Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 19 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.070

  Produção/AR 

Como antecedentes podemos mencionar que a produção total de leite alcançou 10.527 milhões de litros no ano de 2018, o que representou crescimento de 4,2% em relação a 2017.

No mês de agosto de 2019 a produção foi de 967,1 milhões de litros de leite, e este valor representa elevação de 7,8% em relação ao mês anterior, e de 2,1% quando comparado com agosto de 2018. No acumulado de janeiro a agosto de 2019 há uma queda de 3,9% em relação ao mesmo período de 2018. A média móvel dos últimos 12 meses também mostra decréscimo de 2,2% na comparação interanual.

 

A produção que habitualmente tem seu pico de mínima no mês de abril, em 2019 ela ocorreu em fevereiro, inclusive com uma baixa mais pronunciada em relação à média histórica e começou desde março um processo de recuperação, um crescimento que normalmente se mantém até outubro, quando ocorre o pico de máxima produção. As projeções disponíveis, avaliaram que o crescimento seria até mais acentuado este ano, em comparação com os anteriores.

Se observarmos o gráfico abaixo, podemos ver que a variação interanual acumulada, à medida que transcorrem os meses seguintes a fevereiro apresentam queda menor. Se em termos gerais não existe alteração significativa nas questões meteorológicas e a relação faturamento/custos não se modificar substancialmente (cenário complexo de prever diante da situação atual), é alta a probabilidade de que a menor produção dos primeiros seis meses do ano, que foi neutralizada em julho, e começou a crescer acima dos valores do ano anterior a partir de agosto, resulte, segundo as estimativas atuais em uma produção para 2019, muito similar à do ano anterior.


 
O próximo gráfico mostra a sazonalidade diária da produção de leite e a média dos picos de mínima e de máxima durante o ano. Entre o último mês (agosto) e o provável pico máximo (outubro) existe uma diferença de 6,4%, ou seja, em outubro haverá a produção de 2 milhões de litros de leite a mais do que agosto último. (OCLA - Tradução livre: Terra Viva)

Rebanho/China

Nos primeiros meses de 2020 serão enviadas 5.000 novilhas holandesas para a China. O setor entende que a venda é positiva porque oferece a possibilidade de exportar uma categoria de produto que tem preços muito baixos no mercado interno.

O mercado de raças leiteiras será reativado com o envio de 5.000 novilhas para a China. É um "recomeço", disse Federico Di Santi fazendo referência às transações que foram suspensas há alguns anos. Acrescentou que serão animais com peso superior a 200 quilos e em boas condições sanitárias (animais sadios, sem leucose, brucelose, etc).

As condições para a compra não foram estabelecidas ainda, mas, assegurou que os produtores receberão um valor melhor do que o comercializado no mercado interno.

A notícia é muito boa já que se trata de uma categoria que hoje está com valores muito baixos. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)

Desigualdade digital separa campo da cidade

Ao longo dos últimos 11 anos, entre 2008 e 2018, o acesso à internet aumentou significativamente tanto no meio rural como nas áreas urbanas do Brasil, mas a desigualdade entre campo e cidade se ampliou neste aspecto. Ao fim do ano passado, 44 em cada cem domicílios rurais no país estavam conectados à web - 11 vezes mais do que em 2008, quando apenas 4% dos lares dispunham desse tipo de acesso. No ambiente urbano, a velocidade de expansão do serviço também foi expressiva, embora menor em termos relativos. O percentual de residências conectadas passou de 20% para 70% no mesmo intervalo de tempo. 


"A tecnologia avançou muito nos últimos anos, mas sem romper uma lógica de desigualdade", afirma Winston Oyadomari, coordenador da TIC Domicílios, levantamento anual realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Comparados, os percentuais urbanos e rurais medidos pela pesquisa mostram um aumento da distância entre o campo e a cidade em termos de conectividade. Se em 2008 essa lacuna era de 16 pontos percentuais (20% versus 4%), no ano passado a diferença saltou para 26 pontos (70% contra 44%).

Ao todo, dos 70 milhões de domicílios existentes no Brasil, 14% estão situados em áreas rurais. Mesmo com a expansão da oferta de banda larga fixa pelos pequenos e médios provedores regionais, a conexão à internet via celular (3G e 4G) ainda predomina no campo. Levando em consideração os dispositivos utilizados para acesso individual à web, no campo 77% dos usuários de internet têm o telefone móvel como único canal de conexão à rede mundial de computadores. Na cidade, esse percentual é de 54%.

Um especialista que há décadas acompanha a evolução do mercado brasileiro de telecomunicações avalia que - no quadro regulatório atual - a desigualdade entre campo e cidade em termos de conectividade não será zerada unicamente pela ampliação do alcance das redes 3G e 4G existentes.

Pela regulamentação vigente, a cobertura celular é obrigatória em apenas 80% da área geográfica do distrito-sede de um município, afirma a fonte, que pediu para não ter seu nome citado. Outros distritos dentro de um mesmo município não precisam contar necessariamente com o serviço móvel. Nessas localidades, fica a critério das operadoras de telecomunicações implementá-lo ou não, de acordo com o potencial de mercado, acrescenta o especialista.

"Cinco milhões e duzentos mil pessoas nas áreas rurais do Brasil não têm acesso à internet. Esse contingente está muito espalhado", afirma Oyadomari, responsável pela pesquisa do Cetic.br. "A lógica do provimento de serviço é atender regiões em que a população esteja mais concentrada."

A densidade populacional mais alta nas áreas urbanas ajuda a explicar o maior número de conexões via cabo ou fibra nas cidades. No grupo de domicílios urbanos conectados à internet, 41% são atendidos por meio de uma dessas duas tecnologias, enquanto no campo esse percentual cai pela metade (20%).

"Em todos os grandes países com territórios vastos, levar o acesso de banda larga à internet a áreas rurais é um grande desafio. Esse é um problema nos Estados Unidos, na China, na Índia, na Austrália, na União Europeia, bem como no Brasil", afirma Ricardo Tavares, presidente executivo da consultoria TechPolis.
Uma alternativa que começa a ser utilizada na Europa é o compartilhamento de redes em áreas rurais, lembra ele. "[É algo] que já existe no Brasil, mas de maneira tímida. Pode ser ampliado e já tem o aval da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]", acrescenta.

Outra opção seria atrelar o leilão das faixas de frequência que serão usadas na telefonia móvel de quinta geração (5G) a metas de cobertura 4G, diz Eduardo Tude, diretor-presidente da consultoria Teleco. Isso implicaria em realizar uma licitação de espectro sem viés arrecadatório, voltada principalmente para o aumento da oferta de serviços em regiões menos atrativas do ponto de vista do retorno sobre o investimento.

Apontada como substituta para a banda larga fixa, a tecnologia 5G - por si só - não diminuiria a lacuna digital entre áreas urbanas e rurais, afirma Tavares, da TechPolis. "O 5G não vai afetar a cobertura rural nos primeiros sete anos da tecnologia, entre 2020 e 2026. 

As bandas utilizadas são bandas altas, pouco eficientes para cobertura rural, como 3,5 gigahertz (GHz) e 26 GHz que a Anatel pretende leiloar no ano que vem. O 5G deve começar no Brasil em hotspots [pontos específicos], com baixa cobertura", afirma.

Para além da divisão geográfica entre campo e cidade, o levantamento do Cetic.br espelha também desigualdades de renda e conhecimento. A TIC Domicílios estimou em aproximadamente 16 milhões o número de brasileiros com renda até um salário mínimo que nunca usaram a internet. "Nas classes D e E, por exemplo, 31% não têm celular", diz Oyadomari.

O levantamento indica que um terço dos lares no Brasil seguem desconectados. E, dentro desse universo específico, em 14 milhões de domicílios (61%) os respondentes informaram que não dispõem do serviço de acesso à web por causa do preço. A insuficiência de renda, no entanto, está longe de ser o único empecilho no caminho em direção à popularização da internet no mercado brasileiro.

