirma.

Palharini foi informado pelo Correio do Povo sobre o saldo do Fundoleite (R$ 35,91 milhões, em 16 de julho de 2024) e espera uma sinalização do governo estadual. “Não sabemos por que até agora não houve liberação, já que, segundo informação da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), as dificuldades jurídicas já teriam sido ultrapassadas”, salienta. Para o dirigente, qualquer possível mudança na gestão deve buscar mais agilidade na operacionalização. “O que a gente precisa é a efetiva liberação do recurso”, reforça.

O gerente de relações institucionais e sindical do Sistema Ocergs, Tarcisio Minetto, diz que os recursos no fundo são fundamentais para a melhoria de processos produtivos, assistência técnica e extensão rural (Ater), sanidade e certificação. A legislação indica que 70% da arrecadação deve ser direcionada para Ater, 20% para projetos de desenvolvimento e apoio à cadeia produtiva e 10% para custeio administrativo de entidade representativa do setor. “O Sistema Ocergs entende que é preciso celeridade na liberação de recursos, e o Fundoleite tem valores para serem utilizados”, afirma.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) informou que está em andamento desde 2023 o contrato com a UPF para elaboração e apresentação de relatório técnico de acompanhamento sistemático de parâmetros para a formação do valor de referência do leite ao produtor. A Seapi diz que já trabalha para a renovação do contrato e garantia do serviço em 2025. “Já os projetos para desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e dos seus produtos lácteos, o governo está trabalhando para a liberação desses recursos, sabendo da importância do setor produtivo. Há questões administrativas e jurídicas que precisam ser superadas para manifestações futuras”, informou a assessoria da pasta. (Correio do Povo)


89% da grande indústria do país tem práticas ambientais

Estudo mostra que empresas maiores adotam maior número de iniciativas e que a maior parte delas está ligada à regulação do setor

Em tempos de secas e queimadas no Brasil, um novo estudo do IBGE dá uma dimensão do uso de iniciativas ambientais por indústrias extrativas e de transformação de médio e grande porte no país. Das empresas industriais com pelo menos 100 funcionários, 89,1% têm alguma prática ambiental: são 8.758 das 9.827 nesse perfil. A maioria (58,8%) tem iniciativa em pelo menos quatro temas e uma em cada dez empresas (9,7%) só adotaram um tipo de iniciativa.

As informações são da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec 2023): Indicadores Temáticos - Práticas Ambientais e Biotecnologia, uma parceria entre IBGE, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O levantamento foi feito com amostra de 1.611 empresas, dentre 9.833 que se encaixam no perfil estudado.

O estudo se volta para a atuação das companhias em seis temas. O tópico resíduos sólidos foi o teve maior adesão entre as companhias (79,6%), seguido por reciclagem e reuso (75,1%), eficiência energética (61,5%), recursos hídricos (57,1%), emissões atmosféricas (46,3%) e uso do solo (23,9%).

Os dados mostram que o número de temas adotados pelas empresas aumenta de acordo com seu porte. Entre aquelas com ações em apenas um tema, a maioria (81,6%) era empresas na faixa de 100 a 249 funcionários. As empresas com mais de 500 funcionários detinham a maior parcela (38,2%). As empresas com 500 ou mais ocupados lideram em todos os seis temas de iniciativas ou práticas ambientais.

“Entre as grandes empresas, só 2,2% tem ações em apenas um tema. Por outro lado, as empresas menores têm participação maior entre as com apenas um tema [81,6%]”, afirma o gerente de pesquisas temáticas do IBGE, Flávio Peixoto.

A regulação brasileira é a principal razão para a adoção de práticas ambientais. Das indústrias com iniciativas na área, 88,6% apontam este como o principal fator a influenciar na decisão. A estratégia autônoma das empresas também aparece com destaque (87,7%), seguida por influência de fornecedores e/ou clientes (63,9%) e da opinião pública e/sociedade civil (44,9%). O atendimento a normas ambientais externas foi apontado por 44,1%.

Apenas 22,2% das empresas industriais mencionam a atratividade de programas de apoio (públicos ou privados) para a inclusão de iniciativas ambientais em sua operação. “Isso sugere a importância da melhoria das condições de acesso à apoio público. Os programa

Na análise dos benefícios das práticas ambientais, o mais citado foi atendimento às normas legais (89,5%). As vantagens mais mencionadas em seguida trazem outras informações sobre a visão das empresas. Eficiência operacional, redução de custos e riscos operacionais (84,4%); melhoria na reputação/imagem (78,8%); relacionamento com o cliente (71,6%); e relacionamento com a comunidade local (66,5%) foram os benefícios mais frequentes.

Os altos custos das soluções ambientais são o principal obstáculo, seja nas empresas com iniciativas na área (71,8%), seja nas que não têm ações. No grupo de empresas industriais com práticas ambientais, 52,4% citaram a escassez de oferta de programas de apoio e fomento público como fator complicador, seguido por escassez de recursos financeiros na empresa (39,7%).

A indústria de bebidas lidera a adoção de medidas, com 100% das empresas. Em seguida aparecem refino e derivados de petróleo, coque e biocombustíveis (99,4%); artigos de borracha e plástico (95,9%); equipamentos de informática, produtos 

Peixoto explica que geralmente as práticas ambientais estão ligadas ao ramo de atividade. “Os setores, por sua natureza, tendem a praticar mais as iniciativas ligadas às suas atividades.” O setor de bebidas se destaca no tema de recursos hídricos (93,3%). Já o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos é líder em resíduos sólidos (94,4%). 

Valor Econômico

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1833 de 19 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite da Campanha ainda enfrentam dificuldades para aumentar a produção tanto pelo desempenho abaixo do normal das pastagens de aveia e de azevém quanto pela limitação de pastejo, causada pelo excesso de umidade no solo. 

Em Candiota, o barro vem causando grandes transtornos, como a elevação da incidência de mastites nas matrizes e sérios problemas para o acesso dos caminhões de coleta até os resfriadores das propriedades. 

Na Fronteira Oeste, o cenário é um pouco melhor devido à condição mais favorável de umidade nos solos, que beneficia as pastagens e não causa acúmulo de barro nos potreiros e nos acessos internos. 

