Porto Alegre, 16 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.980
Sindilat marca presença em debate sobre inspeção de lácteos
Sindilat
Porto Alegre, 16 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.980
Sindilat marca presença em debate sobre inspeção de lácteos
Porto Alegre, 15 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.979
Porto Alegre, 14 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.978
Sindilat participa de mais uma edição da Expoleite Fenasul
O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participa da Expoleite Fenasul, que acontece de 15 a 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O Pub do Queijo, projeto do Sindilat que nasceu na edição de 2017 da feira e que foi replicado nos dois últimos anos da Expointer (2017 e 2018), estará presente no Pavilhão Internacional da Fenasul.
No local, haverá a comercialização de diversos tipos de queijos de diferentes marcas e os visitantes poderão fazer degustação gourmet de queijos coalho e provolone. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a ideia é mostrar ao consumidor que a harmonização de queijo e cerveja é muito saboroso e saudável. "As pessoas têm a ideia de que queijo só combina com vinho. Porém, o mesmo harmoniza com chopp e cervejas artesanais", afirma.
Na quinta-feira (16/05), o Sindilat marca presença no debate sobre a inspeção de produtos lácteos, promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet), cujo objetivo é discutir com a cadeia produtiva adequação à normas e legislação. O evento, se realizar no auditório do Parque de Exposições Assis Brasil, tem início às 11h e contará com representantes do Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, além de entidades como Gadolando e Apil/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Porto Alegre, 13 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.977
A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) criou recentemente o Departamento de Suporte e Normas (DSN), que tem como competência prestar apoio aos departamentos técnicos finalísticos da Secretaria. Essa foi uma das mudanças na estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovidas pelo decreto 9.667, de janeiro deste ano.
O novo Departamento foi estruturado com duas grandes áreas de atuação: a Coordenação-Geral de Análise de Atos Normativos e a Coordenação de Avaliação de Risco e Inteligência Estratégica. De acordo com a diretora do DSN, Judi Nóbrega, o departamento vai atuar focado nas boas práticas regulatórias, que visa a melhoria da produção normativa, com o envolvimento e discussão com a sociedade, na produção dos atos normativos regulamentares da Secretaria. Outra meta estabelecida é a gestão do estoque regulatório.
Além de exercer a função de fiscalização agropecuária, a SDA regulamenta o setor. Este fato, ao longo dos anos, gerou grande estoque regulatório, dificultando o exercício das funções tanto para o setor regulado como para a Administração Pública.
Para isso acontecer, foi realizada uma cooperação técnica envolvendo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a elaboração de um diagnóstico da legislação. A ideia é avaliar o que está obsoleto e enxugar as normas para ganhar em eficiência. O acordo de cooperação está previsto para dois anos, com a possibilidade de ser renovado por mais dois anos.
“A criação do DSN busca a melhoria normativa e, por consequência, a maior eficiência esperada do serviço público, que promova a melhoria econômica e o bem-estar social, com geração de empregos e renda à população brasileira”, diz Judi Nóbrega. (As informações são do Mapa)
Leite/Oceania
A produção de leite na Austrália permanece atrás dos mesmos meses de períodos anterior. Historicamente a produção começa subir em julho. A estrutura da indústria de processamento de leite na Austrália está em mutação.
Uma empresa de laticínios do Canadá está perto de finalizar a compra de uma famosa marca e fábrica de queijos da Austrália. A negociação se desenrola em meio às preocupações com a capacidade ociosa das indústrias de laticínios australianas.
Muitos são os fatores que estão por trás do excesso de capacidade instalada que resulta em menores margens para das fábricas de processamento de leite. A saída de produtores de leite da atividade, redução dos rebanhos e poucos investimentos nas fazendas, são alguns dos fatores que estão por trás do enfraquecimento da produção de leite. E, por último vem a baixa rentabilidade do setor, bem como a pouca disponibilidade de crédito. Alguns analistas não estão otimistas em relação à melhoria das margens para os produtores nos próximos meses. E, se isto ocorrer, poderá ser um fator negativo que impactará nos próximos estágios da produção na próxima temporada.
A produção de leite na Nova Zelândia permanece caindo dentro das expectativas finais de uma temporada. A retomada deverá vir depois da baixa estação junho-julho. A Nova Zelândia deve exportar parte significativa da produção anual. A desaceleração do crescimento econômico na China tem provocado previsões pessimistas na demanda. Um exemplo pode ser a gripe suína, que reduzirá significativamente a população de porcos. E a China compra significativas quantidades de soro de leite da Nova Zelândia, para alimentação dos porcos. A queda na população de porcos reduzirá, também, as necessidades de compra de soro da Nova Zelândia.