Além do preço e da disponibilidade dos serviços, a falta de familiaridade com a tecnologia é um dos maiores obstáculos no acesso à web. Em 2018, 11,32 milhões de brasileiros declararam falta de interesse em se conectar à internet. O total representa 27% dos indivíduos que afirmam nunca ter se conectado à rede mundial de computadores. Em 2017, na edição anterior da pesquisa, o percentual estava no patamar de 29% (13,48 milhões de pessoas). A TIC Domicílios foi realizada a partir de uma amostra de 23.508 residências localizadas em 350 municípios. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
    
Abertura de mercado 
O governo do Egito anunciou no sábado, 14, que vai abrir mercado para produtos lácteos do Brasil, informou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Para o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, a estabilidade fundamental para a atividade deve ser gerada pela exportação, pois os preços externos não variam tanto quanto os internos. Além disso, segundo o especialista, os embarques devem aumentar ainda este ano, já que as vendas começam em outubro. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)

Porto Alegre, 18 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.069

  Aliança Láctea Sul Brasileira debate a exportação de lácteos para a China

Em julho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura do mercado chinês para a exportação de lácteos brasileiros. O país asiático, maior importador de lácteos do mundo, habilitou 24 estabelecimentos no Brasil (desses, seis estão localizados no Rio Grande do Sul, quatro no Paraná e dois em Santa Catarina) que poderão exportar leite em pó, queijos, manteiga e leite condensado. Devido a importância desse mercado para o setor, a Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) irá debater sobre os principais desafios para aumentar o número de empresas habilitadas à exportação. A reunião ocorre nesta quinta-feira (19/9), a partir das 10h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária - Santa Catarina (FAESC), em Florianópolis.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, desde a implementação das Instruções Normativas do Leite (INs 76 e 77), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, o setor passa por um momento de profissionalização. "As INs visam a melhora da qualidade sanitária do leite cru, o que é ótimo para toda a cadeia produtiva porque contribui para a abertura de novos mercados, assim como ocorreu com a China", reflete. Na mesma linha, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que as novas regras do Mapa tornam o setor mais competitivo dentro e fora do País.

De acordo com o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, a região Sul do Brasil é responsável por 40% da produção de leite e a abertura do mercado externo para escoar esse volume é imprescindível. "Enquanto a comercialização de lácteos ficar somente no mercado interno, haverá crise no setor. Porém, para exportar, precisamos primar pela qualidade do produto, diminuir os custos de produção e ter uma logística mais eficiente", afirma Spies, ressaltando que o leite brasileiro não é competitivo nas commodities.

Na pauta do encontro também está a recente abertura do mercado egípcio para a exportação de lácteos brasileiros, o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia, a adaptação do setor e os impactos das normativas do leite, e a relação entre produtor e indústria, que passam a dividir a responsabilidade pela qualidade dos produtos com o poder público. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

CNA promove debate com empresas habilitadas à exportação para China

Atendendo a uma demanda da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizará reunião nesta quinta-feira (19/9) para debater os desafios da exportação de lácteos brasileiros para a China. O encontro ocorre a partir das 8h30, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária - Santa Catarina (FAESC), em Florianópolis.

A China é o maior importador de lácteos do mundo e abertura desse mercado é de suma importância para a valorização da indústria de laticínios do Brasil. Segundo o coordenador-geral da ALSB, Airton Spies, o encontro tem o objetivo de sanar possíveis dúvidas das empresas aptas à exportação para a China. "Os 24 estabelecimentos habilitados para a exportação foram convidadas a participar da reunião que contará com o diretor da Candor Partner Trading, Bruno Trombelli, que dará dicas de como acessar esse mercado chines".

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a exportação é a melhor forma de escoar o volume excedente de leite no Brasil e recuperar o crescimento da produção  "O mercado chinês é um gigante mas, para dar certo, é necessário que haja o apoio do Governo Federal", ressalta.  Uma das sugestões do Sindilat é que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) agilize a normatização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para que tanto o produtor quanto a indústria consigam enfrentar os altos custos de produção e infraestrutura que o Brasil possui. "Sem apoio, o setor brasileiro de lácteos não conseguirá ser exportador e corre sério risco de se tornar importador, causando  um grande problema social, pois é um setor que conta com mais de 1.200.000 famílias envolvidas na atividade leiteira", afirma Palharini.

Para o presidente da Câmara Setorial do Leite e Derivados, Ronei Volpi, a cadeia produtiva precisa de adequar às demandas do mercado externo para que a exportação de lácteos brasileiros seja uma constante. "A exportação irá fortalecer o nosso setor". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Análise de alimentos

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em reunião na quarta-feira (18), deve votar um projeto de lei que permite a laboratórios públicos e privados fazer análise de alimentos para controle da conformidade a normas de higiene, envasamento e rotulagem, desde que habilitados pelo governo.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 202/2018, do ex-senador Antônio Carlos Valadares, altera o Decreto-Lei 986, de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos, para criar a figura do laboratório habilitado que, chancelado pela autoridade sanitária, possuirá fé pública para desempenhar os mesmos papéis dos laboratórios oficiais na certificação de controle dos alimentos.

A intenção é contribuir com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que, de acordo com o autor, precisa de capacidade técnica e operacional suficiente para atender as responsabilidades de sua competência: conferir proteção à saúde da população, com a garantia de segurança sanitária de produtos e serviços.

A relatora do projeto na CAS, senadora Leila Barros (PSB-DF), lembrou o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) de que “os laboratórios privados não podem ser investidos do poder de polícia típico das ações de vigilância sanitária” por falta de previsão legal para tal, de modo que a aprovação do texto deverá dar maior segurança jurídica às atividades de vigilância sanitária na área de alimentos. Em seu voto pela aprovação do projeto, Leila ofereceu emenda de redação.

A decisão da CAS é terminativa: se aprovada, a proposição poderá seguir diretamente para a análise da Câmara dos Deputados.

Rotulagem
Os rótulos e as embalagens de produtos poderão trazer avisos sobre a eventual existência de ingredientes cancerígenos em sua composição. Esse alerta está previsto no PLS 510/2017, também na pauta da CAS.

Apresentada pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), a proposta altera o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990) e determina que esses rótulos e embalagens exibirão a mensagem avisando sobre substâncias cancerígenas, ou com tal potencial, caso sua presença ultrapassasse os limites máximos admitidos pelo órgão de controle sanitário.
 

A relatora, senadora Juíza Selma (PSL-MT), apresentou voto favorável à matéria, com uma emenda. (Agência Senado)

Lácteos

Ao nível mundial, a expectativa é de que o crescimento da produção de leite, em 2019, seja limitada. O clima é o principal problema, ainda que as margens reduzidas estejam tendo um papel significativo nos Estados Unidos e na Austrália. 

A Nova Zelândia começou a nova temporada em alta, mas, os recentes resultados financeiros da Fonterra, que levaram à suspensão do pagamento de dividendos, deverá exercer pressão sobre as margens dos produtores de leite da Nova Zelândia.

A disponibilidade de produtos lácteos nos principais países exportadores está equilibrada. Os estoques de queijos nos Estados Unidos estão mais elevados, já que os preços altos e as tensões comerciais limitam as exportações.

A demanda de importação da China tem sido forte até agora, em 2019, com exceção do soro de leite.
Não está claro se as importações mais elevadas foram responsáveis por elevação dos estoques, ou se simplesmente está havendo reabastecimento dos armazéns, depois de importações menores do que o normal em 2018.

De um modo geral, as perspectivas dos preços de produtos básicos ao nível mundial são de relativa estabilidade. Qualquer risco para baixo virá pelo impacto na demanda de importação da China em decorrência da desvalorização de sua moeda diante do dólar norte-americano, e queda no consumo diante do fraco crescimento econômico nos EUA e na União Europeia (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)

    
Indústria vê abertura do mercado do Egito como boa oportunidade para os lácteos
O secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini, destaca que a abertura do mercado externo vai ajudar no equilíbrio do setor do leite. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista. (Agert)

Porto Alegre, 17 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.068

  GDT


 (Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

Produtores e indústrias se preparam para vender leite em pó e queijos para a China

A China autorizou no fim de julho a venda de produtos leite em pó e queijo produzidos no Brasil, e a abertura para um dos principais mercados consumidores animou laticínios e produtores rurais.

