Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 07 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.973

   GDT

 
                 
 
Competitividade do setor lácteo

O governo estuda um conjunto de medidas estruturantes para melhorar a situação dos produtores de leite no país. Entre as propostas está a desoneração tributária de insumos, como ração, e equipamentos (ordenhadeira, maquinário e equipamentos). A ideia, de acordo Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é estipular um plano de promoção da competitividade do setor de lácteos no Brasil com base em políticas públicas alinhadas às estratégias econômicas do governo federal.

O foco é aumentar a competitividade do setor reduzindo os custos de produção. Outro ponto solicitado pelo setor produtivo é a isenção de PIS/Confis para ração. O secretário disse a elaboração de metas e indicadores para o setor servirão para dar maior estabilidade, competitividade e resistência às oscilações de preço do leite e seus subprodutos. Outro aspecto, segundo Sampaio, é estabelecer diretrizes, com menor interferência estatal, na política agrícola, a fim de promover a competitividade real da cadeia de lácteos.

Outro tema levantado diz respeito ao desenvolvimento de um seguro rural específico para o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura vai intermediar as discussões de novo modelo de seguro entre as companhias seguradoras e o setor produtivo do leite.

Novos modelos de incentivo à exportação
Desenvolvimento de novos instrumentos de política agrícola para o leite está entre as prioridades discutidas entre os representantes das entidades do setor produtivo e o governo. Também está em estudo um instrumento de apoio à comercialização do leite e a ampliação do acesso do produtor ao crédito rural.

De acordo com Eduardo Sampaio, está sendo discutido com a equipe econômica do governo mecanismos que permitam absorver o excedente do leite em período de safra, com oferta elevada e preços baixos. A ideia é ter oferta equilibrada do produto ao longo de todo o ano.

Para auxiliar os produtores na melhoria da qualidade e da produtividade de sua atividade, o Mapa irá fomentar maior adesão de laticínios e cooperativas no Programa Mais Leite Saudável. O programa já beneficiou cerca de 55 mil produtores e a meta é chegar a 150 mil até 2035. Além de beneficiar diretamente o produtor rural de leite, o programa coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação permite que as indústrias e cooperativas tenham acesso aos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins.
 
Trânsito interestadual de produtos artesanais
O ministério também trabalha na regulamentação do Selo Arte, instituído pela Lei nº 13.680/2018, que irá identificar e autorizar a comercialização interestadual de alimentos de origem animal produzidos de forma artesanal, como os queijos produzidos a partir de leite cru. A medida trará segurança aos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte, além de fomentar o comércio de produtos agropecuários e promover a agregação de valor das cadeias artesanais.

Além disso, a medida objetiva dar ao consumidor a segurança de que o processo de produção é realizado de forma artesanal, respeitando características e métodos tradicionais ou regionais próprios, que atendem às boas práticas agropecuárias e de fabricação. É preciso garantir que os produtos atendam às exigências de segurança sanitária. Desta forma, o selo isenta a necessidade de inspeção sanitária federal do produto quando passar pelas barreiras de inspeção estadual ou do Distrito Federal. (Mapa)

 

Produção 

O monitoramento da produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras, UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos mostra a tendência atual da oferta de leite. Essas cinco regiões produzem 65% do leite mundial, e são responsáveis por 80% do comércio mundial de lácteos, sendo, portanto, essenciais para influenciar a direção dos preços nos mercados internacionais.

O tracker, (projeção) traça uma linha de base de comparação da produção atual e expectativa de crescimento ou queda.
 

- Em fevereiro de 2019 a captação de leite foi em média 796 milhões de litros por dia, 0,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, que foi de 801 milhões de litros por dia, e pouco abaixo das expectativas.
- A queda na oferta de leite foi em decorrência da redução na produção da Austrália e Argentina. Embora tenha sido registrado pequeno aumento nos Estados Unidos e União Europeia (UE) em fevereiro, não foi o suficiente para cobrir o déficit apresentado pelas outras regiões.

- A produção de leite na Nova Zelândia ficou estática em fevereiro, registrando 65 milhões de litros por dia, sob o impacto da seca. Em fevereiro a média da Austrália foi 12,6% menor do que a registrada um ano antes, e continua com problemas na produção, enquanto a produção da Argentina foi impactada por temperaturas elevadas e inundações nas principais bacias leiteiras, desde dezembro de 2018.

A captação nos Estados Unidos e UE ficou 0,1% acima da registrada no ano passado, o equivalente a 0,2 e 0,5 milhões de litros dia, respectivamente. Na UE, a captação em regiões essenciais como Alemanha, França, Holanda e Espanha caiu em fevereiro, mas, isso foi contrabalançado pelos aumentos registrados no Reino Unido, Irlanda, Polônia e Itália. (AHDB Dairy – Tradução livre: Terra Viva)

 
Santa Clara 
A Cooperativa Santa Clara mais uma vez reuniu suas associadas, esposas e filhas de associados para o Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A 13ª edição do evento aconteceu na Associação dos Motoristas de Paraí neste sábado, dia 4 de maio, com uma intensa programação durante todo o dia, reunindo 1.700 mulheres. (Fonte: Página Rural)
 

Porto Alegre, 06 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.972

   Passo Fundo recebe reunião sobre as Instruções Normativas 76 e 77
 
A cidade de Passo Fundo sediará, nesta quarta-feira (08/5), reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que passam a vigorar a partir do próximo dia 30 de maio e alteram a forma de produção e armazenagem do leite cru. O evento acontece às 13h, no auditório da Pós-Graduação da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF), é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet e CRMV/RS. As inscrições são gratuitas e limitadas. E podem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/reuniao-passo-fundo-normativas-do-leite---ins-76-e-77__520899
 
A iniciativa tem como objetivo esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e prefeituras do interior do Estado sobre a adequação às normas. Segundo o professor da UPF e coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (SARLE), Carlos Bondan, as alterações nas INs primam, acima de tudo, pela qualidade do leite. "A principal mudança é que, agora, a indústria passa a ter a responsabilidade de treinar e capacitar os produtores para manter a qualidade do leite. Desta forma, todos ganham, principalmente o consumidor", afirma.
 
A programação inclui palestras sobre o Fundo de Sanidade do Rio Grande do Sul (Fundesa), a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via whatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento contará com transmissão simultânea por meio do facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
             
 
2ª Feira do Leite movimenta bacia leiteira do Noroeste gaúcho
 

Produtores de uma das maiores bacias leiteiras do Estado tiveram a oportunidade de conhecer as mais recentes tecnologias em equipamentos e serviços para o setor na 2ª Feira do Leite, evento realizado sexta-feira (3) e sábado (4), em São Domingos do Sul. Foram 38 empresas do setor leiteiro que apresentaram suas inovações para um público que cada vez mais investe na propriedade rural. “Os produtores de leite da região têm um conhecimento bem avançado sobre a atividade, estão mais tecnificados e muitos já atuam com confinamento”, afirmou Rodrigo Puhl, sócio do Laticínio Domilac, promotor do evento juntamente com a Prefeitura Municipal de São Domingos do Sul.
 
No sábado, a Feira do Leite contou com um circuito de palestras com a participação de mais de 500 pessoas, sendo 400 produtores cadastrados na Domilac. As novas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que entram em vigor a partir de 30 de maio, dominaram o debate. “Muita gente aproveitou para perguntar sobre as normativas durante as explanações”, contou Puhl.
 
As palestras começaram às 10h, com o tema Transtornos Metabólicos: da dieta ao leite, ministrada pelo médico veterinário Juliano Buchle, assistente técnico da Mig-PLUS. Qualidade, rentabilidade e competitividade em produção de leite foi o tema abordado pelo consultor da Transpondo Wagner Beskow. 
 
No final das palestras, a Domilac realizou o sorteio de uma novilha entre os mais de 400 produtores cadastrados na empresa, ação seguida de almoço com um boi inteiro assado na brasa. A 2ª Feira do Leite ocorreu paralela à 11ª Feira Intermunicipal de Artesanato, evento já tradicional do município. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Douglas Zabot
 
 

Puxadas pelo leite em pó desnatado, importações aumentam

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea, os quais apontam um aumento de 3% na quantidade importada de leite abril em relação a março, com 84,4 milhões de litros em equivalente leite importados. Por outro lado, na comparação de abril de 2019 com o mesmo período do ano passado, a quantidade importada ficou 8% menor. Além disso, os 7,8 milhões de litros exportados pelo Brasil em abril representam uma redução de 48% em relação aos 14,9 milhões de litros em março em equivalente leite.

Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -77 milhões de litros nesse mês, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 

A menor disponibilidade de leite nos países do Mercosul e a desvalorização do real influenciaram em uma redução de 10% nas 4,6 mil toneladas internalizadas de leite em pó integral em abril em comparação com mar/19. Além de uma redução das compras de LPI, foi possível notar uma menor importação de queijos (8%), manteigas (-16%), soro (-10%), com a desvalorização cambial e demanda fraca explicando essa queda na quantidade internalizada.

Por outro lado, com uma demanda interna maior por leite em pó desnatado (LPD), as 1,9 mil toneladas compradas em abril/2019 representaram um aumento de 94% na quantidade importada em relação ao mês passado. Adicionalmente, um novo descolamento dos preços pagos ao produtor de leite no Brasil em relação à Argentina e ao Uruguai proporcionou um aumento na quantidade importada do produto. No gráfico 2, é possível notar esse movimento.

