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Porto Alegre, 13 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.066

  II Fórum sobre controle de brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite recebe 600 pessoas

O  II Fórum sobre controle de brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite foi realizado nesta quinta-feira (12/9), em Passo Fundo (RS). A atividade, que contou com cerca de 600 participantes, entre alunos, professores, entidades, produtores e profissionais da área, faz parte da programação do XIII Congresso Brasileiro de Buiatria, que ocorreu no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Para o especialista em Agropecuária, da Lactalis do Brasil, Rodrigo R. Kreutz, a temática deveria ser mais debatida do que é, visto que a brucelose e a tuberculose podem devastar o rebanho e são facilmente transmitidas para os humanos. A tuberculose, por exemplo, é uma doença que mata cerca de 4 mil pessoas por dia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). "A tuberculose é uma zoonose (doença animal que  pode ser transmitida para humanos). Sua principal forma de contaminação é através do contato direto com excreções dos animais e o consumo de carne ou leite (não pasteurizado), sendo potencial risco ao consumidor mas, principalmente, a quem trabalha diretamente com o manejo dos animais", salientou Kreutz, que ressaltou a importância da segurança alimentar em sua palestra.

De acordo com o professor de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, Fernando Pilotto, o Congresso tem como princípio a troca de experiências entre participantes e painelistas. "Devido ao tamanho do evento, recebemos pessoas de todo o País que estavam dispostas a receber e compartilhar conhecimento", frisou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite/Europa

A produção de leite na Alemanha em agosto foi acima do registrado em agosto de 2018, de acordo com a associação ZMB. No entanto, no final de agosto, nova onda de calor afetou a produção, o que provavelmente causará impacto no resultado do mês. A produção de leite na primeira semana de setembro retornou às expectativas iniciais.

Mesmo com períodos de extremo calor nos últimos meses que impactaram a produção da Alemanha, França e alguns outros países, um dos fatores que ajudam a produção de leite na União Europeia (UE) é o preço ao produtor. Entre janeiro e agosto o preço médio do leite ao produtor na UE ficou 2,2% mais elevado quando comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do site CLAL.

Muitos observadores da Europa Ocidental estão otimistas em relação aos preços que incentivam o aumento da produção pelos produtores durante o resto do ano, especialmente quando a ameaça de ondas de calor estiver afastada. O novo presidente da Comissão Europeia indicou para Comissário da Agricultura um membro do governo da Polônia, que é defensor de incentivos à produção agropecuária, e de melhores preços agrícolas. Ele também já opinou contra a grandes fazendas de agricultura empresarial em detrimento da “agricultura familiar”. A confirmação da indicação ocorrerá em reunião do Parlamento Europeu no final de setembro.

A produção de queijo continua abaixo dos níveis previstos. Os queijeiros alemães responsabilizam a queda na produção de leite no início de 2019, o que provocou a concorrência de outros produtos lácteos pela produção mais recente de leite. A demanda tanto do varejo, como por queijos industriais continua firme. As exportações são consideradas normais. Os estoques de queijos em maturação estão baixos e caem cada vez mais. Esse é um motivo de preocupação, e a tendência precisa ser revertida em algum momento.

A produção de leite já Polônia de janeiro de julho foi 2,1% maior do que a registrada em 2018. A produção de queijo subiu 0,7%. Na República Tcheca a produção de leite subiu 0,8% entre janeiro e julho, em relação ao mesmo período do ano anterior, e a produção de manteiga subiu 11,2%, na mesma comparação. Os preços da manteiga na Europa Ocidental estão altos, mas, variam entre os países. Na Alemanha estão os maiores preços. A França, Itália e Holanda vêm em seguida. Com a produção de leite declinando sazonalmente, os observadores da UE acreditam que haverá influência nos preços da manteiga. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

    
Forte queda nas exportações do campo

A redução da demanda chinesa por soja brasileira deixou uma ferida profunda nas exportações do agronegócio do país em agosto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques totais do setor renderam US$ 8,3 bilhões no mês passado, 11% menos que em agosto de 2018. As importações recuaram 6,1% na mesma comparação, para US$ 1,1 bilhão, e, com isso, o superávit do setor registrou queda de 1,7%, para US$ 7,2 bilhões.

Como tem sido a tônica nos últimos meses, a queda das exportações foi diretamente influenciada pela redução dos embarques de soja em grão e derivados (farelo e óleo), que encabeçam a pauta do setor. Com o arrefecimento da demanda chinesa, que lidera as importações globais do grão - o Brasil é o maior exportador -, as vendas do “complexo soja” renderam US$ 2,4 bilhões, 38,7% menos que em agosto do ano passado.

 


 
“A peste suína africana afetou a criação pecuária na China, diminuindo a demanda de soja em grão por parte do país asiático. Em agosto de 2019, a China reduziu as aquisições de soja brasileira para 4,1 milhões de toneladas, uma queda 2,8 milhões de toneladas em relação às 6,9 milhões de toneladas exportadas para o país asiático em agosto de 2018. Deve-se ressaltar que a queda nas exportações de soja em grão à China foi idêntica à queda para o mundo”, informou o Ministério da Agricultura em comunicado.

Se os embarques de soja registraram forte queda, os de cereais, farinhas e preparações, puxadas pelo milho, dispararam. Renderam US$ 1,4 bilhão em agosto, um aumento de 155,1% ante o mesmo mês do ano passado. Essa grande diferença pode ser explicada pela baixa base de comparação, uma vez que a safrinha de milho da temporada 2017/18 registrou quebra em razão de problemas climáticos, e pela farta colheita na safrinha do ciclo 2018/19, que bateu um novo recorde histórico.

As exportações de carnes, por sua vez, também encolheram no mês passado. Segundo o ministério, alcançaram US$ 1,3 bilhão, 11,6% menos que em agosto de 2018. “A queda ocorreu em função da diminuição da quantidade exportada, que foi 17,4% inferior à registrada em agosto de 2018. As exportações de carne bovina foram de US$ 618,3 milhões (-11,6%), enquanto as de carne de frango foram de US$ 544,4 milhões (-11,8%) e as de carne suína foram de US$ 107,2 milhões (-1,7%)”, informou a pasta.

No caso de produtos florestais, as exportações recuaram 17,9%, para US$ 971,8 milhões, ao passo que os embarques de açúcar e etanol renderam 3,3% mais na comparação anual (US$ 646,6 milhões), e os de café registraram um incremento de 6,9%, para US$ 403,9 milhões.

Por causa da retração das vendas de soja à China, o país asiático absorveu “apenas” 26,3% das exportações brasileiras do agronegócio em agosto passado, ou US$ 2,1 bilhões.

Com os resultados de agosto, nos primeiros oito meses deste ano as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 64,6 bilhões, 5,4% menos que em igual intervalo de 2018. Na mesma comparação, as importações caíram 2,6%, para US$ 9,2 bilhões, e o superávit setorial recuou 4,2%, para US$ 55,3 bilhões.

No período, as exportações também foram lideradas pelo complexo soja (US$ 10,2 bilhões, alta de 9,2%) e produtos florestais (US$ 9,2 bilhões, queda de 0,6%). E a China foi o destino de 32,7% das vendas totais. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
Preço/UE
É comum as indústrias francesas elevarem o preço do leite nesta época do ano. Nos meses de julho, agosto e setembro, o preço do leite na França alcança seu ponto máximo. O preço médio pago na União Europeia (UE) em julho foi de € 33,43/100 kg pelo leite padrão, segundo cálculos da LTO. Este preço corresponde a um aumento de € 0,14/100 kg em comparação com o mês anterior e queda de € 0,41/100 kg (-1,2%) em comparação com julho de 2018. Pela primeira vez, desde fevereiro, o preço médio este ano, foi inferior ao mesmo mês de 2018. Segundo a LTO, não parece que os preços do leite irão aumentar nos próximos meses na mesma forma que ocorreu no final do ano passado. Sem uma reativação do mercado, é provável que o nível de preços de 2018 não será alcançado em 2019. O fato de a média de preços do leite até julho alcançar um ligeiro aumento se deve a flutuações de bonificações sazonais. A elevação dos preços das indústrias francesa é habitual nesta época do ano. O preço de leite da britânica Saputo Dairy UK aumentou devido a uma bonificação sazonal do mês de julho. A italiana Granarolo aumentou o preço do leite em julho, em € 0,5/100 kg. O preço da Valio subiu pela bonificação por sustentabilidade. A holandesa FrieslandCampina e a alemã Müller baixaram os preços em julho. Ficarão estáveis, nos próximos meses, os preços da alemã DMK, da sueco-dinamarquesa Arla, da francesa Savencia, da Saputo, da Granarolo, e da FrieslandCampina. (MundoAgropecuario – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 12 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.065

  Ministra inicia nesta quarta-feira viagem ao Oriente Médio para ampliar relações comerciais

Em busca de fortalecer a parceria comercial e abertura de mercado para os produtos agropecuários brasileiros, a ministra Tereza Cristina embarcou nesta quarta-feira (11) para a região do Oriente Médio. Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra visitará quatros países árabes: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. 