Na Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), de Cruz Alta, o leite em pó é o carro chefe. Atualmente a indústria produz 1,6 milhão de litros do alimento e tem capacidade para aumentar para 2,2 milhões de litros.

A unidade que conseguiu aval dos chineses tem que seguir processos rigorosos de qualidade desde a higiene da fábrica até o processo de desidratação do leite.

Com os requisitos atendidos e a autorização da China, o objetivo da CCGL agora é começar a vender leite em pó para o país.

“Nós já começamos a prospectar negócios. Se o mercado responder em valores e em preços, eu te diria que daqui há poucos meses já poderemos estar fazendo carregamento”, projeta Caio Viana, presidente da cooperativa.

E não foi só à indústria que o otimismo chegou. No campo, os produtores esperam que a abertura de mercado possa garantir preços melhores pelo litro do leite.

“Como vai ter mais saída de leite, (as indústrias) vão precisar de mais leite também para exportar. Estamos confiantes que vai melhorar a coisa”, afirma o produtor Claudinei Wisniewski. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem. (Globo Rural)

Preços/AR

Em julho, o preço médio do leite ao produtor na Argentina ficou em AR$ 15,38 o litro, [R$ 1,19/litro], ou seja, o equivalente a US$ 0,29. Na comparação interanual a elevação foi de 107,6%. O Observatório da Cadeia Láctea (OCLA) destacou em seu último boletim que o preço do leite ao produtor aumentou 0,5% em agosto, em relação a julho. (InfoCampo – Tradução livre: Terra Viva)
 

Aumenta procura no Brasil Central por genética gaúcha da raça Holandesa

A genética gaúcha da raça Holandesa vem tomando conta do Brasil. O interesse por exemplares criados no Rio Grande do Sul vem aumentando nos últimos tempos. Em grupos de criadores, muitos são os pedidos por animais que possam ir à venda para o Brasil Central. Destinos como Paraná, Minas Gerais, Goiás e até os Estados do Nordeste do país vêm demandando o gado dos gaúchos.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, historicamente pode-se dizer que muito da raça holandesa no Brasil saiu do Rio Grande do Sul. “Nos anos 70 e 80 muitos criadores do Paraná compraram no Estado e continuaram fazendo o melhoramento dos plantéis cuja  base era de gado gaúcho”, recorda.

Segundo o dirigente, esta procura pela genética gaúcha foi reativada nos últimos tempos e tem acontecido de forma constante com a venda de novilhas e terneiras, comprovando que o Rio Grande do Sul é um dos grandes bancos genéticos da raça Holandesa. “Temos criadores tradicionais que trabalham com o que há de melhor na genética mundial e estas matrizes estão aqui. Muitos perceberam isto e por isso nosso gado tem esta colocação, principalmente agora que o produtor tem essa consciência da qualidade e sanidade e com isso se abriram as fronteiras para o nosso gado”, destaca.

Um dos exemplos é a Fazenda AZBS, de São Jorge (RS), que montou um centro de recria de Terneiras e Novilhas da Raça Holandesa, priorizando a qualidade e a genética do gado. A média de vendas anual tem sido de 600 exemplares e conta no portfólio com vendas para Estados do Centro-Oeste e Sudeste do país. (As informações são da Gadolando)    

Webinar Anvisa
Nesta quinta-feira (19/9), a Coordenação de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Alimentos (Coali) da Anvisa apresentará um Webinar sobre o Guia de Boas Práticas para Bancos de Alimentos, com o objetivo de divulgar a publicação. O seminário virtual terá início às 15h. A atividade apresentará a motivação para a elaboração do Guia e a importância de se combater o desperdício de alimentos que ainda apresentam qualidade sanitária e segurança. O seminário virtual é uma ação da Anvisa, em conjunto com o Ministério da Cidadania, para orientar sobre as normas sanitárias vigentes.  O guia ficará aberto a contribuições durante um ano. Para participar, basta preencher o formulário: https://pesquisa.anvisa.gov.br/index.php/98789?newtest=Y&lang=pt-BR. O Webinar Anvisa é o formato adotado para discutir os temas técnicos da Agência com seus usuários. A transmissão é via web e há a possibilidade de interação dos usuários por um chat disponível durante a transmissão. Para participar, basta acessar este link. (Anvisa)

Porto Alegre, 16 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.067

  Como o Brasil pode entrar pela porta aberta para lácteos

Na primeira parada da missão brasileira a países do mundo árabe, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura de novas portas para produtos nacionais. O Egito dará espaço à importação de lácteos produzidos no Brasil. A notícia é promissora pelo potencial que existe naquele mercado: são 100 milhões de consumidores.

Será possível realizar embarques já no mês que vem, segundo o ministério. Mas é preciso lembrar que o país terá um desafio pela frente: efetivamente ocupar esse espaço cujo acesso está sendo permitido. Hoje, os egípcios já têm fornecedores consolidados, caso de União Europeia e Nova Zelândia.

- Como setor, temos de buscar competitividade para atender essas oportunidades. Porque, por outro lado, teremos produtos da União Europeia entrando no Brasil (em razão do acordo do bloco com o Mercosul). Essa globalização nos diz que temos de nos preparar ainda mais - entende Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).

Quando se trata de lácteos, há dois cenários a serem considerados - o nacional e o estadual. No saldo da balança comercial, o Brasil ainda é um país importador.

Segundo Guerra, principalmente pela falta de condições para competir de igual para igual com grandes players globais.

O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor brasileiro de leite, consome apenas 40% desse volume, precisando encontrar compradores fora do Estado para os outros 60%. Logo, a perspectiva de contar com novos destinos é vista como ferramenta importante.

- Passam a ser estratégicos esses mercados que estão se abrindo - reforça Guerra.

Em julho, a China já havia anunciado a abertura para lácteos brasileiros. Os chineses também têm fornecedores tradicionais, mas estariam buscando a diversificação, inclusive com espaço a ser ocupado por empresas de menor porte. (Zero Hora)

Abertas as inscrições para o maior desafio de startups da cadeia produtiva do leite

A quarta edição do Desafio de Startups do Ideas for Milk traz novidades, abrindo novas oportunidades para os empreendedores. Além dos trabalhos voltados para a inovação digital, serão aceitos projetos inovadores em designer industrial, embalagem e em processos e produtos lácteos.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 20 de outubro no site do evento (http://www.ideasformilk.com.br/desafio). Os projetos inscritos serão avaliados e selecionados nacionalmente. Os vencedores que participarão da final serão conhecidos no dia oito de novembro. A grande final ocorrerá em São Paulo, no Cubo, espaço de empreendedorismo do Banco Itaú, no dia 22 de novembro.

O Ideas for Milk é uma ação da Embrapa Gado de Leite, criada em 2016. Segundo o chefe-geral da Instituição, Paulo do Carmo Martins, “o objetivo é fomentar o surgimento de um ecossistema, reunindo empresas, universidades, pesquisa agropecuária e o setor produtivo, capaz não apenas de apresentar soluções, mas de empreender, transformando as soluções em novas startups para a cadeia produtiva do leite”. Além do Desafio de Startups, o Ideas for Milk conta com outros dois eventos paralelos: Caravana 4.0 e Vacathon.

A Caravana 4.0 teve início no dia 20 de agosto. Pesquisadores e analistas da Embrapa visitam instituições de ensino, onde conversam com professores e estudantes sobre a cadeia produtiva do leite, a revolução digital no agronegócio e o mercado de agtech. Além de contribuir para a ampliação do ecossistema de inovação do leite, um dos objetivos da caravana é atrair empreendedores para o Vacathon (nome dado pela Embrapa ao seu Hackaton), uma maratona de programação que visa desenvolver softwares e hardwares para a solucionar os problemas da cadeia do leite.

A Caravana tem uma programação intensa. A expectativa do chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, é que sejam visitadas 30 instituições até o final do evento. “Esta é uma grande oportunidade de unirmos a pesquisa agropecuária com instituições de ensino superior, debatendo juntos os problemas do setor e focando nas soluções”, ressalta.