Na de Caxias do Sul, o bem-estar dos animais foi favorecido pelas temperaturas mais agradáveis tanto para animais em sistema a pasto quanto para os confinados. A condição corporal e de sanidade dos bovinos leiteiros está boa, sem restrições alimentares. 

Em Picada Café, foi constatado casos de raiva herbívora, deixando os municípios próximos em alerta, de acordo com informações da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Nova Petrópolis. O tempo seco favoreceu a qualidade do leite produzido na maior parte da semana, mantendo os úberes limpos. A contagem de células somáticas e bacteriana total ficaram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). As coletas de leite transcorreram normalmente.

Na de Erechim, matrizes leiteiras apresentam melhora na produtividade, principalmente em animais criados a pasto, pois o clima beneficiou o desenvolvimento das pastagens. Os produtores estão realizando o desmame, a mocha e a vacinação contra brucelose em terneiras com idades entre 3 e 8 meses. Além disso, está ocorrendo a secagem das vacas com o objetivo de preservar a saúde e a produtividade do úbere para a próxima lactação. Os casos de mastite, que foram altos durante o período chuvoso e úmido, estão começando a se normalizar. A vacinação contra clostridioses e a dosificação para o controle de verminoses ainda estão em andamento em muitas propriedades. As inseminações artificiais ocorrem dentro da normalidade, e as práticas de IATF estão aumentando. As vacinas reprodutivas, como para rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), diarreia viral bovina (BVD) e leptospirose, têm sido aplicadas nas novilhas e reforçadas nas vacas, visando melhorar a imunidade do rebanho, conforme os protocolos estabelecidos para cada propriedade. O estado sanitário dos rebanhos é considerado adequado.

Na de Frederico Westphalen, dias secos e ensolarados e a chuva facilitaram o desenvolvimento das culturas e o aumento do pastejo. A produção de leite está estável.

Na de Ijuí, o clima mais ameno com baixa umidade tem auxiliado no manejo dos animais a campo e contribuído para o controle da umidade no substrato utilizado nas instalações de acomodação dos animais confinados. A dieta das vacas ainda é de pastagens e silagem, que respondem por aproximadamente 65% do alimento consumido; ração representa 24%; e o restante entre fenos e suplementos.

Na de Porto Alegre, a atenção tem sido redobrada em relação ao estado sanitário para evitar problemas de casco e mastites. A produção de leite ainda está abaixo do normal. Há melhora no estado corporal, nutricional e sanitário do rebanho em razão da suplementação alimentar com ração e silagem de milho e de maior atenção sanitária, mas essas práticas refletem em aumento no custo de produção. Não há registros de infestação por mosca ou carrapato. É realizado agendamento de diagnósticos de gestação nos rebanhos. 

Na de Pelotas, observa-se a retomada na produção de leite na proporção da melhoria das pastagens cultivadas de inverno e pastejo. Conforme relatos de empresa compradora, o volume de produção está em níveis ajustados para a época; destaca-se que, desde junho, os 
volumes não atingiam níveis compatíveis.

Na de Santa Maria, a maior parte do rebanho leiteiro recebe boa oferta de pastos de aveia e azevém. Em Pinhal Grande, há necessidade de complementação da dieta das vacas com silagem e ração.

Na de Santa Rosa, mantém-se a tendência de aumento da produção de leite, potencializada pelas condições climáticas para o desenvolvimento das pastagens. Na maioria das análises de leite, houve melhora da qualidade. Além das pastagens de inverno, começam a entrar, na dieta das vacas, as forrageiras de verão, como Tifton, Jiggs, e as braquiárias, como Aruana, que apresentam qualidade nutricional, diminuindo o uso de proteína na ração. Os produtores realizam a suplementação no cocho com ração e com alimentos conservados, como silagem, pré-secado e principalmente feno. Entre os dias 12 e 13/09, as chuvas causaram a formação de barro nos arredores das salas de espera, reduzindo o pastejo. Nos demais dias, o tempo seco colaborou para o bem-estar das vacas e para sua produtividade. 

Na de Soledade, em decorrência da restrição da oferta de pastagens anuais de inverno, os bovinocultores de leite buscaram a complementação da oferta de volumosos com alimentos conservados (silagem, pré-secado e feno) produzidos ou adquiridos. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão do tempo para o Rio Grande do Sul: Chuvas distribuídas e elevação de temperatura
A semana entre os dias 23 e 25 de setembro de 2024 trará mudanças climáticas significativas ao Rio Grande do Sul, com temperaturas em elevação e volumes expressivos de chuva em diversas regiões. A atmosfera repetirá o comportamento do final de semana anterior, favorecendo uma elevação gradativa nas temperaturas e a possibilidade de precipitações fracas em áreas do Sul, Campanha, Fronteira Oeste e parte da Região Metropolitana. Na segunda-feira (23/09), espera-se que o cenário se mantenha estável, com o calor crescente ao longo do dia e pancadas leves em regiões isoladas. Já na terça-feira (24/09), a presença do Jato de Baixos Níveis (JBN) intensificará o movimento do cavado em superfície, que se deslocará do Paraguai até o Rio Grande do Sul. Isso aumentará a nebulosidade e continuará elevando as temperaturas, preparando o Estado para um quadro mais úmido. O destaque será na quarta-feira (25/09), quando a propagação de uma frente estacionária no Oceano Atlântico deverá provocar chuvas de moderada a forte intensidade nas regiões Sul e parte da Campanha. Esse aumento nas precipitações será uma constante durante a semana, com volumes acumulados de chuva significativos. De acordo com os prognósticos meteorológicos, há previsão de chuvas bem distribuídas em todo o Estado ao longo da próxima semana, com volumes que podem variar de 30 a 50 mm na maioria das regiões. No entanto, algumas áreas, como a Campanha, Fronteira Oeste, Extremo Sul, Região Central e Vales, poderão registrar acumulados superiores a 50 mm. Em contrapartida, nas fronteiras com Argentina e Santa Catarina, além da Região Metropolitana, Litoral Norte e áreas próximas à Laguna dos Patos, os volumes de chuva devem ser menores, entre 20 e 30 mm. Essas condições demandam atenção, especialmente em regiões propensas a alagamentos e enchentes, como áreas ribeirinhas e zonas mais baixas. A elevação das temperaturas, combinada com a umidade, pode gerar instabilidades que agravam os riscos de temporais localizados e trovoadas intensas. Os gaúchos devem se preparar para dias quentes, mas acompanhados por chuvas em momentos estratégicos, o que poderá aliviar parcialmente o impacto do calor intenso, mas exige cautela em áreas mais vulneráveis. (Boletim agrometeorológico)


 
 
 

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Porto Alegre, 19 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.227


Copom decide elevar juro em 0,25 ponto, a 10,75%

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou negativo em 0,02%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda no preço da energia puxou o índice para baixo, mas o alívio na inflação é temporário.