A primeira parada é na cidade do Cairo (Egito), onde a ministra terá encontro com autoridades egípcias responsáveis pelas compras governamentais e acordos internacionais. Tereza Cristina participará ainda de um seminário com empresários locais para debater investimentos e perspectivas de negócios entre os dois países. No domingo (15), será o encontro com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, embaixador Ahmed Aboul Gheit, para tratar de infraestrutura e logística. 

O segundo destino é Riade, capital da Arábia Saudita. A ministra também se reunirá, nos dias 16 e 17, com empresariado e ministros do governo.

Já no dia 18, na Cidade do Kuwait (Kuwait), Tereza Cristina e autoridades do país irão debater sobre alimentação, nutrição, pesca e demais assuntos agrícolas. A viagem será encerrada nos Emirados Árabes Unidos, com encontros empresariais do setor de alimentos e de governo em Abu Dhabi e Dubai, de 19 a 22 de setembro. 

A comitiva chega ao Brasil no dia seguinte (23). Participam da missão o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro; a diretora de Promoção Comercial, Investimentos e Cooperação, Márcia Nejaim; o assessor Aurélio Rolim Rocha e adidos agrícolas.

Brasil e países árabes
Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica, totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi exportado para a União Europeia (16%).

Os produtos mais vendidos foram açúcar, carnes, milho, soja e café. Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são: soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.

Os países árabes importaram de todo o mundo o equivalente a US$ 114 bilhões, em 2017.  O item mais buscado pelos árabes é o trigo, seguido de açúcar, cigarros, milho, arroz, carne de frango, leite em pó, carne bovina e preparações alimentícias.

Ao participar de evento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo, no dia 26 de agosto, a ministra Tereza Cristina destacou que os países árabes têm se consolidado como um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Segundo a ministra, há oportunidades de negócio por toda a cadeia produtiva: insumos, maquinário, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa, tecnologia e inovação. 

A ministra ressaltou que os produtores brasileiros estão familiarizados com as exigências dos mercados árabes, e que seus consumidores já conhecem a qualidade dos nossos produtos, lembrando que o Brasil é o maior exportador mundial de proteína halal (seguindo os princípios islâmicos). 

"O Brasil tem condições de ampliar o fornecimento de diversos produtos agrícolas já importados pela Liga Árabe, mas que ainda tem representação ínfima na pauta de exportação brasileira para seus países. É como é o caso do algodão, cacau e das frutas secas ou frescas, como goiaba, manga e limão", disse.  

A balança comercial do Brasil com os quatro países que serão visitados tem oscilado desde 2009, apresentando queda nos últimos dois anos. 

Produtos mais vendidos
Para o Egito, o destaque é a venda de carne bovina in natura e miudezas, milho, fumo não manufaturado, carne de frango in natura, soja em grãos, bovinos vivos, café verde e pimenta piper seca, triturada ou em pó. Já os produtos mais importados do Egito são: azeitonas preparadas ou conservadas, leveduras, algodão, cebolas secas, plantas para medicina ou perfumaria, tubérculos secos, especiais, sementes de anis e badiana, e óleos essenciais.

Os dez principais produtos exportados pelo Brasil para a Arábia Saudita, nos dois últimos anos, foram carne de frango in natura, açúcar de cana bruto e refinado, carne bovina, soja em grãos e farelo, milho, ovos, café solúvel e verde. No mesmo período, o Brasil importou vinho e óleos essenciais.

Para o Kuwait, as exportações envolvem carne de frango in natura e industrializada, milho, sucos de laranja, café solúvel e verde, farelo de soja, castanha de caju, e carnes de pato e peru in natura. Não há registro de importações de produtos agropecuários do Kuwait em 2017 e 2018.

Os Emirados Árabes também compram carnes bovina e de frango in natura, açúcar bruto, fumo não manufaturado, milho, ovos, farelo de soja e café verde. Os brasileiros importam nozes e castanhas, fumo manufaturado, chocolate e preparações com cacau, pães, biscoitos, produtos de pastelaria, confeitaria, tâmaras secas, chás preto e verde. (As informações são do Mapa)

Recepção

No 2º trimestre de 2019, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária – seja ela Federal, Estadual ou Municipal foi de 5,85 bilhões de litros, representando um aumento de 6,9% em relação à quantidade adquirida no 2° trimestre de 2018, e queda de 5,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. 

Os dados foram publicados pelo IBGE, que você pode acessar CLICANDO AQUI. (IBGE/Terra Viva)

Conseleite/MG 

A partir deste mês, serão publicados o valor de referência do litro do leite padrão, o maior valor e o menor valor estimado para o leite pago ao produtor, em MG. A ampliação dos valores de referência divulgados é uma forma de estreitar os elos da cadeia. Além dos valores de referência para o leite padrão, o maior e o menor, a plataforma digital do Conseleite gera valores personalizados para cada produtor, a partir da escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.

Roberto Simões - Presidente do Sistema FAEMG
“Procuramos passar mais informação ao produtor para que ele compreenda melhor o Conseleite. Ao invés de passar um número apenas, iremos divulgar uma faixa de valores para permitir ao produtor verificar onde ele se enquadra. É fundamental que ele use o simulador, com seus dados, para saber exatamente qual é o seu valor de referência”.

João Lúcio Barreto Carneiro - Vice-presidente do SILEMG
“A apresentação do valor de referência indica mercado estável. Queremos mostrar ao produtor o valor de referência do leite padrão e como a qualidade vai influenciar no maior e no menor valor”.

Isabela Chenna Perez - Assessora de diretoria da Ocemg
“Cada vez que disseminamos as informações do Conseleite, vemos como são importantes para os produtores, industriais e cooperativas. Usando o simulador ou participando dos seminários, maior será a interação e mais fácil vai ser entender o Conseleite.” (Faemg) 

Equador abre o mercado de bovinos vivos para o Brasil
O Ministério da Agricultura recebeu comunicação das autoridades do Equador informando da aceitação do Certificado Zoosanitário Internacional proposto pelo Brasil para a exportação de bovinos vivos, concluindo, assim, negociações para a abertura daquele mercado, iniciadas em 2014. O Brasil exportou, em 2018, 535 milhões de dólares em bovinos vivos, para todos os continentes, além de 6,5 bilhões de dólares em carne bovina. A exportação de animais vivos diversifica a pauta exportadora brasileira e oferece uma alternativa para os produtores rurais de todo o país. O avanço do Brasil no mercado de bovinos vivos é um testemunho do alto padrão genético e da qualidade dos animais brasileiros e um reconhecimento da confiança internacional na defesa agropecuária brasileira. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 11 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.064

  Assembleia Legislativa do RS aprova lei que inclui doce de leite na merenda escolar

Foi aprovada nesta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o projeto de lei 385/2006, que inclui o doce de leite na merenda escolar da rede pública estadual. O projeto teve 33 votos a favor e 11 contra, e segue para sanção do governador.

No texto, o autor da proposta, deputado Edson Brum (MDB), defende que o doce de leite seja implementado na dieta de crianças e adolescentes "não só pelo seu valor nutritivo, como também pelas condições de preço na sua aquisição", já que o estado é um dos principais produtores de laticínios do país.

Já a deputada Sofia Cavedon (PT), que votou contra à medida, apresentou um aviso sobre a regulação da alimentação das crianças no âmbito escolar. "Há pesquisas nacionais e em Porto Alegre que dizem que as crianças estão obesas desde a educação infantil. Há uma obesidade por excesso de açúcar e falta de alimentos balanceados", observa.

Em 2007, quando ainda estava na Assembleia, o atual prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), apresentou um parecer contrário à medida. Ela permaneceu arquivada na Comissão de Constituição e Justiça por mais de uma década, até que, em março deste ano, o deputado Elton Weber (PSB) emitiu parecer favorável, aprovado pela CCJ.

A medida foi bastante criticada nesses 13 anos. Uma delas foi de tirar da fila outros projetos considerados mais importantes. Por outro lado, nutricionistas alertam para o excesso de açúcar contidos no doce e para a necessidade de acompanhamento das escolas para o consumo em excesso.