Baixa demanda da China pode impactar nas vendas do leite em pó integral (WMP) pela Nova Zelândia. Quase 90% das importações de chinesas de WMP em 2018 vieram da Nova Zelândia, e mais de 37% das exportações do produto pela Nova Zelândia, tiveram como destino a China, de acordo com a Eucolait. Nesse caso, qualquer redução significativa nos padrões atuais de compras pela China, terá reflexo nos processadores da Nova Zelândia e impactará no preço aos produtores. Quebra da demanda pode levar a menor preço do leite na próxima temporada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 10 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.976
Índice da FAO para preços de alimentos volta a subir; lácteos valorizados
O índice de preços globais de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, alcançou 170 pontos em abril, com variação positiva de 1,5% (2,5 pontos) em relação a março e maior patamar desde junho de 2018. Na comparação com abril do ano passado, houve retração de 2,3%.
Com exceção dos cereais, todos os demais grupos de produtos que compõem o indicador da FAO registraram valorização sobre março. A maior, de 5,2%, foi a dos lácteos, cujo sub-índice específico atingiu 215 pontos, maior nível desde maio do ano passado.
"As cotações internacionais de manteiga, leite em pó integral e queijo aumentaram, uma vez que a demanda global continuou robusta, antecipando um aperto na oferta de exportação da Oceania, por causa do clima seco. Por outro lado, os preços do leite em pó desnatado caíram pelo segundo mês consecutivo", afirma a FAO em comunicado.
No grupo formado pelas carnes, houve alta de 3% na comparação mensal, para 169 pontos, maior resultado desde abril de 2018. O salto foi puxado pelas carnes suína e bovina. Para a primeira, pesou a redução da oferta na China em consequência do surto de peste suína africana. As carnes de aves e ovina também subiram, mas moderadamente.
Mais modestas também foram as valorizações observadas nos óleos vegetais - grupo que inclui a soja - e do açúcar. No primeiro, a alta em abril foi de 0,9% em relação a março; no segundo, de 0,7%. E para os cereais houve baixa, de 2,8%, determinada sobretudo pelo comportamento das cotações de trigo, cuja oferta mundial continua confortável. Com a queda, o índice do grupo desceu ao menor nível do ano. (As informações são do Valor Econômico)
Conaprole aumenta preço do leite para os produtores em 5% e levanta críticas
A diretoria da Conaprole anunciou ontem (9) um aumento de 5% por litro no preço básico destinado ao leite enviado entre abril e julho (antes do encerramento do ano comercial da companhia).O aumento não agradou a todos os produtores e o comentário deles mostrou mais críticas do que elogios.
"O aumento não é suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio que durou por quatro meses", disse Justino Zavala, diretor da Associação Tamberos de Canelones. Os produtores esperavam uma grande melhora e as corporações pressionaram os diretores da Conaprole a melhorar o preço para os fornecedores. "Os produtores estão indignados. É um aumento muito ruim. Se fosse necessário dar um sinal para que os produtores colocassem a força necessária para melhorar a produção, não é este", disse Zavala.
Outros produtores também mostraram sua insatisfação e a falta de informação sobre o percentual de sólidos que seria utilizado no cálculo. "O aumento é muito pequeno. Com um dólar a 35 pesos, não será suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio. O aumento não está de acordo com ninguém", observou o gerente da Associação de Produtores de Leite de Canelones.
Os produtores argumentam que, frente à melhora nos preços que estão mostrando os leilões de lácteos da Nova Zelândia, a Fonterra, que marca os preços-base do mercado internacional, trouxe 11 aumentos consecutivos no valor médio. Houve baixa para leite em pó integral e com a melhoria que a taxa de câmbio estava mostrando, era esperado um sinal forte. “O sinal que nos deram com esse aumento é: temos um alívio, mas não dá para continuarmos. Se já estávamos com 10% menos leite (em relação ao ano anterior), não se deve esperar uma recuperação. É um sinal negativo e bastante negativo", disse Zavala.
Comissão
Por outro lado, o progresso continua na criação de uma comissão técnica que trabalhará em alguns detalhes. Um fideicomisso será armado com o aumento de 1,30 pesos (3,62 centavos de dólar) por litro para o leite de consumo, dinheiro com o qual se pretende criar um fundo US$ 36 milhões por ano e que seriam utilizados para aliviar o endividamento dos laticínios uruguaios.
"Continuamos procurando uma forma de sair dessa. Vamos nos reunir para algo mais técnico, uma comissão mais técnica. Lentamente, mas está progredindo em boa forma", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite, Walter Frisch Ferrando.