As tarifas de luz subirão a partir de setembro por causa da bandeira tarifária vermelha. Além disso, a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o choque de oferta de alimentos não seja resolvido por meio de juros.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,24 em 12 meses, próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4%, mas a estimativa pode mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,35%, perto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,22%.

Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,3% a projeção de crescimento para a economia em 2024, mas o número deve ser revisado após o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

O mercado projeta crescimento bem melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,96% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Correio do Povo)


IBGE: Produção da Pecuária Municipal 2023 - PPM 

Preço médio pago pelo leite recua 1,7%, porém ainda é a segunda maior média nacional registrada na série histórica

O valor de produção do leite contabilizado, em 2023, foi de R$ 80,3 bilhões, alta de 0,4% frente a 2022. O preço médio estimado foi de R$ 2,27 por litro de leite, recuo de 1,9% se comparado aos R$ 2,31 pagos no ano anterior. Essa redução no preço do leite pode ser explicada pela forte importação do produto, concorrendo com o produto nacional, além da fraca demanda interna por produtos lácteos.

Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul lideraram dentre os valores de produção estaduais. Minas Gerais foi responsável por 28,6% do total nacional, R$ 21,5 bilhões, queda de 6,0% em relação ao valor de produção de 2022. O Paraná alcançou R$ 11,4 bilhões, aumento de 4,3% e participou com 14,2% do valor de produção nacional; e o Rio Grande do Sul, com valor de produção de R$ 9,1 bilhões, participou com 11,4%.

Dos 5 491 Municípios com alguma produção de leite de vaca, em 2023, Castro (Paraná) apresentou a maior quantidade, liderando, mais uma vez, o ranking, com 454,0 milhões de litros, alta de 6,4% em relação a 2022, e R$ 1,3 bilhão. Carambeí (Paraná) se manteve na segunda posição, com 269,9 milhões de litros, alta de 5,6%, e R$ 755,7 milhões e, em seguida, com 211,1 milhões de litros e R$ 513,0 milhões, veio Patos de Minas (Minas Gerais), assim como no ano anterior.

Por meio da diferença entre o total de leite produzido no Brasil (35,4 bilhões de litros), apurado pela PPM, e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (24,6 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite, também do IBGE, é possível inferir que o volume de leite submetido à inspeção sanitária correspondeu a 69,6% do total nacional em 2023.


Piracanjuba Lança Relatório de Sustentabilidade 2023 e reforça compromisso com futuro sustentável

A Piracanjuba divulgou nesta semana o seu Relatório de Sustentabilidade 2023, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e responsável. O documento detalha as iniciativas da empresa em práticas ambientais, sociais e de governança (ASG), e traz uma análise profunda dos resultados obtidos ao longo do ano passado.

Entre os principais avanços apresentados, destaca-se a adoção da matriz de materialidade, ferramenta estratégica essencial que permite à Piracanjuba identificar e priorizar os impactos socioambientais e financeiros mais relevantes para seu negócio e seus stakeholders. Essa matriz fortalece o planejamento estratégico da empresa, com foco em um crescimento sustentável e responsável.

No aspecto ambiental, o relatório ressalta importantes conquistas, como a redução das emissões de carbono, melhorias no uso racional da água e iniciativas de economia circular, que visam minimizar o desperdício e aumentar a reutilização de recursos. A empresa também reforçou seu compromisso com a energia renovável, destacando a transição para o uso de fontes mais limpas em suas operações.

No campo social, a Piracanjuba sublinhou ações voltadas para a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, além de projetos comunitários que buscam impactar positivamente as regiões onde a empresa opera. O relatório destaca ainda o fortalecimento de parcerias com produtores de leite, promovendo práticas sustentáveis na cadeia produtiva.

A Piracanjuba tem investido fortemente em inovação, com foco em soluções tecnológicas que não apenas aumentem a eficiência operacional, mas também promovam o respeito ao meio ambiente. O Relatório de Sustentabilidade 2023 demonstra essa dedicação por meio de indicadores e métricas que garantem a transparência das operações da empresa.

O documento está disponível ao público, e a empresa convida todos os interessados a acessá-lo e conferir de perto as iniciativas que estão moldando o futuro sustentável da marca. Acesse o relatório completo clicando aqui (pIracanjuba via Linkedin  - adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11
Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição. (SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.225


Copom deve retomar alta da taxa de juros

Analistas ouvidos pelo Banco Central acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) subirá a taxa básica de juros para 10,75% nesta semana. O comitê se reúne para definir a nova Selic. Segundo o boletim Focus, divulgado ontem, o mercado prevê que haverá um aumento de 0,25 ponto percentual no patamar atual de 10,50%. Os dados mais recentes disponíveis, da sexta-feira, sugerem que a Selic deve subir 0,25 ponto percentual a partir desta quarta-feira, e chegar a 11,50% em janeiro de 2025. A partir dali, seriam três reuniões de estabilidade, com a possibilidade de um primeiro corte só em julho do ano que vem.

Apesar da expectativa consensual sobre qual deve ser a rota escolhida pela autoridade monetária, nem todos os agentes econômicos concordam com o caminho que parece mais provável nesta reunião -a primeira desde que Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, foi indicado pelo presidente Lula à presidência do BC.

Alguns acham que o Copom precisa ser mais agressivo na largada, com uma alta de 0,5 ponto 
percentual, enquanto outros defendem que a melhor opção seria manter os juros no patamar atual, na visão deles já bastante restritivo.

O economista-chefe da XP e ex-assessor no Ministério da Economia, Caio Megale, considera acertada a possibilidade de o BC iniciar um novo ciclo de subida de juros com uma elevação de 0,25 ponto percentual da Selic. “Quando se tem pouca visibilidade e muita incerteza, é melhor começar devagar e, ao longo do tempo, ir calibrando (o ritmo de ajuste). Se precisar, acelera (o passo) ou não. Mas começar de forma gradual, com 0,25 faz sentido”, diz. “Até outro dia eles 
estavam cortando os juros. É uma reversão de percepção de cenário”, acrescenta.