De acordo com a legislação, caberá às secretarias da Saúde e da Educação orientar sobre a inclusão do alimento na dieta das crianças. A compra do doce de leite deve ocorrer por meio de licitação pública da mesma maneira que os demais alimentos. (As informações são do G1)

Leite/China 

Dados do Centro Chino-holandês do desenvolvimento do setor lácteo da China.

- Cerca de 61,4% das explorações de atividade leiteira têm mais de 100 vacas, o que representa aumento de 40 pontos percentuais em relação ao nível de 2008.

- Em 2018 foram produzidas 26,8 milhões de toneladas de produtos lácteos em todo o país.

- O número de indústrias de laticínios chega a 587, mas, 6 concentram quase 60% de todo o faturamento do setor e somente 3 faturam a metade.

- No final de 2018, 17 indústrias de laticínios chinesas haviam investido no exterior.

- O consumo de leite na China subirá dos atuais 36 kg por pessoa para 40 kg, em cinco anos.

- O consumo total de produtos lácteos crescerá entre 15 e 20% ao ano nos próximos cinco anos.

- O maior aumento será em queijos, sobretudo de marcas estrangeiras, cujas vendas pode aumentar em até 20% ao ano entre 2020 e 2025. O principal motivo do crescimento é a popularidade que estão adquirindo as pizzas e sanduíches entre a população chinesa.

- O mercado lácteo dos Estados Unidos é, atualmente, o maior do mundo, seguido pela China, mas, em cinco anos, haverá alternância no ranking.

- O consumidor chinês busca produto de qualidade e inovador. O preço deixou de ser o principal condicionante. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Conab: fechamento da safra nacional de grãos aponta produção recorde de 242,1 milhões de toneladas

Com um crescimento de 6,4% na produção, este ano o país deverá colher 242,1 milhões de toneladas de grãos. Além de ultrapassar os 227,7 milhões da safra anterior (2017/18), os dados confirmam a safra 2018/19 como recorde da série histórica. O crescimento deve-se à maior produção nas culturas de algodão e milho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso do algodão, a pesquisa realizada pela estatal revelou um crescimento de 35,9% na produção, com volume estimado de 4,1 milhões de toneladas do caroço e 2,7 milhões de t do algodão em pluma. Entre os motivos estão a taxa de câmbio, a evolução dos preços e outros fatores, que levaram os produtores a expandir a área plantada, principalmente nos estados da Bahia e Mato Grosso. Com isso, a previsão de exportação da pluma também deverá superar a do ano passado em mais de 50%, alcançando pela primeira vez a marca de 1,5 milhão de toneladas.

Já com relação ao milho, a safra total chega a quase 100 milhões de toneladas. Houve aumento na segunda safra, com crescimento de 36,9% e previsão de produção recorde de 73,8 milhões de t, e queda na primeira safra, com 26,2 milhões de t, 2,3% menor que a anterior. No quadro de oferta e demanda da Conab, o produto mostra ainda uma expectativa de exportação recorde, de quase 35 milhões de toneladas.

O feijão apresentou bons resultados apenas na segunda e terceira safras, com aumento de 6,3% e 21,2% respectivamente. Mas não foi suficiente para garantir aumento no número total, que fechou 3% abaixo do ano anterior, com cerca de 3 milhões de toneladas nas três safras. Já no caso do arroz, a produção de 10,4 milhões de toneladas é 13,4% menor que a obtida em 2017/18, devido à redução de área e produtividade ocorridas nos principais estados produtores.

A soja também sofreu redução de 3,6% na produção, atingindo 115 milhões de t. Houve, contudo, o crescimento na área de plantio em 2,1%. Com o fim da colheita próximo (restam apenas algumas áreas na Região Norte e Nordeste), e mesmo com o decréscimo no percentual, esta consolida-se como a segunda maior produção de soja na série histórica da Conab.

Safra de inverno 2019 - A produção de trigo está estimada em 5,4 milhões de t, com uma área de 2 milhões de hectares, 0,2% maior que em 2018. As demais culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) apresentam um leve aumento na área cultivada, passando de 546,5 mil ha na safra passada, para 564,8 mil ha. (As informações são do Conab)

 
Leite e derivados
O preço do leite ao produtor manteve a trajetória de queda iniciada em julho. Em agosto, o valor bruto foi de R$1,45, na média nacional, o que representou uma redução de 3,94% sobre o mês anterior. Na comparação anual, os valores em agosto ficaram quase 13% abaixo dos valores recebidos no mesmo mês de 2018. Confira a análise completa no Boletim Indicadores Leite e Derivados CLICANDO AQUI. (Embrapa)

Porto Alegre, 10 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.063

  Produção/UR 

Em agosto o abate de vacas de leite foi o maior do ano e atingiu um máximo desde agosto de 2015, com 10.558 cabeças. Esses foram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Carnes.

 

No acumulado de doze meses moveis (setembro 2018-agosto 2019) o abate de vacas de leite atingiu o recorde histórico de 87.390 cabeças. Trata-se do maior número registrado desde o início da série, em janeiro de 2010.

A participação das raças leiteira no abate total de gado foi de 11,9%, também o maior percentual desde agosto de 2015.

Federico Di Santi, da empresa Di Santi & Romualdo destacou que a saída do inverno, com menor disponibilidade de comida – e próximo aos partos de primavera – foi necessário fazer uma ajuste do plantel, tendo gado de reposição pronto para entrar no ciclo produtivo. “Algo parecido ocorreu em março”, disse, acrescentando que a partir de outubro o embarque de vacas de leite para frigoríficos deverá cair.

 

O total de animais leiteiros (incluindo novilhos) abatidos em agosto foi de 11.934 cabeças, e no acumulado de doze meses somou 131.012 cabeças, o maior volume desde o início da série. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Ministério busca ampliar parceria com o Banco Mundial para financiamento de projetos

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu na tarde desta segunda-feira (9) com a diretoria do Banco Mundial no Brasil para discutir possibilidades de novas parcerias de financiamento para projetos desenvolvidos pelo Ministério. O foco é levantar recursos para fortalecer as ações na região amazônica.

Entre as prioridades apresentadas pela ministra, está o Plano de Ação para o Bioma da Amazônia, que reúne várias medidas, como regularização fundiária, ampliação de concessões florestais, desenvolvimento das cadeias produtivas da região e assistência técnica para pequenos produtores.

Acompanhada de uma equipe de secretários e técnicos de diferentes áreas do Ministério, Tereza Cristina destacou várias medidas estratégicas que podem permitir aos produtores rurais da região amazônica a oportunidade de aumentar a produtividade e gerar renda sem a necessidade de abrir novas áreas de produção.

O Ministério prevê ainda medidas de aperfeiçoamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), dos sistemas de monitoramento da floresta, de ferramentas de inteligência e gestão de riscos. Também foram apresentados projetos da área de piscicultura, bioeconomia, geração de energia e melhoria da comunicação local.

Utilizando a tecnologia do Observatório da Agropecuária Brasileira, lançado na quinta-feira passada (5), a equipe apresentou para os especialistas do Banco Mundial dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que mostram a redução da área de pastagem na Amazônia, dentro do contexto de aumento de produtividade. Atualmente, as lavouras ocupam apenas 2,3% do bioma e as pastagens 10,5%.

Figuram ainda entre as propostas do Ministério a ampliação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), considerado pelo Banco Mundial o maior programa climático para a agricultura do mundo. O Ministério pretende também lançar em breve o programa Pecuária Carbono Zero, que funcionará nos mesmos moldes do ABC, para valorizar as experiências de produção que demandam menos área e recursos naturais.

A diretora do Banco Mundial no Brasil, Paloma Casero, elogiou as iniciativas e o planejamento estratégico apresentados pela equipe do Mapa. Ela destacou a importância dos projetos e sinalizou que o banco já dispõe de instrumentos de apoio financeiro e técnico que podem atender às demandas da pasta.

Participaram da reunião especialistas em desenvolvimento rural sustentável do Banco Mundial e os secretários do Mapa: Fernando Camargo e Pedro Correa Neto (Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação), Fernando Schwanke (Agricultura Familiar), Jorge Seif Júnior (Pesca e Aquicultura), além de representantes da Política Agrícola, Assuntos Fundiários e outras áreas. (As informações são do Mapa)

Leite/Chile

O valor das importações de produtos lácteos entre janeiro e julho de 2019 caiu 5,5%, ficando em US$ 188,9 milhões, segundo dados publicados pelo Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa). Representa US$ 11 milhões menos do que no ano passado.

