
Autor: Sindilat
Balança Comercial de Lácteos 2021

19/11/2019
Porto Alegre, 19 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.111
Ministério da Agricultura prepara portal com dados sobre qualidade do leite no país
O Ministério da Agricultura (Mapa) está finalizando um novo portal que reunirá dados de análises de qualidade do leite em todo o país. O projeto ainda está em desenvolvimento e fornecerá informações quantitativas e das medições dos padrões previstos nas INs 76 e 77 de forma a ter um raio-X da produção nacional. A posição foi indicada pela fiscal do Mapa e médica veterinária Milene Cé, que se reuniu com representantes das principais indústrias laticinistas em atuação no Rio Grande do Sul na tarde desta terça-feira (19/11) em Porto Alegre.
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esta será uma ferramenta importante para guiar os trabalhos de qualificação da produção no país e seria excelente se permitisse estratificar o grau de testagens nos diferentes estados do país. “A Região Sul está muito engajada com o projeto de qualificação da produção. É essencial disseminar esse conceito no país todo.” O projeto, inicialmente previsto para entrar no ar em outubro, ainda encontra-se em fase de elaboração.
Durante a reunião com as indústrias, Milene Cé esclareceu questões importantes sobre a fiscalização e penalizações a serem aplicadas ao setor em decorrência das INs 76 e 77, em vigor desde 31 de maio deste ano. “O que a gente tem visto é uma reação extremamente positiva da cadeia do leite. Uma posição de competência”, elogiou. Coordenando a reunião, o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, enalteceu a reação positiva da cadeia produtiva em relação às medidas. “Isso mostra um amadurecimento do setor, que foi lá e fez acontecer”, pontuou Portella.
As principais dúvidas apontadas durante reunião foram em relação à mudança nas regras de exclusão de produtores, publicadas no dia 7 de novembro. Segundo Milene, reconhecendo que havia pontos a serem corrigidos, as equipes do Mapa revisaram os regramentos, permitindo que a medição de CBT do último mês se sobreponha à média dos últimos três meses, desde que se encontre abaixo do padrão oficial. Desta forma, entende-se estar valorizando quem realmente está trabalhando pela melhoria dos processos e do manejo animal. “Não queremos a exclusão de ninguém, mas valorizar a qualidade”, explicou.
Para cadastro de novos produtores, Milene recomenda que as contratantes solicitem as medições de meses anteriores, junto aos respectivos laboratórios da RBQL, mesmo do período em que estavam vinculados a outras empresas como forma de assegurar um histórico desse criador. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Legenda: Milene Cé, Guilherme Portella, Angelo Sartor - Crédito: Carolina Jardine
Preço do leite tem leve elevação em novembro
(Fonte: Conseleite MG)
GDT
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat/RS)
Pelo 12º ano consecutivo, a Cooperativa Santa Clara conquistou o Carrinho Agas, distinção concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) a empresas e personalidades que se destacam no setor varejista gaúcho. A Cooperativa venceu na categoria de Melhor Fornecedora de Queijos, título já recebido outras cinco vezes. Os premiados foram revelados na manhã desta terça-feira, 19, durante entrevista coletiva na sede da entidade. Em edições anteriores, a Santa Clara já foi contemplada nas categorias Melhor Fornecedora de Queijos (2013, 2014, 2015, 2016 e 2018), produtos Zero Lactose (2017), Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004) e Alimentos Resfriados (2003). Atualmente, a Cooperativa tem 80 apresentações diferentes de queijos, num mix de mais de 360 produtos de laticínios, frigorífico, doces e sucos. O Carrinho Agas chega neste ano a sua 36ª edição premiando os destaques do ano na opinião dos 250 maiores supermercados do Estado. Entre os critérios de avaliação estavam share de mercado, qualidade dos produtos ou serviços, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos de entrega. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 25 de novembro, às 20h, no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. (Santa Clara)
18/11/2019
Porto Alegre, 18 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.110
Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto
Bebida, produzida hoje em Estados como São Paulo e Paraná, começa a despertar interesse de produtores no Rio Grande do Sul
Crédito: Fernando Gomes / Agencia RBS
Enquanto intolerantes à lactose contam com alimentos especiais, alérgicos à proteína do leite ainda terão de esperar mais um tempo pelo interesse de produtores e indústrias em colocar a bebida no mercado — pelo menos no Rio Grande do Sul. Hoje, Estados como São Paulo e Paraná disponibilizam aos consumidores o leite A2, que não tem um peptídeo (biomolécula) causador de alergia, presente no leite A1.