Para Tony Volpon, ex-diretor do BC e professor adjunto da Georgetown University, o Copom deveria dar um passo maior no primeiro movimento de alta para sinalizar com mais clareza ao mercado o tamanho do seu compromisso com a meta de inflação, sobretudo nesse momento em que a credibilidade da instituição está na mira devido à transição de comando.

Mas o economista considera que os dados mais recentes de inflação geram um “constrangimento” do ponto de vista político a um aumento de juros mais agressivo. Outra previsão que subiu, mas pela nona semana seguida, foi a inflação, que saltou a 4,35%, contra 4,30% da semana anterior. O mercado também elevou a expectativa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2025 (de 3,92% para 3,95%) e 2026 (3,6% para 3,61%). Um juro médio maior ao longo do ano que vem deveria fazer a inflação convergir mais rapidamente. Mas o Focus também mostrou que a projeção do mercado para a inflação acumulada em 12 meses em março de 2026 - o horizonte relevante do Copom - aumentou, de 3,77% na semana anterior para 3,81% nesta, com base nas projeções mensais. Na sua última reunião, o comitê estimava que manter a Selic estável em 10,5% seria suficiente para levar a inflação a 3,2% nesse mesmo horizonte.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se preocupa que a seca que assola parte do país deve aumentar “um pouquinho” a inflação, e a sua pasta já revisou a expectativa do índice neste ano para 4,25%, contra 3,9% anteriormente. O dólar também está com uma previsão mais alta nesta segunda--feira, com os economistas projetando a cotação de R$ 5,40 para o término deste ano. Na semana passada, ele estava em R$ 5,35.

As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que subsidia o relatório Focus, continuam indicando um ciclo total de aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, a 11,5% em janeiro de 2025. Mas também passaram a sugerir menos cortes nos juros no ano que vem, com uma taxa média mais alta ao longo de todo o horizonte relevante do Banco Central. Um juro médio maior ao longo do ano que vem deveria fazer a inflação convergir mais rapidamente. Mas o Focus também mostrou que a projeção do mercado para a inflação acumulada em 12 meses em março de 2026 - o horizonte relevante do Copom - aumentou, de 3,77% na semana anterior para 3,81% nesta, com base nas projeções mensais. (Jornal do Comércio)


GDT: preços internacionais voltam a avançar

Grande parte das categorias lácteas voltaram a apresentar ajustes positivos nos preços, no 364º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 17/09. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.883/tonelada, como mostra o gráfico 1, com um aumento de 0,8% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Neste leilão, os preços médios finais apresentaram menores oscilações, se comparado ao evento anterior. Nesse cenário, o destaque ficou para a categoria do queijo muçarela, que obteve uma valorização de 4,5%, sendo negociado na média de US$ 5.351/tonelada.
A principal categoria do leilão, o leite em pó integral, voltou a registrar alta, sendo negociado na média de US$ 3.448/tonelada, representando um aumento de 1,5% em relação ao evento anterior, da mesma forma, o leite em pó desnatado apresentou alta de 2,2% sendo negociado na média de US$ 2.809/tonelada. Em relação à queda, a única categoria que obteve variação negativa foi a manteiga, que apresentou pequena retração de 1,7%, fechando na média de US$ 6.546/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/09/2024.


Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No segundo leilão de setembro, o volume negociado apresentou pequeno crescimento. Com um total de 38.814 toneladas sendo negociadas (o maior volume desde setembro de 2019), marcando um aumento de 1,2% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda do leilão, mesmo com o volume ofertado atingindo suas máximas dos últimos anos, o bom apetite das compras chinesas e de países do oriente médio tem dado maior sustentação aos preços. Para o leite em pó integral, por exemplo, o preço vem oscilando na faixa de USD 3.200 a USD 3.500 nos últimos meses.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam preços próximos à estabilidade em comparação com os valores atuais, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

As importações futuras brasileiras continuarão sendo influenciadas principalmente pela competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais, além da disponibilidade dos nossos principais fornecedores internacionais de lácteos, a Argentina e o Uruguai.

Desta forma, o mercado de lácteos no Brasil enfrenta um cenário de preços ainda superiores aos praticados no Global Dairy Trade (GDT), embora a diferença tenha diminuído recentemente, devido às altas do último leilão.

Com o Brasil ainda pagando preços superiores aos outros principais mercados, o país ainda deve manter suas importações em patamares elevados. Entretanto, o crescente apetite de mercados que também são compradores do Mercosul, como Oriente Médio e Norte da África, pode refletir em uma disponibilidade mais apertada das vendas de lácteos da Argentina e Uruguai para o Brasil. (Milkpoint)

Da tela para a mesa: o impacto do Tik Tok no setor de alimentício

O TikTok, uma febre mundial com mais de um bilhão de usuários ativos, está revolucionando nossos hábitos alimentares. A plataforma, uma das maiores redes sociais do planeta, está influenciando significativamente o setor de alimentos e bebidas.

Com um algoritmo que prioriza a descoberta e a interação, o TikTok criou um ambiente onde receitas caseiras e dicas culinárias se espalham rapidamente, influenciando as escolhas e até os hábitos alimentares de milhões de pessoas. Diferente do Instagram, que valoriza a estética perfeita, o TikTok celebra a autenticidade e a diversidade, permitindo que qualquer pessoa compartilhe suas experiências - inclusive as culinárias - e inspire outros. 

De acordo com o relatório The Future of Food & Drink: how TikTok is influencing the way we eat (em tradução livre, O Futuro da Alimentação e Bebidas: como o TikTok está influenciando a maneira como comemos), elaborado pela agência Verve, diversas mudanças culturais no consumo de alimentos e bebidas estão ocorrendo na plataforma.

O relatório revela que há uma oportunidade de aprender não apenas como as pessoas compram, mas quando e onde elas compram. Elas misturam varejistas (de baixo valor a alto valor). Elas não fazem simplesmente uma "grande compra" por semana. Segundo o relatório, houve uma aumento de 95% em artigos da mídia sobre "truques de supermercado" do TikTok ano após ano (Brandwatch, janeiro de 2022). 