Quanto à sua origem, as compras foram lideradas pelos Estados Unidos, com US$ 46,6 milhões, o que representa alta de 11,3% em relação a 2018, e corresponde a 24,7% das importações totais do país.

Em segundo lugar ficou a Nova Zelândia, com US$ 34,9 milhões em importações, sendo dito valor 32,6% menor do que o registrado no exercício anterior, e representa 18,5% das importações do país.

A Argentina ocupa a terceira posição, sendo responsável por US$ 29,9 milhões, registrando queda de 8,2% quando comparado com as compras de 2018 no mesmo período. A Argentina ocupa 15,8% do mercado importador de lácteos do Chile.

Cabe ressaltar que esses três países responderam por 59,9% das compras totais até julho.

Por produto lácteo, os dados do Odepa indicam que as importações de queijos lideraram, tendo 57,2% de participação, ao custo total de US$ 108 milhões, apresentando queda de 11,9% em relação ao ano passado. O preço médio do produto chegou ao Chile por US$ 3.893 a tonelada.

Em segundo lugar ficou o leite em pó desnatado, com participação de 10,8% e avaliados em US$ 20,4 milhões, alta de 34% em relação ao exercício anterior. O preço médio foi de US$ 2.314 a tonelada.

A importação de leite em pó integral totalizou US$ 4,6 milhões, o que traduz em baixa de 75% em relação a igual período de 2018. Neste caso, o preço chegou a US$ 3.290 a tonelada. (Mundo Agropecuario – Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Fonterra confirma grandes perdas e adia data de divulgação de resultados
A cooperativa de laticínios da Nova Zelândia Fonterra alterou a data para relatar seus resultados financeiros auditados para o ano financeiro de 2019 (EF19) encerrado em 31 de julho de 2019, à medida que confirmou que as perdas do exercício seriam entre NZ$ 590 milhões-NZ$ 675 milhões (US$ 378,97 milhões a US$ 433,57 milhões). A Fonterra disse que a cooperativa e seu auditor, PwC, estão trabalhando no processo normal de contas e auditoria do final do exercício. No entanto, afirmou que, devido aos significativos ajustes contábeis no EF19, conforme estabelecido no anúncio em 12 de agosto de 2019, é necessário mais tempo para concluir as demonstrações financeiras auditadas.A empresa comentou que a mudança na data do relatório não está relacionada a nenhuma discussão com a Autoridade de Mercados Financeiros, especulações recentes sobre outras perdas relevantes de ativos ou outros anúncios. Também não afeta a capacidade da cooperativa de operar e pagar suas contas, inclusive, as dos produtores pelo leite.
Em 09/09/19 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,64233
1,55684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 09 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.062

  Exportações/EUA 

Estratégia: entrar no jogo em mercados promissores, e aproveitar alguma oportunidade em campos arrasados pela política comercial dos EUA.  Retornando do giro de sete dias na China e Japão, o presidente do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos - USDEC, Tom Vilsack, disse estar otimista quanto à saúde das exportações de lácteos dos EUA no longo prazo, apesar dos desafios causados pela guerra comercial.

“Com trabalho firme e paciência, a exportações de lácteos das indústrias norte-americanas continuará crescendo em volume e valor”, disse a carta enviada aos membros do conselho por Vilsack. “Estamos no caminho certo para competir e vencer”.

Depois do encontro entre os exportadores de lácteos dos EUA e os compradores chineses, Vilsack disse que as exportações de lácteos dos EUA para a China caíram 43% em um ano. As exportações foram atingidas por dois golpes, as tarifas de retaliação e a gripe suína africana, reduzindo a necessidade de lácteos que serviam de ingredientes na alimentação dos porcos. 
 


“Nesse ambiente, o melhor que podemos fazer é procurar manter o relacionamento de alguma forma, na esperança de que a disputa comercial seja resolvida, mais cedo ou mais tarde, reconhecendo que não temos controle sobre quando isso acontecerá”, disse Vilsack.

Vilsack se reuniu com funcionários do Ministério do Comércio da China (MOFCOM), o braço governamental que supervisiona as questões comerciais e com a Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Alimentos (CFNA). A Câmara influencia mais de 6.000 empresas agropecuários, incluindo mais de 1.000 somente no setor de lácteos. (USDEC – Tradução livre: Terra Viva)

Preço do leite ao produtor cai pelo segundo mês consecutivo

Os preços do leite pago ao produtor caíram pelo segundo mês consecutivo. No entanto, o recuo médio foi menor, de 1,6%, frente à queda de 4,1% no pagamento anterior.

Considerando os 18 estados pesquisados pela Scot Consultoria, o leite padrão ficou cotado, em média, em R$ 1,204 por litro no pagamento realizado em agosto, referente ao leite entregue em julho. Já os valores médios com as bonificações por qualidade e volume ficaram em R$ 1,565 por litro, sem o frete. 

A produção de leite aumentando nas principais bacias leiteiras, com destaque para os estados do Sul, mantém a pressão de baixa no mercado brasileiro.

Observe na figura 1 que o produtor está recebendo 3,4% menos na comparação com o mesmo período do ano passado.

Figura 1. Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor – em R$/litro, valores nominais.


 
Em julho, o volume captado (média nacional) aumentou 2,5%, e, em agosto, os dados parciais apontam para incremento de 0,7% na captação na comparação mensal.

Outro ponto importante é que as indústrias vêm tentando reverter a situação de margens apertadas (em muitos casos negativas), em função das valorizações da matéria-prima (leite cru) no primeiro semestre e dificuldade de evolução dos preços dos lácteos no atacado no mesmo período.

Para o pagamento a ser realizado em setembro/19, que remunera a produção entregue em agosto, o tom do mercado é de estabilidade, sendo que 68% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em manutenção das cotações, 16% falam em queda e 16% estimam alta (maioria no Nordeste).

Um ponto de sustentação está na produção de leite, que, apesar de ter aumentado nos últimos meses, os incrementos têm sido em um ritmo menor comparativamente com 2018. A forte queda do leite no último pagamento e os menores investimentos por parte do produtor na alimentação do rebanho colaboram com este cenário.

Para o pagamento de outubro (produção de setembro) o movimento de baixa deverá voltar a ganhar força, já com as pastagens em melhor qualidade e aumentos mais expressivos na oferta de leite no Brasil Central e região Sudeste.

Apenas na região Sul, o mercado sinaliza preços mais firmes, em função da produção menor nos estados a partir daí, com a saída dos animais das pastagens de inverno. (Fonte: Scot Consultoria)

Fonterra 

A Fonterra prorrogou a data para anunciar o resultado anual 2018/19. A cooperativa disse que não apresentará os resultados financeiros no dia 12 de setembro, como anunciado anteriormente, sendo transferido para 30 de setembro de 2019.

A Fonterra e seu auditor PwC “trabalham juntos para encerrar as contas do exercício”, diz a Fonterra.

“No entanto, dado a significativos ajustes contábeis no balanço de 2019, como anunciado em 12 de agosto de 2019, foi necessário mais tempo para completar as demonstrações financeiras”.

Em 12 de agosto a Fonterra anunciou uma série de baixas de ativos e ajustes contábeis pontuais, observando que os números estariam sujeitos à aprovação do Conselho Fiscal da Fonterra nas demonstrações financeiras completas e nos ajustes da auditoria.

A Fonterra confirmou o anunciado anteriormente, as perdas entre NZ$ 590-NZ$ 675 milhões no ano financeiro de 2019, o que representa perdas de 37 a 42 centavos por ação. Todos os números estarão sujeitos à revisão e aprovação do Conselho Fiscal, inclusive os ajustes da auditoria.

“A mudança na data do relatório não está relacionada a quaisquer especulações que circulam pelo Mercado Financeiro, dando como provável novas perdas relevantes de ativos. Também não afeta a capacidade da cooperativa de operar e honrar suas contas, inclusive o pagamento do leite aos produtores. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

 
Abertas as inscrições para o Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária
Estão abertas as inscrições para o 2º Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária, que acontecerá de 5 a 7 de novembro, em Brasília. O evento é realizado pelo Ministério da Agricultura, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O congresso é direcionado a produtores rurais, representantes de sindicatos de produtores rurais, prefeitos, secretários municipais de agricultura, técnicos extensionistas e demais profissionais do agro. Na programação serão debatidos os desafios do setor e a elaboração de políticas para o desenvolvimento e inovação da agropecuária brasileira. O evento tem apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial (OCBPM). Para consultar a programação preliminar e efetivar a inscrição, acesse: http://www.congressoagropecuaria.cnm.org.br/. (As informações são da CNA)

Porto Alegre, 06 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.061

  Sem muitas alterações de cenário, importações brasileiras seguem estáveis

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea nesta quinta-feira (05). Segundo a SECEX, a quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês agosto aumentou 1%, praticamente estabilidade em relação a julho, com 76,4 milhões de litros em equivalente leite importados. Na comparação de agosto de 2019 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade importada ficou 28% maior.