— Esse peptídeo é grande e o organismo, principalmente o das crianças, tem dificuldade para metabolizá-lo — explica Neila Richards, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ao contrário do A1, o leite A2 é de fácil digestão, segundo Neila. Tanto que, além de ser utilizado em dietas com restrição a proteínas específicas da bebida, pode ser opção para intolerantes à lactose.
De olho nesse mercado ainda pouco explorado no Estado, o produtor Jaime Francisco da Conceição, 69 anos, trabalha para certificar o rebanho. Desde 1989, ele cria animais da raça gir leiteiro em sua propriedade, localizada no limite de Novo Hamburgo e Gravataí, na Região Metropolitana. Atualmente, dos 130 bovinos, 87% têm genética A2A2, que produz o leite A2. Porém, para dar o próximo passo, precisa garantir que todos os exemplares tenham o mesmo perfil:
— Só insemino ou uso cobertura de touros A2A2. Agora, vou concluir os testes de beta-caseína (proteína geradora da biomolécula causadora de alergia) e buscar a certificação do rebanho — detalha.
Após essa fase, o produtor irá organizar licenciamentos legais e levar ao mercado produção mínima econômica.
— O litro do leite sem certificação é vendido por cerca de R$ 2 nos supermercados, enquanto o A2 tem preço entre R$ 8 e R$ 9. Posso ter rentabilidade maior com a mesma vaca — explica Conceição.
Estímulo a partir da regulamentação
Em setembro deste ano, o Ministério da Agricultura regulamentou a rotulagem do A2, com inclusão da denominação de origem do leite proveniente de vacas A2A2. Para isso, o produtor precisa comprovar genotipagem (que determina o DNA) dos animais, origem do leite, segregação do rebanho e higienização das linhas de ordenha.
— Como o rebanho é de origem europeia, uma das alternativas para o produtor é comprar sêmen A2A2 — afirma Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS).
O valor do investimento é apontado pelo dirigente como um dos motivos pelos quais esse mercado ainda não avançou no Estado:
— É um processo, talvez ainda demore, pois grande parte das propriedades não é grande. Além disso, falta a participação da indústria para disponibilizar o produto ao consumidor.
A bebida zero lactose é comercializada em larga escala nos supermercados há cerca de cinco anos. Segundo Palharini, sua fabricação é mais em conta, pois utiliza a mesma matéria-prima do leite tradicional.
— Existem dois processos para retirada de lactose. No país, as indústrias adicionam a lactase no leite para quebrar mais de 90% da lactose. Há ainda a ultrafiltração, que não é usada no Brasil — esclarece Neila, também diretora científica da Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL).
Apesar dos números positivos da produção, a indústria continua percebendo como negativo o desempenho do leite fluido, que vem enfrentando avaliações minuciosas acerca das boas práticas agrícolas e do tratamento dos animais, além da concorrência com as bebidas de origem vegetal. As indústrias alertaram os produtores sobre um grupo de defesa dos animais, que ameaça a agricultura e a inovação.
Em setembro de 2019 na Nova Zelândia a produção de leite foi de 2.664 milhões de toneladas, 0,7% menos do que em setembro de 2018. Na mesma comparação os sólidos totais superaram em 0,7%. Como o pico sazonal ocorre, normalmente, em outubro, os dados são aguardados com muita expectativa. Isso ajudará a projetar a produção de leite na temporada completa. Com o declínio da produção de leite na Austrália, será necessário um desempenho excepcional da Nova Zelândia para manter a região com volumes similares aos do ano passado. Preços mais elevados neste período são reflexos das incertezas em relação aos resultados oficiais de outubro. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Balança Comercial de Lácteos 2020

Balança Comercial de Lácteos 2019

14/11/2019
Porto Alegre, 14 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.109
Encantado discute novas maneiras de rentabilizar o pequeno produtor
Discutir alternativas para o aumento da rentabilidade do produtor local foi o foco da 13º edição do Fórum Tecnológico do Leite realizado na cidade Encantado (RS), nesta quarta-feira (13/11). O evento, que teve o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), da prefeitura da cidade de Estrela (RS) e do colégio Teutônia, teve a participação de 500 pessoas, além de variadas atividades tal como cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, encontros como esse visam compartilhar conhecimento. “Trouxemos a possibilidade do produtor e da indústria de investir em outro nicho de mercado mais lucrativo, ao invés de priorizar um aumento de consumo. Por exemplo, o investimento na produção do leite orgânico, leite A2/A2 e o leite pasteurizado de longa duração. Esses produtos são o dobro do preço e não são de custeio tão alto, agregando valor à produção”, disse.
