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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.773


Mercado do leite: atualização quinzenal 27/10
 
Com intuito de atualizar nossos leitores sobre o cenário do mercado do leite, o MilkPoint, em parceria com o MilkPoint Mercado, trará um panorama geral sobre os acontecimentos mais relevantes da quinzena no setor lácteo.

Confira abaixo a última atualização: 

Leite UHT - O cenário observado nas primeiras semanas do mês se intensificou. A demanda enfraquecida ocasionou dificuldade nas negociações, impactando nos preços praticados. O valor se estabeleceu em R$3,98, apresentando uma queda de 3,8% - (R$0,16).
 
Muçarela - Os queijos também enfrentaram dificuldade nas negociações, com um volume de venda aquém doesperado e uma pressão de baixa atuando os preços apresentaram recuo de R$0,5 frente a semana anterior (-1,8%), fechando em R$28,6/kg.
 
Leite em Pó - A demanda enfraquecida, bem como o aumento da oferta, frente as importações ainda em ritmo elevado de sazonalidade de produção, ocasionaram cenário baixista também para os leites em pó. O leite em pó integral industrial fechou com valor de R$25,20 uma queda de 4,9% (-R$1,30) em relação à semana anterior. Já o leite em pó fracionado se estabeleceu em R$30,90; queda de 0,9% (R$0,30) em relação à semana anterior.
 
Milho – O mercado interno de milho passou por leves variações positivas. De um lado tem-se a pressão de baixa pela oferta em alta devido a colheita do milho safrinha, por outro lado, o forte ritmo das importações traz sustentação para os preços praticados.
 
Soja – No mercado físico do farelo de soja os preços apresentaram alta para o acumulado de outubro, devido aos impactos do mercado internacional, associado ao ganho de força do dólar e uma demanda aquecida pelo produto.

Oferta
A Oferta segue se recuperando, frente a sazonalidade de produção e importações ainda em ritmo elevado;
Considerando 20 dias úteis, as importações foram 83,4% superiores ao mesmo período de 2021.

Demanda
Demanda segue enfraquecida, ocasionando uma pressão de baixa;
Os relatos foram de dificuldades no volume de negociações. (Milkpoint Mercado)


Emater/RS: chuvas beneficiam o desenvolvimento das pastagens, mas oferta ainda é restrita

A ocorrência de chuvas, trazendo novamente umidade aos solos, beneficiou o desenvolvimento das pastagens, porém a oferta ainda é restrita, considerando a demanda dos rebanhos leiteiros.

Com as chuvas, ressurgem os problemas relacionados ao acúmulo de barro no entorno das instalações, o que, além de causar desconforto aos animais, aumenta diretamente a ocorrência de mastites e as chances de contaminação do leite no momento da ordenha.
 
O mercado do leite segue instável, com os custos de produção se mantendo estáveis. 
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, em Aceguá, observa-se o significativo movimento de produtores de leite iniciando ou ampliando o plantio de soja, buscando a diversificação das atividades, bem como o melhor aproveitamento do maquinário existente.
 
Na regional de Caxias do Sul, as lavouras de trigos ou de outros cereais para ensilagem estão com bom desenvolvimento; as primeiras lavouras já estão sendo colhidas, com bom rendimento e qualidade de forragem.
 
Na de Frederico Westphalen, as pastagens anuais de inverno estão indo para o final do ciclo, o que reduz a qualidade da forragem, impactando na produção do leite.
 
Na regional de Ijuí, houve aumento do fornecimento de forragem conservada e de concentrados na alimentação dos animais para compensar a diminuição da produção de forragem fresca.
 
Na regional de Porto Alegre, os produtores estão diminuindo a suplementação de ração e silagem em função do aumento da oferta de pasto. Os produtores estão buscando o milho do Programa Troca-Troca para iniciar o plantio do milho silagem em suas propriedades.
 
Na de Pelotas, em Rio Grande, os preparos culturais para o plantio de milho já iniciaram em algumas propriedades. Em Pedras Altas, o aumento da umidade no solo permitiu o avanço do plantio das áreas destinadas às pastagens de verão. (As informações são do Emater-RS)

O clima continua prejudicando o desempenho da produção na Nova Zelândia

O volume de leite produzido na Nova Zelândia nesta nova temporada continua abaixo dos registrados nos últimos anos.
 
O relatório de setembro mostra que a produção caiu mais uma vez, e foi a menor desde setembro de 2017. Até agora, neste mês, o clima também tem sido desfavorável embora as condições pareçam estar melhorando à medida que novembro se aproxima. No entanto, a instabilidade do tempo é a principal causa da baixa produção. Chuvas continuam em áreas onde os agricultores afirmam ser essencial o sol para secar os campos e impulsionar o crescimento das pastagens, uma vez que as reservas de alimentos fornecidos enquanto aguardam os pastos estão se esgotando. Áreas muito molhadas e com lama também dificultam os partos e forçam os produtores a manterem os bezerros em abrigos para recuperação das pastagens. Na Ilha Norte, as condições parecem um pouco melhores, mas o clima mais frio e a luz solar limitada dificultam o crescimento das gramíneas e das plantações. Os suplementos tendem a ser escassos, em uma época do ano em que as silagens deveriam ser abundantes. O enfrentamento dos desafios dos custos de produção, associado com o baixo nível de produção de leite, derruba a confiança dos produtores. Fontes do mercado se apressaram em apontar que o sentimento dos usuários finais de produtos lácteos é, no mínimo, cauteloso, mesmo diante da reduzida oferta disponível no curto prazo, durante uma fraca temporada de produção de leite na Nova Zelândia.  

 

Na Austrália, os produtores de leite estão em precárias condições. A escassez de mão de obra e as inundações sazonais prejudicam os esforços de produção de leite. Em Victoria, na região norte da Austrália, onde as terras agrícolas foram submersas pelas águas das enchentes, os agricultores estão descartando o leite. Fontes do mercado acreditam que, no próximo período de férias, os consumidores provavelmente irão pagar preços mais altos pelos lácteos nas lojas de varejo. Enquanto isso, o governo australiano pede às grandes redes de supermercados para cobrarem mais pelos produtos lácteos, como forma de remunerar melhor os agricultores.
 
Por outro lado, surgiram informações de que a Austrália foi o maior fornecedor mundial de leite em pó desnatado (SMP) no mês de agosto. Segundo relatos, sua participação de mercado atingiu 21%, com crescimento de 78% nas vendas de SMP em relação a outros países. No entanto, com o fraco crescimento da demanda chinesa de lácteos, as exportações australianas buscaram novos mercados. Em 2020, a Austrália vendeu um volume recorde de SMP para a China. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido 

Cinco estados lideram aplicação de recursos para ações de sustentabilidade
 Os estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia são os que mais aplicaram recursos do Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+) nas duas últimas safras. Mato Grosso aparece em primeiro lugar, com R$ 359 milhões aplicados em 2020/2021 e R$ 567,7 milhões em 2021/2022. Em seguida está Minas Gerais, com R$ 310,7 milhões e R$ 494 milhões, respectivamente. Dentro do Plano Safra, o Programa ABC+ financia investimentos que contribuam para a implantação de sistemas produtivos sustentáveis e a adequação da propriedade rural à legislação ambiental. Entre as ações financiadas estão a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais. Entre as safras de 2017/2018 e 2021/2022, os recursos aplicados no Programa ABC+ por meio do Plano Safra subiram de R$ 1,54 bilhão para R$ 3,43 bilhões. Na safra 2022/2023, que está em vigor, foram destinados R$ 6,19 bilhões para as técnicas incluídas no ABC+ e, nos dois primeiros meses já foram aplicados R$ 1,79 bilhão. Entre as linhas de crédito do ABC+ incluídas no Plano Safra estão Plantio Direto, Integração, Florestas, Recuperação, Tratamento de Dejetos, Orgânicos e Fixação. (MAPA)

 
 
 

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Porto Alegre, 28 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.772


Eduardo Leite sinaliza compromisso com produção de leite
 
Atento à situação do setor lácteo gaúcho, o candidato a governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), esteve reunido, nesta quarta-feira (26/10), com associados e a diretoria do Sindilat na sede de seu comitê em Porto Alegre (RS). Recebendo lideranças de indústrias que representam 85% da produção de laticínios do RS, ele reforçou seu apoio e atenção ao segmento, que gera renda em 451 dos 497 municípios gaúchos.  Durante o encontro, os empresários apresentaram sugestões e projetos a serem estudados para favorecer a competitividade do RS. No topo da agenda, está a necessidade de revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), a fim de diminuir a perda de competitividade do leite UHT, queijos e demais derivados. “Estou comprometido em buscar alternativas e recebo as demandas do setor com a consciência de todos os impactos que gera na cadeia produtiva, no consumo e no conjunto da economia. Contem comigo para analisarmos as ações necessárias para os desafios apresentados”, afiançou Eduardo.
 