Os 8,9 milhões de litros em equivalente leite exportados pelo Brasil em agosto deste ano representaram um aumento de 4% em relação aos 8,5 milhões de litros em equivalente leite de julho. Já na comparação com ago/18, houve uma redução de 23%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -68 milhões de litros em agosto, gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
 

Com a produção interna de leites em pó abastecendo o mercado brasileiro, a oferta restrita de leite do Mercosul e a contínua valorização do dólar frente ao real, foi possível notar uma redução nas importações do leite em pó integral, que recuou 22% em relação ao mês anterior. Além disso também foi possível notar uma menor importação de queijos (-18%), que representaram 19,2% das importações totais.

Os países que mais exportaram lácteos para o Brasil em agosto foram, Argentina, Uruguai, Alemanha, Holanda e Nova Zelândia, representando cerca de 90% das vendas totais ao mercado brasileiro. No entanto, apesar de nossos vizinhos sul americanos ainda ocuparem posição destaque, suas participações continuaram caindo como no mês anterior, a Argentina retraiu 18% e o Uruguai 7%. Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de agosto deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em agosto de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
 

(Mikpoint Mercado)

Produtores de leite do Uruguai esperavam maior aumento no preço do leite

O conselho de administração da Conaprole ajustou em 5% o preço do leite captado em agosto. Com teores de 3,80% de gordura e 3,45% de proteína, o litro ficou em 11,01 pesos (US$ 0,2984) e, com os ajustes de qualidade, pode chega a a 11,19 pesos (US$ 0,3033) por litro. Os produtores estão chateados e consideram que o ajuste "é muito pequeno" e "nem sequer contempla o aumento do preço do dólar", disse Justino Zavala, diretor da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

Zavala disse que, dentro desse aumento de 5%, a cooperativa incluiu parte dos 40 centavos (US$ 0,0108) por litro que corresponde à ferramenta financeira projetada pelo governo para aliviar o endividamento, ou seja, o crédito do Banco República y República Microfinanzas disponível para produtores que enviam menos de 480.000 litros por ano. “O Ministério da Indústria estabeleceu que esse dinheiro ia diretamente ao preço e corresponde aos produtores. Existem 20 centavos (US$ 0,0054) por litro incluídos no aumento que vêm da ferramenta financeira ”, explicou ele.

"Cada dia que passa, baixa mais o preço do leite. Você entra na primavera, onde tem que pagar todas as contas que foram transferidas desde o outono, com um dólar que aumentou desde abril", disse Zavala preocupado. Por sua vez, os sindicalistas pressionam os sindicatos que procurarão reverter a decisão do conselho da Conaprole e aumentar ainda mais o preço.

Em 05/09/19 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,02711
36,8878 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

Ideas for Milk
A UFPel receberá mais uma edição do Ideas for Milk, em sua Caravana 4.0, no dia 11 de novembro, às 9h, no Auditório do Pelotas Parque Tecnológico. A Caravana está percorrendo Universidades, eventos de inovação e comunidades startup em todo o Brasil para conversar sobre a cadeia produtiva do leite, a revolução digital no agronegócio e o mercado agtech e de inovação para o leite, compartilhando casos de sucesso de quem se destacou no Desafio de Startups com o objetivo de inspirar novos empreendedores. Conforme a Coordenação de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, o tema é de interesse das áreas de Agrárias, como Agronomia, Zootecnia e Veterinária, e Exatas, como Engenharias e Computação, de Humanas, da Administração, da Economia e do Design. Conforme a organização do evento, o mercado de startups para o agronegócio do leite está crescendo e é um setor importante para a economia do país.  Saiba mais em http://www.ideasformilk.com.br/caravana. O evento é gratuito e conta com palestras curtas, dinâmica de inovação, bate-papo e “milk break”. (Universidade Federal de Pelotas)

Porto Alegre, 05 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.060

  Nova liderança

A francesa Lactalis está sob nova direção no Brasil. O comando passou a ser acumulado por Patrick Sauvageot, presidente da marca para a América Latina. A mudança deve-se à saída, no início de agosto, de André Salles, à frente da operação brasileira desde setembro de 2017. E faz parte de reestruturação interna da companhia, que concluiu em julho o processo de compra da mineira Itambé.

Com a nova composição, a multinacional, que tem cinco unidades no Rio Grande do Sul, passará a ter a maior captação anual de leite no Brasil, de 2,3 bilhões de litros, ultrapassando a Nestlé.

Sobre outras alterações no funcionamento das duas companhias unidas, o diretor de comunicação da Lactalis, Guilherme Portella, afirma:

- Em um primeiro momento, as empresas ficarão completamente separadas, com estruturas administrativas próprias, um presidente de cada lado e equipes distintas. Evidentemente, existe possibilidade de sinergias e, mais do que isso, troca de conhecimentos para ver o que cada uma faz melhor e que o outro lado pode aprender com isso, otimizando a operação.

No Brasil, a francesa tem 14 unidades fabris em oito Estados.

- O país vive lógica diferente dos demais países da América, onde tu pega os três principais players e eles têm pelo menos 50% do mercado. No país, o maior é a Lactalis, com 10%. E se tu somar com os outros dois, não chega a 20% - avalia Portella sobre concentração, após a incorporação da Itambé. (Zero Hora)

Novo Barreiro destaca o protagonismo da mulher na atividade leiteira

Com o predomínio de mulheres na plateia, o V Seminário Regional do Leite, realizado no município de Novo Barreiro (RS), destacou o protagonismo da mulher na atividade leiteira. O evento, que contou com cerca de 450 participantes, entre técnicos e produtores, ocorreu nesta quarta-feira (04/9), no Guarani Esporte Clube. De acordo com o assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal e  Gestão Rural da Emater/RS Valdir Sangaletti, a ideia era mobilizar a participação das mulheres em ambientes de debate, visto que, na região, a mulher é quase sempre a responsável pela prática da ordenha.

Durante o evento também foram abordados os seguintes temas: nutrição do rebanho leiteiro, homeopatia na produção de leite, sanidade dos animais, agricultura familiar, qualidade do leite e competitividade de mercado. Em sua palestra, o médico veterinário, responsável pelo Projeto Mais Leite Saudável do Laticínio Stefanello, Maicon Silvestrin, ressaltou a importância da assistência técnica dentro das propriedades para alcançar os resultados exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para o gerente do Departamento de Fomento do Laticínio Stefanello, Adão Castro,  eventos como esse aproximam a indústria dos produtores e são de suma importância porque proporcionam conhecimento. "Fomos convidados pelo Sindilat para estar presente no seminário e ficamos bastante agradecidos com o convite, ainda mais porque estamos sempre buscando profissionalizar o trabalho dos produtores que nos atendem", afirmou Castro.

Promovido pela Emater, com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o seminário itinerante tem o objetivo de sanar dúvidas sobre a atividade, principalmente após a chegada das Instruções Normativas do Leite 76 e 77, do Mapa. As INs, em vigor desde 30 de maio de 2019, visam a qualidade do produto e alteram a produção, coleta e armazenagem do leite cru em todo o País. (Assessoria de Imprensa sindilat)


Foto: Marcela Buzatto

 
 

Fonterra/Austrália 

A Fonterra noticiou que o volume de leite captado na Austráilia caiu 29% no primeiro mês da temporada, acompanhando a queda de 20% da estação passada. O volume de leite continua caindo rapidamente. As notícias são melhores na Nova Zelândia, onde o volume coletado em julho foi 2,2% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (18,3 milhões de quilos de sólidos de leite).

A Fonterra disse que na Nova Zelândia (onde a temporada começa um mês mais tarde) a captação no final de julho totalizou 32,7 milhões de quilos de sólidos, um aumento de 4,7% em relação ao ano passado. Isso representa apenas 2% da produção total da temporada.

No entanto, em sua mais recente atualização para agosto, a Fonterra diz que a captação em toda a Austrália no primeiro mês da temporada 2019/20 (julho) foi de 5,4 milhões de kg, uma queda de 28,9% em julho na temporada passada.