Este valor que está sendo implementado seria composto pelas organizações de produtores do leite, técnicos das mesmas e dos ministérios da Pecuária, Agricultura e Pesca e de Economia e Finanças.
O setor leiteiro uruguaio está arrastando uma dívida como resultado dos problemas climáticos enfrentados anos atrás, a perda de mercados importantes, como o caso da Venezuela e o declínio dos preços internacionais que castigou os produtores. Antes disso, o setor vinha de um crescimento vertiginoso.
Em 09/05/19 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,02832
35,3104 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Porto Alegre, 09 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.975
Pub do Queijo divulga potencialidades do provolone e coalho durante a Fenasul 2019
Os visitantes que forem até a Fenasul 2019 – de 15 a 19 de maio – no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), poderão visitar mais uma edição do Pub do Queijo. Nesta feira, o espaço trará uma degustação gourmet de queijos coalho e provolone. As peças serão comercializadas aquecidas na chapa em porções individuais em estande montado no Pavilhão Internacional. O projeto foi apresentado na manhã desta quinta-feira (9/05) durante lançamento oficial da exposição. Com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, de autoridades e lideranças do setor, a solenidade contou com café da manhã regado a produtos lácteos e queijo coalho assado.
A proposta, explica o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é apresentar o produto com harmonizações diferenciadas ao lado de cervejas artesanais que estarão à venda no local. “Queremos mostrar ao consumidor todas as potencialidades gastronômicas do queijo. Que ele não é apenas uma alternativa de consumo com o vinho, mas que pode ser um excelente petisco junto com um chopp em um ambiente mais informal como a Fenasul”, pontuou. No local, também haverá diversos tipos de queijos de diferentes marcas para venda direta aos visitantes.
O Pub do Queijo é um projeto do Sindilat que teve início na Fenasul 2017 e foi replicado com sucesso na Expointer nos últimos dois anos (2017 e 2018). Recentemente, o projeto ganhou outros eventos, transcendendo o universo das exposições ligadas ao agronegócio. No mês de abril, o Pub do Queijo marcou presença na Feira da Loucura por Sapatos, na Fenac, em Novo Hamburgo, e diversos pedidos vêm sendo feitos ao sindicato para reproduzir a proposta pelo interior do Rio Grande do Sul.
Durante a solenidade de lançamento da Fenasul, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou o apoio das entidades que estão empenhadas em promover a Fenasul 2019, uma exposição que será feita com limitação de recursos. E lembrou da importância de agregar valor e abrir novos mercados para a produção leiteira gaúcha. O presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, agradeceu o empenho dos diferentes elos do setor produtivo – do produtor à indústria – e do secretário da Agricultura, Covatti Filho, na organização do evento. “Vamos superar as dificuldades que a economia nos impõe com união, diálogo e cooperação”, frisou.
Covatti Filho pontuou que a Fenasul e a Expoleite estão as prioridades do governo, assim como o setor leiteiro que merece mobilização por sua relevância. Citou ações de gestão que estão sendo adotadas para fortalecer as atividades do Parque de Exposições Assis Brasil. Segundo ele, entre as metas está a aplicação de placas de energia solar nos pavilhões de forma a abastecer a demanda local por eletricidade e gerar crédito para outros prédios públicos. Com uso de uma área coberta de de 2 mil m², estima ele, será possível uma economia de R$ 500 mil mensais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Carolina Jardine
Câmara Setorial do Leite solicita prazo de transição para adequação às INs 76 e 77
A Câmara Setorial do Leite solicitou ao Ministério da Agricultura (Mapa) um prazo de transição para que os laticínios e produtores se adequem a algumas mudanças preconizadas pelas Instruções Normativas 76 e 77, previstas para entrar em vigor em 30 de maio. A principal preocupação refere-se às mudanças quanto à contagem bacteriana total do leite na plataforma – índice até então não contabilizado – e à temperatura de resfriamento e conservação do produto nas propriedades e no transporte. O prazo servirá para levantamento dos índices atuais atingidos, que serão os parâmetros do trabalho a ser realizado para atender às exigências. “Estamos pedindo prazo para monitorar alguns pontos antes da exigência a pleno e, com isso, atingir os índices de forma gradativa. Assim, acreditamos que os setores envolvidos terão tempo e condições de atender às normativas a contento visando a melhoria contínua de nossa produção”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, que participou de reunião do grupo realizada nesta manhã (09/5), em Brasília.