Acompanhado pelos associados, o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, detalhou ações e medidas que podem auxiliar na ampliação do consumo de leite, na melhoria do mercado e de toda a cadeia produtiva e colocou o setor à disposição para construir uma agenda positiva de crescimento econômico para o Estado. Entre as sugestões estão o incentivo por parte do Governo Estadual de políticas públicas para a produção de insumos em solo gaúcho e para a criação de programa de aquisição de leite a fim de atender a escolas e promover complementação alimentar nos programas de Assistência Social. Lideranças ainda pediram a ampliação da rede trifásica de energia no atendimento ao setor leiteiro, a melhoria de acesso à internet e à irrigação. Ainda foi citada a criação de um programa junto às empresas para aumentar a captação de leite no Rio Grande do Sul e fixar as famílias no campo.
 
Outra demanda apresentada ao candidato foi para que a adoção de certificação de propriedades rurais livres de tuberculose se torne um programa de Estado. Lideranças da indústria de laticínios ainda pediram que, se eleito, nos primeiros dias do governo, Leite crie espaço para dialogar com o setor e receber suas prioridades. “Agradecemos a acolhida das nossas demandas que são parte do que o setor precisa para trabalhar e produzir mais, com qualidade e competitividade, buscando consolidar um ambiente mais favorável e estável para a produção”, destacou Portella ao final do encontro. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Gisele Ortolan)


Prorrogado até dia 10 de novembro prazo de inscrições no 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) estendeu, até o dia 10 de novembro, o prazo de inscrições para o 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. A premiação tem como objetivo promover a valorização do trabalho da imprensa na divulgação das ações realizadas pelo setor lácteo gaúcho. Podem ser inscritos trabalhos veiculados entre os dias 13/11/2021 e 01/11/2022  nas categorias categorias Impresso, Eletrônico e Online. 

Para participar, é necessário preencher e digitalizar a ficha de inscrição. Ela deve ser enviada, juntamente com a matéria para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Não há um número limite de trabalhos a serem inscritos por candidato. Para mais informações, acesse o regulamento disponível no site do Sindilat. 

Os finalistas de cada categoria serão divulgados no dia 25 de novembro, e os vencedores, anunciados no dia 1º de dezembro na tradicional festa de final de ano do Sindilat. CLIQUE AQUI para informações. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite/MG divulga projeção do valor de referência do leite entregue em outubro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Outubro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 

  • Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2022 a ser pago em Setembro/2022;
  • Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2022 a ser pago em Outubro/2022
  • Os valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2022 a ser pago em Novembro/2022.

 

Períodos de apuração:

  • Mês de Agosto/2022: De 29/07/2022 a 28/08/2022
  • Mês de Setembro/2022: De 26/08/2022 a 30/09/2022
  • Parcial de Outubro/2022: De 01/10/2022 a 20/10/2022
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
Variação dos preços de comercialização dos principais derivados lácteos que compõem o mix do Conseleite Minas Gerais nos períodos relacionados: 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. (As informações são do Conseleite/MG) 
 

Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 42/2022 – SEAPDR
A previsão é de que no domingo (30/10) ocorrerá a formação de um novo ciclone extratropical sobre o Estado e o ramo frontal frio deste sistema vai causar chuvas e ventos fortes de até 75 km/h em muitas cidades. Este sistema deve se deslocar de sul para nordeste e vai provocando chuvas gradativas ao longo dos dias até a terça-feira (01/nov). Os maiores acumulados previstos devem ocorrer no norte do Rio Grande do Sul com valores chegando a até 50 mm. Após a passagem da frente fria chega então a massa de ar frio que deve ser intensa, e vai baixar as temperaturas no RS. As mínimas nos altos da serra como em São José dos Ausentes devem chegar a quatro graus (4°C). Existe o risco de geadas em cidades próximas a divisa com Santa Catarina. As temperaturas mínimas nas demais regiões devem ficar na casa dos 10°C graus e as máximas não passam dos 18°C graus. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 
 
 

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Porto Alegre, 27 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.771


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Outubro de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. 

Períodos de apuração
Mês de Setembro/2022: De 29/08/2022 a 02/10/2022
Parcial Outubro/2022: De 03/10/2022 a 23/10/2022

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


Conseleite/RS se reúne nesta sexta-feira

Ficou para amanhã a validação do preço de referência do leite ao produtor gaúcho. A reunião do Conseleite foi remarcada para que se possa tratar de temas levantados na pauta. Como a solicitação para uso de recursos do Fundoleite para pagar a entidade que apura os dados que embasam o cálculo do valor.- É uma demanda que tem recebido nossa atenção. Estamos em uma construção coletiva para ver como será feito - explica o secretário estadual da Agricultura, Domingos Velho Lopes, que ontem se reuniu com representantes do setor.

Um deles, o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, que saiu satisfeito com a notícia de que outros projetos encaminhados ao Fundoleite estão perto da execução. São 10 propostas com aval do Conselho Deliberativo do fundo já encaminhados ao departamento financeiro, para que possa ser feita a contratação. Uma 11ª teve pedido de complementação. O processo faz parte dos trâmites para a liberação de recursos do fundo, provenientes de valores recolhidos por litro de leite.

Para o acesso, é preciso passar pelo crivo do conselho, presidido pela Secretaria da Agricultura. À frente da pasta desde abril, Domingos explica que essa tramitação vinha sendo detalhada para o setor em reuniões. E que, inclusive, foram feitos ajustes de metodologia a pedido do segmento. As modificações, acrescenta, exigiram que as propostas fossem reavaliadas pelo conselho.

Presidente do Sindilat-RS, Guilherme Portella pontua que as propostas representam investimentos no campo, que ajudarão a diminuir o custo. (Zero Hora)

Seapdr prorroga prazo para declaração anual do rebanho até 11 de novembro
 
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) prorrogou, até 11 de novembro, o prazo para que produtores rurais gaúchos façam a Declaração Anual de Rebanho, que é obrigatória. Inicialmente, a atualização do inventário animal estava programada para se encerrar em 31 de outubro. Até o momento, a Seapdr recebeu mais de 60% das declarações previstas, dentro de um universo total de 380 mil propriedades rurais.
 
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Rosane Collares, explica que houve uma avaliação técnica para se chegar à decisão sobre o alongamento do prazo, uma vez que no início do período proposto para as declarações, em junho, ocorreu uma instabilidade no sistema de preenchimentos dos dados.
 
Nos próximos dias disponíveis para a atualização do inventário do rebanho a Secretaria da Agricultura espera um incremento da procura por parte dos produtores. “Lembramos que a declaração é um compromisso que o produtor rural tem junto ao Serviço Veterinário Oficial, estabelecido em legislação”, pontua Rosane.
 
A partir desse ano, a atualização de rebanho está mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal, o que torna a declaração mais extensa.
 
Como fazer
Este ano, os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas.
 
Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com a opção de geração de senha do Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração.
 
Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município.
 
A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). (SEAPDR)

 

Jogo Rápido 

Combustíveis 
A Petrobras vende gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI) há seis semanas e o diesel há quatro, aponta o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Ontem, a gasolina da estatal estava 12,27% ou R$ 0,46 por litro mais barata que os preços internacionais. O diesel segue 14,13% ou R$ 0,80 por litro abaixo do PPI. (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 26 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.770


Conseleite/PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 25 de Outubro de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 

 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.
 
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2022 é de R$ 4,9041/litro.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Conselho do setor leiteiro adia definição do valor de referência

O impasse em assuntos da pauta fez com que os integrantes do Conseleite, conselho paritário de indústria e produtores de leite, adiassem para amanhã a reunião em que são divulgados valores de referência consolidado do mês passado e projetado, do próximo. Uma das questões refere-se ao acesso de recursos do Fundoleite para o pagamento dos serviços prestados pela universidade que faz o levantamento de dados usados como base no cálculo das cotações.- O Conseleite corre o risco de suspender as atividades por falta de recursos para bancar o trabalho - entende Eugênio Zanetti, coordenador do conselho e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS).