Gráfico 2. Evolução dos preços pagos aos produtores de leite em dólar no Mercosul. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base no CEPEA, INALE e Ministério de Producción y Trabajo de Argentina.


 
É possível observar a quantidade importada dos derivados bem como seus valores na tabela 1. (Milkpoint)

Tabela 1. Balança comercial láctea em abril de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.

China x Uruguai

Em março as importações de lácteos realizadas pela China aumentou 9,8% em volume e 17,8% em valor, em comparação com março de 2018. No trimestre janeiro/março o crescimento foi de 13,8% em volume e de 15,8% em valor, totalizando US$ 3 bilhões. 

As últimas atualizações das importações de lácteos chinesas de março de 2019, mostram um aumento de 9,8% em volume e de 17,8% em valor, com um forte aumento no percentual de leite em pó integral (WMP) e desnatado (WMP), leites infantis, leite fluido e creme. O WMP mostra crescimento de 57,5% em comparação com março de 2018, quase em sua totalidade procedente da Nova Zelândia (94% da cota do mercado).

No primeiro trimestre de 2019 a China importou 862.907 toneladas de produtos lácteos (crescimento de 13,8% em termos de tendência), equivalente a US$ 3 bilhões (15,8% a mais em relação ao mesmo período de 2018). (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

 
Saiba como o brasileiro pesquisa preços dos supermercados
O mundo é cada vez mais digital. Mesmo assim, a maioria dos consumidores brasileiros ainda recorre a métodos tradicionais para pesquisar os preços praticados pelos supermercados. A constatação é de uma pesquisa da Apas conduzida pelo Ibope Inteligência. De acordo com o estudo, que ouviu mais de dois mil brasileiros, 56% das pessoas utilizam os encartes e jornais impressos para pesquisar preços. Na região Centro-Oeste do país, esse percentual sobe para 60%. O segundo método mais utilizado na pesquisa de preços é a observação dentro dos próprios supermercados, algo comum para 54% dos entrevistados, que poderiam citar mais de uma resposta. A pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Supermercados mostra que apenas 32% dos brasileiros checam pela internet valores dos itens da compra do mês. Esse percentual avança para 42% entre o público da classe A, porém cai para 30% junto às pessoas das classes C2, D e E. Já as pesquisas feitas por meio de aplicativos de celular são comuns a 28% dos respondentes, sem variação importante por classe social.  No futuro, a tendência é de aumento na utilização de recursos digitais para essa finalidade. “Vemos um potencial incrível na internet e nos aplicativos, que representam uma parcela significante da população. Estar presente no mundo online é fator obrigatório para o sucesso dos supermercados”, lembra Ronaldo dos Santos, presidente da APAS. (As informações são do SA Varejo)

Porto Alegre, 03 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.971

   Novas regras para o leite reúnem especialistas em Porto Alegre

Iniciou por Porto Alegre a rodada de reuniões promovida pelo Sindilat  para discutir os novos pontos das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, que passam a vigorar a partir de 30 de maio e que ampliam o grau de exigência das áreas produtiva e industrial do setor lácteo. 

Na manhã desta sexta-feira (3), 17 entidades abriram um canal de comunicação direto com o Ministério da Agricultura, que será o órgão responsável pela fiscalização das regras impostas pelas normativas que visam boas práticas de produção e gestão dentro da cadeia produtiva, oferta de um leite de qualidade ao consumidor e, por consequência, novos mercados para o produto brasileiro. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância do evento que buscou incluir todos os agentes da cadeia na discussão sobre os processos de mudanças nas regras de produção, coleta e entrega do leite às indústrias. "Já debatemos muito sobre a necessidade de ganharmos um prazo maior para adequação, e agora, às vésperas da vigência das INs, promovemos esse debate com o intuito de esclarecermos a operacionalidade das 2 INs para que possamos ter o êxito necessário na nossa atividade", afirmou Guerra. O dirigente pontuou a necessidade de ampliação da qualidade do leite para ganhos de competitividade, mas lembrou que um período maior de adequação e de exceção sobre alguns pontos das INs seriam importantes para adequação de todo o processo. "Muitas das exigências não dependem apenas do produtor e da indústria. Para se entregar um leite de qualidade também é necessária uma infraestrutura compatível, como acesso à energia de qualidade na propriedade e de boas estradas, além da linha de crédito para troca ou compra de equipamentos", citou. 

O encontro realizado no auditório da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura e Pecuária reuniu dois representantes da pasta, que levaram esclarecimentos importantes ao público, especialmente sobre os novos parâmetros de qualidade do leite - Contagem Bacteriana (CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS). Pelas normativas, foi mantida a contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células somáticas por ml para o leite cru refrigerado. Uma novidade, no entanto, é que a CPP no leite cru de silo (indústria) deverá ser de 900 mil ufc/ml antes do processamento. "Até três vezes é o que se pode perder (300 mil ufc a 900 mil ufc) entre a produção do leite e a entrega  na indústria", salientou a médica veterinária Milene Cé, ao comentar sobre aspectos das INs 76 e 77.  Segundo ela, essa adequação segue tendência mundial já adotada nos Estados Unidos e na União Europeia.  

Em relação à contagem bacteriana, a especialista ressaltou que a exclusão do produtor no processo de fornecimento do leite somente ocorrerá após três meses consecutivos onde a média geométrica final extrapole o padrão (acima de 300 mil ufc/ml). "O retorno à atividade dependerá do resultado da amostra coletada por laboratório da RBQL (Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite). Quando o produtor alcançar uma primeira coleta dentro do limite legal poderá ser reintroduzido e terá sua média (histórico) zerada", explica Milene. Segundo ela, como a amostragem se dará trimestralmente, serão conhecidos em outubro deste ano os primeiros resultados de propriedades que não conseguiram atingir a contagem de 300 mil ufc/ml.

O médico veterinário do Mapa Bruno Leite falou sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto no artigo 6º da IN 77, que trata da necessidade de assistência técnica e gerencial visando à implantação de boas práticas na atividade leiteira. "O objetivo dessa política pública nada mais é do que aproximar produtor e indústria e garantir mais segurança alimentar ao consumidor, além de focar no desenvolvimento ao setor produtivo", salientou. De acordo com Leite, a indústria é quem será responsável por buscar opções de assistência técnica, seja por meio da Emater, Sebrae, Senar ou até mesmo via parceira direta com os produtores. "O plano busca colocar no papel a política da empresa (indústria) em relação à qualidade do leite", frisou. 

As dúvidas das mais de 100 pessoas presentes no evento foram suavizadas com o depoimento do produtor Fernando Boll, de Ivoti, cooperativado da Piá. Boll contou os resultados alcançados pela propriedade ao ingressar no projeto Mais Leite, do Mapa, que culminou em melhorias de manejo, genética, nutrição e reprodução. "Conseguimos nos adequar aos níveis de CCS e CPP que serão exigidos. Melhoramos a qualidade do leite e muito mais do que isso, melhoramos a qualidade de vida da nossa família", relatou o jovem produtor. Boll reforçou que todos os dados extraídos da propriedade são colocados em planilhas e, após observação detalhada dos resultados, é feita a tomada de decisão. "Quero produzir um leite que eu mesmo possa ter coragem de beber", disse, ganhando aplausos da plateia.

O presidente do Sindilat finalizou o evento salientando a responsabilidade dos presentes que, na prática, representam mais de 65 mil famílias que atuam com o leite. "Saímos daqui com muitas missões a serem cumpridas, mas é importante reforçar que muitas delas não dizem respeito somente ao produtor e à indústria, mas também ao poder público no que se refere a gargalos de infraestrutura", salientou. Guerra pontuou ainda que o evento desta sexta-feira é apenas um de vários que ainda vêm pela frente.

Uma mesa redonda com painelistas e representantes das entidades foi realizada no final do evento, a fim de tirar dúvidas enviadas por redes sociais durante a transmissão do evento pela TV Emater-RS. Na próxima semana, o encontro acontece em Passo Fundo (08/05) e em Lajeado (09/05).

Inscrições para Passo Fundo podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2JfhE19

Inscrições para Lajeado podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2GYvySk


Crédito: Stéphany Franco 

 
 
                 
 

Cenário positivo para os produtores de leite

Os produtores de leite do país tendem a ter margens de lucro melhores em 2019 que em 2018, principalmente se as condições favoráveis à atividade observadas nos primeiros meses do ano persistirem no segundo semestre. Enquanto os preços pagos aos pecuaristas aumentaram quase 20% de janeiro a abril, para R$ 1,49 o litro, em média, os custos de produção subiram marginalmente (de 1% a 1,5% até março), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, os preços pagos registraram alta de 34%. "O ano começou atípico para o segmento. O aumento de preços, que costuma ocorrer entre fevereiro e maio, quando a captação é menor, começou em janeiro", afirmou Thiago Rodrigues o assessor técnico da CNA. Essa antecipação é resultado da safra do Sul do país em 2018, menor que a esperada, e do veranico de janeiro deste ano, que afetou a produção no Sudeste e reduziu o volume de captação.