Além disso, o relatório destaca mudança no comportamento dos consumidores: estamos nos afastando de alimentos autoconscientes e esteticamente selecionados, geralmente promovidos por influenciadores e celebridades, e migrando para um cenário onde ‘todos têm uma chance’. Cozinhar de maneira imperfeita virou uma forma de entretenimento, com o prazer superando a busca pela perfeição.

Essa nova abordagem não apenas promove uma relação mais positiva com a comida, mas também oferece oportunidades para marcas se alinharem aos novos valores dos consumidores. As marcas precisam estar atentas às novas dinâmicas de compra, preparo e consumo, pois a influência do TikTok vai além das vendas imediatas, moldando as expectativas e percepções sobre o prazer e a experiência alimentar. 

Impacto do TikTok no mercado lácteo

Um exemplo claro desse impacto no setor de lácteos é o “boom” nas vendas de queijo cottage nos Estados Unidos. O fenômeno pode parecer exagerado, mas é real: o TikTok impulsionou as vendas dessa categoria a níveis surpreendentes. Segundo a Circana, empresa de pesquisa de mercado sediada em Chicago, nos Estados Unidos, as vendas de queijo cottage cresceram expressivamente no período de 52 semanas encerrado em 25 de fevereiro de 2024.

As vendas em dólares de queijo cottage aumentaram 16% em comparação ao ano anterior, alcançando US$1,33 bilhão, enquanto as vendas em unidades cresceram 11%, totalizando 485 milhões. Marcas próprias de supermercados lideraram o crescimento, mais do que dobrando as vendas em relação aos concorrentes. Mas, além das marcas próprias, várias empresas obtiveram excelentes resultados em relação ao ano anterior. O maior destaque foi a empresa Good Culture, cujas vendas em dólares aumentaram 87%, chegando a US$104 milhões, acompanhada de um aumento de 57% nas vendas unitárias, chegando a 35 milhões.

 “O queijo cottage está registrando um forte crescimento tanto para as marcas quanto para as marcas próprias de supermercados, já que o TikTok elevou toda a categoria”, disse John Crawford, vice-presidente de Insights do Client Insights-Dairy da Circana.

Além do queijo cottage, algumas subcategorias específicas mostraram força significativa. Um exemplo é o creme azedo, que teve um ano forte em geral. Suas vendas em dólares aumentaram 6% em relação ao ano anterior, chegando a US$1,76 bilhão.

O TikTok está redefinindo a maneira como nos relacionamos com a comida, criando tendências que vão além das redes sociais e impactam diretamente o mercado alimentício. Desde novas formas de consumo até o aumento nas vendas de produtos específicos, como o queijo cottage, a plataforma se tornou um verdadeiro impulsionador de mudanças culturais e comerciais no setor. 

E você, já foi influenciado por alguma receitinha que viu no TikTok? 

Fonte: Milkpoint
Referências: The Future of Food & Drink: how TikTok is influencing the way we eat | Dairy Foods: TikTok drives astronomical sales for cottage cheese


Jogo Rápido

Leite/Argentina
No último relatório do Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA) foi apresentado um mapa com a quantidade de animais ordenhados e a quantidade de fazendas leiteiras cadastradas. A nível nacional, existem 9.241 unidades de produção de leite, que juntas contêm um rebanho de 1.471.497 vacas, a uma taxa de 159 vacas em lactação. A província de Córdoba possui o maior número de vacas leiteiras (465.826), o que representa 31,7% do total de animais leiteiros do país. Santa Fé segue de perto com 31,1%. Quanto ao número de explorações leiteiras, a lista é liderada pela província vizinha, com 3.202 unidades (34,6%), seguida por Córdoba com 2.601 (28,1%). Fonte: https://www.eldiariocba.com.ar via Portalechero.


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.224


Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11

Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. 

Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. 

A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. 

Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. 

Regulamento e Ficha de inscrição aqui. 

As informações são do SINDILAT/RS


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

Indicadores Leite e Derivados Setembro/2024

O preço do leite ao produtor registrou primeira queda no ano, 1,1% em julho/24, cotado a R$ 2,72 por litro. Em valores nominais, a alta é de 12,8% na comparação com julho do ano passado.

A relação de troca leite/mistura melhorou em julho/24 quando comparada ao mês anterior e também a julho/23. Foram necessários 29,5 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 34,1 litros observados em julho/23.

No varejo, o preço da cesta de lácteos caiu 0,05% em agosto/24. Contudo, registra alta de 2,66% em 12 meses, contrastando com a inflação brasileira de 4,24% no período, medida pelo IPCA. O leite em pó obteve a maior alta mensal, de 1,07% e o leite UHT maior queda, de 1,21%.


As importações brasileiras de leite e derivados, registraram queda. O leite em pó, principal produto importado, recuou 31%. Foram importados 183 milhões de litros equivalente em Agosto/24.

As exportações também caíram, fechando em 4,1 milhões de litros equivalentes. Os principais produtos exportados foram o leite condensado e UHT.

No acumulado de 2024, a balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 620 milhões, correspondente ao volume de 1.436 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral apresentou alta de 1% em relação ao mês anterior, cotado a US$ 3.396/tonelada no início de setembro/24. O leite em pó desnatado registrou alta de 6%, cotado ao valor de US$ 2.753/tonelada.


Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados - Setembro/2024
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Ítalo de Paula Bellozi e Henrique Salles Terror
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


Jogo Rápido

Fazenda projeta alta do PIB de 2024 para 3,2%
O Ministério da Fazenda aumentou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, conforme já havia antecipado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com a grade de parâmetros divulgada na sexta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade este ano passou de 2,5% para 3,2%. Para 2025, a projeção diminuiu marginalmente, de 2,6% para 2,5%, refletindo "a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado", segundo a SPE. O último boletim macrofiscal havia sido divulgado em julho de 2024. A queda esperada para o PIB agropecuário em 2024 foi reduzida de 2,5% para 1,9%, refletindo revisões para cima nas expectativas para a colheita de milho, algodão e cana de açúcar, além dos abates no ano. (Jornal do comércio)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.223


Crianças Argentinas inovam fazendas leiteiras com robótica

Poucos dias atrás, um grupo de crianças participou de um concurso regional realizado na cidade de Salta. Lá, Benicio Furman, Lautraro Toledo e Gaspar Gonazález, unidos em “Los Halcones” conquistaram o júri avaliador com o projeto destinado a ser uma solução robótica inovadora e funcional para uma fazenda leiteira.Nasceram em Jovita, comunidade ao sul de Córdoba, e desde tenra idade se inclinaram pelo aprendizado de robótica. Na Escola Municipal estudam, aprendem e se divertem meninos e meninas de distintas idades sob a coordenação da engenheira de Sistemas, Carina Cosio

O tema do concurso deste ano foi “aliados da terra”, conforme informação da Escola Municipal de Robótica.