Atualmente, o custo é dividido entre indústria e produtores. Foi sugerido que os recursos do fundo pudessem ser acessados, retirando esse ônus, com o qual as entidades de produtores argumentam não terem condições de arcar.

As empresas têm pago sua parte, mas há um passivo referente à parcela das entidades de produtores. Zanetti pontua que é preciso ter uma definição sobre a possibilidade de uso do fundo daqui para frente e de como resolver o que está em aberto.

Uma agenda com representantes do Sindilat-RS com a Secretaria da Agricultura está marcada para hoje. E deve abordar esse entre outros temas relacionados ao setor. Diretor-executivo da entidade, Darlan Palharini acrescenta que havia outras deliberações a serem feitas pelo Conseleite, além do pagamento, que fizeram com que se adiasse a reunião para esta quinta-feira. Pontua, no entanto, que associadas têm cobrado uma resposta para os projetos de fomento do setor que buscam receber recursos do Fundoleite.

A queda brusca no valor a ser pago pelo litro de leite é vista com preocupação pelos produtores, apesar do recente alívio nos custos, reflexo da redução nos preços dos fertilizantes.

O argumento é de que não há como suportar quantias inferiores aos custos. A projeção para o mês de setembro havia sido de R$ 2,2799 o litro, índice que representa uma redução de 12,04% sobre o consolidado de agosto (R$ 2,5920). (Zero Hora)

Ideias para compreender esse mundo complexo

Em um mundo em constantes grandes mudanças, para quantas coisas grandiosamente complexas não foram elaboradas novas ideias e soluções? Somos frutos e testemunhas dessa complexidade: revoluções nas formas de comunicação, transporte e até mesmo na produção e comercialização de alimentos.
 
A sinergia desta e de outras inovações e mudanças ajudam a construir o consumidor do futuro – e muitas vezes até mesmo o do presente. Como nós, enquanto setor lácteo, estamos nos comunicando com as novas gerações? Podemos revitalizar nossos produtos? Qual o papel do design de embalagem neste contexto? O que há de mais novo em termos de tecnologia? E os lácteos e o metaverso? Em suma: quais as ideias para compreender esse mundo complexo?
 
É este universo desafiador e repleto de caminhos que exploraremos na quinta e última sessão do Dairy Vision 2022, no dia 23 de novembro, em Campinas, São Paulo.
 
 
A última sessão do Dairy Vision 2022 está imperdível e só não pode faltar você! Este ano, nos dias 22 e 23 de novembro, em Campinas, o evento chega a sua 8ª edição e contará com 26 palestras com um time de palestrantes nacionais e internacionais.
 
Com o melhor networking, os principais executivos e agentes do setor lácteo mundial, em dois intensos dias de abertura ao novo e transformação, o Dairy Vision 2022 entenderá o cenário de mudanças e encontrará as oportunidades.
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint) 


Jogo Rápido 

França: aumento sazonal da produção de leite começa mais cedo
Em setembro, a produção de leite francesa começou seu aumento sazonal mais cedo e pode superar o nível baixo do ano passado neste outono. Esse salto ainda frágil ocorreu, porém, com um rebanho leiteiro muito pequeno e produção de forragem reduzida. Os indicadores de mercado parecem voltar a ser animadores, embora o preço do leite tenha estagnado em agosto. Por outro lado, a produção de leite orgânico caiu em agosto, ajustando-se lentamente ao declínio acentuado nas vendas de produtos orgânicos acabados, embora a participação do leite desnatado permaneça historicamente alta. O mercado de manteiga e os preços continuam firmes. A demanda internacional continua ativa, com exceção da China. Além disso, os suprimentos são limitados nas principais áreas de produção e consumo. (As informações são do Idele, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
 

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Porto Alegre, 25 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.769


EUA – Último relatório sobre produção de leite revela tendência ascendente do rebanho
 
O relatório sobre a produção de leite de setembro registrou crescimento positivo na comparação interanual tanto do volume de leite como do número de vacas.
 
O último relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informa que a produção de leite no país aumentou modestos 1,5% em relação a setembro de 2021. Também apontou aumento de 6.000 cabeças de vaca em relação ao mesmo mês do ano anterior, 9.411 milhões. A produção de agosto foi revisada, aumentando em 13 milhões de libras, o que reajustou o crescimento de 1,6% para 1,7% em relação a agosto de 2021.
 
O crescimento no número de vacas foi liderado por Dakota do Sul, que continua sua tendência impressionante de crescimento, 46 milhões de libras a mais de leite, como reflexo das 25.000 cabeças adicionais de vacas (+14,9%).
 
Phil Plourd, chefe de inteligência de mercado da Ever. Ag. disse que a magnitude do crescimento foi surpreendente. (Fonte: Dairy Herd - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


A indústria mundial de bebidas probióticas pode chegar a US$ 23,4 bilhões em 2031

O mercado de bebidas probióticas foi avaliado em US$ 11.047,4 milhões em 2020, e a projeção é de que chegue a US$ 23 bilhões em 2031, registrando crescimento anual composto (CAGR) de 6,6% de 2022 a 2031.
 
Os probióticos são bactérias que quando ingeridas proporcionam benefícios para a saúde humana e animal. As bebidas probióticas são basicamente procedentes de leite e seu consumo ajuda na digestão. Os probióticos estão sendo desenvolvidos para trazerem outros benefícios para a saúde e o bem-estar, aumentar a vida de prateleira e melhorar o sabor e a textura. Esses fatores impulsionam a demanda por bebidas probióticas de consumidores preocupados com a saúde intestinal e imunidade em geral. Com isso o mercado vem registrando crescimentos significativos. Os principais agentes do segmento procuram consolidar suas posições introduzindo produtos de alta qualidade e estabelecendo parcerias com marcas nutracêuticas conhecidas, o que deve impulsionar o crescimento do mercado no período de previsão.
 
As bebidas probióticas são uma maneira deliciosa de manter a saúde intestinal e o estômago em boa forma. Os probióticos de base láctea estão disponíveis em uma variedade de formas.
 
Suplementos não lácteos são necessários para a intolerância à lactose, veganismo e excesso de colesterol. Recentemente foram criados a partir de inúmeras frutas e vegetais, que também são ricos em nutrientes essenciais, tornando-os matriz eficiente para bebidas probióticas que também tragam benefícios à saúde.
 
Hoje, os consumidores estão mais conscientes sobre os produtos, principalmente entre os jovens, e compreendem a importância para a saúde intestinal, e junto com a disponibilidade de probióticos prontos para o consumo em trânsito, houve grande expansão do mercado.
 
Além dos benefícios para o equilíbrio das bactérias intestinais, essas bebidas melhoram a absorção de nutrientes quando consumidas regularmente, e estudos recentes encontraram indícios de que a saúde intestinal está relacionada ao humor e à saúde mental. Como resultado, a substância ajuda na redução da depressão, ansiedade, TOC e autismo.
 
Os probióticos ajudam também a fortalecer o sistema imunológico, impulsionando a criação de anticorpos naturais pelo corpo humano.
 
Durante o recente surto de Covid-19, devido às medidas de isolamento estabelecidas, a demanda por bebidas probióticas aumentaram diante da percepção de que eram agentes indutores do fortalecimento do sistema imunológico. Com isso houve impacto positivo significativo no crescimento da receita do setor.
A expectativa é de que os benefícios associados à saúde de um modo geral, possam levar ao crescimento da receita global do mercado.
 
As bebidas probióticas [comerciais] surgiram no Japão em 1930 e ganharam enorme popularidade entre os consumidores asiáticos e hoje o mercado é dominado pela região Ásia-Pacífico. Espera-se que a taxa de crescimento mais promissora até 2031 continue nesta região. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Modelo simula emergência sanitária com febre aftosa no RS
 
Um modelo matemático que simula uma emergência sanitária com febre aftosa em propriedades no Rio Grande do Sul foi tema de treinamento concluído, na semana passada, por médicos veterinários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
 
No total, participaram da capacitação 35 servidores, incluindo colegas da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar) e do Centro Pan-americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa).
 