O índice de captação de leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu 3,05% em janeiro e 4,73% em fevereiro. Em março, a queda foi de 1,6% ante fevereiro. Em 2018, a captação de leite com inspeção somou 24,5 bilhões de litros no Brasil, alta de 0,5% sobre 2017, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tudo indica que o movimento de recuperação dos preços pagos aos produtores perderá força até junho, com a entrada da nova safra da região Sul do país, mas mesmo assim os valores deverão continuar mais elevados que os praticados no ano passado. Conforme estimativa da CNA, em abril o preço médio nacional do litro ficou de R$ 1,56, ante R$ 1,38 no mesmo mês do ano passado. Para maio, o valor projetado para o litro é R$ 1,59, ante R$ 1,45 em maio de 2018, e para junho a entidade espera que os R$ 1,59 se repitam - em junho do ano passado, a média foi R$ 1,47 por litro. Em um mercado em que cada centavo faz a diferença, já será uma boa notícia. "Com isso, as margens dos produtores deverão ser maiores que as do ano passado", afirmou Valter Galan, analista do MilkPoint. "Mas isso vai depender de quanto será a queda depois de junho".

 
Como a economia não está crescendo como esperado, as indústrias deverão segurar os reajustes nas gôndolas para estimular o consumo. Ao mesmo tempo, tendem a diminuir os preços pagos aos pecuaristas para preservar suas próprias margens.

Essa dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos sem prejudicar tanto as margens já limitou a valorização no campo em abril, segundo avaliação do Cepea. A "Média Brasil" líquida de abril, referente à captação de março, aumentou 0,92% (praticamente um centavo) em relação a março, para R$ 1,4920 por litro. "Não há nenhum indicativo de que o consumo vai melhorar e, mais cedo ou mais tarde, a indústria vai pressionar o produtor", acrescentou Rodrigues, da CNA.

Assim, os custos de produção também farão muita diferença para a manutenção das contas dos pecuaristas no azul. "Os preços do milho estão favoráveis e a perspectiva é de uma safra farta. Mas, se houver algum problema climático, esse cenário pode mudar", afirmou Rodrigues.

Com a menor oferta no mercado interno no começo do ano, as importações ocuparam parte do mercado, que se abriu. No entanto, as produções de leite da Argentina e do Uruguai recuaram no primeiro trimestre do ano - 8,5% e 9%, respectivamente. E a alta do dólar reduziu a atratividade das importações. "Isso abriu espaço para essa maior de oferta do produtor de leite nacional", disse Galan, do MilkPoint.

As importações brasileiras recuaram 36,5% em março ante fevereiro, para 80,9 milhões de litros, de acordo com dados do Cepea. Ante ao mesmo período do ano passado, a retração é de 26%. O Brasil tem histórico de importar leite em pó dos dois países vizinhos e um longo processo de negociações para reduzir os volumes adquiridos. E, nos últimos três anos, essa redução vem ocorrendo. No ano passado, o país importou 96,68 mil toneladas, ante 103,44 no ano anterior, segundo dados da Viva Lácteos.

De acordo com Marcelo Martins, diretor executivo da Viva Lácteos, entidade que representa os principais laticínios que atuam no mercado brasileiro, se a aprovação da reforma da Previdência se concretizar, o cenário para o segmento será "extremamente positivo" neste ano. Para ele, a grande volatilidade dos preços do mercado interno, que oscilaram 52% em 2018 e 29,5% no ano anterior, também prejudica o produtor. E a saída é ampliar o consumo interno e as exportações. "A gente vem fazendo um trabalho para melhorar a commodity. O avanço tem acontecido na exportação de produtos de produtos de maior valor agregado, como queijos". (As informações são do jornal Valor Econômico)

Consumo/AR

O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) publicou dados alarmantes em relação à cadeia láctea: o consumo médio anual caiu para 183 litros por pessoa no primeiro bimestre do ano. 

A crise econômica persistente que atravessa o país oferece cenários de deterioração social alarmantes, em especial pela incapacidade do Governo para controlar a escalada inflacionária, que é exponencial em produtos de primeira necessidade, em especial, alimentos.

O caso mais problemático se viu nas últimas semanas no segmento lácteo, com o aumento nos preços e desabastecimento nos supermercados de marcas mais baratas por uma decisão empresarial monopolista.

O consumo médio de leite caiu para 183 litros anuais, por habitante, no primeiro bimestre de 2019, em comparação com igual período do ano passado. É o nível mais baixo desde 2003, quando ficou em 179 litros em média, revelou o relatório do Ocla.  

 
O observatório atribui a queda a distintos motivos: a combinação de menor produção no início do ano (caiu 8,3% no primeiro trimestre), a liquidação de estoques em 2018, para produtos com melhores condições de exportação (subiu 37% em toneladas) por necessidade de fazer caixa no mercado doméstico, somado à baixa no consumo, muito importante no final de 2018 e início de 2019, que “gerados, obviamente, pela menor oferta”.

 
“Essa menor oferta no mercado interno foi mais intensa no item leite fluido e dentro deles sua versão refrigerados, que fundamentalmente é o produto de maior consumo, pela diferença de preços entre os pacotes de leite e aqueles apresentados em embalagens cartonadas e a menor quantidade de marcas disponíveis nas gôndolas (baixa disponibilidade de matéria-prima e/ou plantas desativadas)”, esclareceu o boletim do Ocla.

Por outro lado, dias atrás o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Daniel Pelegrina, afirmou que a elevação de preços do leite se deve “à queda na produção”, e previu que o problema será resolvido “na primavera, quando houver novos aumentos de produção”. O dirigente acrescentou que “hoje temos o mesmo nível de produção de leite de 15 anos atrás, e desde então foram fechadas 2.000 fazendas de leite. Quanto mais produção houver, melhor”.

Pelegrina também destacou que “a exportação também demanda mais porque melhoraram os preços e é preciso cumprir com compromissos no exterior”, em referência à desvalorização cambial que melhorou a competitividade para a venda de lácteos, a custo do consumo local, segundo acusaram muitos especialistas do ramo. Apesar de tudo, o dirigente assegurou que “apenas foram exportadas 20% da produção, tanto de carne como de leite”. (Conclusión – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Produção de leite dos EUA caiu 0,4% em março
A produção de leite norte-americana foi negativa em março, com a produção de leite dos EUA caindo 0,4% em todos os 50 estados e 0,1% nos 23 maiores produtores, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Esta é a primeira vez desde fevereiro de 2017 que a produção de leite caiu, embora essa seja uma diferença contábil, porque 2016 foi um ano bissexto e fevereiro de 2016 teve um dia extra de produção de leite. Notavelmente, no entanto, o número de vacas voltou a cair significativamente, com 86.000 menos cabeças em março em relação a um ano atrás (-0,91%) e 10.000 a menos que em fevereiro. O USDA diz que há agora 9,344 milhões de vacas leiteiras nas fazendas dos EUA, abaixo dos 9,430 milhões do ano anterior. Dos 23 principais estados leiteiros, 10 relataram menos produção de leite com relação ao ano anterior em março, e 15 desses estados relataram menos vacas. A Pensilvânia, por exemplo, teve queda de 29.000 cabeças, o Novo México de 12.000, Ohio e Virgínia de 10.000 e a Califórnia de 9.000. Mesmo os estados que apresentaram crescimento, como Texas, Colorado e Dakota do Sul estão sentindo os efeitos de margens mais apertadas. O Texas teve aumento de apenas 5,8% na produção de leite, mas com 27.000 mais vacas. O Colorado teve aumento de 3,9% com mais 9 mil vacas, e Dakota do Sul aumentou em 3,5% com mais 4 mil vacas. (As informações são do https://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 02 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.970

   FrieslandCampina 

O preço garantido do leite cru da FrieslandCampina para o mês de maio de 2019 foi estabelecido em € 35,25/100 kg, [R$ 1,61/litro, queda de € 0,75/100 kg, em relação ao mês anterior, incluindo uma correção a menor de € 0,58/100 kg.

A correção corresponde a um alinhamento aos pagamentos efetuados pelas diversas companhias de referência, e com a estimativa de avanço na queda de preços. A expectativa agora é de que os preços continuem estáveis no próximo período.

 
O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico em maio de 2019 permaneceu o mesmo valor de março, e abril, € 48,50/100 kg [R$ 2,21/litro], e incluiu uma correção a maior de €0,18/100 kg. A expectativa de preços das principais indústrias de referência é de estabilidade.    
 

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)
              
 
Preços Arla 

A Arla Foods Amba anunciou que em maio, tanto o preço do leite convencional, como o orgânico, permanecerá o mesmo. O preço da indústria britânica será de 30,23 pences, [R$ 1,54/litro], para o leite convencional, e 41,98, [R$ 2,13/litro], para o leite orgânico.

O diretor da Arla, e produtor associado, Johnnie Russell, disse: “De um modo geral, o volume de leite na Europa encontra-se estável em relação ao ano passado. Enquanto houve crescimento significativo na produção em alguns mercados, incluindo o Reino Unido, precisamos resguardar os interesses de todos nossos cooperativados, visto que a alteração do preço tem alcance global. O mercado de orgânicos continua sob pressão em alguns países, mas, encontra-se estável de um modo geral. Os mercados europeus estão quietos em relação aos queijos amarelos, e os preços caíram no último mês, enquanto a cotação da manteiga ficou estável. Estamos observando o mercado mundial das commodities onde os valores estão maiores do que os preços europeus. Isso pode ser uma boa oportunidade para nossa cooperativa exportar”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Argentina: cresce a concentração da produção leiteira em um menor nº de fazendas

O Observatório da Cadeia de Lácteos da Argentina divulgou as estatísticas que revelam a crescente concentração da produção em um menor número de fazendas leiteiras: 2,4% dos estabelecimentos produzem mais de 16% do leite do país.