Depois de pesquisar durante semanas, o grupo “Los Halcones” decidiram trabalhar sobre uma fazenda leiteira, algo vinculado à região produtiva onde moram.

“Aí desenvolveram um Sistema Inteligente de Alimentação da Fazenda Leiteira (SIATAMBO)”, explicaram

Com a proposta, os estudantes obtiveram o primeiro lugar entre dezenas de crianças de todo o país e conseguiram passar para o encontro mundial de robótica que será realizado em novembro, na cidade de Esmirna, Turquia.

Sobre o concurso internacional de robótica

A Olimpíada Mundial de Robótica (WRO) é um concurso internacional de robótica educativa que vem sendo realizado há 20 anos e tem como objetivo incentivar o interesse e a paixão pela ciência, a tecnologia, a engenharia e as matemáticas entre meninos, meninas e jovens de todo o mundo.

A cidade turca onde será realizado o evento é um polo de destaque na indústria e tecnologia.

Não é a primeira vez que os estudantes de Jovita se destacam em concursos de robótica no país e no mundo.

Em 2020 obtiveram resultados promissores nos Estados Unidos. Para as pessoas que trabalham na escola de robótica não existe uma receita para conseguir que as crianças se destaquem. Mas partem de três premissas: paixão, amor pelo que faz e muito estudo.

A escola de robótica é pioneira no centro do país. Funciona em um velho posto de gasolina reformado. As últimas administrações municipais consideraram o projeto e deram-lhe continuidade naquela cidade.   Fonte: La Voz - Tradução livre: www.terraviva.com.br


O consumo per capita de leite informal é maior que o consumo formal
 
Consumo de leite - Conforme as estatísticas do PPM/IBGE, a partir de 1997 tornou-se possível calcular o total de leite adquirido pelos produtos e, ao subtraí-lo do total da produção de leite, obtém-se a quantidade de “leite informal”. Alguns analistas menos atentos ainda insistem em denominá-lo “Leite Fantasma”, conceito errado em todos os sentidos, não só do ponto de vista lógico, mas sobretudo porque não explica as diversas questões subjacentes a realidade dos mercados de leite e de lácteos.
 
É importante conhecer a identidade de quem produz esse leite “informal”, quem os consome, assim como se faz com o leite formal.
 
Pelo tamanho desses 2 mercados observa-se ser importante ver os dois lados da produção de leite e suas relações entre si e com a produção e a população total, assim como, com a renda do consumidor e os preços dos produtos e suas distintas estruturas de produção, processamento e distribuição.
 
Não procedendo dessa forma, a sociedade não vai entender por que o Estado teria de ter uma função importante ao atuar nesse mercado informal, fazer investimentos de recursos públicos relevantes voltados a interveniências através de políticas públicas com vistas a integrar esse mercado aos mercados formais. Políticas públicas são muito usuais, mas tem sido mais tempestiva apenas em relação ao mercado formal. Não se pode ter para um mesmo fenômeno dois pesos tão distintos.
 
Ao estudar esse tema, ao procurar entender sob quais funções sua dinâmica funciona, temos que: inicialmente observar que ao medir o leite “comercializado informalmente”, não deve ser somente fazer uma relação mecânica à produção total de leite, apenas para concluir que esse leite informal seria somente a sobra do leite que não passa pelos laticínios, isto é, o leite que vai para o mercado formal.
 
De 1997 a 2014, o leite informal cresceu 33,8%, um pouco menos da metade do crescimento da produção total no mesmo período, mas cresceu! Analisando essa relação no período de 2014 a 2022, no âmbito da mais longa estagnação da cadeia láctea, constata-se que esse mercado informal cresceu mais que a produção total, ficando por volta de 4% a 3%. Então, como são duas faces, lógico que o leite formal cresceu menos.
 
 Achamos que é preciso ir além e considerá-lo também como um mercado que atores, que tem um faturamento de no mínimo de R$ 34 bilhões e cerca de 500 mil produtores de leite. Mas há ainda outras considerações é um setor que ocupa muita gente na produção, no processamento e na distribuição, enfim é um segmento da cadeia láctea, é um setor econômico.
 
Primeiramente, ao fazer essa relação com a produção total, olhamos para o leite informal não somente como “produção”, mas pelo outro lado da moeda, ele é simplesmente uma comercialização de leite para um mercado bem definido: de leite fluidos, queijos e doces etc., sobretudo para regiões rurais e ou periféricas às cidades, de forma decrescente, segundo for o tamanho delas.
 
O maior atrativo de consumo de qualquer produto informal é o seu preço, o mais em conta, natural que seja, até porque não carrega custos de conformidade higiênico sanitária e tributária, entre outros.
 
Chega a ser consumido por uma população próxima a 60 milhões de habitantes. Se tomarmos o volume destinado de leite para o mercado informal em 2024, teríamos um consumo per capita ao arredor de 192 litros.
 
Por outro lado, já o leite formal direto ao consumo através de leite fluido e derivados lácteos, considerando somente o de produção nacional, em um mercado estruturado, detraindo a população que consome o informal, seria acessado por cerca de 153 milhões de habitantes em 2024, resultando de 159,49 litros per capita, em 2024 Assim, temos que o mercado de leite informal além de ter um crescimento maior, tem também um consumo per capita maior que o do leite formal.
 
Entretanto, o mais importante é afirmar que o leite informal é visível, precisa ser entendido pelas autoridades e pela cadeia láctea de quem é filho, com vistas a abrir um debate muito sério sobre a necessidade de fazer a sua integração formal ao mercado lácteo, claro que não se faz com uma varinha de condão, mas com muito trabalho, investimentos em políticas públicas e sobretudo com união de propósitos de toda a sociedade interessada.
 