Crédito: Tiago Bald - Assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar
Para Palharini, o objetivo do Fórum é trazer alternativas que não demandem grandes investimentos. "Queremos que os pequenos produtores da nossa região saiam daqui sabendo que assim como outros produtores, eles também têm condições de fazer esse movimento de crescimento e reverter o quadro”, acrescentou, ressaltando que esse é o 6º evento realizado em parceria com a Emater RS.
Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, o plano para o ano que vem é continuar promovendo esses encontros. “Acredito que o evento tenha sido bem relevante para os produtores, com assuntos bem diversificados. Além disso, encerrou com chave de ouro, com o relato de quatro famílias produtoras tocadas por jovens que conseguiram se erguer dentro do meio, servindo de exemplo de como o mercado leiteiro ainda é rentável quando a atividade é bem executada”, afirmou Ries. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Impacto da energia - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu na terça (12), na Câmara Setorial da Cadeia do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, o impacto da Resolução 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que pode interferir no sistema de compensação de energia elétrica atual e trazer prejuízos ao setor produtivo.
Na visão do assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, as recentes inovações dos modelos produtivos e do manejo realizado nas propriedades produtoras de leite no país fizeram com que a produção demandasse um suporte maior de energia elétrica. Assim, vários produtores estão optando pelo uso de fontes alternativas, como a energia solar fotovoltaica.
“De forma geral, a Aneel está propondo uma taxação do sistema de geração própria de energia em até 60%. Atualmente, para cada 1 kWh gerado, o produtor tem a compensação desse mesmo valor, mas com as mudanças essa atratividade irá diminuir”, destacou o assessor.
Em seu lugar, Ronei Volpi, vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA foi indicado para presidir o colegiado. Já com o aval dos membros a formalização dessa indicação aguarda a chancela da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que será formalizada oficialmente.
13/11/2019
Porto Alegre, 13 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.108
CNA e Beba Mais Leite lançam protocolo do A2A2
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, por meio do seu Instituto, e o movimento “#BEBAMAISLEITE” lançaram na terça (5), em Brasília, o Protocolo Vacas A2A2, que vai possibilitar aos produtores brasileiros a agregação de valor ao leite comercializado.
A iniciativa é resultado de um Acordo de Cooperação, cujo objetivo é promover o desenvolvimento de um sistema de rastreabilidade para o controle, execução e garantia das regras estabelecidas pelo protocolo.
O leite A2A2 é proveniente de animais que produzem apenas a beta caseína A2, que tem a digestão mais fácil para algumas pessoas.
Durante o lançamento do protocolo, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, afirmou que o envolvimento da Confederação nesse processo se deu em conformidade ao Decreto 7.623/2011, que regulamenta a Lei de Rastreabilidade e delega a CNA a gestão dos Protocolos de Adesão Voluntária.
A adesão ao protocolo poderá ser feita por produtores rurais e indústrias e envolve o cumprimento das regras estabelecidas em um regulamento aprovado pela certificadora independente Brasil Certificação Ltda (Genesis Inspeções).
O coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Frederico Dias Ribeiro, explicou que com a assinatura do protocolo, a estimativa é que as adequações do Agri Trace demorem cerca de um mês, para então ser homologado pelo #BEBAMAISLEITE e disponibilizado para adesão dos produtores.
“A ideia é que possamos credenciar novos laticínios e expandir o número de produtores certificados. Essa iniciativa é uma oportunidade de acréscimo no valor do leite, pois agrega valor ao produto”, disse Carlos.
A marca Letti A2, da Fazenda Agrindus, localizada no município de Descalvado, em São Paulo, foi a primeira a receber a certificação para a produção de leite com Vacas A2A2 e já comercializa os derivados lácteos com esse diferencial.
Para a médica veterinária e diretora de certificações do #BEBAMAISLEITE, Helena Fagundes Karsburg, a parceria com a CNA é importante para tornar o processo de gestão mais transparente e trazer mais credibilidade perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Para nós é um marco histórico diante de todo o trabalho que já desenvolvemos. Esse tipo de leite está no mercado mundial há 20 anos, então porque não valorizar este produto, uma vez que temos estrutura e produtores capacitados”.