O Vacathon será realizado dos dias 28 de outubro a primeiro de novembro, na sede da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora/MG. A maratona contará com visitas ao Instituto de Laticínios Cândido Tostes e ao campo experimental da Embrapa. Os estudantes terão mentoria 24 horas feita por pesquisadores renomados em áreas como genética animal e vegetal, nutrição, sistemas de produção, saúde e bem-estar animal e qualidade do leite. A inscrição para o Vacathon é feita por professores, que montam um time para representar as instituições de ensino. Podem participar estudantes do ensino técnico, graduação e pós-graduação.

Este ano o Ideas for Milk esteve entre os cinco projetos premiados na categoria “Destaque Nacional” do concurso Learning & Performance Brasil 2019/2020. O Prêmio busca promover o compartilhamento das melhores práticas em desenvolvimento de talentos e gestão de performance, selecionando projetos de transformação digital de negócios. O projeto da Embrapa foi agraciado na modalidade Governamental, com foco em Business Digital Transformation. A iniciativa tem rendido frutos.

Outras unidades da Embrapa já possuem ações semelhantes para outras cadeias produtivas, como a Embrapa Suínos e Aves (Inova Pork), Embrapa Meio Norte (Ideas for Farm) e Embrapa Café (Avança Café). Fora da empresa, o Ideas for Milk serviu de modelo para o Desafio Agro Startup, do Senar Goiás. Interessados têm até o dia 20 de outubro para inscreverem seus projetos no Ideas for Milk. (Por Rubens Neiva, da Embrapa Gado de Leite)


Leite/América do Sul 

Em toda a América do Sul, e especialmente na região Cone Sul, a produção de leite continua melhorando com a transição do inverno para a primavera. Isto representa melhores temperaturas para o rebanho, incentivando as vacas a produzirem mais.

Dessa forma, a captação de leite pelas indústrias tem sido adequada para as suas necessidades de processamento. O volume de matéria gorda vai melhorando, atingindo o padrão sazonal. Assim sendo, a produção de manteiga atende a contento a demanda do varejo e do atacado. Da mesma forma é adequado o volume de leite fluido para as instituições educacionais e os programas públicos de governo. A produção de queijos, especialmente mussarela, é intensa, atendendo a demanda firme de restaurantes e pizzarias. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
    
Guia das INs 76 e 77
Com objetivo de orientar os produtores de leite do Paraná a atenderem às normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Sistema FAEP/SENAR-PR elaborou um guia ilustrado com os principais pontos que merecem a atenção dos pecuaristas paranaenses. CLIQUE AQUI para acessar o Guia das Instruções Normativas 76 e 77. (Faep)

Porto Alegre, 13 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.066

  II Fórum sobre controle de brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite recebe 600 pessoas

O  II Fórum sobre controle de brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite foi realizado nesta quinta-feira (12/9), em Passo Fundo (RS). A atividade, que contou com cerca de 600 participantes, entre alunos, professores, entidades, produtores e profissionais da área, faz parte da programação do XIII Congresso Brasileiro de Buiatria, que ocorreu no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Para o especialista em Agropecuária, da Lactalis do Brasil, Rodrigo R. Kreutz, a temática deveria ser mais debatida do que é, visto que a brucelose e a tuberculose podem devastar o rebanho e são facilmente transmitidas para os humanos. A tuberculose, por exemplo, é uma doença que mata cerca de 4 mil pessoas por dia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). "A tuberculose é uma zoonose (doença animal que  pode ser transmitida para humanos). Sua principal forma de contaminação é através do contato direto com excreções dos animais e o consumo de carne ou leite (não pasteurizado), sendo potencial risco ao consumidor mas, principalmente, a quem trabalha diretamente com o manejo dos animais", salientou Kreutz, que ressaltou a importância da segurança alimentar em sua palestra.

De acordo com o professor de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, Fernando Pilotto, o Congresso tem como princípio a troca de experiências entre participantes e painelistas. "Devido ao tamanho do evento, recebemos pessoas de todo o País que estavam dispostas a receber e compartilhar conhecimento", frisou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite/Europa

A produção de leite na Alemanha em agosto foi acima do registrado em agosto de 2018, de acordo com a associação ZMB. No entanto, no final de agosto, nova onda de calor afetou a produção, o que provavelmente causará impacto no resultado do mês. A produção de leite na primeira semana de setembro retornou às expectativas iniciais.

Mesmo com períodos de extremo calor nos últimos meses que impactaram a produção da Alemanha, França e alguns outros países, um dos fatores que ajudam a produção de leite na União Europeia (UE) é o preço ao produtor. Entre janeiro e agosto o preço médio do leite ao produtor na UE ficou 2,2% mais elevado quando comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do site CLAL.

Muitos observadores da Europa Ocidental estão otimistas em relação aos preços que incentivam o aumento da produção pelos produtores durante o resto do ano, especialmente quando a ameaça de ondas de calor estiver afastada. O novo presidente da Comissão Europeia indicou para Comissário da Agricultura um membro do governo da Polônia, que é defensor de incentivos à produção agropecuária, e de melhores preços agrícolas. Ele também já opinou contra a grandes fazendas de agricultura empresarial em detrimento da “agricultura familiar”. A confirmação da indicação ocorrerá em reunião do Parlamento Europeu no final de setembro.

A produção de queijo continua abaixo dos níveis previstos. Os queijeiros alemães responsabilizam a queda na produção de leite no início de 2019, o que provocou a concorrência de outros produtos lácteos pela produção mais recente de leite. A demanda tanto do varejo, como por queijos industriais continua firme. As exportações são consideradas normais. Os estoques de queijos em maturação estão baixos e caem cada vez mais. Esse é um motivo de preocupação, e a tendência precisa ser revertida em algum momento.

A produção de leite já Polônia de janeiro de julho foi 2,1% maior do que a registrada em 2018. A produção de queijo subiu 0,7%. Na República Tcheca a produção de leite subiu 0,8% entre janeiro e julho, em relação ao mesmo período do ano anterior, e a produção de manteiga subiu 11,2%, na mesma comparação. Os preços da manteiga na Europa Ocidental estão altos, mas, variam entre os países. Na Alemanha estão os maiores preços. A França, Itália e Holanda vêm em seguida. Com a produção de leite declinando sazonalmente, os observadores da UE acreditam que haverá influência nos preços da manteiga. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

    
Forte queda nas exportações do campo

A redução da demanda chinesa por soja brasileira deixou uma ferida profunda nas exportações do agronegócio do país em agosto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques totais do setor renderam US$ 8,3 bilhões no mês passado, 11% menos que em agosto de 2018. As importações recuaram 6,1% na mesma comparação, para US$ 1,1 bilhão, e, com isso, o superávit do setor registrou queda de 1,7%, para US$ 7,2 bilhões.

Como tem sido a tônica nos últimos meses, a queda das exportações foi diretamente influenciada pela redução dos embarques de soja em grão e derivados (farelo e óleo), que encabeçam a pauta do setor. Com o arrefecimento da demanda chinesa, que lidera as importações globais do grão - o Brasil é o maior exportador -, as vendas do “complexo soja” renderam US$ 2,4 bilhões, 38,7% menos que em agosto do ano passado.

 


 
“A peste suína africana afetou a criação pecuária na China, diminuindo a demanda de soja em grão por parte do país asiático. Em agosto de 2019, a China reduziu as aquisições de soja brasileira para 4,1 milhões de toneladas, uma queda 2,8 milhões de toneladas em relação às 6,9 milhões de toneladas exportadas para o país asiático em agosto de 2018. Deve-se ressaltar que a queda nas exportações de soja em grão à China foi idêntica à queda para o mundo”, informou o Ministério da Agricultura em comunicado.

Se os embarques de soja registraram forte queda, os de cereais, farinhas e preparações, puxadas pelo milho, dispararam. Renderam US$ 1,4 bilhão em agosto, um aumento de 155,1% ante o mesmo mês do ano passado. Essa grande diferença pode ser explicada pela baixa base de comparação, uma vez que a safrinha de milho da temporada 2017/18 registrou quebra em razão de problemas climáticos, e pela farta colheita na safrinha do ciclo 2018/19, que bateu um novo recorde histórico.