O modelo foi elaborado pelos professores Gustavo Machado e Nicolas Cespedes, da Universidade da Carolina do Norte, que ministraram o curso, com financiamento do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
 
“É uma forma de compreender como a doença pode se espalhar de novo e, tendo essa ferramenta em mãos, podemos simular as intervenções e ver qual seria a melhor estratégia para controlar uma possível epidemia”, explica Gustavo.
 
O modelo utiliza métodos de transmissão multiespécies, envolvendo bovinos, suínos e pequenos ruminantes, prevendo a transmissão tanto por contato direto entre os animais quanto por disseminação pelo ar, em espalhamento espacial.
 
“O modelo foi montado em cima dos dados reais de movimentação do rebanho no Rio Grande do Sul e do cadastro das propriedades no Estado, já georreferenciadas”, detalha o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Seapdr, Francisco Nunes Lopes.
 
Por enquanto, o modelo é rodado em códigos computacionais, e assim foi ensinado aos veterinários que participaram do treinamento. “Atualmente ele ainda está em uma linguagem de programação. O objetivo futuro é que ele tenha uma interface mais amigável, que fique mais fácil para qualquer servidor da Secretaria utilizar”, conclui Francisco. (SEAPDR)


Jogo Rápido 

Municípios têm até 4 de novembro para selecionar beneficiários de cisternas
 A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) divulgou, nesta segunda-feira (24/10), o manual que contempla as diretrizes de programa do governo referente ao eixo estratégico Irriga+RS/Cisternas. Conforme publicação no Diário Oficial do Estado de hoje, os municípios interessados em formalizar convênios com o Estado para a instalação de reservatórios em propriedades rurais deverão realizar, até 4 de novembro, a divulgação e seleção de, no mínimo, três beneficiários titulares e cinco suplentes, por meio do Conselho de Agricultura local. O prazo para o envio de toda a documentação à Seapdr deve ocorrer de 7 a 11 de novembro. Clique aqui para mais informações. (SEAPDR)

 
 

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Porto Alegre, 24 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.768


8º Prêmio Sindilat de Jornalismo está com inscrições abertas
 
Com o objetivo de valorizar o papel da imprensa na divulgação de ações realizadas pelo setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está com inscrições abertas para o 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Trabalhos veiculados entre os dias 13/11/2021 e 01/11/2022 que mostrem a atuação da indústria de laticínios do RS podem ser inscritos até 1º de novembro nas categorias Impresso, Eletrônico e Online.
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de reconhecer a função dos jornalistas em disseminar a importância do setor lácteo na economia, no desenvolvimento e na alimentação das famílias brasileiras. “Nós, que estamos dentro dessa indústria, sabemos todo o trabalho que ela exige e o quanto ela é fundamental para a sociedade. Porém, é a imprensa que divulga essas informações para o público”, pontua Palharini.
 
Para participar, é necessário enviar a ficha de inscrição preenchida e digitalizada junto com uma matéria que tenha sido veiculada entre o período estabelecido para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Não há um número limite de trabalhos a serem inscritos por candidato. Os finalistas de cada categoria serão divulgados no dia 25 de novembro, e os vencedores, que receberão um troféu e um iPhone, serão anunciados no dia 1º de dezembro na tradicional festa de fim de ano do Sindilat.
 
Para mais informações, acesse o regulamento disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
NZ: condições climáticas fazem Fonterra reduzir previsão de captação de leite
 
A Fonterra Co-operative Group Limited revisou sua previsão de captação de leite da Nova Zelândia para a atual temporada para 1,480 bilhão de quilos de sólidos do leite, uma queda de 1% em relação aos 1,495 bilhão de quilos de sólidos do leite.
 
Este é o segundo mês consecutivo em que a cooperativa com sede em Auckland reduziu sua previsão de captação de leite, tendo feito isso no início de setembro, reduzindo sua previsão de uma estimativa inicial de 1,510 bilhão de quilos de sólidos do leite para 1,495 bilhão de quilos de sólidos do leite. Isso significa que as estimativas de coleta de leite caíram 2% nos últimos meses.
 
O clima quente e as inundações, particularmente no extremo norte do país e na parte superior da ilha sul, foram os culpados pelo início lento da temporada e pelas coletas de leite abaixo do esperado, com condições difíceis de pastagem afetando os níveis de produção.
 
O CEO da Fonterra, Miles Hurrell, comentou: “As condições climáticas variáveis que causaram um início lento na fazenda continuaram, contribuindo para a redução das coletas até setembro e início de outubro, o que nos levou a revisar ainda mais nossa previsão de coletas. “Como resultado, revisamos nossa previsão para 2022/23 em queda de 1,0%, para 1,480 bilhão de quilos de sólidos do leite”.
 
Os resultados anuais do FY22 da Fonterra revelaram que as coletas de leite para a temporada 2021/22 caíram 4% em 1,478 bilhão de quilos de sólidos do leite. Em agosto, a cooperativa informou que a produção de leite da Nova Zelândia nos 12 meses até julho caiu 4,4% em relação ao ano anterior. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)
 

Nota de Conjuntura do Mercado de Leite e Derivados
 
Entre 2015 e 2019, os preços reais ao produtor no mercado mundial (convertidos do Dólar para o Real e deflacionados) se mantiveram entre R$1,31 e R$ 1,64/L de leite, com média de R$ 1,40/L. 
 
Movimento similar ocorreu no Brasil, apenas com média um pouco maior, de R$ 1,58/L. A Figura 1 ilustra a evolução dos preços mensais líquidos reais (média Brasil do CEPEA), de janeiro de 2019 a setembro de 2022, corrigidos pelo IPCA de setembro. Observa-se importante valorização nos preços nacionais e internacionais ao longo dos últimos três anos. Este fato foi, em boa medida, decorrente da pandemia da Covid-19, especialmente do segundo semestre de 2020 até 2021, e dos efeitos da guerra da Rússia desde o início de 2022. 
 
Em 2020, a média de preços no Brasil foi de R$ 2,04/L, igual à mundial, de R$ 2,03/L. De modo similar em 2021, quando a média mundial foi de R$ 2,43/L, e do Brasil R$ 2,36/L. Ao longo do primeiro semestre de 2022 os preços do leite ao produtor no Brasil registraram aumentos mais acentuados devido ao período de entressafra e por uma redução histórica na oferta de leite, que caiu 9,1% no primeiro semestre. O pico dos preços ocorreu no mês de agosto de 2022, com valor 63% maior em relação ao mês de janeiro daquele ano. Em setembro de 2022, o preço do leite brasileiro teve queda de 14%. Ainda assim, esteve 28% acima da referência mundial adotada. Duas causas principais podem ser consideradas: (1) entrada no período de safra, momento em que há um aumento da oferta de leite; e (2) um aumento atípico no volume de importações de lácteos, equivalente à 10% da produção nacional de leite. 
 
Em termos de custo de produção, tomando-se como referência o custo da mistura 70% milho e 30% farelo de soja, os valores reais médios de 2022 para o mercado internacional e para o Brasil foram similares de R$ 1,93/kg e R$1,94/kg, respectivamente. Neste caso, ressalta-se que houve uma alta acentuada nos custos de produção após meados de 2020 e que segue incomodando o pecuarista. Com base nos nove meses de 2022, tanto no Brasil quanto no mercado internacional, os custos da mistura 70+30 foram 30% maiores em relação a 2021. 
 
Em termos da oferta, no âmbito mundial a expectativa de crescimento zero em 2022. Para o Brasil a expectativa, de acordo com as estatísticas disponíveis do leite captado é de uma queda na produção de 6% em relação a 2021.
 
No mercado atacadista, os preços dos principais derivados lácteos começaram a cair no final de julho. Até o início de outubro, houve um recuo próximo de 30% para o leite UHT e para o queijo mussarela. 
 
Para o consumidor, o impacto de queda de preços geralmente chega um pouco mais tarde. Os preços do leite UHT tiveram aumentos ao longo do primeiro semestre com pico em julho, equivalente a 75% no acumulado do ano. De julho até setembro houve um recuo de 21%. Dessa forma, ainda há espaço para novos recuos nos preços ao consumidor, já que a desaceleração no atacado e no produtor foram mais acentuadas. 
 