A médica veterinária e uma das idealizadoras do projeto #BEBAMAISLEITE, Flávia Fontes, destacou que o protocolo é a soma de muitos esforços e traz segurança para que os produtores comercializem o leite com o selo Vacas A2A2 sem nenhum risco.
O diretor presidente da Agrindus, Roberto Hugo Jank Junior, disse que o leite A2A2 traz diversas vantagens, pois é um produto ganha-ganha. “Produtor, indústria e consumidor só têm a ganhar. Inclusive, muitas indústrias de leite em pó estão interessadas nesse tipo de produto para crianças”. (Assessoria de Comunicação CNA)
A Cooperativa Languiru comemora 64 anos de história nesta quarta-feira (13/11). Atualmente, conta com mais de 6 mil associados, 2,8 mil colaboradores, envolvendo mais de 40 mil pessoas direta ou indiretamente. As unidades industriais da cooperativa estão situadas em 12 municípios do Rio Grande do Sul. Seus produtos são distribuídos para 23 estados brasileiros e são exportados para mais de 40 países.
Ocupando o posto de 2ª maior cooperativa de produção do RS, a Languiru também figura na 46ª posição entre as maiores empresas do Estado, cooperativas ou não. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, ter a Languiru como associada é de suma importância, visto a tradição da cooperativa. ‘’Estamos todos de parabéns por este marco em nossa história, gerando riquezas e benefícios sociais e econômicos a inúmeras comunidades, com muito trabalho e empenho” destacou o presidente da Languiru, Dirceu Bayer.''(Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)
Leite: produtividade média anual por vaca aumentou 1.000 litros de 2006 a 2017
A produção brasileira de leite cresceu 46,62% entre 2006 e 2017, passando de 20,57 bilhões de litros para 30,16 bilhões de litros, segundo o último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. Vale destacar que, no mesmo período, o país perdeu 12,92% das propriedades leiteiras e 9,47% do plantel de vacas. A produtividade média saltou mais de 1.000 litros por fêmea ao ano, saindo de 1.618 para 2.621 litros.
A Bahia é o maior produtor de leite nordestino. Segundo o censo de 2017, foram ordenhados 936,99 milhões de litros, crescimento de 19,07% ante o levantamento anterior (786,89 milhões de litros). O aumento de 52,59% na produtividade anual, que hoje é estimada em 1.440 litros por vaca, foi essencial para o resultado, já que o estado perdeu 8,87% das propriedades e 21,97% do plantel.
Rondônia lidera no Norte, com captação de 899,98 milhões de litros, alta de 40,75% frente os 639,44 milhões de litros de 2006. O número de fazendas cresceu 11,26%; o de vacas, 2,75%; e a produtividade chegou a 1.530 litros por vaca ao ano. (Canal Rural)
O governo autorizou o Ministério da Agricultura a prorrogar 269 contratos por tempo determinado de médico veterinário, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. A autorização consta de Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 7. Segundo o texto da MP, a prorrogação pode ser pelo período de dois anos e é aplicável aos contratos firmados a partir de 20 de novembro de 2017, vigentes até hoje. (As informações são do Estadão)
12/11/2019
Porto Alegre, 12 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.107
Brasil quer diversificar pauta do agronegócio na China
Principal parceiro comercial do Brasil, a China mantém, há anos, uma pauta de importações focada em itens do agronegócio, notadamente commodities como a soja. Outros produtos vêm ganhando espaço cada vez maior nos últimos anos, como carnes. Além disso, há expectativa de ampliar o comércio de lácteos.
Mas a participação brasileira na segunda edição da China International Import Expo, megafeira de importações iniciada na terça-feira e que se encerra neste domingo (10) em Xangai, foi marcada pela exposição de alimentos industrializados, mas que ainda estão fora da pauta ou com vendas incipientes.
Café, cachaça, mel, pão de queijo, açaí, pimenta, vinho e até erva mate foram expostos no estande do Brasil, no pavilhão dos países na Expo. De olho no avanço do processo de urbanização e na mudança de hábitos alimentares dos chineses, a estratégia foi promover o agronegócio no setor de alimentos e bebidas, para diversificar a pauta e abrir novas frentes de exportação, explica o gerente de agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Igor Brandão.