As estatísticas continuam dando a razão para aqueles que afirmam que o fenômeno da concentração do leite está se aprofundando em cada vez menos estabelecimentos. No último relatório apresentado pelo Observatório se nota que as fazendas leiteiras, com menos de 2.000 litros por dia, representando 63% das unidades produtivas, contribuem com 25,9% do leite total, e no outro extremo as fazendas de mais de 10.000 litros por dia, que são apenas 2,4% do total, contribuem com um volume de 16,7%.

Nos meses de maior produção (set-dez), o maior estrato de produção superou os dois estratos de menor produção. As 254 fazendas leiteiras do estrato de + 10.000 litros produzem uma média de 15.795 litros por dia, fornecendo a mesma quantidade de leite que 5.257 explorações leiteiras que produzem menos de 2.000 litros.

O processo de concentração da produção nas grandes fazendas leiteiras é contínuo e acelerou nos últimos anos. Tamanho (litros de produção diária) não é sinônimo de produtividade e eficiência, mas podemos ver que a escala de produção alcançaria o lucro líquido total (obviamente, se estes são positivos) que pode atender às necessidades de retirada de dinheiro dos negócios.

Com base na produção mensal e no número anual estimado de fazendas leiteiras (sobre o número de fazendas leiteiras publicadas pelo SENASA para 2018, 4% são deduzidos), podemos inferir o tamanho médio da fazenda leiteira (de cerca de 2.227 litros de leite por dia para março 2019).

A produção desta fazenda leiteira média em março de 2019 é 3,9% menor do que no ano anterior (deve-se notar que a produção interanual total em março de 2019 caiu 8,0%). Se avaliarmos seu comportamento ao longo do tempo, apesar da diminuição do número de unidades produtivas e do número de vacas (este último número não foi corroborado com os dados atuais do SENASA), a fazenda leiteira média apresenta no período de 2009-2019 uma taxa anual de crescimento acumulado de 0,2%, que permite o apoio dos níveis de produção agregada no nível do país. (As informações são do https://diariocastellanos.net.ar, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Reunião sobre as IN’s 76 e 77
Nesta sexta-feira (3), acontece a primeira reunião sobre as IN’s 76 e 77 que alteram a produção e armazenagem do leite cru.  O encontro será a partir das 9h, no auditório da Superintendência Federal do Mapa no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), localizado na Avenida Loureiro da Silva, 515, em Porto Alegre. Haverá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da TV Emater RS e uma live no Facebook do Sindilat RS. Dúvidas poderão ser esclarecidas via whatsapp, através do número 51 98909-1934. Informações e inscrições CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Porto Alegre, 30 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.969

   Sindilat e Mapa reúnem entidades e indústrias do setor lácteo para apresentar as alterações nas INs 76 e 77
 
Acontece, nesta sexta-feira (3), a primeira reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que altera a produção e armazenagem do leite cru.  O encontro será a partir das 9h, no auditório da Superintendência Federal do Mapa no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), localizado na Avenida Loureiro da Silva, 515, em Porto Alegre.

O objetivo, segundo o Sindilat, é debater a operacionalização das normas, que entram em vigor no próximo dia 31 de maio e definirão o futuro do setor lácteo brasileiro.  “O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da TV Emater/RS e por uma live no Facebook do Sindilat. As pessoas também poderão enviar perguntas via Whatsapp, através do número 51 98909-1934”, conta o secretário executivo do Sindicato, Darlan Palharini. 

Nos dias 8 e 9 de maio, o Sindilat e o Mapa levarão o evento para o interior do Estado, nas cidades de Passo Fundo e Lajeado, respectivamente.  Outras cidades também fazem parte do calendário como Ijuí, Santa Rosa, Frederico Wesphalen e Pelotas, que ainda não tem data definida. A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras do Estado possam sanar dúvidas e evitar prejuízos futuros.

Para participar, acesse: https://www.sympla.com.br/reuniao-normativas-do-leite---ins-76-e-77__513849

Confira a programação do evento em Porto Alegre:
Das 9h às 9h15: Solenidade de abertura
Das 9h20 às 9h35: Lei do Leite RS - Med. Vet. Dra. Karla Pivato
Das 9h40 às 10h25: IN 76 - Aspectos de inspeção do leite e IN 77 - Med. Vet.  Dra. Milene Cé
Das 10h30 às 11h15: Plano de qualificação de fornecedores e IN 77 - Med. Vet. Dr. Bruno Leite
Das 11h20 às 11h50: Depoimento de produtor e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável
Das 11h55 às 13h: Mesa redonda - perguntas e respostas
Mais informações através do e-mail sindilat@sindilat.com.br (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                 
 

Retirada da vacinação contra febre aftosa no Paraná será antecipada

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou a antecipação da retirada da vacina de febre aftosa no estado do Paraná durante reunião com os integrantes do Bloco V (RS, SC, PR, MS e MT) do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) e representantes do setor privado, realizada em Curitiba na última semana.

“Diante dos resultados apresentados, todos os estados componentes do Bloco manifestaram concordância quanto ao pleito do estado do Paraná de antecipar o calendário de suspensão da vacinação contra a febre aftosa, conforme previsto no Plano Estratégico”, explica o diretor de Saúde Animal e Insumos Pecuários da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes.

A suspensão da vacina contra a febre aftosa no Paraná ocorrerá logo após a finalização da etapa de maio de 2019. “As normativas relativas ao encerramento da vacinação no estado serão publicadas pelo Mapa em 30 de setembro, após implantação final de ações pontuais pelo serviço veterinário estadual”, destaca Moraes.

Após os procedimentos, o Mapa poderá solicitar o status de livre de febre aftosa sem vacinação para o Paraná junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Atualmente, o único estado livre de febre aftosa sem vacinação é Santa Catarina. 

Os demais estados que compõe o Bloco V e que ainda não possuem o status de livre de febre aftosa sem vacinação - Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso - continuarão com as ações do Plano Estratégico do PNEFA, que visam a suspensão da vacinação. O calendário programado para o Bloco V prevê a retirada da vacinação em 2021.

No último sábado (27), em Uberaba (MG), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) deu início à campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa 2019. (As informações são do Mapa)

Levantamento aponta mais de 300 startups dedicadas ao agronegócio

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, entre a prefeitura do município paulista, a Universidade de São Paulo (USP), e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, divulgou na Agrishow que o número de startups atuantes do setor de agronegócios já chega a 307.

Segundo os dados levantados pela iniciativa, que é gerida pel Fipase, essas startups se dividem em 18 categorias, incluindo gestão de fazendas, biotecnologia, bioenergia, veículos aéreos não tripulados, drones e geoprocessamento, e-commerce e economia compartilhada. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite/América do Sul 

Nas duas últimas semanas, o nível da produção de leite nas fazendas da Argentina melhorou ligeiramente com as temperaturas caindo um pouco, proporcionando conforto animal.

No entanto, o volume registrado até agora permanece abaixo do verificado nos dois últimos anos, desempenho fraco atribuído às altas temperaturas do verão, e inundações que mataram muitas vacas de leite e deixaram diversas fazendas fora do circuito de captação de leite. Devido à falta de leite para a indústrias, o preço ao produtor vem aumentando, refletindo no varejo. Como resultado, o governo lançou o Programa de Controle de Preços. O programa consiste em um acordo entre o estado e empresários para oferecer aos consumidores valores razoáveis para produtos básicos, como leite e iogurte, em todos os supermercados do país.

No Brasil a produção de leite de vaca ficou estagnada, como é típico nesta época do ano. Como na Argentina, o preço ao produtor aumentou dada a pequena oferta de leite para processamento. No entanto, o produtor verá o custo da alimentação animal cair, uma vez que o volume de milho colhido, é superior ao registrado no ano passado. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
No Radar
O Estado dá a largada amanhã na primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa. A imunização seguirá até 31 de maio. A meta da Secretaria da Agricultura é chegar à cobertura de 90% do rebanho de 12,5 milhões de bovinos e búfalos. No ano passado, na primeira e segunda etapas, o índice foi de 97%. (Zero Hora)

Porto Alegre, 29 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.968

   Casos de raiva bovina reacendem alerta

Seis anos após o último surto de raiva bovina no Rio Grande do Sul, quando mais de 33 mil casos foram registrados, criadores de bovinos de corte e de leite voltam a ficar em alerta. Neste ano, 18 casos foram confirmados pela Secretaria Estadual da Agricultura. O que chama a atenção não são os números, dentro da média para a época do ano, mas a região onde estão concentrados: no norte do Estado.

Um dos municípios mais atingidos é Soledade. O produtor Adriano Borges Knopf perdeu cinco animais da raça holandesa no final de março. 

- As vacas começaram a perder a força nas pernas, não levantavam mais. Vi que algo errado estava ocorrendo - lembra Knopf, que acionou a assistência técnica da Coagrisol Cooperativa Agroindustrial.