Segundo ele, a solicitação partiu dos próprios laticínios, que temem iniciar a nova legislação com passivo junto ao governo federal. “Relatamos a situação das indústrias, que, em sua maioria, têm dificuldades em atingir a contagem bacteriana total de 900 mil neste momento como define a nova lei”, afirmou. Por meio de especialistas e pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as indústrias repassaram dados da atual situação dos laticínios e ressaltaram a preocupação com a possível falta de matéria-prima que pode decorrer da aplicação imediata das normas.
O grupo solicitou retorno do Ministério da Agricultura sobre o pleito até o próximo dia 30, quando as INs entram em vigor. “A reunião foi muito boa porque, através dos professores, pudemos apresentar nossos dados. Mas temos que trabalhar para atingir os índices que garantirão uma maior qualidade e competitividade para o leite gaúcho e brasileiro”, frisou o dirigente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Porto Alegre, 08 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.974
Secretário-executivo do Sindilat antecipa debate sobre as INS 76 e 77 aos veículos de imprensa de Passo Fundo
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, foi entrevistado no programa Mundo Rural, da Rádio Planalto, de Passo Fundo (RS), veiculado na manhã desta quarta-feira (8). No espaço inteiramente dedicado a pautas do agronegócio gaúcho sob o comando do jornalista José Altair, Palharini antecipou o tema da reunião sobre as Instruções Normativas 76 e 77 para o setor lácteo. No debate realizado à tarde na Universidade de Passo Fundo (UPF), lideranças de diversas entidades ligadas ao setor e técnicos do Ministério da Agricultura detalharam as principais alterações no âmbito da produção e armazenagem do leite cru, previstas nas INs que entram em vigor no final deste mês.
O evento promovido pelo Sindilat e pela Superintendente Federal do Mapa no Estado, contou com palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção que mudam com as INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro teve ainda depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área.
Além de comentar sobre as mudanças que impactam o produtor de leite e a indústria, o secretário-executivo do Sindilat falou aos ouvintes da Planalto sobre a necessidade de mais investimentos do poder público em infraestrutura, de forma a permitir que os produtores realizem melhorias no âmbito das propriedades rurais. Um dos gargalos citados foi a energia elétrica, sistema que, segundo o dirigente, precisa ser qualificado para possibilitar, por exemplo, que o produtor adquira novos resfriadores e consiga entregar o leite dentro da temperatura prevista nas normativas.
Além da Rádio Planalto, Palharini concedeu entrevista ao vivo à Tua Rádio Alvorada, de Marau. Os detalhes da reunião sobre as INs em Passo Fundo foram o tema central da entrevista concedida à jornalista Rosana Costenaro, do programa No Ponto. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista concedida à Radio Planalto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Thaise Teixeira
Demanda por queijos continua crescendo nos EUA
Apesar da falta de demanda por leite fluido, os americanos estão desejando mais queijo e aumentando o consumo doméstico. De acordo com um artigo recente da RaboResearch, o consumo per capita de queijos cresceu de 6,5 para 16,7 quilos, um aumento de 10,2 quilos.
A demanda por queijos naturais e italianos, como queijo cheddar, colby, mussarela, entre outros, contribuiu para o crescimento desse consumo.
Em 1995, os americanos consumiam uma média de 5,3 quilos de queijo natural e 4,53 quilos de queijo de estilo italiano por ano. No entanto, este número cresceu para uma média de 6,8 quilos para ambas as categorias de queijo, de acordo com a Dairy Foods.
Anteriormente em queda no consumo, o queijo processado também está em ascensão. Saltando de 1,6 quilos em 2010 para aproximadamente 2,35 quilos de queijo processado a cada ano.
Os dados do USDA informam que os americanos só beberam o equivalente a 67,6 quilos de leite per capita em 2017, abaixo dos 112 quilos em 1975. De acordo com RaboResearch, no entanto, são necessários 4,5 quilos de leite para produzir um quilo de queijo. Como resultado, a redução anual de 44,45 quilos no consumo de leite fluido foi compensada pelo aumento de 102,5 quilos no leite usado para fabricar queijos. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Porto Alegre, 07 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.973
GDT
O governo estuda um conjunto de medidas estruturantes para melhorar a situação dos produtores de leite no país. Entre as propostas está a desoneração tributária de insumos, como ração, e equipamentos (ordenhadeira, maquinário e equipamentos). A ideia, de acordo Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é estipular um plano de promoção da competitividade do setor de lácteos no Brasil com base em políticas públicas alinhadas às estratégias econômicas do governo federal.
O foco é aumentar a competitividade do setor reduzindo os custos de produção. Outro ponto solicitado pelo setor produtivo é a isenção de PIS/Confis para ração. O secretário disse a elaboração de metas e indicadores para o setor servirão para dar maior estabilidade, competitividade e resistência às oscilações de preço do leite e seus subprodutos. Outro aspecto, segundo Sampaio, é estabelecer diretrizes, com menor interferência estatal, na política agrícola, a fim de promover a competitividade real da cadeia de lácteos.