A cooperativa esclarece que isso representa "uma pequena porcentagem da coleção do ano inteiro". No entanto, continua a tendência de queda acentuada verificada na temporada anterior, com as quedas tendendo a piorar mês a mês. No último mês de 2018/2019 - junho de 2019 - o volume captado na Austrália caiu cerca de 30% em relação ao mesmo mês do ano anterior e ajudou a reduzir a perda total de volume da temporada para 20,3%. Em 2017-18, os volumes australianos aumentaram cerca de 24%.

Comentando a situação da Austrália, a Fonterra diz que sua participação na captação continua declinando na Tasmânia, "impactada pela intensa concorrência pela oferta de leite e péssimas condições de produção. A seca em 2019 fez com que aumentassem as taxas de abate de vacas de leite, o que significa um grande número de fazendeiros saindo da atividade e a continuidade dos elevados custos de produção resultou na redução das bacias leiteiras da Austrália no primeiro semestre de 2019, em relação ao primeiro semestre de 2018", diz a Fonterra. 

A cooperativa já havia anunciado o fechamento da fábrica de Dennington na Austrália. Mais recentemente informou que teve prejuízos de NZ$ 70 milhões com seus negócios de ingredientes na Austrália, para se adaptar "às secas continuadas, a queda na oferta de leite e a agressiva competição das indústrias de laticínios".

Com as baixas contábeis em operações domésticas e no exterior, a Fonterra já sinalizou que reportará uma perda entre NZ$ 590 milhões e NZ$ 657 milhões no ano fiscal encerrado em julho, e não haverá pagamento de dividendos.

O resultado deverá ser divulgado em 12 de setembro e será acompanhado de perto pelos acionistas prodotres de leite da Fonterra, que viram o preço das ações da cooperativa afundar de forma alarmante.

As ações da cooperativa (que só podem ser de propriedades dos fazendeiros) fecharam na terça-feira com uma baixa história, NZ$ 3,17, e permaneceram nesse nível nesta quarta-feira. Isto representa queda de 32% em relação ao início do ano, e mais de 50% quando comparada com o valor no início de 2018. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

Confira cotas e tarifas para produtos agrícolas no acordo Mercosul-EFTA

O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, prevê acesso preferencial para os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil, com a eliminação de tarifas ou concessão de cotas.

Alguns dos setores que serão beneficiados com o acordo são: carne bovina, carne de frango, milho, farelo de soja, melaço de cana, mel, café torrado, frutas e sucos de frutas.

Veja aqui as tarifas e cotas do acordo de livre comércio Mercosul-EFTA

As negociações entre os dois blocos tiveram início em janeiro de 2017 e foram concluídas após dez rodadas. Com um PIB de US$ 1,1 trilhão e uma população de 14,3 milhões de pessoas, a EFTA é o nono maior ator no comércio mundial de bens e o quinto maior no comércio de serviços.

O Ministério da Economia estima que o acordo Mercosul-EFTA irá incrementar o PIB brasileiro em US$ 5,2 bilhões em um período de 15 anos. Outra projeção é o crescimento de US$ 5,9 bilhões e de US$ 6,7 bilhões nas exportações e nas importações totais brasileiras, respectivamente, totalizando acréscimo de US$ 12,6 bilhões na corrente comercial brasileira. Espera-se um incremento substancial de investimentos no Brasil, da ordem de US$5,2 bilhões, no mesmo período.

Em 2018, a corrente de comércio entre Brasil e EFTA totalizou US$ 4,5 bilhões, com exportações de US$ 1,7 bilhão, compostas principalmente por ouro, produtos químicos como óxido de alumínio, café, soja, carnes e preparações alimentícias diversas, e importações de US$ 2,8 bilhões, com destaque para produtos farmacêuticos e químicos orgânicos, máquinas e equipamentos, petróleo e gás, peixes e crustáceos. (As informações são do Mapa) 

Produção/AR 
O Departamento de Política Leiteira da província de Buenos Aires destacou que depois de registrar resultados negativos em termos de produção de leite durante os primeiros quatro meses do ano (-6,5% em relação ao mesmo período do ano passado), a tendência foi revertida a partir do mês maio, exibindo uma recuperação, que em termos interanuais alcançou 3,2% em maio, 3,4% em junho e 6,3% em julho. Esta informação foi publicada na página da web do Ministério da Agroindústria e mostra que a quantidade de fazendas informadas pelo SIGLEA (Sistema Integral de Gestão do Setor Lácteo da Argentina) permanece a mesma, em torno de 1.590 estabelecimentos. A produção de leite acumulada de janeiro a julho cresceu 0,6%, ainda que o preço do leite recebido pelo produtor em julho de 2018, e julho de 2019 tenha apresentado uma variação positiva de 123%, passando de 7 para 15,80 pesos por litro. "Ao avaliar a situação em cada uma das bacias leiteiras da província, a maior taxa de crescimento em julho, ocorreu na Bacia de Abasto Sul (12,9%), seguida pela Bacia Oeste (6,9%), Abasto Norte (5,6%) e Mar y Sierras (3,5%), destacou o boletim. (infocampo - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 04 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.059

  Sindilat participa do XIII Congresso Brasileiro de Buiatria

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) marca presença no XIII Congresso Brasileiro de Buiatria que, nesta edição, ocorre na cidade de Passo Fundo, de 10 a 12 de setembro. O evento será realizado no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), localizado na BR 285 s/n, bairro São José.

A programação do encontro inclui a palestra do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que falará sobre a importância da sanidade animal na comercialização do leite e seus derivados. De acordo com Palharini, é fundamental que o tema seja debatido abertamente. "As discussões visam, antes de qualquer coisa, o tratamento e a prevenção das enfermidades que acometem os bovinos", ressalta.

Os interessados em participar do evento podem conferir a programação completa e realizar a inscrição através do site do  XIII Congresso Brasileiro de Buiatria. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Novas diretrizes do programa de combate à febre aftosa passarão por consulta pública em outubro

Novas diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) passarão por consulta pública a partir de outubro. O objetivo é atualizar a legislação em relação às mudanças do Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e adequá-la ao processo de retirada gradual da vacinação contra a doença no Brasil.

Entre as normas que entrarão em consulta pública, estão controle sobre os produtos de origem animal e as restrições à movimentação dos rebanhos entre as áreas livres com e sem vacinação. Também deverão ser inseridos novos conceitos presentes no código da OIE, como a zona de contenção, que permite ao país, caso ocorra um foco da doença, isolar a área afetada mantendo a condição sanitária, a comercialização e a movimentação dos rebanhos no restante do país.

A última revisão da legislação sobre febre aftosa ocorreu em 2007. Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali, a revisão da legislação nacional "é uma das 16 operações previstas no Plano Estratégico 2017-2026”.

Na última sexta-feira (30), no primeiro fórum do PNEFA, realizado na Expointer, em Esteio (RS), foi encerrado o primeiro ciclo do Plano Estratégico, iniciado em 2017. Diego Vali informou que o Ministério debateu a importância da participação efetiva da iniciativa privada no processo de ampliação de áreas sem vacinação, devido o papel fundamental que os produtores rurais assumirão na vigilância da febre aftosa.

“A eficiência da vigilância pecuária estará intimamente ligada à notificação oportuna do produtor. No caso do reingresso da doença, o criador, que diariamente está em contato com seus animais, será o primeiro a visualizar os sintomas da doença em seus animais, já que sem a vacina, os sinais clínicos ficarão muito mais visíveis, e o produtor deverá ter conhecimento sobre esses sintomas e notificar imediatamente o serviço veterinário oficial”, explica o chefe da Difa.

A situação dos fundos de indenização dos produtores - mantidos para cobrir perdas em caso de sacrifício de animais com aftosa – também foi discutida no fórum. “Temos fundos estaduais que estão bem robustos e outros estados que estão com o fundo ainda incipiente, mas estamos trabalhando para ter essa reserva de recursos. Temos exemplos positivos de fundos, como o de Goiás, do Rio Grande do Sul e do Paraná. Alguns fundos estão com mais de R$ 100 milhões em caixa, o que dá uma garantia ao produtor em um eventual reingresso da doença, para que ele tenha indenização dos animais sacrificados ou acometidos pela doença”, diz.

O pleito do Paraná para antecipar o calendário de retirada da vacinação contra aftosa está em análise, além disso o estado terá que concluir a instalação de um posto fixo de fiscalização agropecuária na divisa com São Paulo e contratar 80 servidores (30 veterinários e 50 técnicos) para reforço na fiscalização.