Ao constatar o quadro clínico dos animais, o médico veterinário da cooperativa Bolivar Camargo fez coleta de sangue e encaminhou para exame laboratorial. No mesmo período, o produtor Luiz Carlos dos Santos, também de Soledade, acionou o profissional pelo mesmo motivo: morte de seis vacas de um total de 20.

- Vivemos do leite. Estávamos até pensando em aumentar a produção, mas depois dessa rasteira, vai ficar difícil - lamenta Santos.

Dias depois da coleta das amostras, veio a confirmação da raiva herbívora - vírus transmitido a bovinos, equinos e ovinos por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais vertebrados). O mesmo quadro clínico foi verificado em animais de pelo menos outras 12 propriedades rurais de associados da Coagrisol em Soledade e Ibirapuitã.

- Só aqui na região pelo menos 60 bovinos já morreram com quadro clínico da doença - contabiliza o veterinário, explicando que os exames laboratoriais são feitos por amostragem, por isso os números oficiais são menores.

VACINA É A PRINCIPAL FORMA DE PROTEÇÃO
Após a confirmação da doença, a Coagrisol orientou a todos os criadores de bovinos da região a vacinarem o rebanho - a única forma de proteger os animais, já que o vírus é fatal quando passado a animais não imunizados (veja mais abaixo). A mesma orientação é dada pela Secretaria da Agricultura para as regiões com casos confirmados e também suspeitos.

- Fazia muito tempo que o Estado não registrava casos nesta região, o que nos preocupa e reforça a necessidade dos produtores tomarem medidas preventivas - destaca André Witt, analista ambiental da Secretaria da Agricultura, lembrando que o surto de 2011 a 2013 atingiu principalmente a região Centro-Sul.

Com casos sendo notificados e investigados, Witt estima que os números tendem a aumentar à medida em que os diagnósticos serão concluídos. Mas tranquila ao afirmar que não se trata de um surto, mas sim de reforço dos cuidados no campo. No ano passado, 24 municípios gaúchos registraram casos de raiva herbívora em bovinos.

Atenção aos sintomas
Distúrbios nervosos, saliva em abundância e paralisia nos membros inferiores. Com perda da força nas patas, animais não conseguem levantar e se alimentar, até morrerem. Ferimentos e fios de sangue escorrendo podem ser sinais da mordida de um morcego-vampiro. Ao constatar esses sintomas, deve-se comunicar a inspetoria veterinária do município para investigação do caso e proteção dos demais animais.

Como proteger o rebanho
A única forma de proteção é a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses na primeira vez (com intervalo de 21 dias). Depois da primeira imunização, a vacina deve ser aplicada anualmente, em dose única. A vacinação não é obrigatória, por isso, não é gratuita. O frasco com 25 doses custa em média R$ 16. Usar luvas e utensílios esterilizados, para evitar a contaminação cruzada. Além da vacina, é preciso monitorar possíveis mordidas nas extremidades do animal. Constatada a mordida, recomenda-se aplicar uma pasta vampiricida ao redor do ferimento. Como o morcego tem o hábito de voltar ao ponto mordido, o produto é usado para causar hemorragia no transmissor. O controle deve ser reforçado com a identificação de refúgios, onde os morcegos hematófagos podem habitar - como cavernas, túneis, casas abandonadas, telhados e porões.

Riscos a humanos
Embora menor, o risco de contaminação de raiva bovina em humanos existe. Se uma pessoa tiver contato com um animal doente, precisa recorrer a atendimento médico, para avaliar a necessidade de aplicação de soro e de vacina antirrábica. A doença não é transmitida a humanos pelo consumo de leite ou carne. Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura

Registros da doença em 2019
Soledade 6
Venâncio Aires 3
Forquetinha 2
Ivoti 2
Canudos do Vale 1
Santa Clara do Sul 1
Vale do Sol 1
Salto do Jacuí 1
Santo Antônio da Patrulha 1 (Zero Hora)

                 

 
LEITE/CEPEA: valorização do leite ao produtor perde força de março para abril

Depois de acumular alta real¹ de 18,9% no primeiro trimestre de 2019, o movimento de valorização do leite ao produtor perdeu força de março para abril. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida² de abril (referente à captação de março) foi de R$ 1,4920/litro, variação de 0,92% (ou de praticamente um centavo) frente ao mês anterior.

As consecutivas elevações no preço ao produtor ao longo do primeiro trimestre estiveram atreladas à limitação da oferta no campo e à maior competição das indústrias para garantir a compra de matéria-prima. No entanto, a dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos ao consumidor sem prejudicar seus shares limitou o movimento de valorização no campo em abril.

Para garantir liquidez no período, agentes de laticínios mudaram suas estratégias de processamento e trabalharam com a diminuição dos estoques, principalmente no caso do leite UHT. O preço deste derivado apresentou queda acumulada de 2,1% no atacado paulista em março. No caso da muçarela, houve desvalorização de 1,1% no acumulado de março. É importante lembrar que a formação do preço do leite ao produtor é diretamente influenciada pelo desempenho das vendas dos derivados no mês seguinte à captação.

No campo, a produção dentro da porteira continuou limitada em março, devido ao clima desfavorável. O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) registrou queda de 1,6% na “Média Brasil” de fevereiro para março. As reduções mais expressivas foram observadas no Rio Grande do Sul (6,4%), Santa Catarina (4,1%) e São Paulo (3,5%). Os volumes em Goiás e Minas Gerais caíram ligeiramente (1,7% e 0,4%, respectivamente), enquanto Paraná e Bahia apresentaram altas (de 3,9% e 9%, nesta ordem).

O cenário de oferta restrita no campo foi observado em abril, o que tem forçado laticínios a repassarem a valorização da matéria-prima aos derivados. Esse cenário, por sua vez, pode sustentar as cotações no campo para o próximo mês. No acumulado da primeira quinzena de abril, as cotações diárias do UHT e da muçarela no atacado paulista se elevaram 6,7% e 3,8%, respectivamente. O leite spot negociado em Minas Gerais também seguiu valorizado, fechando a segunda quinzena de abril com alta de 12,3% em relação ao período anterior. (Cepea/Milkpoint)
 


 
Mercado de embalagem inteligente crescerá 11% ao ano, atingindo US$ 39,7 bilhões

As embalagens inteligentes e as embalagens conectadas estão no radar dos executivos seniores e atraindo investimentos significativos em toda a cadeia de valor, de acordo com a Deloitte. A empresa apresentará as conclusões de sua pesquisa sobre o futuro das embalagens inteligentes na AIPIA (Active & Intelligent Packaging Industry Association) US Summit, em Nova Jersey, de 3 a 4 de junho de 2019.

Este é o segundo AIPIA Summit Americas e o evento contará com dois dias de seminários, networking e expositores de tecnologia de embalagens disruptivas. Os tópicos incluem: realidade aumentada, proteção de marca, engajamento do consumidor, rótulos inteligentes, impressão eletrônica, monitoramento de condições, controle de resíduos e controle da cadeia de fornecimento. De acordo com a Deloitte, entre US$ 5 e US$ 10 trilhões de bens de consumo são vendidos globalmente a cada ano e a maioria deles é embalada de alguma forma, gerando um mercado de embalagens de US$ 424 bilhões em 2016.

“A embalagem é muitas vezes um aspecto negligenciado e subutilizado no design de produtos e que agrega um valor imenso a todos os envolvidos. Embalagem com funcionalidade aprimorada, por meio de novas tecnologias, novos materiais e design inteligente, ou seja, a embalagem inteligente, tem um enorme potencial para criar valor e revolucionar os modelos de negócios tradicionais”, disse Mike Armstrong, MD, Monitor Deloitte. Ele disse que a Deloitte realizou uma pesquisa entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018, entrevistando 425 executivos norte-americanos de 12 indústrias. Mais de 70% dos entrevistados representaram empresas com receita de mais de US$ 1 bilhão. Quase 90% estavam em cargos de gerência sênior.

Os resultados confirmam que as embalagens conectadas se dividem em três categorias: inventário e gerenciamento do ciclo de vida; integridade do produto e a experiência do usuário. Os dois primeiros estão atraindo a maior parte do investimento. “A embalagem inteligente ainda está surgindo, mas não pode ser ignorada, pois apresenta oportunidades significativas e um risco real de ruptura. O setor gerou receitas de US$ 23,5 bilhões em 2015 e deve crescer 11% ao ano, chegando a US$ 39,7 bilhões até 2020", acrescentou.

As empresas estão considerando a embalagem como uma solução possível para transformar a maneira como entregam, vendem e usam produtos. Os líderes de mercado em todos os setores estão adotando aplicativos de embalagem inteligentes inovadores, especialmente do tipo conectado, que geram e aproveitam dados para tomar melhores decisões de negócios e encantar o cliente. O potencial positivo para os participantes de projetos com embalagens inteligentes é grande, mas eles enfrentam pelo menos quatro desafios: comercial, legal, tecnológico e organizacional.

A pesquisa da Deloitte descobriu que a maioria das embalagens inteligentes se enquadra no campo “ativo”, usando química avançada e materiais para oferecer controle de corrosão/umidade ou capacidades termocromáticas, principalmente para alimentos e bebidas, cuidados com a saúde e produtos de consumo pessoal. A embalagem conectada, que pode se comunicar com outras embalagens ou com a internet, ainda é uma oportunidade relativamente inexplorada, com códigos de barras simples e RFIDs cada vez mais usados para rastrear e localizar a embalagem na cadeia de fornecimento.