A produção de leite tem movimento crescente até dezembro, quando se chega ao pico da safra. Por outro lado, espera-se também alguma retomada do consumo. Os indicadores macroeconômicos de emprego e renda estão melhores, a inflação mais controlada, os preços dos derivados lácteos mais baixos no varejo e os suportes financeiros do Governo Federal às famílias de baixa renda são alguns dos estímulos a demanda. Isso tende a colocar algum piso nas cotações, inibindo novas quedas acentuadas, até porque, conforme mencionado, o custo segue elevado. (Fonte: CILeite/Embrapa)
 
 

Jogo Rápido 

Loja e bistrô RAR
Rede de franquias da empresa de alimentos fundada por Raul Anselmo Randon, a Spaccio RAR, de Vacaria, inaugura sua primeira unidade em Porto Alegre. Ela ficará na Avenida 24 de Outubro, no bairro Auxiliadora, e terá 500 metros quadrados. Além da loja, o local terá um bistrô, no mesmo modelo que já é operado em Curitiba (PR). A inauguração está marcada para o dia 29 de outubro. O investimento foi de R$ 700 mil. A princípio, 10 funcionários vão trabalhar nesta unidade. Não há planos para novas aberturas na cidade. A RAR foi fundada por Raul Anselmo Randon na década de 1970. (Zero Hora)

 
 
 
 

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Porto Alegre, 21 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.767


Salário mínimo terá reajuste pela inflação
 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que os ajustes fiscais necessários para garantir os recursos para financiar a despesa com a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 ao mês passam pela introdução da tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR) e não por mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo ou de vinculação dos valores mínimos dos benefícios da Previdência ao salário mínimo. No início de 2023 haverá reajuste do piso, pelo menos com reposição de inflação, afirmou o ministro. E o menor valor pago pela Previdência será equivalente a essa quantia reajustada. O governo também antecipou o calendário de pagamento do Auxílio Brasil de outubro, com os últimos da lista recebendo o recurso no próximo dia 25. 
 
Pelo primeiro cronograma este calendário terminaria no dia 31. A data do beneficiário é estabelecida conforme o Número de Inscrição Social (NIS). “Estamos com o jogo correndo, não vamos mudar as regras”, afirmou Guedes em entrevista após fazer uma apresentação sobre o cenário econômico durante uma reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na sede da entidade, no Rio. “Em janeiro e fevereiro, os benefícios dos aposentados e o salário mínimo serão corrigidos pelo menos pela inflação”, reiterou. Segundo o ministro, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está “combinada politicamente” para introduzir a tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR). 
 
Atualmente, esse tipo de rendimento é isento de IR. O Brasil é um dos poucos países do mundo que não tributa a renda auferida pelas pessoas físicas com o lucro empresarial. Essa nova receita, assinalou, ficaria “bastante acima” dos novos gastos previstos para 2023. Nas contas de Guedes são R$ 69 bilhões em novas receitas contra R$ 52 bilhões de despesas. O ministro não especificou quais novos gastos estão incluídos no segundo valor e se haveria alguma outra despesa além da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 por mês. O custo fiscal das medidas lançadas nos últimos meses pelo governo federal tem sido estimado em torno de R$ 65 bilhões. 
 
Guedes sinalizou também um aumento salarial linear para todo o funcionalismo público federal. Nas contas do ministro, um reajuste de 5,5% para todos elevaria a despesa em R$ 10 bilhões ao longo de um ano. De acordo com ele, a PEC já combinada precisa ser apresentada ao Congresso Nacional e votada o mais rápido ao possível. O objetivo seria garantir os recursos para financiar as novas despesas já no início de 2023. (Correio do Povo)


Produção de leite tem forte desaceleração no Mercosul

A produção de leite nos principais países produtores do Mercosul – Brasil, Argentina e Uruguai – teve forte desaceleração de 2012 a 2022 em comparação com a década anterior. 

Estudo divulgado pelo Rabobank mostra que a produção no campo cresceu 6% no Brasil, 4% na Argentina e 10% no Uruguai entre 2012 e 2022. O trabalho elaborado pelo analista Andrés Padilla não evidencia os volumes em litros, mas apresenta índices gerados a partir de informações de cada país ao longo da década. Entre 2002 a 2012, houve crescimentos de 66% no Brasil, 31% na Argentina e 72% no Uruguai. “Os participantes do mercado não poderiam ter previsto tal desaceleração produtiva de leite cru. 

Há dez anos, a demanda crescia tanto no mercado interno quanto no externo, o crescimento econômico na região foi bastante estável e o interesse internacional por ativos lácteos domésticos estava no auge”, diz Padilla no relatório. Segundo ele, “vários players globais” na Europa e na América do Norte investiram ou planejavam atuar na região. Entre os principais fatores para a queda de produção está a migração de produtores para outras atividades que ofereceram melhor retorno e a desaceleração do crescimento da demanda doméstica, devido a desafios econômicos e mudanças demográficas. (Valor Econômico)

Análise da última queda da Fonterra

É certo que a demanda retraiu pressionando os preços para baixo. Isso se refletiu no último leilão da Fonterra. 
 
A queda não foi maior porque a oferta está restrita. É improvável que tenha algum desempenho positivo nos próximos seis meses em alguma das principais regiões exportadoras.
 
Entrando em detalhes sobre a demanda, é importante observar que não está havendo recuperação. No decorrer do ano (até agosto) as importações mundiais de lácteos diminuíram. Leite fresco caiu 140.772 toneladas (-6%); leite em pó caiu 447.623 toneladas (-13%); iogurte e leites fermentados caíram 85.700 toneladas (-16%); soro caiu 86.343 toneladas (-7%); manteiga aumentou 9.023 toneladas (+1%); e queijos diminuíram 100.221 toneladas (-5%).
 
A demanda de determinados países se manteve baixa: China, Sri Lanka, Bangladesh e Leste Europeu. Outros países estão registrando maiores demandas: Norte da África, Oriente Médio, América do Norte, Sudeste Asiático e também Europa.
 
A situação macroeconômica internacional está dominando o espectro mundial e afetando todos os âmbitos: econômico, social e político. A inflação e a variação cambial são dois dos fenômenos nada desprezíveis na atualidade.
 
Segundo análise da Bolsa de Valores da Nova Zelândia e a opinião dos principais analistas do mercado internacional, o saldo da balança deverá se inclinar para a demanda nos próximos meses. A necessidade de importar mais produtos lácteos começa a ser sentida, dada a diminuição dos estoques que há alguns meses ainda se acumulavam devido ao aumento significativo do comércio em 2021. Há certo consenso de que, em meio à turbulência global, o setor lácteo será impactado, mas será um impacto menor do que em outros setores. (Fonte: Tardaguila – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 41/2022 – SEAPDR
 A previsão é de que, nesta quinta-feira (20/10), ocorrerá a formação de um ciclone extratropical que provocará ventos fortes e chuva significativa principalmente no sul do Estado. Entre a noite de quinta e a sexta-feira (21/10), deve chover valores acima de 50 mm em muitas cidades próximas a Bagé e Dom Pedrito. Até domingo (23/10), a nebulosidade e os ventos devem ser observados em toda a Região Sudeste e Leste do RS em decorrência do deslocamento desse ciclone. Nas demais regiões, deve chover, mas o tempo já firma a partir do sábado (22/10). As temperaturas não devem baixar muito. Porém, na próxima semana, ainda haverá entrada de ventos do leste e do sul, o transporte de umidade do oceano em direção à costa gaúcha e temperaturas mais amenas nas cidades do sul, como Rio Grande, Pelotas e Capão do Leão. No decorrer da semana, o clima será seco e ensolarado na maior parte do Estado. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 

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Porto Alegre, 20 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.766


China será autossuficiente em lácteos?

A China divulgou seu último relatório mensal de laticínios, destacando uma reviravolta no preço do leite cru do país e outro leve declínio na produção de laticínios.
 
O preço do leite cru chinês parou de cair em setembro, alta de 0,29% em relação aos números de agosto, e o primeiro aumento do mês inteiro após oito meses de trajetória de queda. O preço do leite cru chinês aumentou 0,01 yuan (US$ 0,0014)/kg em relação a agosto, para 4,13 yuan (US$ 0,57)/kg. Esse valor é 0,21 yuan (US$ 0,029)/kg ou 4,8% maior que o preço em setembro de 2021.
 