Outro tema levantado diz respeito ao desenvolvimento de um seguro rural específico para o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura vai intermediar as discussões de novo modelo de seguro entre as companhias seguradoras e o setor produtivo do leite.
Novos modelos de incentivo à exportação
Desenvolvimento de novos instrumentos de política agrícola para o leite está entre as prioridades discutidas entre os representantes das entidades do setor produtivo e o governo. Também está em estudo um instrumento de apoio à comercialização do leite e a ampliação do acesso do produtor ao crédito rural.
De acordo com Eduardo Sampaio, está sendo discutido com a equipe econômica do governo mecanismos que permitam absorver o excedente do leite em período de safra, com oferta elevada e preços baixos. A ideia é ter oferta equilibrada do produto ao longo de todo o ano.
Para auxiliar os produtores na melhoria da qualidade e da produtividade de sua atividade, o Mapa irá fomentar maior adesão de laticínios e cooperativas no Programa Mais Leite Saudável. O programa já beneficiou cerca de 55 mil produtores e a meta é chegar a 150 mil até 2035. Além de beneficiar diretamente o produtor rural de leite, o programa coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação permite que as indústrias e cooperativas tenham acesso aos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins.
Trânsito interestadual de produtos artesanais
O ministério também trabalha na regulamentação do Selo Arte, instituído pela Lei nº 13.680/2018, que irá identificar e autorizar a comercialização interestadual de alimentos de origem animal produzidos de forma artesanal, como os queijos produzidos a partir de leite cru. A medida trará segurança aos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte, além de fomentar o comércio de produtos agropecuários e promover a agregação de valor das cadeias artesanais.
Além disso, a medida objetiva dar ao consumidor a segurança de que o processo de produção é realizado de forma artesanal, respeitando características e métodos tradicionais ou regionais próprios, que atendem às boas práticas agropecuárias e de fabricação. É preciso garantir que os produtos atendam às exigências de segurança sanitária. Desta forma, o selo isenta a necessidade de inspeção sanitária federal do produto quando passar pelas barreiras de inspeção estadual ou do Distrito Federal. (Mapa)
Produção
O monitoramento da produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras, UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos mostra a tendência atual da oferta de leite. Essas cinco regiões produzem 65% do leite mundial, e são responsáveis por 80% do comércio mundial de lácteos, sendo, portanto, essenciais para influenciar a direção dos preços nos mercados internacionais.
O tracker, (projeção) traça uma linha de base de comparação da produção atual e expectativa de crescimento ou queda.
- Em fevereiro de 2019 a captação de leite foi em média 796 milhões de litros por dia, 0,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, que foi de 801 milhões de litros por dia, e pouco abaixo das expectativas.
- A queda na oferta de leite foi em decorrência da redução na produção da Austrália e Argentina. Embora tenha sido registrado pequeno aumento nos Estados Unidos e União Europeia (UE) em fevereiro, não foi o suficiente para cobrir o déficit apresentado pelas outras regiões.
- A produção de leite na Nova Zelândia ficou estática em fevereiro, registrando 65 milhões de litros por dia, sob o impacto da seca. Em fevereiro a média da Austrália foi 12,6% menor do que a registrada um ano antes, e continua com problemas na produção, enquanto a produção da Argentina foi impactada por temperaturas elevadas e inundações nas principais bacias leiteiras, desde dezembro de 2018.
A captação nos Estados Unidos e UE ficou 0,1% acima da registrada no ano passado, o equivalente a 0,2 e 0,5 milhões de litros dia, respectivamente. Na UE, a captação em regiões essenciais como Alemanha, França, Holanda e Espanha caiu em fevereiro, mas, isso foi contrabalançado pelos aumentos registrados no Reino Unido, Irlanda, Polônia e Itália. (AHDB Dairy – Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 06 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.972
Puxadas pelo leite em pó desnatado, importações aumentam
A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea, os quais apontam um aumento de 3% na quantidade importada de leite abril em relação a março, com 84,4 milhões de litros em equivalente leite importados. Por outro lado, na comparação de abril de 2019 com o mesmo período do ano passado, a quantidade importada ficou 8% menor. Além disso, os 7,8 milhões de litros exportados pelo Brasil em abril representam uma redução de 48% em relação aos 14,9 milhões de litros em março em equivalente leite.
Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -77 milhões de litros nesse mês, no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
A menor disponibilidade de leite nos países do Mercosul e a desvalorização do real influenciaram em uma redução de 10% nas 4,6 mil toneladas internalizadas de leite em pó integral em abril em comparação com mar/19. Além de uma redução das compras de LPI, foi possível notar uma menor importação de queijos (8%), manteigas (-16%), soro (-10%), com a desvalorização cambial e demanda fraca explicando essa queda na quantidade internalizada.
Por outro lado, com uma demanda interna maior por leite em pó desnatado (LPD), as 1,9 mil toneladas compradas em abril/2019 representaram um aumento de 94% na quantidade importada em relação ao mês passado. Adicionalmente, um novo descolamento dos preços pagos ao produtor de leite no Brasil em relação à Argentina e ao Uruguai proporcionou um aumento na quantidade importada do produto. No gráfico 2, é possível notar esse movimento.
Gráfico 2. Evolução dos preços pagos aos produtores de leite em dólar no Mercosul. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base no CEPEA, INALE e Ministério de Producción y Trabajo de Argentina.
É possível observar a quantidade importada dos derivados bem como seus valores na tabela 1. (Milkpoint)
Tabela 1. Balança comercial láctea em abril de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
China x Uruguai
Em março as importações de lácteos realizadas pela China aumentou 9,8% em volume e 17,8% em valor, em comparação com março de 2018. No trimestre janeiro/março o crescimento foi de 13,8% em volume e de 15,8% em valor, totalizando US$ 3 bilhões.
As últimas atualizações das importações de lácteos chinesas de março de 2019, mostram um aumento de 9,8% em volume e de 17,8% em valor, com um forte aumento no percentual de leite em pó integral (WMP) e desnatado (WMP), leites infantis, leite fluido e creme. O WMP mostra crescimento de 57,5% em comparação com março de 2018, quase em sua totalidade procedente da Nova Zelândia (94% da cota do mercado).
No primeiro trimestre de 2019 a China importou 862.907 toneladas de produtos lácteos (crescimento de 13,8% em termos de tendência), equivalente a US$ 3 bilhões (15,8% a mais em relação ao mesmo período de 2018). (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 03 de maio de 2019 Ano 13 - N° 2.971
Novas regras para o leite reúnem especialistas em Porto Alegre
Iniciou por Porto Alegre a rodada de reuniões promovida pelo Sindilat para discutir os novos pontos das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, que passam a vigorar a partir de 30 de maio e que ampliam o grau de exigência das áreas produtiva e industrial do setor lácteo.
Na manhã desta sexta-feira (3), 17 entidades abriram um canal de comunicação direto com o Ministério da Agricultura, que será o órgão responsável pela fiscalização das regras impostas pelas normativas que visam boas práticas de produção e gestão dentro da cadeia produtiva, oferta de um leite de qualidade ao consumidor e, por consequência, novos mercados para o produto brasileiro.
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância do evento que buscou incluir todos os agentes da cadeia na discussão sobre os processos de mudanças nas regras de produção, coleta e entrega do leite às indústrias. "Já debatemos muito sobre a necessidade de ganharmos um prazo maior para adequação, e agora, às vésperas da vigência das INs, promovemos esse debate com o intuito de esclarecermos a operacionalidade das 2 INs para que possamos ter o êxito necessário na nossa atividade", afirmou Guerra. O dirigente pontuou a necessidade de ampliação da qualidade do leite para ganhos de competitividade, mas lembrou que um período maior de adequação e de exceção sobre alguns pontos das INs seriam importantes para adequação de todo o processo. "Muitas das exigências não dependem apenas do produtor e da indústria. Para se entregar um leite de qualidade também é necessária uma infraestrutura compatível, como acesso à energia de qualidade na propriedade e de boas estradas, além da linha de crédito para troca ou compra de equipamentos", citou.
O encontro realizado no auditório da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura e Pecuária reuniu dois representantes da pasta, que levaram esclarecimentos importantes ao público, especialmente sobre os novos parâmetros de qualidade do leite - Contagem Bacteriana (CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS). Pelas normativas, foi mantida a contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células somáticas por ml para o leite cru refrigerado. Uma novidade, no entanto, é que a CPP no leite cru de silo (indústria) deverá ser de 900 mil ufc/ml antes do processamento. "Até três vezes é o que se pode perder (300 mil ufc a 900 mil ufc) entre a produção do leite e a entrega na indústria", salientou a médica veterinária Milene Cé, ao comentar sobre aspectos das INs 76 e 77. Segundo ela, essa adequação segue tendência mundial já adotada nos Estados Unidos e na União Europeia.