As exportações de carnes, por sua vez, também encolheram no mês passado. Segundo o ministério, alcançaram US$ 1,3 bilhão, 11,6% menos que em agosto de 2018. “A queda ocorreu em função da diminuição da quantidade exportada, que foi 17,4% inferior à registrada em agosto de 2018. As exportações de carne bovina foram de US$ 618,3 milhões (-11,6%), enquanto as de carne de frango foram de US$ 544,4 milhões (-11,8%) e as de carne suína foram de US$ 107,2 milhões (-1,7%)”, informou a pasta.

No caso de produtos florestais, as exportações recuaram 17,9%, para US$ 971,8 milhões, ao passo que os embarques de açúcar e etanol renderam 3,3% mais na comparação anual (US$ 646,6 milhões), e os de café registraram um incremento de 6,9%, para US$ 403,9 milhões.

Por causa da retração das vendas de soja à China, o país asiático absorveu “apenas” 26,3% das exportações brasileiras do agronegócio em agosto passado, ou US$ 2,1 bilhões.

Com os resultados de agosto, nos primeiros oito meses deste ano as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 64,6 bilhões, 5,4% menos que em igual intervalo de 2018. Na mesma comparação, as importações caíram 2,6%, para US$ 9,2 bilhões, e o superávit setorial recuou 4,2%, para US$ 55,3 bilhões.

No período, as exportações também foram lideradas pelo complexo soja (US$ 10,2 bilhões, alta de 9,2%) e produtos florestais (US$ 9,2 bilhões, queda de 0,6%). E a China foi o destino de 32,7% das vendas totais. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
Preço/UE
É comum as indústrias francesas elevarem o preço do leite nesta época do ano. Nos meses de julho, agosto e setembro, o preço do leite na França alcança seu ponto máximo. O preço médio pago na União Europeia (UE) em julho foi de € 33,43/100 kg pelo leite padrão, segundo cálculos da LTO. Este preço corresponde a um aumento de € 0,14/100 kg em comparação com o mês anterior e queda de € 0,41/100 kg (-1,2%) em comparação com julho de 2018. Pela primeira vez, desde fevereiro, o preço médio este ano, foi inferior ao mesmo mês de 2018. Segundo a LTO, não parece que os preços do leite irão aumentar nos próximos meses na mesma forma que ocorreu no final do ano passado. Sem uma reativação do mercado, é provável que o nível de preços de 2018 não será alcançado em 2019. O fato de a média de preços do leite até julho alcançar um ligeiro aumento se deve a flutuações de bonificações sazonais. A elevação dos preços das indústrias francesa é habitual nesta época do ano. O preço de leite da britânica Saputo Dairy UK aumentou devido a uma bonificação sazonal do mês de julho. A italiana Granarolo aumentou o preço do leite em julho, em € 0,5/100 kg. O preço da Valio subiu pela bonificação por sustentabilidade. A holandesa FrieslandCampina e a alemã Müller baixaram os preços em julho. Ficarão estáveis, nos próximos meses, os preços da alemã DMK, da sueco-dinamarquesa Arla, da francesa Savencia, da Saputo, da Granarolo, e da FrieslandCampina. (MundoAgropecuario – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 12 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.065

  Ministra inicia nesta quarta-feira viagem ao Oriente Médio para ampliar relações comerciais

Em busca de fortalecer a parceria comercial e abertura de mercado para os produtos agropecuários brasileiros, a ministra Tereza Cristina embarcou nesta quarta-feira (11) para a região do Oriente Médio. Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra visitará quatros países árabes: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. 

A primeira parada é na cidade do Cairo (Egito), onde a ministra terá encontro com autoridades egípcias responsáveis pelas compras governamentais e acordos internacionais. Tereza Cristina participará ainda de um seminário com empresários locais para debater investimentos e perspectivas de negócios entre os dois países. No domingo (15), será o encontro com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, embaixador Ahmed Aboul Gheit, para tratar de infraestrutura e logística. 

O segundo destino é Riade, capital da Arábia Saudita. A ministra também se reunirá, nos dias 16 e 17, com empresariado e ministros do governo.

Já no dia 18, na Cidade do Kuwait (Kuwait), Tereza Cristina e autoridades do país irão debater sobre alimentação, nutrição, pesca e demais assuntos agrícolas. A viagem será encerrada nos Emirados Árabes Unidos, com encontros empresariais do setor de alimentos e de governo em Abu Dhabi e Dubai, de 19 a 22 de setembro. 

A comitiva chega ao Brasil no dia seguinte (23). Participam da missão o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro; a diretora de Promoção Comercial, Investimentos e Cooperação, Márcia Nejaim; o assessor Aurélio Rolim Rocha e adidos agrícolas.

Brasil e países árabes
Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica, totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi exportado para a União Europeia (16%).

Os produtos mais vendidos foram açúcar, carnes, milho, soja e café. Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são: soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.

Os países árabes importaram de todo o mundo o equivalente a US$ 114 bilhões, em 2017.  O item mais buscado pelos árabes é o trigo, seguido de açúcar, cigarros, milho, arroz, carne de frango, leite em pó, carne bovina e preparações alimentícias.

Ao participar de evento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo, no dia 26 de agosto, a ministra Tereza Cristina destacou que os países árabes têm se consolidado como um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Segundo a ministra, há oportunidades de negócio por toda a cadeia produtiva: insumos, maquinário, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa, tecnologia e inovação. 

A ministra ressaltou que os produtores brasileiros estão familiarizados com as exigências dos mercados árabes, e que seus consumidores já conhecem a qualidade dos nossos produtos, lembrando que o Brasil é o maior exportador mundial de proteína halal (seguindo os princípios islâmicos). 

"O Brasil tem condições de ampliar o fornecimento de diversos produtos agrícolas já importados pela Liga Árabe, mas que ainda tem representação ínfima na pauta de exportação brasileira para seus países. É como é o caso do algodão, cacau e das frutas secas ou frescas, como goiaba, manga e limão", disse.  

A balança comercial do Brasil com os quatro países que serão visitados tem oscilado desde 2009, apresentando queda nos últimos dois anos. 

Produtos mais vendidos
Para o Egito, o destaque é a venda de carne bovina in natura e miudezas, milho, fumo não manufaturado, carne de frango in natura, soja em grãos, bovinos vivos, café verde e pimenta piper seca, triturada ou em pó. Já os produtos mais importados do Egito são: azeitonas preparadas ou conservadas, leveduras, algodão, cebolas secas, plantas para medicina ou perfumaria, tubérculos secos, especiais, sementes de anis e badiana, e óleos essenciais.

Os dez principais produtos exportados pelo Brasil para a Arábia Saudita, nos dois últimos anos, foram carne de frango in natura, açúcar de cana bruto e refinado, carne bovina, soja em grãos e farelo, milho, ovos, café solúvel e verde. No mesmo período, o Brasil importou vinho e óleos essenciais.

Para o Kuwait, as exportações envolvem carne de frango in natura e industrializada, milho, sucos de laranja, café solúvel e verde, farelo de soja, castanha de caju, e carnes de pato e peru in natura. Não há registro de importações de produtos agropecuários do Kuwait em 2017 e 2018.

Os Emirados Árabes também compram carnes bovina e de frango in natura, açúcar bruto, fumo não manufaturado, milho, ovos, farelo de soja e café verde. Os brasileiros importam nozes e castanhas, fumo manufaturado, chocolate e preparações com cacau, pães, biscoitos, produtos de pastelaria, confeitaria, tâmaras secas, chás preto e verde. (As informações são do Mapa)

Recepção

No 2º trimestre de 2019, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária – seja ela Federal, Estadual ou Municipal foi de 5,85 bilhões de litros, representando um aumento de 6,9% em relação à quantidade adquirida no 2° trimestre de 2018, e queda de 5,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. 

Os dados foram publicados pelo IBGE, que você pode acessar CLICANDO AQUI. (IBGE/Terra Viva)

Conseleite/MG 

A partir deste mês, serão publicados o valor de referência do litro do leite padrão, o maior valor e o menor valor estimado para o leite pago ao produtor, em MG. A ampliação dos valores de referência divulgados é uma forma de estreitar os elos da cadeia. Além dos valores de referência para o leite padrão, o maior e o menor, a plataforma digital do Conseleite gera valores personalizados para cada produtor, a partir da escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.