A Beijing Orient Agribusiness Consultants (BOABC) observa que o custo da pecuária leiteira é o principal impulsionador dessa reviravolta no preço do leite, com o custo da alimentação aumentando continuamente a cada ano.
 
Os preços do farelo de soja chinês aumentaram 20,7% em setembro ano a ano, para 4,63 yuan (US$ 0,64)/kg, enquanto o milho aumentou 2,1% ano a ano, para 2,99 yuan (US$ 0,42)/kg. Este é o primeiro aumento mensal do farelo de soja desde abril, com os preços subindo 5,2% em relação a agosto. Esses números não são surpresa com as recentes condições climáticas extremas que afetaram as regiões produtoras de grãos em toda a China durante o período de verão.
 
Espera-se que a China aumente sua produção total de grãos na temporada 2022-23 em 1,5 milhão de toneladas, para 420,2 milhões de toneladas – embora não na medida que o país gostaria, com o crescente tamanho dos rebanhos no país.
 
O tamanho dos rebanhos aumentou significativamente com um crescimento de 34% de gado reprodutor importado no ano até o momento, e um incentivo recente introduzido para aumentar as importações e a criação de gado. O incentivo emitido pelo governo local de Jilin fornece um subsídio único de 10.000 yuan (US$ 1.390)/kg para cada touro reprodutor e 1.000 (US$ 139) para cada vaca que dê à luz um bezerro. Este anúncio coincide com a recente proibição do governo da Nova Zelândia às exportações de gado, abrindo o crescente mercado de importação de rebanho da China para outras nações.
 
Com o aumento do tamanho dos rebanhos e o crescimento do rendimento relativamente estagnado, as importações de grãos continuaram aumentando. As importações de soja e trigo cresceram em agosto, 61% e 166% ano a ano, respectivamente. As importações de soja no acumulado do ano caíram 38%, embora com as recentes restrições de oferta de soja no exterior com o conflito na Ucrânia e as diminuições no rendimento dos Estados Unidos, isso não surpreende.
 
O que também não surpreende é a demanda em declínio de produtos lácteos no mercado interno na China, com os lockdowns afetando os restaurantes, supermercados e atividades online do país em muitas das maiores cidades.
 
O BOABC relata que as vendas online de produtos lácteos caíram 23,7% com relação ao ano anterior no primeiro semestre de 2022, elevando o preço dos produtos domésticos com leite líquido, iogurte, fórmula infantil e leite em pó adulto em 3,99%, 2,39%, 2,16% e 2% com relação ao ano anterior, respectivamente.
 
Então, o que isso tudo significa?
A China continua se preparando para a segurança do fornecimento doméstico de laticínios, aumentando seu rebanho nacional e aumentando sua oferta de ração. Embora haja incerteza em torno das importações de lácteos chineses para o resto do ano, com números recentes de importação muito baixos, alguns estão preocupados com o quanto da mudança é resultado de bloqueios esporádicos em todo o país e quanto é o desejo de todo o país de fornecer mais auto-suficiência para seu povo.
 
A crescente produção chinesa de leite em pó fez com que as importações de leite em pó diminuíssem. As importações de gorduras, queijos e soro de leite, entretanto, aumentaram. Permanecerá um nível de ambiguidade sobre o futuro do mercado de lácteos chinês nos próximos meses. No entanto, o ajuste da janela tarifária em janeiro será um indicador interessante de mudança. (As informações são da Farmers Weekly, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Espanha – Não há leite, nem tampouco preço
 
Em julho de 2021 centenas de pecuaristas produtores de leite, dos pouco mais de 400 que ainda sobreviviam em Andaluzia, foram às ruas com o tema “Com o leite no pescoço” para protestar sobre a situação de asfixia que estavam sofrendo diante da falta de rentabilidade que provocava resultava no encerramento da atividade nas fazendas. 
 
A entidade que representa o setor, a COAG Andaluzia, junto com outras organizações e cooperativas iniciou um processo de mobilizações nas quais pediam preços justos para o leite de vaca, um alimento básico que se encontrava sob a ameaça de desabastecimento.
 
Um ano depois, já é uma realidade: não há leite suficiente em Andaluzia, onde as circunstâncias resultantes da guerra Rússia-Ucrânia vieram se somar aos efeitos de uma severa seca que disparou os custos da alimentação para o gado que já acumulam alta de 40% em um ano.
 
Assim, o inalcançável incremento dos custos de produção foi a pressão final a um setor que já se encontrava muito endividado pelos baixos preços, dominados pelas grandes cadeias de distribuição, provocando a ruína e o fechamento de inúmeras fazendas leiteiras nos últimos anos em Andaluzia.
 
Ou seja, ruína sobre mais ruína. Os pecuaristas precisam decidir entre fechar as fazendas para não continuar multiplicando as dívidas, ou vender vacas para o abate, obter algum alívio dos custos no curto prazo. A consequência direta de tudo isso, tal como advertiu a COAG nas mobilizações de 2021, é uma perda considerável da produção de leite em Andaluzia: não há leite suficiente, o que sem dúvida é um problema para toda a sociedade.
 
Apesar da escassez, as grandes cadeias de distribuição resistem em pagar um preço justo que cubra os custos de produção e propicie um mínimo de rentabilidade aos produtores. É preciso lembrar que a rede Mercadona tornou público o problema da falta de leite de sua marca de distribuição (Hacendado), culpando os produtores.
 
Para a COAG Andaluzia, a solução imediata é muito clara: se querem leite, que paguem um valor justo. E atualmente, um preço mínimo que cubra os custos e não leve os produtores à falência, é em torno de € 0,60/litro. Se o pagamento não for justo, a produção de leite em Andaluzia continuará caindo.
 
Definitivamente, a situação é grave e, a COAG Andaluzia, cobra soluções urgentes para um tema que já atinge toda a sociedade. É preciso cumprir a Lei da Cadeia Alimentar que proíbe a venda de produtos abaixo dos custos de produção, não somente para sobrevivência da produção leiteira, mas de todo o setor agrário, já que o desabastecimento se estenderá a outras produções, como o leite caprino, se não forem tomadas as medidas necessárias. Está em questão a alimentação: se o campo não produz, a cidade não come. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
Tecnologia e dados impulsionam o futuro dos lácteos

Como será o futuro da pecuária leiteira em 10 anos? Mais consolidação, mais regulamentações e mais uso de tecnologia são um fato. "Se o caminho em que estamos é uma indicação, os próximos 15 a 20 anos serão bastante interessantes quando olhamos para o futuro", disse Chad Heiser, presidente da Lely North America, que se juntou a executivos da GEA e DeLaval para falar sobre o futuro da pecuária leiteira e como a tecnologia e a inovação desempenharão um papel importante durante um painel de discussão na World Dairy Expo.
 
Matt Daly, presidente da GEA North America, disse que é certo que os produtores de leite nos EUA e no Canadá enfrentarão um ambiente mais regulamentado nos próximos 10 anos e que as empresas terão que atender às suas necessidades com o desenvolvimento de novos produtos. 
 
Coisas como a geração de energia na fazenda continuarão crescendo, disse Daly, acrescentando que agora a GEA está envolvida com quase duas dúzias de projetos de digestores de esterco em todo o país. Junto com isso, os produtores precisarão ser mais proativos no trato com o público. “Os próprios produtores estão ficando cada vez melhores no que fazem, o que significa que eles precisam estar muito, muito mais cientes do público que os cerca e de como são vistos”, disse Daly. "E então eu acho que você verá muito mais abertura e compartilhamento de informações com o público. O público precisa saber de onde vem sua comida."
 
Dados são fundamentais
Fabian Bernal, chefe de sustentabilidade da DeLaval, disse que os dados nas fazendas serão fundamentais para orientar as decisões dentro e fora das fazendas, informando melhor as pessoas sobre como os produtores tomam decisões e como isso afeta seus alimentos. Heiser acrescentou: "Da forma que avançamos, em 10 anos a utilização desses dados será imperativa. Primeiro, para tomar melhores decisões para o animal, acho que devemos manter o animal na frente e no centro. Esta é uma oportunidade de transparência para que a indústria seja muito clara para os consumidores sobre o que está acontecendo.”
 