Este mês, o Ministério, com base nas evidências apresentadas pelo estado, deverá decidir se o Paraná não irá vacinar em novembro. Quanto ao Rio Grande do Sul, que também quer antecipar a retirada da vacinação, desde segunda (2) o Mapa faz auditoria no serviço veterinário oficial estadual para verificar a viabilidade do pleito. (As informações são do Mapa)

Santa Clara amplia linhas de laticínios e food service

Chegam em breve às gôndolas dos supermercados os novos produtos Santa Clara. As novidades foram apresentadas ao público durante a 38ª Expoagas, realizada de 20 a 22 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. 

Com o objetivo de ampliar o leque de opções ao consumidor, um dos destaques são os novos sabores de Temper Cheese, de Parmesão e Pesto, disponíveis em embalagens de 150g.

Na linha de food service, a novidade é o Creme Confeiteiro Sabor Baunilha, Recheio e Cobertura Sabor Chocolate Meio Amargo e Recheio Sabor Leite Condensado, todos com 1,01 kg. Os três sabores são forneáveis e podem ser usados em receitas de congelados e coberturas. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 

Preços/UR 

A Conaprole definiu que irá aumentar em 5% o preço do leite ao produtor para a captação de agosto. Um diretor da cooperativa confirmou a informação à Conexión Agropecuaria.

O preço médio pelo litro de leite com 3,8% de matéria gorda e 3,45% de proteína será de UY$ 11,03 [R$ 1,26/litro]. Preenchendo todos os requisitos da composição e 19% da qualidade o valor chegará a UY$ 11,19 o litro, [R$ 1,28/litro], (ambos os valores incluem a bonificação do leite tabelado).

A notícia foi recebida como um sinal positivo para os produtores, como confirmaram alguns dirigentes de entidades setoriais. Os detalhes sobre o preço de agosto serão oficializados nesta terça-feira pela manhã, em uma reunião que será realizada entre a Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL) e a diretoria da Conaprole.

Em princípio, o encontro teria como objetivo central a reivindicação pela ANPL de aumento do preço do leite ao produtor. O argumento seria a estabilidade nos preços internacionais e o fortalecimento do dólar, lembrou o vice-presidente da ANPL, Eduardo Viera.

Viera destacou o retrocesso que está ocorrendo no poder de compra do leite, que de acordo com os dados do Instituto Nacional do Leite (INALE), caiu 2% em julho em relação ao mês anterior, resultado da queda no preço do leite (-1%), acompanhado da elevação dos custos em 1,1%.

Em comparação com junho de 2018, o poder de compra melhorou 0,4%, com os preços 4,2% superiores e um índice custos que aumentou 3,8%.

Nesta terça-feira será realizada o primeiro leilão de setembro da plataforma eletrônica da Fonterra, o Global Dairy Trade, marcando novas referências de preços para o mercado. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

 
Expointer 2019 | TVE - Boletim 13:45 - 26/08/19
Simone Feltes entrevista José Arthur Martins (subsecretário do Parque de Exposições Assis Brasil) e Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat). Reportagens sobre a visita do governador Eduardo Leite visita à Casa da TVE, na Expointer e sobre a história da Expointer. CLIQUE AQUI para assistir ao programa. (TVE/Youtube)

 

Porto Alegre, 03 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.058

  GDT 03/09/2019

 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

 

Preços/AR

Logo após a recuperação do preço do leite durante o primeiro semestre de 2019, o fim de agosto mostra uma situação menos favorável. Segundo cálculo do Siglea, o preço do litro de leite em julho foi de AR$ 15,50/litro, o que refletiu em uma desaceleração do aumento que vinha recebendo o produto nos meses anteriores” afirma Diego Curat, integrante da Consultora AZ Group. 

“Junho e julho foram bons meses para o produtor de leite, com preços razoáveis do leite, sem elevação de custos, mas, nos últimos dias a situação mudou”, acrescentou. Curat observa que em grande parte da província de Buenos Aires as pastagens de inverno produziram menos do que o esperado, em decorrência da seca. Essas fazendas tiveram que aumentar a quantidade de alimentos balanceados para as vacas, um insumo que representa grandes aumentos de custos.

Elevação de custos
Na equação econômica do produtor também influi o aumento estabelecido para os empregados rurais, de 23% para agosto e de 28% para outubro. Também tem impacto a forma de pagamento do leite em um contexto de inflação em alta, como atualmente: É preciso receber o mais cedo possível porque não está fácil conseguir financiamento para compra de insumos.

“É bem pouco provável que o preço do leite acompanhe os aumentos de custos dos últimos dias, porque o consumo interno está travado pela recessão econômica – adianta Curat – o que se traduzirá em redução das margens”.

Os fatores descritos fazem com que se chegue à primavera (quando há maior produção de leite) com preços estabilizados em pesos, queda de mais de 25% em dólares, e aumento dos custos. (La Nación – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Importações China/AR

A corrida chinesa pela importação de lácteos continuou em julho: +14,8% em quantidade e +16,2% em valor, em comparação com o mesmo período de 2018. Estas cifras confirma a “fome” produtos lácteos de Pequim. 

Nos primeiros sete meses de 2019, em particular, as importações totais da China aumentaram 11,8% em quantidade e 13% em valor. Mais marcante ainda é o crescimento das importações calculadas em equivalente leite (EM), com aceleração de 25,9% entre janeiro de julho. No mesmo período de 2018, o crescimento foi bem mais contido, 4,43%.

A China absorveu uma grande quantidade de leite em pó integral (+26,6% em quantidade de 17% em valor), leite e creme (+38,9% em quantidade e 27,8% em valor), leite em pó desnatado (+29,2% em quantidade e 43,6% em valor) e leite infantil (+16,4% em quantidade e +19,2% em valor).

O mês de julho sorriu para as exportações da União Europeia (UE), que ganharam terreno nos segmentos de leite infantil (possuindo 74% da cota de mercado), na exportação de leite e creme (+87,9%), e na venda de leite em pó desnatado (+41,7%).

As tensões internacionais vinculadas à guerra comercial entre China e Estados Unidos penalizaram, significativamente, as exportações estadunidenses. Entre janeiro e julho deste ano, as vendas caíram 53,1% em quantidade, e 41,3% em valor.

Os outros atores comerciais relevantes que se beneficiaram pelas compras de Pequim foram: Nova Zelândia (+23,2% em quantidade de 17,7% em valor); UE (+22,3% em quantidade e 11,2% em valor) e Austrália (+27,5% em quantidade e 20,9% em valor). (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)

Afinal, quais são as mudanças e tendências que impactam consumo no Brasil e no mundo?

Durante o evento Kantar Talks, a Kantar apresentou mudanças e tendências que impactam o mercado no Brasil e no mundo, fornecendo diretrizes para que as empresas possam crescer, adaptando suas estratégias e campanhas de comunicação.

Em um cenário global onde a transformação constante é a única certeza, o relatório Energias Globais, da Kantar – realizado em 26 países, por meio de 34.000 entrevistas - evidenciou as 8 principais tendências que se tornam cada vez mais importantes para o consumidor. A primeira delas é a preocupação com a responsabilidade – tanto social, quanto ambiental -, seguida pela busca incessante por experiências positivas, bem-estar físico e espiritual, conexões humanas mais relevantes, fluxos flexíveis e simplicidade. Para completar, o consumidor atual também deseja preservar sua identidade, que é única e foge de estereótipos, e ter proteção, seja física, digital, ambiental ou financeira.

“Parece complexo e é, mas para crescer e se manter no topo as empresas devem ter conhecimento sobre esses conceitos, a fim de atender as necessidades do consumidor, que se refletem na interação com as marcas e principalmente nas decisões de compra”, comenta Sonia Bueno, Presidente Brasil da Kantar.

Essas novas tendências criam um consumidor “multi”, ou seja, que se abre para novas perspectivas, tem mais opções de marcas e busca canais específicos para sua compra. Ele procura o que lhe proporciona experiências mais valiosas, faz trocas, explora novas marcas e categorias e abandona antigas, frequenta menos vezes o ponto de venda. E tudo isso faz surgir novos nichos de mercado. “Antes buscava-se alimentos menos calóricos, enquanto hoje também há uma busca por segmentos como “sem glúten” e “sem lactose”, o que significa uma oportunidade e um desafio para as empresas”, afirma Elen Wedemann, Managing Director da Kantar, divisão Worldpanel.

Segundo ela, atualmente existe mais dificuldade para as megamarcas crescerem, seja por penetração ou frequência. “Para essas marcas conseguirem crescer ainda mais é necessário que elas usem diferentes canais e atentem-se que a decisão de compra é uma combinação de ocasião, benefício, necessidade e experiência”, completa Elen.