O relatório afirma que a adoção de embalagens conectadas varia de acordo com a indústria, com bens de consumo embalados e empresas industriais e de manufatura expressando os mais altos níveis de interesse. No entanto, as embalagens conectadas ainda estão nos estágios iniciais de crescimento e nenhuma aplicação ou indústria está próxima de atingir a maturidade. “A indústria de embalagens inteligentes ainda é altamente fragmentada, pois empresas de grande e pequeno a médio porte continuam focando em soluções únicas e limitadas, em vez de oferecer uma oferta integrada e coesa para implementação em grande escala. A natureza interconectada do ecossistema e a grande variedade de participantes de provedores de infraestrutura para empacotadores, marcas, varejistas e consumidores impediram que as embalagens inteligentes acelerassem rapidamente”, disse Armstrong.

“A inovação no espaço tem sido impulsionada principalmente por pequenas startups, e as soluções ainda precisam atingir uma escala significativa. Os padrões de Internet das Coisas (IoT) dominantes em todo o setor ainda precisam se firmar, muito parecido com os dias que antecederam a chegada do Bluetooth ou Wi-Fi em redes sem fio locais. O custo de sensorização e conectividade ainda é alto, embora tenha diminuído significativamente nos últimos anos e esperamos que caia ainda mais”.

Francesco Fazio, da Deloitte e co-autor do relatório apresentará seu seminário; "Capturando valor da revolução das embalagens inteligentes" no evento na terça-feira, 4 de junho, às 9h. Outro destaque no evento deste ano é a Mondelez International, que sediará o "Packaging Challenge", convidando as empresas a ouvirem Lou Fenech, líder da plataforma de embalagem, Mondelez International e Charles Halgren, desenvolvedora de embalagens da Mondelez International, com sua tecnologia de embalagem ativa e inteligente. “À medida que procuramos aumentar nosso impacto em embalagens inteligentes, reconhecemos que estamos desenvolvendo tecnologias de embalagem no mundo digital que podem nos ajudar a cumprir nossa missão”, disse Fenech.

“Para o propósito deste resumo, selecionamos duas áreas nas quais acreditamos que embalagens ativas e inteligentes podem aumentar o envolvimento e a conectividade com os consumidores por meio de nossas embalagens; segurança e sustentabilidade". Como parte do campo, a Mondelez estará procurando tecnologias que demonstrem a autenticidade e a segurança de seus produtos através de evidências de falsificação; recursos de embalagem que podem atuar como um PIF (recurso de integridade da embalagem) e tecnologias que asseguram que a embalagem interna ou principal e o conteúdo correspondam à embalagem externa ou secundária.

Como parte das metas de sustentabilidade da empresa de tornar 100% de suas embalagens recicláveis e fornecer informações de reciclagem em mercados em todo o mundo até 2025, a empresa está procurando por tecnologias/canais de comunicação que possam ajudar os consumidores a entender melhor como reciclar seus produtos; plataformas conectadas para incentivar os consumidores a reciclar e tecnologias/infraestrutura que permitam uma melhor classificação de MRF (Material Recovery Facilities) para gerar taxas de reciclagem. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Economia fracaEmpresários de diferentes segmentos estão reavaliando suas estratégias diante das frustrações com o desempenho da economia nesse início de ano. A atividade econômica esfria desde o final de 2018, a inflação voltou a subir, o desemprego é crescente e a massa salarial não evolui em nível suficiente para aquecer o consumo. (Fonte: Diário do Comércio/SP 

Porto Alegre, 26 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.967

   UE – A captação de leite cai 0,8% nos dois primeiros meses de 2019

A captação de leite na União Europeia (UE) caiu ligeiramente em fevereiro (-0,1%), o que resultou em uma queda acumulado nos dois primeiros meses de 2019 de -0,8%, de acordo com os últimos dados do Observatório Lácteo da UE.
 
França, Holanda e Itália são os estados membros com as maiores reduções em fevereiro. As entregas na Alemanha se mantiveram estáveis. Polônia e Reino Unido registraram os maiores aumentos de produção em fevereiro (+36.000 toneladas cada um).
 

Na Espanha, as entregas de leite foram reduzidas em 0,3% em fevereiro e em 1% nos dois primeiros meses do ano com relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de leite em pó na UE vem caindo significativamente em 2019: -9,1% para o leite em pó integral e -6,1% para leite em pó desnatado. A produção de queijo também caiu -0,5%, enquanto que a manteiga subiu ligeiramente nos primeiros meses do ano (+0,3%).

O crescimento da produção de leite na Nova Zelândia caiu consideravelmente em fevereiro (+0,1% quando foi de +8% em janeiro). Desde o início da campanha foi registrado incremento acumulado de 4,4%. A produção de leite australiana continua colapsando. Caiu 12,6% em fevereiro e em 6,6% no acumulado desde o início da temporada. Nos Estados Unidos houve aumento moderado da produção de leite: +0,1% em fevereiro, e, 0,6% em janeiro-fevereiro de 2019. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

                 
 
Concurso leiteiro

Evento promovido pela Gadolando deve atrair criadores e público em geral para acompanhar o torneio que se encerra com o tradicional Banho de Leite. O concurso leiteiro da raça Holandesa na Expoleite Fenasul chama muito a atenção tanto dos criadores quanto do público em geral.

Trata-se de uma atração à parte no evento que realiza mais uma edição neste ano entre os dias 15 e 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A organização é da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando). O presidente da Gadolando, Marcos Tang, destaca que diferentemente dos julgamentos morfológicos e de pista quando quem assiste precisa entender da raça e o que o juiz está avaliando, no concurso leiteiro é fácil evidenciar a vaca campeã porque é a que produziu mais leite. No entanto, alcançar uma boa produção não é simples, é preciso que o animal tenha genética para tal feito. Para chegar em uma exposição e produzir grandes quantidades de leite, a vaca também deve ser bem conduzida, bem alimentada, ter conforto e, sobretudo, ter um temperamento adequado. "Uma vaca completa é a que come bem, que produz leite e que consegue fazer tudo isso em um ambiente estranho", observa Tang.

Conforme o dirigente, é bastante complexo fazer uma vaca campeã de torneio leiteiro. Explica que o produtor ao pensar em obter boas produções realiza um longo trabalho que se inicia já no acasalamento da mãe com a utilização do sêmen de um touro adequado. "Não adianta uma vaca só produzir muito, ela também tem que ter pernas para chegar à ordenhadeira, capacidade digestiva para conseguir comer bastante, assim como capacidade respiratória e circulatória para ter uma boa oxigenação", salienta.

Tang lembra que os torneios leiteiros são bastante reais por não serem permitidos o uso de medicações. "As vacas têm que produzir o leite a partir da ingestão voluntária oral, não podendo ter injeções e artificialidades. Com isso preservamos o conforto do animal", sinaliza, ressaltando que os produtores que conduzem seus animais aos torneios têm que saber o que eles devem comer e qual a quantidade de proteínas, de fibras e de água. "Certamente teremos vacas produzindo muito leite e vacas de boa conformação subindo na nossa sala de ordenha e que poderá ser acompanhada pelo público", afirma o dirigente.

A programação da Gadolando na Expoleite Fenasul além do Concurso Leiteiro que se encerra na quinta-feira, dia 16 de maio, com o já tradicional Banho de Leite que ocorrerá às 17h, vai contar também com o Julgamento da raça Holandesa, com a classificação de fêmeas paridas, conjuntos e Grande Campeonato. Haverá ainda a Entrega de Prêmios da Raça Holandesa Expoleite 2019 e o Desfile dos Campeões. Vale lembrar que o líquido utilizado para o Banho de Leite contém uma grande quantidade de água misturada em um pouco de leite. (Página Rural)


USDA anuncia US$ 1,5 milhão em subsídios para apoiar a indústria de lácteos

 Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou US$ 1,5 milhão em subsídios competitivos para as Iniciativas do Dairy Business Innovation (DBI). O DBI é autorizado por meio da lei agrícola de 2018. O programa apoia os esforços do USDA para reduzir o risco e desenvolver usos de maior valor para os produtos lácteos, diversificar a renda dos produtores por meio do processamento e da inovação de marketing e incentivar o uso da produção regional de leite. As DBI Initiatives devem fornecer assistência técnica direta e fazer doações para empresas do setor de lácteos. 

As iniciativas devem estar posicionadas de acordo com os recursos da indústria de lácteos existentes, incluindo a densidade de propriedades leiteiras e a adequação de terras agrícolas a laticínios, bem como atividades conduzidas por programas de pesquisa e promoção de lácteos, organizações de pesquisa, empresas de laticínios ou interessados acadêmicos e industriais. Iniciativas podem servir a um determinado nicho de produto, como queijo especial, ou atender a empresas de laticínios com produtos lácteos derivados do leite de um tipo específico de animal leiteiro, incluindo produtos feitos a partir de leite de vaca, ovelha e cabra. 