Comunicando a sustentabilidade
Sobre a preservação de recursos naturais, como a água, Heiser disse que a indústria está apenas arranhando a superfície do que pode fazer, citando projetos de irrigação inteligente e recuperação de resíduos animais como dois exemplos. Daly disse que os produtores, especialmente os jovens, estão muito mais dispostos a aprender sobre coisas como alimentação de precisão e como fazer mais com menos. “Esta é uma ciência real que percorreu um longo caminho em nossa indústria”, disse ele. “Você não precisa colher tanto; você não precisa estar lá cortando cinco ou seis vezes com algumas das novas digestibilidades e algumas das forragens que estão lá fora. É incrível o que você pode fazer.”
 
Mas comunicar isso com o público é fundamental. Daly apontou para as práticas regenerativas que algumas fazendas leiteiras já estão fazendo, como a reciclagem de água que ajuda a resfriar o leite para retirar o esterco dos galpões. “A agricultura regenerativa é o que todas as fazendas estão fazendo, se é visto dessa maneira é algo que deve ser divulgado mais”, disse Daly.
 
Bernal disse que é aqui que os dados podem fazer a diferença. “Com a agricultura regenerativa, acredito que temos duas dificuldades. Uma é lidar principalmente com a forma como comunicamos nossas práticas aos consumidores, mas também o que podemos fazer em nossas fazendas para melhorar ou reduzir o impacto de certas coisas”, disse ele, acrescentando que, com melhores medições e dados, as fazendas podem diminuir os impactos de coisas que antes eram prejudiciais - e depois conversar com os consumidores com os dados para respaldá-los.
 
Incentivando as pequenas propriedades
Celulares e laptops já foram vistos como itens de luxo para a maioria das pessoas. Mas os preços eventualmente caíram, e os próprios aparelhos se tornaram tão avançados que os celulares se tornaram um item doméstico comum. Heiser disse que vê a mesma curva de adoção para pequenas fazendas que colocam tecnologias avançadas, como ordenhas robóticas, alimentação de precisão e aplicação avançada de esterco nos campos. Os custos para fazer essas coisas serão reduzidos ao ponto em que as pequenas fazendas serão tão capazes de fazê-las quanto as grandes fazendas leiteiras, disse ele.
 
Bernal disse que a reforma dos regulamentos pode ajudar a impulsionar a adoção de tecnologias avançadas. Ele disse que os regulamentos atuais, como a Portaria Federal do Leite Pasteurizado, levaram a custos de adoção mais altos – 20% mais altos para os produtores dos EUA do que os produtores de outros países – para tecnologias semelhantes. Daly disse que sua empresa já construiu sistemas fechados de tratamento de águas residuais em fazendas na Europa e em outros países que limpam as águas residuais e as devolvem às vacas, não apenas as descarregam em um córrego.
 
Independentemente disso, porém, Heiser disse que é uma questão de quando, e não se, as fazendas leiteiras podem ser totalmente automatizadas, resultado de produtores tentando resolver questões trabalhistas e regulatórias, e a tecnologia cada vez melhor. “Existem muitas tarefas manualmente redundantes que acontecem agora com trabalho físico”, disse ele. “Há inovações disponíveis hoje, e acredito que está chegando a inovação que pode realmente automatizar cada uma dessas tarefas dentro de uma fazenda leiteira.”
 
“O feedback imediato para o usuário, para aquele funcionário, gerará informações suficientes para que esses funcionários possam responder ao chamado para ação com muito mais rapidez, tornando o processo muito mais eficiente, ou seja, se um animal for apresentar um caso clínico, o feedback será imediato para que o funcionário tome decisões muito, muito mais rápido, ao invés de perder tempo e separar o animal e outras coisas, o funcionário poderá responder a esses processos muito, muito mais rápido e realimentar o sistema para que o agricultor saiba o que fazer no futuro, seja em termos de tratamento ou decisões de descarte", disse Bernal. (As informações são da Farm Progress, adaptadas pela equipe MilkPoint) 
 

Jogo Rápido 

INSCRIÇÕES ABERTAS: 2º Prêmio Referência Leiteira RS 
Os produtores de leite do RS podem se inscrever até 31/10/2022 no 2º Prêmio Referência Leiteira RS, para as categorias “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistemas à base de pasto” e “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistema de Semi confinamento ou confinamento”. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. As inscrições serão realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS e a divulgação dos resultados e premiação durante a Expointer 2023. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (As informações são do Sindilat/RS)

 
 
 
 

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Porto Alegre, 19 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.765


Lácteos caem no exterior, e importação pode crescer

O preço médio da tonelada de produtos lácteos nas negociações da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para os preços internacionais do segmento, recuou ontem pela segunda vez seguida neste mês. A cotação fechou o dia a US$ 3,723 mil, com queda de 4,6% em comparação com o evento anterior, realizado em 4 de outubro. Os movimentos da GDT costumam impactar contratos de importadores brasileiros com cerca de dois ou três meses de “delay”. É que o Brasil importa diretamente da Argentina e do Uruguai, já que não há cobrança de tarifa externa comum (TEC), mas os vizinhos acabam seguindo as tendências do mercado global. “Nossas importações estão correlacionadas à GDT. Se os preços de importação caem, podem ficar mais competitivos em relação aos do mercado local”, afirma Valter Galan, sócio da consultoria Milkpoint Mercado. 

O custo do leite em pó importado dos vizinhos, por exemplo, está mais baixo que o do mercado interno desde meados de abril, segundo levantamento da consultoria divulgado na primeira quinzena de outubro. Isso ocorreu ao longo deste ano devido à redução da oferta de leite no mercado interno, o que levou os importadores a olharem com atenção para oportunidades de compras no exterior. A partir de julho, porém, com o início a safra na região Sul do país, a disponibilidade começou a melhorar. Mesmo que setembro tenha sido um mês de recuperação de preços na plataforma GDT, as duas quedas consecutivas em outubro mantêm a cotação média internacional distante do pico do ano, registrado em março, quando a tonelada valia US$ 1 mil a mais do que hoje - à época, era cotada a US$ 4,7 mil. Leite em pó Fundada pela cooperativa neozelandesa Fonterra, maior exportadora global do segmento, a GDT realiza negociações a cada 15 ou 20 dias.

A baixa de ontem foi puxada pelos leites em pó integral e desnatado. O integral teve queda de 4,4%, a US$ 3,421 mil por tonelada, e o desnatado encerrou o dia cotado a US$ 3,25 mil, recuo de 6,9%. Uma razão para a queda dos preços internacionais, principalmente no segundo semestre, é a redução da demanda da China, dizem analistas. A participação do país nas compras mundiais tem diminuído e vem caindo porque a economia local tem crescido pouco, comentou Paulo Martins, economista da Embrapa. Ademais, acrescenta Galan, da Milkpoint, a notícia de possível liberação de barris de petróleo dos estoques nos Estados Unidos - medida que pode ser tomada para conter a inflação local - afeta os preços do petróleo e o consumo de lácteos. “Os grandes importadores de lácteos no mundo, com exceção da China, também são grandes produtores e exportadores de petróleo. Quando o petróleo vai bem, há tendência de aumento da demanda de leite e vice versa”, explica ele. Do lado da oferta, que ainda cresce pouco em relação ao ano passado, o momento é de pico de safra na Nova Zelândia, grande produtor mundial. (Valor Econômico)


Agro define prioridades à COP27

O setor agropecuário entregou, ontem, ao governo federal, um documento com as cinco linhas de trabalho prioritárias para ampliar a sustentabilidade na produção de alimentos no Brasil. Os pontos são considerados imprescindíveis para que os produtores possam cumprir a parte que lhes cabe nos acordos internacionais assumidos pelo Brasil para mitigar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e evitar o aumento de 1,5ºC na temperatura da Terra até 2100. 

O material, consolidado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), será apresentado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada entre 6 e 18 de novembro, na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. E foi repassado pelo presidente da entidade, João Martins, aos ministros da Agricultura, Marcos Montes; do Meio Ambiente, Joaquim Leite; e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, em Brasilia. O primeiro eixo trata da “nova meta quantificada de financiamento climático”, e detalha a utilização de fundos para financiar projetos que auxiliem no cumprimento de metas globais de mitigação de Carbono e de Metano à atmosfera. 