Roberto Simões - Presidente do Sistema FAEMG
“Procuramos passar mais informação ao produtor para que ele compreenda melhor o Conseleite. Ao invés de passar um número apenas, iremos divulgar uma faixa de valores para permitir ao produtor verificar onde ele se enquadra. É fundamental que ele use o simulador, com seus dados, para saber exatamente qual é o seu valor de referência”.

João Lúcio Barreto Carneiro - Vice-presidente do SILEMG
“A apresentação do valor de referência indica mercado estável. Queremos mostrar ao produtor o valor de referência do leite padrão e como a qualidade vai influenciar no maior e no menor valor”.

Isabela Chenna Perez - Assessora de diretoria da Ocemg
“Cada vez que disseminamos as informações do Conseleite, vemos como são importantes para os produtores, industriais e cooperativas. Usando o simulador ou participando dos seminários, maior será a interação e mais fácil vai ser entender o Conseleite.” (Faemg) 

Equador abre o mercado de bovinos vivos para o Brasil
O Ministério da Agricultura recebeu comunicação das autoridades do Equador informando da aceitação do Certificado Zoosanitário Internacional proposto pelo Brasil para a exportação de bovinos vivos, concluindo, assim, negociações para a abertura daquele mercado, iniciadas em 2014. O Brasil exportou, em 2018, 535 milhões de dólares em bovinos vivos, para todos os continentes, além de 6,5 bilhões de dólares em carne bovina. A exportação de animais vivos diversifica a pauta exportadora brasileira e oferece uma alternativa para os produtores rurais de todo o país. O avanço do Brasil no mercado de bovinos vivos é um testemunho do alto padrão genético e da qualidade dos animais brasileiros e um reconhecimento da confiança internacional na defesa agropecuária brasileira. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 11 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.064

  Assembleia Legislativa do RS aprova lei que inclui doce de leite na merenda escolar

Foi aprovada nesta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o projeto de lei 385/2006, que inclui o doce de leite na merenda escolar da rede pública estadual. O projeto teve 33 votos a favor e 11 contra, e segue para sanção do governador.

No texto, o autor da proposta, deputado Edson Brum (MDB), defende que o doce de leite seja implementado na dieta de crianças e adolescentes "não só pelo seu valor nutritivo, como também pelas condições de preço na sua aquisição", já que o estado é um dos principais produtores de laticínios do país.

Já a deputada Sofia Cavedon (PT), que votou contra à medida, apresentou um aviso sobre a regulação da alimentação das crianças no âmbito escolar. "Há pesquisas nacionais e em Porto Alegre que dizem que as crianças estão obesas desde a educação infantil. Há uma obesidade por excesso de açúcar e falta de alimentos balanceados", observa.

Em 2007, quando ainda estava na Assembleia, o atual prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), apresentou um parecer contrário à medida. Ela permaneceu arquivada na Comissão de Constituição e Justiça por mais de uma década, até que, em março deste ano, o deputado Elton Weber (PSB) emitiu parecer favorável, aprovado pela CCJ.

A medida foi bastante criticada nesses 13 anos. Uma delas foi de tirar da fila outros projetos considerados mais importantes. Por outro lado, nutricionistas alertam para o excesso de açúcar contidos no doce e para a necessidade de acompanhamento das escolas para o consumo em excesso.

De acordo com a legislação, caberá às secretarias da Saúde e da Educação orientar sobre a inclusão do alimento na dieta das crianças. A compra do doce de leite deve ocorrer por meio de licitação pública da mesma maneira que os demais alimentos. (As informações são do G1)

Leite/China 

Dados do Centro Chino-holandês do desenvolvimento do setor lácteo da China.

- Cerca de 61,4% das explorações de atividade leiteira têm mais de 100 vacas, o que representa aumento de 40 pontos percentuais em relação ao nível de 2008.

- Em 2018 foram produzidas 26,8 milhões de toneladas de produtos lácteos em todo o país.

- O número de indústrias de laticínios chega a 587, mas, 6 concentram quase 60% de todo o faturamento do setor e somente 3 faturam a metade.

- No final de 2018, 17 indústrias de laticínios chinesas haviam investido no exterior.

- O consumo de leite na China subirá dos atuais 36 kg por pessoa para 40 kg, em cinco anos.

- O consumo total de produtos lácteos crescerá entre 15 e 20% ao ano nos próximos cinco anos.

- O maior aumento será em queijos, sobretudo de marcas estrangeiras, cujas vendas pode aumentar em até 20% ao ano entre 2020 e 2025. O principal motivo do crescimento é a popularidade que estão adquirindo as pizzas e sanduíches entre a população chinesa.

- O mercado lácteo dos Estados Unidos é, atualmente, o maior do mundo, seguido pela China, mas, em cinco anos, haverá alternância no ranking.

- O consumidor chinês busca produto de qualidade e inovador. O preço deixou de ser o principal condicionante. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Conab: fechamento da safra nacional de grãos aponta produção recorde de 242,1 milhões de toneladas

Com um crescimento de 6,4% na produção, este ano o país deverá colher 242,1 milhões de toneladas de grãos. Além de ultrapassar os 227,7 milhões da safra anterior (2017/18), os dados confirmam a safra 2018/19 como recorde da série histórica. O crescimento deve-se à maior produção nas culturas de algodão e milho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso do algodão, a pesquisa realizada pela estatal revelou um crescimento de 35,9% na produção, com volume estimado de 4,1 milhões de toneladas do caroço e 2,7 milhões de t do algodão em pluma. Entre os motivos estão a taxa de câmbio, a evolução dos preços e outros fatores, que levaram os produtores a expandir a área plantada, principalmente nos estados da Bahia e Mato Grosso. Com isso, a previsão de exportação da pluma também deverá superar a do ano passado em mais de 50%, alcançando pela primeira vez a marca de 1,5 milhão de toneladas.

Já com relação ao milho, a safra total chega a quase 100 milhões de toneladas. Houve aumento na segunda safra, com crescimento de 36,9% e previsão de produção recorde de 73,8 milhões de t, e queda na primeira safra, com 26,2 milhões de t, 2,3% menor que a anterior. No quadro de oferta e demanda da Conab, o produto mostra ainda uma expectativa de exportação recorde, de quase 35 milhões de toneladas.

O feijão apresentou bons resultados apenas na segunda e terceira safras, com aumento de 6,3% e 21,2% respectivamente. Mas não foi suficiente para garantir aumento no número total, que fechou 3% abaixo do ano anterior, com cerca de 3 milhões de toneladas nas três safras. Já no caso do arroz, a produção de 10,4 milhões de toneladas é 13,4% menor que a obtida em 2017/18, devido à redução de área e produtividade ocorridas nos principais estados produtores.

A soja também sofreu redução de 3,6% na produção, atingindo 115 milhões de t. Houve, contudo, o crescimento na área de plantio em 2,1%. Com o fim da colheita próximo (restam apenas algumas áreas na Região Norte e Nordeste), e mesmo com o decréscimo no percentual, esta consolida-se como a segunda maior produção de soja na série histórica da Conab.

Safra de inverno 2019 - A produção de trigo está estimada em 5,4 milhões de t, com uma área de 2 milhões de hectares, 0,2% maior que em 2018. As demais culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) apresentam um leve aumento na área cultivada, passando de 546,5 mil ha na safra passada, para 564,8 mil ha. (As informações são do Conab)

 
Leite e derivados
O preço do leite ao produtor manteve a trajetória de queda iniciada em julho. Em agosto, o valor bruto foi de R$1,45, na média nacional, o que representou uma redução de 3,94% sobre o mês anterior. Na comparação anual, os valores em agosto ficaram quase 13% abaixo dos valores recebidos no mesmo mês de 2018. Confira a análise completa no Boletim Indicadores Leite e Derivados CLICANDO AQUI. (Embrapa)

Porto Alegre, 10 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.063

  Produção/UR 

Em agosto o abate de vacas de leite foi o maior do ano e atingiu um máximo desde agosto de 2015, com 10.558 cabeças. Esses foram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Carnes.

 

No acumulado de doze meses moveis (setembro 2018-agosto 2019) o abate de vacas de leite atingiu o recorde histórico de 87.390 cabeças. Trata-se do maior número registrado desde o início da série, em janeiro de 2010.