Como as marcas podem crescer e se manter no topo
A disrupção tornou-se a palavra do momento e algo vital para as empresas crescerem e se manterem no topo, mas de nada adianta se essa diferenciação não trouxer um valor real para o consumidor. O ranking BrandZ da Kantar, que mensura o valor das marcas há 14 anos, detectou que, na comparação entre os rankings de 2006 e 2019, oito diferentes empresas aparecem entre as 10 maiores – quase todas de tecnologia.

“As mudanças nos hábitos de consumo, produtos, mídia e tecnologia ditam quem atinge e quem se mantém no topo. Está muito difícil crescer e mais difícil ainda é manter o crescimento”, garante Valkiria Garré, CEO da Kantar, divisão Insights. Segundo ela, entre 2006 e 2019, entre as 100 maiores marcas do mundo, 52 mudaram, ou seja, mais da metade.

O segredo para o sucesso está na combinação de três itens básicos: relevância, diferenciação e conhecimento. É fundamental que as empresas encontrem as necessidades dos seus consumidores para que possam ir além de onde já estão estabelecidas, foquem em nichos de mercado, personalizem seus produtos e serviços, cheguem mais facilmente ao consumidor e adotem novos modelos de negócios. Atualmente, as marcas só crescem se conseguirem se diferenciar, mas o principal é continuar nesse movimento.

Para nortear as marcas, a Kantar definiu, em parceria com o IRG - Institute of Real Growth - 7 pilares: ter uma visão mais ampla do mercado, ter múltiplos modelos de negócios, evoluir as experiências do consumidor, reescrever suas culturas, agilizar a organização, usar o lado direito do cérebro (combinando a análise de dados com a criatividade) e ter um crescimento humanizado. (As informações são da Kantar)

 
Importações/UR 
O Uruguai mantém a importação de leite firme. Em agosto ingressaram no país 138.321 litros de leite UHT, majoritariamente do Brasil. A Parmalat é a empresa que importou a maior quantidade do país vizinho, 123.009 litros.  Os 15.312 litros chegaram da Argentina. De janeiro a agosto deste ano as importações de leite UHT totalizaram 703.124 litros. Vieram do Brasil, 482.325 litros. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 02 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.057

  Sindilat pede medidas compensatórias para acordo com a UE

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, defendeu a adoção de medidas compensatórias que ajudem o setor lácteo a enfrentar a concorrência com os importados que ingressarão no País dentro do acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O acerto de livre comércio, selado em junho, agrava a situação dos produtores e dos laticínios, que vêm enfrentando dificuldades há tempo. "Sabemos da importância dos acordos para melhorar a estrutura econômica do país, mas entendemos que ainda não estamos preparados para certas ações. Precisamos ter medidas compensatórias até que sejamos competitivos o suficiente", declarou, lembrando que, além da concorrência com os países do Prata, agora o mercado nacional também sofrerá o impacto dos itens europeus. O tema foi alvo de audiência pública promovida pelo Senado Federal nesta sexta-feira (30/8), durante a Expointer, em Esteio. O encontro foi um pleito do senador Luis Carlos Heinze, que acredita que o país colherá em breve os frutos desse novo acordo.

De acordo com o Secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, o acordo representa uma abertura econômica para o Brasil, mas vem sendo analisado criteriosamente pela Secretaria de Agricultura. “Acreditamos que o acordo é positivo, mas com algumas ressalvas. Temos dois setores profundamente afetados: o leite e vinho. Por isso, a tensão e as discussões são necessárias e precisam ser amplamente debatidas”, destacou.

Segundo o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Schwanke, o ministério é parceiro do agronegócio brasileiro e da competitividade. “Essa é uma grande oportunidade de aumentar a competitividade de setores que hoje não são competitivos”, afirmou, defendendo a abertura das negociações. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Letícia Breda

 

Sólidos no leite

“Os sólidos são toda fração que dá importância nutricional ao leite. Se você pegar um litro de leite e secar toda a água, o que sobra são os sólidos totais. 

Que são compostos por gordura, rica em vitaminas A, D, E e K; proteína, que é extremamente importante por causa dos aminoácidos essenciais; a lactose, cujo açúcar cria um ambiente intestinal favorável a absorção de cálcio e fósforo; além dos minerais”, alertou a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanela, durante palestra realizada na Expointer.
 
A pesquisadora da Embrapa explicou para os criadores que lotaram a Casa do Jersey no Parque Assis Brasil, em Esteio, porque os sólidos do leite tem tanta importância para a cadeia produtiva, especialmente para a indústria. “Esses sólidos são a base da indústria de laticínios.

Com eles, pode ser feito queijo, requeijão, doce de leite, manteiga, por exemplo. Ou seja, quanto mais sólidos no leite, maior o rendimento para a indústria e, também, mais produtos na mesa do consumidor”, afirma a técnica.

De acordo com a pesquisadora, tudo passa pela organização da cadeia produtiva. Por isso, ela acredita que as propriedades que produzem leite de excelente qualidade devem despertar, cada vez mais, o interesse das indústrias de laticínios e consequentemente remunerar essa qualidade.
Atualmente, a indústria leiteira no Brasil paga por volume, medido em litros, além de uma bonificação por teor de gordura e de proteína. No entanto, em outros países o processo de compra já ocorre por quilos de gordura e de proteína, principalmente para os produtores de Jersey, já que esses animais são considerados uma raça queijeira, com maior teor de sólidos.

“É importante que o produtor entenda que produzir leite de qualidade com teor de sólidos elevado é um benefício para a cadeia produtiva e para toda a sociedade.  Por isso ele precisa juntar forças com outros produtores e tentar negociar melhor o seu produto”, finaliza Maira.

A porcentagem de sólidos totais no leite Jersey é de aproximadamente 14%, enquanto em outras raças o percentual mínimo é 11,4%. Essa variação de 3 a 4% mais sólidos da vaca Jersey é o seu diferencial frente as outras raças.

Neste ano, por exemplo, a Campeã do Concurso Leiteiro de Sólidos da raça Jersey na Expointer, produziu 51 kg/dia (24h), e um percentual de sólidos totais de 13,50%. (Página Rural)

Leite/América do Sul 

A produção de leite no Cone Sul da América do Sul continua aumentando, ainda que as flutuações climáticas prejudiquem os volumes na Argentina. As indústrias informam que a quantidade de matéria-prima tem sido suficiente para atender as necessidades de processamento, e os estoques de alguns produtos estão crescendo. 

A demanda por manteiga e leite engarrafado/UHT está forte, mas as exportações de leite em pó desnatado e integral estão abaixo das expectativas. As indústrias relatam que existe algum interesse retornando, mas, o lento crescimento da economia e os problemas cambiais no Brasil estão prejudicando as vendas. 
 
 
Além disso, publicações em redes sociais e reportagens sobre os incêndios na Amazônia estão colocando a agricultura e, particularmente, a pecuária, em julgamento pela opinião pública mundial. Alguns países da União Europeia (UE) sugerem a saída do acordo comercial UE-Mercosul, a menos que o Brasil possa garantir medidas de proteção e prevenção de incêndios na floresta Amazônica. Organizações Não Governamentais (ONG) incentivam o boicote à carne e lácteos da região. Essas pressões externas são preocupantes, pois a economia da região depende fortemente do agronegócio. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Tetra Pak
A Tetra Pak atingiu 500 bilhões de embalagens com o selo Forest Stewarfship Council (FSC) vendidas ao nível da indústria, ao nível mundial, desde 2007. Doze anos atrás a empresa lançou a tecnologia, através de uma parceria com a varejista britânica Sainsbury, a primeira embalagem com certificação FSC, a qual sinaliza as embalagens fabricadas com material procedente de gestão florestal sustentável. A multinacional sueca registra “acelerou nos últimos três anos” a comercialização dessas embalagens em todo o planeta. Em Portugal, todas as embalagens comercializadas pela Tetra Pak são certificadas e de fontes controladas. “O selo FSC apoia a gestão florestal sustentável conforme os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas”, disse Mário Abreu, vice-presidente da Tetra Pak para a sustentabilidade. “No futuro vamos garantir que todos os fornecedores estejam comprometidos com a sustentabilidade e tenham certificação pelo FSC”. A preocupação com a procedência das embalagens influencia cada vez mais nas escolhas dos consumidores. Segundo a Tetra Pak, o número de consumidores que procuram este tipo de certificação no momento da compra aumentou de 37% em 2013, para os atuais 54%. (Hipersuper)