O segundo diz respeito a “mecanismos focados em adaptação”, reforçando a importância de incentivar a adoção de práticas como restauração de vegetação nativa e produção agropecuária em sistemas integrados. O terceiro ponto tem como tema o “trabalho Conjunto de Koronívia sobre agricultura”, e contém o pedido de criação do “Comitê de Koronívia” para debater a união entre agropecuária, inovação e sustentabilidade. Já o quarto ponto foca em “operacionalizar os mecanismos de mercado de Carbono”, solicita transferência internacional de resultados e pede inclusão de créditos de Carbono privados. O quinto ponto, por fim, dá “Recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros”. 

CNA buscará oportunidades
Os cinco eixos prioritários de trabalho apresentados ontem aos ministros devem não só criar obrigações, mas oportunidades ao setor primário brasileiro. Essa é a avaliação do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, citando a necessidade, por exemplo, de financiamentos para que o agro se adapte e trabalhe num mercado de carbono efetivo. “Somos reconhecidos como provedores de tecnologias e produção de alimentos menos emissores de Gases de Efeito Estufa (GEE). Também temos um dos códigos florestais mais rigorosos do mundo, o qual está implantado. O agro brasileiro tem um papel muito grande, e a CNA vai à COP atrás das oportunidades”, declara.

De acordo com ele, todos os cinco temas elencados pela entidade, em nome do setor primário, são importantes para evitar que a temperatura média da Terra aumente 1,5ºC até o ano de 2100. (Correio do Povo)
 

Como tomar as melhores decisões para o seu negócio?

O mundo muda o tempo todo. Fazer as coisas como antes não é mais garantia de sucesso. O setor lácteo, assim como a economia mundial, passa por grandes transformações desde as mudanças no perfil de consumo até a origem da matéria-prima. As tecnologias existentes hoje, a oferta de leite, os produtos concorrentes, as regulamentações e os canais de vendas não são os mesmo de ontem.
 
Em busca de construir cenários e nortear decisões assertivas, o Dairy Vision traz à tona as principais pautas e tendências do leite mundial. Dias 22 e 23 de novembro, em Campinas, São Paulo, os principais agentes do setor lácteo do Brasil e do mundo reunidos em um só lugar.
 
Com palestrantes nacionais e internacionais, em dois dias intensos, no Dairy Vision 2022 entenderemos os cenários de mudanças em busca de oportunidades. Abordaremos desde a oferta de leite, marketing, produtos concorrentes, novos canais de distribuição, inovação, tecnologia até a comunicação com os consumidores.
 
Quem é protagonista, agente de transformação e impulsionador do futuro do leite mundial estará no Dairy Vision 2022, esteja você também!
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Base de cálculo 
Se uma empresa recebeu incentivos e benefícios fiscais de ICMS, e esse valor foi registrado como reserva de lucros, ele deve ser automaticamente considerado subvenção para investimento. Assim, fica de fora da base de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido. Em julgamento, ontem, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotou esta interpretação mais benéfica ao contribuinte. O caso é oriundo do Paraná e passará a balizar a jurisprudência nacional. (REsp nº 1.968.755). (Jornal do Comércio)

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.764


Conseleite entrega pauta a candidatos ao governo do RS
 
Revisão do regime tributário, linhas de crédito rural, política de fomento à produção leiteira e acesso aos recursos do Fundoleite são alguns dos principais pedidos do setor lácteo ao novo governador do Estado do Rio Grande do Sul. As pautas constam em documento entregue nessa terça-feira (18/10) aos candidatos ao Palácio Piratini Eduardo Leite (PSDB) e Onix Lorenzoni (PL). Lideranças dos produtores e das indústrias reuniram-se com os candidatos em nome do Conseleite na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), em Porto Alegre (RS). Segundo o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, é essencial olhar para a questão social que envolve a produção leiteira e adotar ações que inibam a volatilidade dos preços e evitem a evasão de milhares de produtores da atividade. “Nosso Estado perde em competitividade em função da carga tributária e de problemas logísticos que dificultam o escoamento da safra uma vez que apenas 40% do leite produzido no RS é consumido em solo gaúcho”, salientou. Zanetti citou ainda a necessidade de coibir as importações e estimular as exportações de lácteos. Presentes nas reuniões, o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, entregaram aos candidatos documento com dados sobre a produção gaúcha e a fundamentação do impacto do FAF no setor lácteo do RS.
 
Pela manhã, o encontro foi com o ex-ministro Onix Lorenzoni. Às lideranças presentes, ele prometeu trabalhar para baixar impostos, por políticas de concessão de crédito e sinalizou que manterá um canal direto de escuta das demandas do setor com reuniões semestrais. Sinalizou que pretende fortalecer a ação do Banrisul em linhas de crédito agrícola e buscar a consorciação de atividades nas propriedades rurais, integrando o leite a outras atividades como a piscicultura e a silvicultura, por exemplo. “Iremos acompanhar a par e passo a situação do setor e ver o que precisamos fazer no RS para enfrentar a burocracia”, ressaltou.

À tarde, foi a vez do candidato Eduardo Leite apresentar seus projetos ao setor. Indicou que vê duas frentes a serem adotadas: destravar o acesso ao Fundoleite para viabilizar investimentos e achar novos mercados consumidores para os lácteos gaúchos tanto dentro do Brasil quanto no fomento às exportações. Sobre o FAF, informou que uma solução para a questão já está sendo analisada para evitar a penalização e perda de competitividade dos laticínios do RS. “Nesse primeiro período de governo, nossa tarefa foi o enfrentamento da questão fiscal do Estado e da pandemia. Agora, precisamos pensar em um plano estratégico para resolver as questões mais importantes e que tragam maior impacto e apoio”. Disse também que abrirá diálogo com o setor para construção do plano de trabalho. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito das fotos: Carolina Jardine)



GDT - 18/10/2022


(Fonte: GDT)

Abras aponta crescimento de 2,67% no consumo dos lares brasileiros

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) anunciou o aumento acumulado no ano de 2,67% no consumo dos lares brasileiros. A alta ainda é maior na comparação entre agosto e julho deste ano, com crescimento de 6,12%. Na comparação entre agosto de 2022 e o mesmo mês do ano passado, a alta é de 7,23%. 

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Na conjuntura econômica, o crescimento das vagas de emprego formal, o aumento no valor dos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil e queda nos preços dos alimentos contribuíram para o crescimento do Consumo nos Lares”, afirma o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. 

O levantamento mostrou queda do preço dos alimentos nos supermercados. De acordo com a Abras, a baixa foi de 9,89% no preço dos gêneros alimentícios no terceiro trimestre (de julho a setembro) deste ano. Com isso, o AbrasMercado - indicador que mede a variação de preços nos supermercados - registra a segunda deflação consecutiva, puxada por produtos básicos, como leite, óleo de soja, feijão e açúcar. Em agosto, queda de -2,61%, e em setembro, -1,71%. O preço da cesta, na média nacional, passou de R$ 757,97 em agosto para R$ 745,03 em setembro. 

A cesta Abrasmercado é composta por 35 produtos de largo consumo, que inclui alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza. Na cesta de 12 produtos - açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa sêmola de espaguete, óleo de soja e queijo mussarela - os preços médios caíram de R$ 362,84 em julho para R$ 326,96 em setembro. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido 

Conselheiros aprovam contas do Fundesa-RS no terceiro trimestre
 O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS realizou nesta segunda-feira, a prestação de contas do terceiro trimestre de 2022 (julho a setembro). O saldo do Fundo é mais de R$ 117 milhões e registrou no período a soma de R$ 6,6 milhões entre contribuições e rendimentos. Desde o começo do ano, já são R$ 18,2 milhões agregados ao fundo. Já as despesas, que incluem investimentos e indenizações, somam R$ 5,8 milhões, desde janeiro. “Neste montante, o maior valor ficou com as indenizações para a pecuária leiteira, que superam R$ 4,4 milhões”, afirma o presidente do Fundo, Rogério Kerber. Só no último trimestre, a pecuária leiteira demandou indenização a 126 produtores, com um total de 812 bovinos leiteiros. Todos os processos passam pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e as indenizações só são destinadas aos produtores que estão em dia com as contribuições ao fundo. Os integrantes do Conselho Deliberativo do Fundesa aprovaram as contas sem restrições. Os relatórios ficam disponíveis no site da instituição e também são enviados para a Secretaria da Agricultura, da Fazenda, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Controladoria e Auditoria Geral do Estado (Cage). (Fundesa)