Por fim, assistimos ao longo dos últimos anos boas iniciativas, como foi, por exemplo, a instituição do selo arte que integra nos mercados a produção artesanal e o SISBI (Selo Arte e SISBI só produção sob SIE e SIM) que descomplica o acesso aos mercados nacionais para laticínios de pequeno porte, fatos esses que constituem um bom início de solução sobretudo em relação as questões relacionadas conformidades sanitárias.
 
Veja no GRÁFICO o desenvolvimento produção de leite 1974 a 2022
 
Segundo o IBGE a produção brasileira de leite e a sua comercialização formal e informal, em 1997- 2014 - 2022- 2024*, definem-se nos seguintes volumes, em milhões de litros ano.
 

 
Para os dados de 2024 a Terra Viva fez uma projeção considerando 2,5% de aumento da produção para 2023, igualmente projetamos um crescimento de 0,5% da produção para 2024, portanto, chegando a um total de crescimento de 3.01% em 2024; em relação a 2022.
 
Observa-se que a produção evoluiu muito bem entre 1997 e 2014, portanto, em 17 anos, houve aumento de 88,17%.
 
No entanto, de 2014 e 2024, em 10 anos, a produção permaneceu estagnada, diminuiu, aumentou, permaneceu estável em alguns desses 10 anos e, finalmente aumentou 2.5% em 2023 (como projeção) e (0,5% como projetado para 2024), como resultado no final de 10 anos conclui-se que esse período se configura como uma longa e tortuosa estagnação, a mais longa da história da cadeia láctea brasileira.
 
O IBGE iniciou a estatística trimestral do leite adquirido pelas indústrias em 1997 que cresceu 121,58%, até o seu apogeu em 2014 e, a partir daí, só diminui pouco e cresceu pouco, até os dias atuais, lógico, conforme aconteceu em segmentos da cadeia láctea, caracterizando como a mais longa estagnação da história da indústria láctea.
 
No período de euforia pelo crescimento que acontecia – 1997/2014 - houve investimentos vultuosos, muita imobilização de capital, muitos esforços em todos os segmentos da cadeia láctea.
 
Na fazenda - a primeira grande luta pela qualidade do leite se iniciou com o resfriamento do leite nas propriedades e na coleta a granel, que envolveu toda a cadeia de produção, de serviços, tecnologias e desenvolvimento de infraestruturas de estradas e de fornecimento de energia; elevação de produtividade do rebanho leiteiro (passando de 1000 litros por lactação em 1997 para 2.199 em 2022), e em todas as demais áreas relacionadas a produção de leite na fazenda, ou seja, na alimentação; no treinamento da mão de obra; no conforto animal; na prestação de serviços relacionados à atividade; no uso de genética por inseminação e processos de transferência de embriões, até chegar aos “compost barns”;pastagens irrigadas; manejo correto de todas as atividades primárias da produção leiteira.
 
Na Indústria - os laticínios evoluíram em todas as direções para receber o leite do produtor e atender aos reclamos dos consumidores, de tal forma, que hoje os laticínios brasileiros produzem praticamente todos os principais produtos lácteos.
 
A atualização tecnológica da produção industrial de leite até as gôndolas do varejo é contínua, visa atender a todas as demandas e capacidades diferentes de compra do consumidor, com o desafio de enfrentar um mercado aberto e um mercado enorme informal devido sobretudo à falta de renda de seu consumidor.
 
Mas, ainda assim, os esforços precisam ser redobrados com vista alcançar melhores posições de competitividade sobretudo com o Mercosul, até porque chegam aqui todos os seus produtos lácteos, com alíquota zero. Sendo que para a produção brasileira, segundo se preconiza na nova regra tributária que se está discutindo no Congresso, nem todos os produtos lácteos deverão possuir alíquota zero.  Visto que o mercado brasileiro é de fato aberto, mas precisaria que todas as condições tributárias de tributação interna fossem iguais em relação ao Mercosul, do contrário criam-se vantagens aos produtos originários do Mercosul.
 
A Estagnação da População entre 2014 à 2022
 
O Brasil respetivamente nos anos 1997- 2014 - 2022 e 2024 - contava com a seguinte população, como segue:
 
1997 = 159.636.413  
 
 2014 = 202.768.562 
 
2022 = 203.080.756 
 
2024 = 212.600.000
 
Segundo o IBGE essa é a estimativa revisada da população brasileira para 2014, com base em dados dos censos de 2010 e 2014.
 
De 1997 a 2014 a população aumentou 27%, em 17 anos. De 2014 a 2024 (veja na tabela anterior de produção) aumentou 4,84%.
 
É importante sob todos os aspectos considerar com atenção a importância do processo demográfico que passa o Brasil, especialmente a sua distribuição, ao longo do tempo e no âmbito do território nacional. Entender essa variável é importante para qualquer projeto de crescimento da cadeia láctea nacional.
 
Trabalhando os números da produção brasileira e os combinando com a população, de imediato já nos leva a um importante indicador:  disponibilidade per capita aparente interna.
 
É exatamente aqui que combinando população, renda e produção temos os valores que nos dará a condição de analisar e definir, o que é mais relevante:  o preço do produto leite e seus derivados são caros? Ou é a renda da população que não alcança os seus preços?
 
Nesse ponto deve abrir as janelas do preço do produto ofertado, como ele é formado em cada uma das linhas de produtos que chega nos mercados: seja no mercado informal que no formal, tema esse que devemos analisar em outro momento.
 
Quantidade de leite disponível de leite para esse mercado informal:
 
Volume de leite informal previsto para 2024, 11.565.000.000 litros, esse é o tamanho do mercado de leite informal.  Comercializado sem uma fiscalização higiênico sanitária oficial e sem o cumprimento da legislação tributária municipal, estadual e federal.
 
Normalmente, o leite é comercializado em garrafas pet de 1.5lt ou 2lt, ou ainda no formato de queijos, doces vários ou iogurtes, há produtores que vendem a granel para pequenos artesãos também informais de queijos, queijos, iogurtes, doces, bolos e quitandas diversas.
 