A participação das raças leiteira no abate total de gado foi de 11,9%, também o maior percentual desde agosto de 2015.

Federico Di Santi, da empresa Di Santi & Romualdo destacou que a saída do inverno, com menor disponibilidade de comida – e próximo aos partos de primavera – foi necessário fazer uma ajuste do plantel, tendo gado de reposição pronto para entrar no ciclo produtivo. “Algo parecido ocorreu em março”, disse, acrescentando que a partir de outubro o embarque de vacas de leite para frigoríficos deverá cair.

 

O total de animais leiteiros (incluindo novilhos) abatidos em agosto foi de 11.934 cabeças, e no acumulado de doze meses somou 131.012 cabeças, o maior volume desde o início da série. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Ministério busca ampliar parceria com o Banco Mundial para financiamento de projetos

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu na tarde desta segunda-feira (9) com a diretoria do Banco Mundial no Brasil para discutir possibilidades de novas parcerias de financiamento para projetos desenvolvidos pelo Ministério. O foco é levantar recursos para fortalecer as ações na região amazônica.

Entre as prioridades apresentadas pela ministra, está o Plano de Ação para o Bioma da Amazônia, que reúne várias medidas, como regularização fundiária, ampliação de concessões florestais, desenvolvimento das cadeias produtivas da região e assistência técnica para pequenos produtores.

Acompanhada de uma equipe de secretários e técnicos de diferentes áreas do Ministério, Tereza Cristina destacou várias medidas estratégicas que podem permitir aos produtores rurais da região amazônica a oportunidade de aumentar a produtividade e gerar renda sem a necessidade de abrir novas áreas de produção.

O Ministério prevê ainda medidas de aperfeiçoamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), dos sistemas de monitoramento da floresta, de ferramentas de inteligência e gestão de riscos. Também foram apresentados projetos da área de piscicultura, bioeconomia, geração de energia e melhoria da comunicação local.

Utilizando a tecnologia do Observatório da Agropecuária Brasileira, lançado na quinta-feira passada (5), a equipe apresentou para os especialistas do Banco Mundial dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que mostram a redução da área de pastagem na Amazônia, dentro do contexto de aumento de produtividade. Atualmente, as lavouras ocupam apenas 2,3% do bioma e as pastagens 10,5%.

Figuram ainda entre as propostas do Ministério a ampliação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), considerado pelo Banco Mundial o maior programa climático para a agricultura do mundo. O Ministério pretende também lançar em breve o programa Pecuária Carbono Zero, que funcionará nos mesmos moldes do ABC, para valorizar as experiências de produção que demandam menos área e recursos naturais.

A diretora do Banco Mundial no Brasil, Paloma Casero, elogiou as iniciativas e o planejamento estratégico apresentados pela equipe do Mapa. Ela destacou a importância dos projetos e sinalizou que o banco já dispõe de instrumentos de apoio financeiro e técnico que podem atender às demandas da pasta.

Participaram da reunião especialistas em desenvolvimento rural sustentável do Banco Mundial e os secretários do Mapa: Fernando Camargo e Pedro Correa Neto (Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação), Fernando Schwanke (Agricultura Familiar), Jorge Seif Júnior (Pesca e Aquicultura), além de representantes da Política Agrícola, Assuntos Fundiários e outras áreas. (As informações são do Mapa)

Leite/Chile

O valor das importações de produtos lácteos entre janeiro e julho de 2019 caiu 5,5%, ficando em US$ 188,9 milhões, segundo dados publicados pelo Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa). Representa US$ 11 milhões menos do que no ano passado.

Quanto à sua origem, as compras foram lideradas pelos Estados Unidos, com US$ 46,6 milhões, o que representa alta de 11,3% em relação a 2018, e corresponde a 24,7% das importações totais do país.

Em segundo lugar ficou a Nova Zelândia, com US$ 34,9 milhões em importações, sendo dito valor 32,6% menor do que o registrado no exercício anterior, e representa 18,5% das importações do país.

A Argentina ocupa a terceira posição, sendo responsável por US$ 29,9 milhões, registrando queda de 8,2% quando comparado com as compras de 2018 no mesmo período. A Argentina ocupa 15,8% do mercado importador de lácteos do Chile.

Cabe ressaltar que esses três países responderam por 59,9% das compras totais até julho.

Por produto lácteo, os dados do Odepa indicam que as importações de queijos lideraram, tendo 57,2% de participação, ao custo total de US$ 108 milhões, apresentando queda de 11,9% em relação ao ano passado. O preço médio do produto chegou ao Chile por US$ 3.893 a tonelada.

Em segundo lugar ficou o leite em pó desnatado, com participação de 10,8% e avaliados em US$ 20,4 milhões, alta de 34% em relação ao exercício anterior. O preço médio foi de US$ 2.314 a tonelada.

A importação de leite em pó integral totalizou US$ 4,6 milhões, o que traduz em baixa de 75% em relação a igual período de 2018. Neste caso, o preço chegou a US$ 3.290 a tonelada. (Mundo Agropecuario – Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Fonterra confirma grandes perdas e adia data de divulgação de resultados
A cooperativa de laticínios da Nova Zelândia Fonterra alterou a data para relatar seus resultados financeiros auditados para o ano financeiro de 2019 (EF19) encerrado em 31 de julho de 2019, à medida que confirmou que as perdas do exercício seriam entre NZ$ 590 milhões-NZ$ 675 milhões (US$ 378,97 milhões a US$ 433,57 milhões). A Fonterra disse que a cooperativa e seu auditor, PwC, estão trabalhando no processo normal de contas e auditoria do final do exercício. No entanto, afirmou que, devido aos significativos ajustes contábeis no EF19, conforme estabelecido no anúncio em 12 de agosto de 2019, é necessário mais tempo para concluir as demonstrações financeiras auditadas.A empresa comentou que a mudança na data do relatório não está relacionada a nenhuma discussão com a Autoridade de Mercados Financeiros, especulações recentes sobre outras perdas relevantes de ativos ou outros anúncios. Também não afeta a capacidade da cooperativa de operar e pagar suas contas, inclusive, as dos produtores pelo leite.
Em 09/09/19 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,64233
1,55684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 09 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.062

  Exportações/EUA 

Estratégia: entrar no jogo em mercados promissores, e aproveitar alguma oportunidade em campos arrasados pela política comercial dos EUA.  Retornando do giro de sete dias na China e Japão, o presidente do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos - USDEC, Tom Vilsack, disse estar otimista quanto à saúde das exportações de lácteos dos EUA no longo prazo, apesar dos desafios causados pela guerra comercial.

“Com trabalho firme e paciência, a exportações de lácteos das indústrias norte-americanas continuará crescendo em volume e valor”, disse a carta enviada aos membros do conselho por Vilsack. “Estamos no caminho certo para competir e vencer”.

Depois do encontro entre os exportadores de lácteos dos EUA e os compradores chineses, Vilsack disse que as exportações de lácteos dos EUA para a China caíram 43% em um ano. As exportações foram atingidas por dois golpes, as tarifas de retaliação e a gripe suína africana, reduzindo a necessidade de lácteos que serviam de ingredientes na alimentação dos porcos. 
 


“Nesse ambiente, o melhor que podemos fazer é procurar manter o relacionamento de alguma forma, na esperança de que a disputa comercial seja resolvida, mais cedo ou mais tarde, reconhecendo que não temos controle sobre quando isso acontecerá”, disse Vilsack.

Vilsack se reuniu com funcionários do Ministério do Comércio da China (MOFCOM), o braço governamental que supervisiona as questões comerciais e com a Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Alimentos (CFNA). A Câmara influencia mais de 6.000 empresas agropecuários, incluindo mais de 1.000 somente no setor de lácteos. (USDEC – Tradução livre: Terra Viva)

Preço do leite ao produtor cai pelo segundo mês consecutivo

Os preços do leite pago ao produtor caíram pelo segundo mês consecutivo. No entanto, o recuo médio foi menor, de 1,6%, frente à queda de 4,1% no pagamento anterior.