As inscrições devem ser enviadas eletronicamente por meio de www.grants.gov até 17 de junho. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Produção/AR 
Os produtores de leite foram entrevistados em relação ao planejamento de sua atividade. 67% deles asseguraram que iriam aumentar a produção total nos próximos 12 meses. E média, o incremento será de 3,5% em relação a 2018. Além disso, a metade dos produtores entrevistados esperam poder aumentar a quantidade total de vacas em ordenha. No primeiro trimestre do ano a dívida de curto prazo das fazendas de leite comprometia 47 dias do faturamento, um valor menor do que os 53 e 52 dias apurados nas pesquisas realizadas em julho e novembro do ano passado, respectivamente, o que estaria indicando, em termos médios, uma progressiva recomposição da complexa situação enfrentada pelos produtores de leite em 2018. Os produtores consultados disseram que o nível atual de endividamento afeta, principalmente, as decisões relacionadas com os investimentos em infraestrutura e compra de animais. (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 25 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.966

   Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Abril de 2019 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Março de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Abril de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 


 
Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2019: De 04/02/2018 a 03/03/2019
Mês de Março/2019: De 04/03/2019 a 31/03/2019
Decêndio de Abril/2019: De 01/04/2019 a 21/04/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

                 
 

Embrapa – Festa com mais tecnologias

A Embrapa comemorou 46 anos ontem lançando novas tecnologias e publicações e firmando convênios para ampliar pesquisas com diversas entidades e empresas. A cerimônia reuniu cerca de 400 pessoas, entre as quais embaixadores e representantes de diversas áreas governamentais, em Brasília.

Entre as novidades apresentadas estão uma cultivar de alface mais precoce e resistente ao calor; uma cultivar de porta-enxerto para goiabeira; portfólio de bioinseticidas para o controle da lagarta do cartucho, principal praga do milho; Nematec – agente de controle biológico para a vespa da madeira, principal praga de plantios de pinus no Brasil; tecnologia para produção industrial de presuntos crus e copas defumadas de ovinos; e aplicativo APP Leite para inclusão tecnológica da atividade pecuária leiteira. Em pouco mais de quatro décadas e meia, a Embrapa contribuiu para que o Brasil aumentasse em cinco vezes a produção de grãos, em três vezes a de café, em 240% a de trigo e milho e em 315% a de arroz. 

“A Embrapa está preparada para iniciar um novo círculo virtuoso para continuar garantindo ciência, tecnologia e inovação para um futuro ainda mais promissor do agronegócio brasileiro”, destacou o presidente da empresa, Sebastião Barbosa. (Correio do Povo)


Kantar: promoções são relevantes para o crescimento incremental das marcas

As promoções têm grande importância no crescimento global das empresas e marcas de bens de consumo. Um estudo da multinacional de painéis de consumo Kantar em seis mercados – Brasil, México, China Continental, França, Espanha e Reino Unido - aponta que um em cada cinco dólares gastos foram em produtos promocionados.

Dentre os países analisados, o Brasil foi o que registrou o maior crescimento na importância das promoções, saltando de 10,7% em 2016 para 16,1% em 2018. Este movimento foi impulsionado principalmente pela desaceleração econômica, que gerou um consumidor mais consciente de suas escolhas. Com isso, o atacarejo se consolidou nos últimos anos como principal destaque - em 2018, 1 em cada 2 lares brasileiros comprou no canal.

O e-commerce também apresentou performance positiva globalmente, crescendo 15% em 2018. Porém este rápido movimento criou um mercado altamente competitivo em termos de promoções, que agora representam mais de um terço (36,1%) do valor total gasto no comércio eletrônico.

Para Manuela Bastian, Diretora de Expert Solutions da Kantar, a principal mudança na última década foi o aumento do uso da tecnologia em promoções, como, por exemplo, os programas de fidelidade personalizados. “Os compradores brasileiros tendem a procurar promoções. Quando encontram ofertas relevantes, acabam consumindo mais no canal e tornam-se mais leais, inclusive aumentando seus gastos”, completa a executiva.

Globalmente os setores mais promocionados são saúde e beleza e cuidados com o lar, e, especificamente no Brasil, o setor de laticínios é tão importante quanto saúde e beleza para promoções.

Vale ressaltar que o sucesso das promoções só é efetivo quando conseguem incentivar compras adicionais, as que não aconteceriam sem a ação promocional. Esse "crescimento incremental” é portanto a medida mais eficaz para analisar o desempenho de uma promoção. “Muitas promoções acabam canibalizando ou antecipando compras que já aconteceriam de qualquer forma. A promoção eficiente é aquela que consegue gerar um volume incremental, seja via maior volume por visita ou via uma nova ocasião de compra”, finaliza Manuela. (As informações são da Kantar)

 
Leite UHT
O preço médio do leite UHT subiu pela terceira semana consecutiva no atacado do estado de São Paulo. Entre 14 e 20 de abril, o derivado teve média de R$ 2,5486/litro, 2,54% superior à da semana anterior. Para o queijo muçarela, a valorização foi menor, de 0,33% na mesma comparação, fechando o período de 14 a 20 com preço médio de R$ 17,8796/kg. Conforme colaboradores do Cepea, apesar da menor liquidez por conta do feriado na sexta-feira, 19, os valores foram sustentados pelo aumento das cotações do leite no campo. (Cepea)

Porto Alegre, 24 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.965

   Emater/RS-Ascar tem nova Diretoria

Em Sessão Ordinária Conjunta e Sessão Extraordinária Conjunta, os representantes dos órgãos e entidades que integram o Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Emater/RS e o Conselho Administrativo (Conad) da Ascar aprovaram, por aclamação, os nomes da nova Diretoria da Emater/RS e Superintendência da Ascar, composta pelo presidente e superintendente geral Geraldo Sandri, pelo diretor e superintendente administrativo Vanderlan Vasconselos, e pelo diretor e superintendente técnico, Alencar Paulo Rugeri.

As sessões foram na tarde desta quarta-feira (17/04), auditório da FEE, em Porto Alegre, quando também aprovaram o Balanço Patrimonial e as demonstrações financeiras da Emater/RS e da Ascar, bem como o Relatório de Atividades, relativos ao exercício de 2018.

Em seu discurso de posse, Sandri saudou o momento como de grande relevância em sua vida, parabenizou a diretoria anterior, ressaltando que a Emater/RS-Ascar é uma “fantástica, importante e decisiva Instituição para o agronegócio do Rio Grande do Sul, valorizada e representada por seus funcionários”. O novo presidente prometeu “dar continuidade e fazer ajustes, conforme as condições financeiras, técnicas e intelectuais que os governos nos impõem, fortalecendo parcerias com os empregados e com empresas públicas e privadas”. Ao avaliar os desafios, se disse honrado e feliz, “confiante que juntos, diretoria, empregados e Governo, faremos um grande trabalho”.

CURRÍCULOS
Geraldo Sandri é formado em Administração, com Pós-Graduação em Finanças pela Universidade de Caxias do Sul, possui Mestrado em Administração, com foco em Liderança pela Ufrgs, e MBA em Gestão Empresarial em Agronegócios pela Unijuí. Atuou durante 30 anos no Banco do Brasil, sendo 15 anos como administrador de agências. Em todas as agências, atuou no agronegócio, com ênfase nos financiamentos rurais, seguro agrícola e desenvolvimento rural sustentável. Também liderou diversos projetos ligados à formação esportiva, cultural e comunitária e em clubes e associações. Até então atuava como professor nos cursos de Administração e Ciências Contábeis na Faculdade de São Marcos.

Vanderlan Vasconselos é advogado, técnico em Contabilidade e gestor público há 32 anos, tendo exercido as funções de vereador, foi duas vezes prefeito de Esteio, sete vezes suplente de deputados estaduais, superintendente de Portos e Hidrovias do RS, coordenador da credenciadora MCP (Microsoft Certified Professional), de desenvolvimento de softwares e hardware junto às escolas, que colocou o RS de quarta para a primeira posição, e por três anos foi diretor administrativo da Ceasa.
 
Alencar Paulo Rugeri, extensionista da Emater/RS-Ascar há 19 anos, é engenheiro agrônomo pela Universidade Estadual de Santa Catarina, mestre em Agronomia, em Sistema de Produção Agrícola Familiar, pela UFPel. Trabalhou no Escritório da Emater/RS-Ascar em Erval Seco, no Gabinete da Reforma Agrária e Cooperativismo do Governo do Estado, foi assessor das diretorias Administrativa e Técnica da Emater/RS-Ascar, de junho a dezembro de 2010 foi diretor técnico e desde 2011 atuou como assistente técnico estadual em Culturas. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar) 
 
                 
 

Conseleite/MG 

Após a definição de toda a metodologia e validação dos dados pela Câmara Técnica, os resultados preliminares do valor de referência do leite no estado foram apresentados ao Conselho do Conseleite MG. A previsão é que este primeiro valor de referência do leite seja divulgado em maio.

Roberto Simões - Presidente do Sistema FAEMG: “Foram obtidas todas as informações que faltavam, os dados foram aprovados pela Câmara Técnica e, a partir da próxima reunião, teremos ferramentas prontas para publicar os valores para o estado.”
 
João Lúcio Carneiro - Presidente do Silemg - “Os trabalhos foram muito bem conduzidos pela equipe técnica, tanto dos produtores quanto das indústrias, com a coordenação da universidade. Estamos no rumo certo para divulgar o valor de referência.”
 