São comercializados na área rural, na beira das estradas, mais próximo das fazendas onde é produzido por pequenos produtores, nas periferias de cidades, em mercados de “1 check out” ou mesmo em “vendas” e feiras, feirinhas, seja o leite ou queijos ou doces, sobretudo em cidades menores de 50 mil habitantes, que possuem uma população de cerca de 64 milhões de hab. Mas essa produção chega até mesmo nas periferias de médias e grandes cidades, sobretudo queijos e os doces, ainda que mais caros.
 
Depois de estudar diversas variáveis, projeções, pesquisas de dados, entrevistas, podemos supor, que essa produção comercializada informalmente, ofertada na sua maior parte para a população rural em mais de 4.895 municípios abaixo de 50 mil habitantes, que correspondem a 30,1% a população, a 64 milhões de habitantes, conforme estatísticas revistas pelo IBGE.
 
Podemos supor que toda a produção destinada ao comércio informal seja consumida por cerca de 60 milhões de pessoas no Brasil. Significa que o consumo per capita da produção informal chegaria aproximadamente a cerca de 190,2 litros per capita em 2024 segundo o IBGE.
 
Além da população rural desses municípios, diríamos que essa produção informal está presente em todas as áreas rurais de todos os municípios brasileiros, inclusive nas capitais, a diferença é que na medida em se avança para o centro das cidades maiores, o produto informal chega através de queijos e doces, como produto “artesanal”, inclusive mais caros.
 
Elaboração www.terraviva.com.br com informações do site do IBGE

SDT | South Dairy Trade Apresenta: Preços do Leite na Mira – Análise Quente da Competição entre Argentina e Uruguai

O mercado de lácteos da Argentina encerrou a segunda quinzena de julho com resultados positivos, registrando um aumento no preço médio de exportação e um crescimento significativo nas exportações e nos preços. aumento no preço médio de exportação e um crescimento significativo no volume de leite enviado ao exterior. de leite embarcado para o exterior.

Entre 16 e 31 de julho de 2024, o preço médio dos produtos lácteos exportados atingiu 3.377.000 toneladas. O preço médio dos produtos lácteos exportados atingiu USD 3.376,76 por tonelada, superando a média da primeira metade do mês (USD 3.322,76 por tonelada). O preço médio de venda do café na primeira metade do mês (3.322,82 USD/tonelada).

Durante esse período, a Argentina exportou 11.197,76 toneladas de produtos lácteos para 29 destinos internacionais, expandindo seu mercado em dois novos países e superando em mais de 37% o volume exportado na primeira metade do mês (3.322,82 USD/tonelada).

O volume exportado na primeira quinzena de julho. Os resultados refletem uma clara expansão do setor, impulsionada pela demanda por produtos como leite em pó, queijo e manteiga. Essa tendência de crescimento destaca a capacidade do mercado de laticínios argentino de se adaptar e crescer em um contexto global competitivo. contexto global competitivo.

Leite em pó integral:
● Preço: 3.773,85 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 0,32% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 4.603,10

Leite em pó desnatado:
● Preço: 3.208,72 USD/Ton.
Variação: Aumento de 0,39% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.051,72

Queijo semiduro:
● Preço: 4.456,95 USD/tonelada.
Variação: Aumento de 2,30 por cento em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.283,73

Queijo duro:
● Preço: 6.439,64 USD/tonelada.
Variação: Aumento de 0,99% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 371,70

Manteiga:
● Preço: 5.065,38 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 7,14% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 534,38

Leitelho:
● Preço: 2.950 USD/tonelada
Variação: Diminuição de 1,67% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 23,50

Soro de Leite Permeado:
● Preço: 645,29 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 0,23% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 862,40

Soro de Leite Parcialmente Desmineralizado (D40%):
● Preço: 994,35 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 19,88% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.171,80

Proteína concentrada do soro de leite em pó 35% (WPC 35%):
● Preço: 2.250,13 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 0,01% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.035,03

Proteína concentrada do soro de leite em pó 80% (WPC 80%):
● Preço: 8.157,44 USD/Ton.
Variação: Aumento de 5,49% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 260,40

Comércio de Lácteos do Uruguai, aumenta volume de exportações de lácteos na segunda quinzena de agosto:

Na segunda quinzena de agosto de 2024, o setor lácteo uruguaio registrou um aumento notável no volume de exportações, com 10.596,53 toneladas de produtos lácteos enviadas a 30 destinos internacionais, superando os números do ano anterior.

O setor lácteo uruguaio registrou um aumento notável no volume de exportações, com 10.596,53 toneladas de produtos lácteos enviadas para 30 destinos internacionais, superando em 26,3% os números da primeira metade do mês. Apesar disso Apesar desse aumento, o preço médio por tonelada caiu 1,41%, para US$ 3.657,75.

Durante agosto, o Uruguai exportou um total de 18.983,35 toneladas de produtos lácteos, refletindo um aumento na capacidade de colocação no mercado. crescimento na capacidade de colocação nos mercados internacionais. O aumento significativo.

O aumento significativo no volume exportado destaca a capacidade do setor de expandir e responder à demanda global, consolidando sua posição em um mercado global. demanda, consolidando sua posição em um ambiente de preços flutuantes.

Leite em pó integral:
● Preço: 3.568,36 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 1,82% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 8.843,18

Leite em pó desnatado:
● Preço: 3.103,71 USD/Ton.
Variação: Aumento de 2,73% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 972,24

Queijo semiduro:
● Preço: 5.358,75 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 3,74% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 170,59

Queijo duro:
● Preço: 6.599,89 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 3,81% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 96,69

Manteiga:
● Preço: 5.818,35 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 2,15% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 413,83

Leitelho:
● Preço: Não foram registradas exportações no período.

Soro de Leite Parcialmente Desmineralizado (D40%):
● Preço: 1.054,90 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 7,55% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 100

Um aspecto relevante é que, na segunda quinzena, somente o leite em pó integral exportou. 8.843,18 toneladas, superando assim o total de toneladas exportadas por todos os produtos na primeira metade do mês. Esse número reflete não apenas o aumento da capacidade de exportação, mas também a consolidação e o aumento da demanda.

Esse número reflete não apenas o aumento da capacidade de exportação, mas também a consolidação e o aumento da demanda por leite em pó integral nos principais mercados internacionais para ele, que são os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e os Estados Unidos. Os principais mercados internacionais de leite em pó integral são o Brasil, a Nigéria e a Argélia.

Fonte: South Dairy Trade via edairy news


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponibilizado no site do SINDILAT/RS Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.