Em relação à contagem bacteriana, a especialista ressaltou que a exclusão do produtor no processo de fornecimento do leite somente ocorrerá após três meses consecutivos onde a média geométrica final extrapole o padrão (acima de 300 mil ufc/ml). "O retorno à atividade dependerá do resultado da amostra coletada por laboratório da RBQL (Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite). Quando o produtor alcançar uma primeira coleta dentro do limite legal poderá ser reintroduzido e terá sua média (histórico) zerada", explica Milene. Segundo ela, como a amostragem se dará trimestralmente, serão conhecidos em outubro deste ano os primeiros resultados de propriedades que não conseguiram atingir a contagem de 300 mil ufc/ml.
O médico veterinário do Mapa Bruno Leite falou sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto no artigo 6º da IN 77, que trata da necessidade de assistência técnica e gerencial visando à implantação de boas práticas na atividade leiteira. "O objetivo dessa política pública nada mais é do que aproximar produtor e indústria e garantir mais segurança alimentar ao consumidor, além de focar no desenvolvimento ao setor produtivo", salientou. De acordo com Leite, a indústria é quem será responsável por buscar opções de assistência técnica, seja por meio da Emater, Sebrae, Senar ou até mesmo via parceira direta com os produtores. "O plano busca colocar no papel a política da empresa (indústria) em relação à qualidade do leite", frisou.
As dúvidas das mais de 100 pessoas presentes no evento foram suavizadas com o depoimento do produtor Fernando Boll, de Ivoti, cooperativado da Piá. Boll contou os resultados alcançados pela propriedade ao ingressar no projeto Mais Leite, do Mapa, que culminou em melhorias de manejo, genética, nutrição e reprodução. "Conseguimos nos adequar aos níveis de CCS e CPP que serão exigidos. Melhoramos a qualidade do leite e muito mais do que isso, melhoramos a qualidade de vida da nossa família", relatou o jovem produtor. Boll reforçou que todos os dados extraídos da propriedade são colocados em planilhas e, após observação detalhada dos resultados, é feita a tomada de decisão. "Quero produzir um leite que eu mesmo possa ter coragem de beber", disse, ganhando aplausos da plateia.
O presidente do Sindilat finalizou o evento salientando a responsabilidade dos presentes que, na prática, representam mais de 65 mil famílias que atuam com o leite. "Saímos daqui com muitas missões a serem cumpridas, mas é importante reforçar que muitas delas não dizem respeito somente ao produtor e à indústria, mas também ao poder público no que se refere a gargalos de infraestrutura", salientou. Guerra pontuou ainda que o evento desta sexta-feira é apenas um de vários que ainda vêm pela frente.
Uma mesa redonda com painelistas e representantes das entidades foi realizada no final do evento, a fim de tirar dúvidas enviadas por redes sociais durante a transmissão do evento pela TV Emater-RS. Na próxima semana, o encontro acontece em Passo Fundo (08/05) e em Lajeado (09/05).
Inscrições para Passo Fundo podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2JfhE19
Inscrições para Lajeado podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2GYvySk
Crédito: Stéphany Franco
Cenário positivo para os produtores de leite
Os produtores de leite do país tendem a ter margens de lucro melhores em 2019 que em 2018, principalmente se as condições favoráveis à atividade observadas nos primeiros meses do ano persistirem no segundo semestre. Enquanto os preços pagos aos pecuaristas aumentaram quase 20% de janeiro a abril, para R$ 1,49 o litro, em média, os custos de produção subiram marginalmente (de 1% a 1,5% até março), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, os preços pagos registraram alta de 34%. "O ano começou atípico para o segmento. O aumento de preços, que costuma ocorrer entre fevereiro e maio, quando a captação é menor, começou em janeiro", afirmou Thiago Rodrigues o assessor técnico da CNA. Essa antecipação é resultado da safra do Sul do país em 2018, menor que a esperada, e do veranico de janeiro deste ano, que afetou a produção no Sudeste e reduziu o volume de captação.
O índice de captação de leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu 3,05% em janeiro e 4,73% em fevereiro. Em março, a queda foi de 1,6% ante fevereiro. Em 2018, a captação de leite com inspeção somou 24,5 bilhões de litros no Brasil, alta de 0,5% sobre 2017, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tudo indica que o movimento de recuperação dos preços pagos aos produtores perderá força até junho, com a entrada da nova safra da região Sul do país, mas mesmo assim os valores deverão continuar mais elevados que os praticados no ano passado. Conforme estimativa da CNA, em abril o preço médio nacional do litro ficou de R$ 1,56, ante R$ 1,38 no mesmo mês do ano passado. Para maio, o valor projetado para o litro é R$ 1,59, ante R$ 1,45 em maio de 2018, e para junho a entidade espera que os R$ 1,59 se repitam - em junho do ano passado, a média foi R$ 1,47 por litro. Em um mercado em que cada centavo faz a diferença, já será uma boa notícia. "Com isso, as margens dos produtores deverão ser maiores que as do ano passado", afirmou Valter Galan, analista do MilkPoint. "Mas isso vai depender de quanto será a queda depois de junho".