Isabela Chenna Perez - Assessora de diretoria da Ocemg: “O estudo é muito rico e detalhado. Estamos nos preparando para disseminar a informação consciente do valor de referência. Ela é importante para que o produtor continue na busca pela melhoria da qualidade.” (Faemg)

Preços/Uruguai 

Em fevereiro o preço recebido pela indústria, em dólares, caiu 16%, uma combinação da queda no preço de exportação (-17%) e no mercado interno (-6%) em relação ao ano passado. Já o preço ao produtor caiu 13%, segundo dados divulgados pelos Instituto Nacional do Leite (Inale). 

O preço no mercado interno inclui os de leite fluido, iogurte, queijos (fundidos, comuns e ralados), gelados, doce de leite, cremes, leite em pó e manteiga. “Se compararmos os preços recebidos em fevereiro de 2019, com os de dezembro do ano passado, observamos que, em dólares, a indústria recebeu pelo leite exportado (em equivalente litro de leite) o mesmo valor, mas, sofreu queda de 13%, no mercado interno”, destacou o Inale. 

“O preço ao produtor, em dólares, em fevereiro, se manteve, quando comparado com dezembro de 2018”, acrescentou.

Segundo o Inale, “o preço de venda do leite pela indústria, em fevereiro de 2019, comparado com dezembro de 2018, observa-se queda 3% em dólares e de 2% em pesos. Nesse mesmo período o preço recebido pelo produtor se manteve, em dólares, e melhorou em pesos”.

Por outro lado, a participação do preço ao produtor em relação ao preço da indústria, em média, nos últimos meses, até fevereiro, chegou ao mínimo, desde fevereiro de 2018. Ou seja, a participação do preço do produtor foi 54% do preço a indústria. Em fevereiro de 2018 a relação foi de 51%.

A situação econômica e financeira dos produtores de leite é “crítica” e de acordo com a Conaprole, está sendo feito “todo o esforço possível”, para transferir “o máximo”, das elevações internacionais ao produtor, disse o diretor da cooperativa, Alejandro Pérez.

De acordo com Pérez, em fevereiro, dos 1800 produtores da cooperativa, existiam 400 no vermelho, o dobro da média histórica. “Os produtores podem ter certeza, estamos avaliando, dia a dia, quando é possível reajustar o preço”, assegurou.

Existe a certeza de que as contas dos produtores não são favoráveis, mas, afirma que com uma correção no valor do litro de leite “não se soluciona tudo”, dado que produzir no Uruguai “não resulta em uma vantagem competitiva” e “está afetando os produtores”. (El País – Tradução livre: Terra Viva) 

Preço/MS
Nos três primeiros meses do ano, o preço do litro do leite em Mato Grosso do Sul subiu, aproximadamente, 14% em relação ao mesmo período de 2018. Entre janeiro e março do ano passado, o valor do litro não passou dos R$ 0,95, enquanto este ano o custo do produto já chegou a R$ 1,03. Os dados são do Conseleite MS - Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul, divulgados pela equipe técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal - Iagro -, a produção de leite em Mato Grosso do Sul caiu 13,27% nos dois primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018. Conforme os dados divulgados pelo Mapa, foram 35,7 milhões de litros de leite neste ano, enquanto 41,2 milhões foram captados em 2018. (Famasul)

Porto Alegre, 23 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.964

    Alexandre Guerra assume presidência do Conseleite

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assumiu, nesta terça-feira (23/4), a presidência do Conseleite em substituição a Pedrinho Signori (Fetag), que passa a responder pela vice-presidência. A alternância de cargos entre indústria e produtores está prevista no regimento do conselho. Segundo Guerra, o essencial agora é dar seguimento ao trabalho coletivo que vem sendo feito pelo desenvolvimento do setor. “Importante é atuarmos juntos pelo bem da produção de leite no Rio Grande do Sul, um setor rico e cheio de potencial, mas que precisa de união e muito apoio”, ressaltou.

Durante da reunião, o Conseleite divulgou o valor de referência previsto para o leite no Rio Grande do Sul para o mês de abril, que ficou em R$ 1,1259 o litro, 2,66% abaixo do consolidado de março (R$ 1,1567). O presidente do Conseleite pontuou que a oscilação indica tendência de estabilidade do mercado. “Estamos há seis meses com preços do leite praticamente estabilizados no Rio Grande do Sul. Esperamos que o segundo semestre se mantenha nos padrões que estamos verificando”. E alertou para os impactos no setor produtivo da redução de consumo confirmada em recente pesquisa do Grupo Kantar. “O setor leiteiro precisa da recuperação do mercado e da economia para ter retomada de demanda. Com a chegada do frio, esperamos que o consumo volte a aumentar no Brasil e, com isso, os preços se mantenham”.

Os dados foram detalhados pelo professor da UPF Eduardo Finamore, responsável pela pesquisa. De acordo com o economista, os números indicam que a maioria dos produtos do mix está acima dos valores praticados na média de 2018. Contudo, explica ele, se confrontarmos os meses de abril de 2019 com abril de 2018, o leite UHT – carro chefe da produção gaúcha – está 3,51% abaixo do padrão do mesmo mês do ano anterior. “No geral, os valores estão mantendo-se em patamar mais elevado em relação ao ano anterior”, frisa Finamore, lembrando da expansão do mercado de queijos e iogurtes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)



Alexandre Guerra, presidente do Sindilat e Conseleite
Crédito: Carolina Jardine
 
                 
 

Carta a produtores alinha mudanças nas INs 76 e 77

Entidades ligadas ao setor leiteiro redigiram conjuntamente um documento chamado de “Carta de Cientização” que está sendo remetido aos produtores de leite de todo o Rio Grande do Sul. A ideia é repassar informações essenciais sobre as novas regras de qualidade previstas nas INs 76 e 77, que entram em vigor em junho deste ano. 

No texto, subscrito por representantes do governo estadual e federal, entidades representativas das indústrias e produtores, estão listadas mudanças essenciais a serem realizadas. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o objetivo é dar ciência aos produtores sobre as novas regras tendo em vista as eventuais necessidades de possíveis ajustes nos sistemas de produção nas propriedades. “Queremos que todos os agentes da cadeia produtiva estejam conscientes que precisaremos trabalhar juntos para elevar os padrões conforme pede o Ministério da Agricultura”, frisou. 

O documento, que foi validado na manhã desta terça-feira (23/04) pelo Conseleite, é assinado por Sindilat, Apil, Famurs, Fetag, Emater, Embrapa, Fecoagro, Sistema Farsul, Sistema Ocergs, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey do RS, governo do Estado do RS e Ministério da Agricultura.  O texto também recebeu aprovação das indústrias associadas ao Sindilat em reunião realizada pela tarde na sede do Sindicato.

O Ministério da Agricultura confirmou a reunião no auditório da superintendência, em Porto Alegre, no dia 03 de maio. A ideia é que as empresas associadas ao Sindilat, e entidades acima descritas, possam tirar dúvidas com a área técnica do Ministério da Agricultura para a aplicabilidade das INs 76 e 77. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Stéphany Franco
 
 

Entidades debatem sobre a aplicação dos recursos do Fundoleite

Em reunião com o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, entidades ligadas ao setor lácteo gaúcho debateram, nesta segunda-feira (22), sobre a finalidade dos recursos captados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite). 

Atualmente, o projeto de lei (PL) 287/2017, que altera a forma de distribuição dos recursos, está arquivado. O PL do Fundoleite prevê o desembolso na seguinte proporção: 10% destinado ao custeio administrativo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), 20% para projetos relativos ao desenvolvimento e apoio à cadeia produtiva do leite e 70% para assistência técnica dos produtores de leite.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, esta modificação proporciona condições de todas as entidades do setor acessarem os recursos do fundo. "É de suma importância a aplicabilidade de 70%, no mínimo, para a assistência técnica e fomento dos produtores”, ressaltou Guerra, acreditando que sem assistência o produtor não consegue exercer a sua atividade.

Na ocasião, também estavam presentes representantes da Fetag, Farsul, Famurs e Embrapa, além de deputados e associações. Ao final da reunião, Covatti Filho sugeriu que fosse criado um Grupo de Trabalho para estudar a aplicação dos recursos do Fundoleite. “Precisamos entrar em um consenso porque esse fundo é um braço que o produtor precisa”, afirmou o secretário da Agricultura do Estado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Stéphany Franco  

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 22 de Abril de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Março de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2019 é de R$ 2,3765/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 
Uruguai: abate de vacas leiteiras foi o mais alto no 1º trimestre desde 2010
As 20.466 vacas leiteiras abatidas no primeiro trimestre neste ano no Uruguai constituíram um novo recorde para esse período desde que os registros começaram a ser feitos em 2010, de acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes. O número representa um salto de 16,5% em relação a janeiro-março de 2018, registrando o terceiro ano consecutivo de crescimento no primeiro trimestre. Os dados de março praticamente não apresentaram variação em relação ao mesmo mês do ano anterior, com 7.097 cabeças contra 7.115 de 2018. Em doze meses, o abate de vacas leiteiras atingiu 82.950 cabeças, 10% a mais do que no mesmo período anterior. O aumento de vacas leiteiras enviadas para frigoríficos no Uruguai ocorre em um cenário de maior abate de bovinos leiteiros em geral. Em março, registrou-se o maior volume enviado para abate desde dezembro de 2017, com 12.264 cabeças. (As informações são do Blasinayasociados.com, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)