Considerando os 18 estados pesquisados pela Scot Consultoria, o leite padrão ficou cotado, em média, em R$ 1,204 por litro no pagamento realizado em agosto, referente ao leite entregue em julho. Já os valores médios com as bonificações por qualidade e volume ficaram em R$ 1,565 por litro, sem o frete. 

A produção de leite aumentando nas principais bacias leiteiras, com destaque para os estados do Sul, mantém a pressão de baixa no mercado brasileiro.

Observe na figura 1 que o produtor está recebendo 3,4% menos na comparação com o mesmo período do ano passado.

Figura 1. Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor – em R$/litro, valores nominais.


 
Em julho, o volume captado (média nacional) aumentou 2,5%, e, em agosto, os dados parciais apontam para incremento de 0,7% na captação na comparação mensal.

Outro ponto importante é que as indústrias vêm tentando reverter a situação de margens apertadas (em muitos casos negativas), em função das valorizações da matéria-prima (leite cru) no primeiro semestre e dificuldade de evolução dos preços dos lácteos no atacado no mesmo período.

Para o pagamento a ser realizado em setembro/19, que remunera a produção entregue em agosto, o tom do mercado é de estabilidade, sendo que 68% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em manutenção das cotações, 16% falam em queda e 16% estimam alta (maioria no Nordeste).

Um ponto de sustentação está na produção de leite, que, apesar de ter aumentado nos últimos meses, os incrementos têm sido em um ritmo menor comparativamente com 2018. A forte queda do leite no último pagamento e os menores investimentos por parte do produtor na alimentação do rebanho colaboram com este cenário.

Para o pagamento de outubro (produção de setembro) o movimento de baixa deverá voltar a ganhar força, já com as pastagens em melhor qualidade e aumentos mais expressivos na oferta de leite no Brasil Central e região Sudeste.

Apenas na região Sul, o mercado sinaliza preços mais firmes, em função da produção menor nos estados a partir daí, com a saída dos animais das pastagens de inverno. (Fonte: Scot Consultoria)

Fonterra 

A Fonterra prorrogou a data para anunciar o resultado anual 2018/19. A cooperativa disse que não apresentará os resultados financeiros no dia 12 de setembro, como anunciado anteriormente, sendo transferido para 30 de setembro de 2019.

A Fonterra e seu auditor PwC “trabalham juntos para encerrar as contas do exercício”, diz a Fonterra.

“No entanto, dado a significativos ajustes contábeis no balanço de 2019, como anunciado em 12 de agosto de 2019, foi necessário mais tempo para completar as demonstrações financeiras”.

Em 12 de agosto a Fonterra anunciou uma série de baixas de ativos e ajustes contábeis pontuais, observando que os números estariam sujeitos à aprovação do Conselho Fiscal da Fonterra nas demonstrações financeiras completas e nos ajustes da auditoria.

A Fonterra confirmou o anunciado anteriormente, as perdas entre NZ$ 590-NZ$ 675 milhões no ano financeiro de 2019, o que representa perdas de 37 a 42 centavos por ação. Todos os números estarão sujeitos à revisão e aprovação do Conselho Fiscal, inclusive os ajustes da auditoria.

“A mudança na data do relatório não está relacionada a quaisquer especulações que circulam pelo Mercado Financeiro, dando como provável novas perdas relevantes de ativos. Também não afeta a capacidade da cooperativa de operar e honrar suas contas, inclusive o pagamento do leite aos produtores. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

 
Abertas as inscrições para o Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária
Estão abertas as inscrições para o 2º Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária, que acontecerá de 5 a 7 de novembro, em Brasília. O evento é realizado pelo Ministério da Agricultura, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O congresso é direcionado a produtores rurais, representantes de sindicatos de produtores rurais, prefeitos, secretários municipais de agricultura, técnicos extensionistas e demais profissionais do agro. Na programação serão debatidos os desafios do setor e a elaboração de políticas para o desenvolvimento e inovação da agropecuária brasileira. O evento tem apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial (OCBPM). Para consultar a programação preliminar e efetivar a inscrição, acesse: http://www.congressoagropecuaria.cnm.org.br/. (As informações são da CNA)

Porto Alegre, 06 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.061

  Sem muitas alterações de cenário, importações brasileiras seguem estáveis

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea nesta quinta-feira (05). Segundo a SECEX, a quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês agosto aumentou 1%, praticamente estabilidade em relação a julho, com 76,4 milhões de litros em equivalente leite importados. Na comparação de agosto de 2019 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade importada ficou 28% maior.

Os 8,9 milhões de litros em equivalente leite exportados pelo Brasil em agosto deste ano representaram um aumento de 4% em relação aos 8,5 milhões de litros em equivalente leite de julho. Já na comparação com ago/18, houve uma redução de 23%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -68 milhões de litros em agosto, gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
 

Com a produção interna de leites em pó abastecendo o mercado brasileiro, a oferta restrita de leite do Mercosul e a contínua valorização do dólar frente ao real, foi possível notar uma redução nas importações do leite em pó integral, que recuou 22% em relação ao mês anterior. Além disso também foi possível notar uma menor importação de queijos (-18%), que representaram 19,2% das importações totais.

Os países que mais exportaram lácteos para o Brasil em agosto foram, Argentina, Uruguai, Alemanha, Holanda e Nova Zelândia, representando cerca de 90% das vendas totais ao mercado brasileiro. No entanto, apesar de nossos vizinhos sul americanos ainda ocuparem posição destaque, suas participações continuaram caindo como no mês anterior, a Argentina retraiu 18% e o Uruguai 7%. Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de agosto deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em agosto de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
 

(Mikpoint Mercado)

Produtores de leite do Uruguai esperavam maior aumento no preço do leite

O conselho de administração da Conaprole ajustou em 5% o preço do leite captado em agosto. Com teores de 3,80% de gordura e 3,45% de proteína, o litro ficou em 11,01 pesos (US$ 0,2984) e, com os ajustes de qualidade, pode chega a a 11,19 pesos (US$ 0,3033) por litro. Os produtores estão chateados e consideram que o ajuste "é muito pequeno" e "nem sequer contempla o aumento do preço do dólar", disse Justino Zavala, diretor da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

Zavala disse que, dentro desse aumento de 5%, a cooperativa incluiu parte dos 40 centavos (US$ 0,0108) por litro que corresponde à ferramenta financeira projetada pelo governo para aliviar o endividamento, ou seja, o crédito do Banco República y República Microfinanzas disponível para produtores que enviam menos de 480.000 litros por ano. “O Ministério da Indústria estabeleceu que esse dinheiro ia diretamente ao preço e corresponde aos produtores. Existem 20 centavos (US$ 0,0054) por litro incluídos no aumento que vêm da ferramenta financeira ”, explicou ele.

"Cada dia que passa, baixa mais o preço do leite. Você entra na primavera, onde tem que pagar todas as contas que foram transferidas desde o outono, com um dólar que aumentou desde abril", disse Zavala preocupado. Por sua vez, os sindicalistas pressionam os sindicatos que procurarão reverter a decisão do conselho da Conaprole e aumentar ainda mais o preço.

Em 05/09/19 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,02711
36,8878 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

Ideas for Milk
A UFPel receberá mais uma edição do Ideas for Milk, em sua Caravana 4.0, no dia 11 de novembro, às 9h, no Auditório do Pelotas Parque Tecnológico. A Caravana está percorrendo Universidades, eventos de inovação e comunidades startup em todo o Brasil para conversar sobre a cadeia produtiva do leite, a revolução digital no agronegócio e o mercado agtech e de inovação para o leite, compartilhando casos de sucesso de quem se destacou no Desafio de Startups com o objetivo de inspirar novos empreendedores. Conforme a Coordenação de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, o tema é de interesse das áreas de Agrárias, como Agronomia, Zootecnia e Veterinária, e Exatas, como Engenharias e Computação, de Humanas, da Administração, da Economia e do Design. Conforme a organização do evento, o mercado de startups para o agronegócio do leite está crescendo e é um setor importante para a economia do país.  Saiba mais em http://www.ideasformilk.com.br/caravana. O evento é gratuito e conta com palestras curtas, dinâmica de inovação, bate-papo e “milk break”. (Universidade Federal de Pelotas)