Como a economia não está crescendo como esperado, as indústrias deverão segurar os reajustes nas gôndolas para estimular o consumo. Ao mesmo tempo, tendem a diminuir os preços pagos aos pecuaristas para preservar suas próprias margens.
Essa dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos sem prejudicar tanto as margens já limitou a valorização no campo em abril, segundo avaliação do Cepea. A "Média Brasil" líquida de abril, referente à captação de março, aumentou 0,92% (praticamente um centavo) em relação a março, para R$ 1,4920 por litro. "Não há nenhum indicativo de que o consumo vai melhorar e, mais cedo ou mais tarde, a indústria vai pressionar o produtor", acrescentou Rodrigues, da CNA.
Assim, os custos de produção também farão muita diferença para a manutenção das contas dos pecuaristas no azul. "Os preços do milho estão favoráveis e a perspectiva é de uma safra farta. Mas, se houver algum problema climático, esse cenário pode mudar", afirmou Rodrigues.
Com a menor oferta no mercado interno no começo do ano, as importações ocuparam parte do mercado, que se abriu. No entanto, as produções de leite da Argentina e do Uruguai recuaram no primeiro trimestre do ano - 8,5% e 9%, respectivamente. E a alta do dólar reduziu a atratividade das importações. "Isso abriu espaço para essa maior de oferta do produtor de leite nacional", disse Galan, do MilkPoint.
As importações brasileiras recuaram 36,5% em março ante fevereiro, para 80,9 milhões de litros, de acordo com dados do Cepea. Ante ao mesmo período do ano passado, a retração é de 26%. O Brasil tem histórico de importar leite em pó dos dois países vizinhos e um longo processo de negociações para reduzir os volumes adquiridos. E, nos últimos três anos, essa redução vem ocorrendo. No ano passado, o país importou 96,68 mil toneladas, ante 103,44 no ano anterior, segundo dados da Viva Lácteos.
De acordo com Marcelo Martins, diretor executivo da Viva Lácteos, entidade que representa os principais laticínios que atuam no mercado brasileiro, se a aprovação da reforma da Previdência se concretizar, o cenário para o segmento será "extremamente positivo" neste ano. Para ele, a grande volatilidade dos preços do mercado interno, que oscilaram 52% em 2018 e 29,5% no ano anterior, também prejudica o produtor. E a saída é ampliar o consumo interno e as exportações. "A gente vem fazendo um trabalho para melhorar a commodity. O avanço tem acontecido na exportação de produtos de produtos de maior valor agregado, como queijos". (As informações são do jornal Valor Econômico)
Consumo/AR
O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) publicou dados alarmantes em relação à cadeia láctea: o consumo médio anual caiu para 183 litros por pessoa no primeiro bimestre do ano.
A crise econômica persistente que atravessa o país oferece cenários de deterioração social alarmantes, em especial pela incapacidade do Governo para controlar a escalada inflacionária, que é exponencial em produtos de primeira necessidade, em especial, alimentos.
O caso mais problemático se viu nas últimas semanas no segmento lácteo, com o aumento nos preços e desabastecimento nos supermercados de marcas mais baratas por uma decisão empresarial monopolista.
O consumo médio de leite caiu para 183 litros anuais, por habitante, no primeiro bimestre de 2019, em comparação com igual período do ano passado. É o nível mais baixo desde 2003, quando ficou em 179 litros em média, revelou o relatório do Ocla.
“Essa menor oferta no mercado interno foi mais intensa no item leite fluido e dentro deles sua versão refrigerados, que fundamentalmente é o produto de maior consumo, pela diferença de preços entre os pacotes de leite e aqueles apresentados em embalagens cartonadas e a menor quantidade de marcas disponíveis nas gôndolas (baixa disponibilidade de matéria-prima e/ou plantas desativadas)”, esclareceu o boletim do Ocla.
Por outro lado, dias atrás o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Daniel Pelegrina, afirmou que a elevação de preços do leite se deve “à queda na produção”, e previu que o problema será resolvido “na primavera, quando houver novos aumentos de produção”. O dirigente acrescentou que “hoje temos o mesmo nível de produção de leite de 15 anos atrás, e desde então foram fechadas 2.000 fazendas de leite. Quanto mais produção houver, melhor”.