Assim, foram selecionadas a participar do estande do Brasil empresas com essas características e que já estavam com a ida garantida para a feira de Xangai. Além de palestras diárias sobre os produtos, as degustações logo causavam aglomeração no espaço - no momento em que a reportagem do Jornal do Comércio esteve no estande do Brasil, havia fila para experimentar café e muito interesse pelo mel que era servido.
O gaúcho Rodrigo Affonso Pereira, da empresa SP Prospekt com sede em Porto Alegre, é o responsável pela marca Moon Mel - Brazilian Honey. Ele aposta em ganhar o mercado da China gradativamente, com um trabalho de marketing no gigante asiático. Para isso, tem a parceria da empresa brasileira China Invest, cujo gerente geral, Leonardo Arend, estava ao lado de Pereira na feira. Falando mandarim fluente, Arend explicava aos chineses os benefícios do mel, enquanto o público provava curioso.
Pereira está animado depois da venda do primeiro pallet de mel (equivalente a cerca de duas toneladas) aos chineses neste ano. O mel é feito no Rio Grande do Sul, em Bagé e Dom Pedrito, e envasado por uma cooperativa.
Outra empresa otimista e que também fechou o primeiro negócio na China em 2019 é a marca de pimenta Sabor das Índias. O diretor comercial, Gustavo Moreira de Aquino, que esteve na Expo em Xangai no ano passado, vê uma receptividade cada vez maior ao produto. Mas observa que o resultado não vem de uma hora para outra. "O brasileiro acha que vai ficar rico na primeira feira internacional, mas tem uma série de ajustes que precisamos aprender até ganhar dinheiro neste mercado", adverte.
O chefe do setor de Promoção Comercial e Investimentos do Consulado do Brasil em Xangai, Jean Taruhn, observa que feiras como a Expo são importantes para buscar parceiros locais e boas para fechar negócios. Mas ressalva que quem obtém resultados no megaevento da China são as empresas já estabelecidas no gigante asiático e em condições de fornecer o produto, já que o governo chinês incentiva compradores a sair com pedidos firmes - no ano passado, a Expo movimentou US$ 57,8 bilhões. "Essa feira é boa para quem já deu o primeiro passo e quer fortalecer sua presença na China." Para quem ainda está ingressando no mercado, Taruhn aconselha iniciar por feiras setoriais, melhores para achar um parceiro local.
Essa peculiaridade do mercado chinês talvez explique a diferença de retorno obtido pelas 80 empresas brasileiras que participaram da Expo em 2018. Segundo o gerente de agronegócios da Apex, várias tiveram bons resultados - as vendas foram estimadas em US$ 400 milhões - mas outras não saíram satisfeitas.
Neste ano, a participação do Brasil é menor: são 15 empresas com exposição e outras 20 que participaram de missão da Fiesp. Entre as companhias com estande próprio em Xangai, estão Vale, JBS, Marfrig e Minerva. (Jornal do Comércio)
Com a finalidade de dar apoio às formulações de política agrícola e decisões estratégicas da administração pública, foi aprovado o regimento interno do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA).
"Já existia uma expectativa muito grande de revisitar o CNPA, com suas Câmaras Setoriais e Temáticas já previstos na Lei Agrícola. Esse conselho teve uma certa dificuldade de se estabelecer nos diversos governos, pelas amarras em sua conformação regimental. O Consagro (Conselho do Agronegócio), criado por decreto, foi revogado juntamente com outros conselhos criados por decretos, dando a oportunidade de se renovar o CNPA e a criar um regimento interno pelo ministério, reorganizando em uma lógica contemporânea o seu funcionamento", explica o diretor de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Agrícola, Luís Eduardo Pacifici Rangel.
O conselho, presidido pela ministra Tereza Cristina, será composto por representantes dos ministérios da Agricultura, Economia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, além de técnicos do Banco do Brasil, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e dos setores econômicos privados abrangidos pela Lei Agrícola, como entidades de crédito, pesquisa e assistência técnica. A secretaria executiva do CNPA será exercida pelo secretário de Política Agrícola. (MAPA)
No último Informativo Conjuntural da Emater/RS, publicado no dia 07/11, foi divulgado que os rebanhos leiteiros, nas diversas regiões do Estado, encontram-se em bom estado físico e sanitário. Durante a última semana, a ocorrência de chuvas persistentes provocou excesso de umidade ou até mesmo inundações, em áreas mais baixas. Essa situação causou, prejuízo ao manejo e ao pastoreio, nessas áreas. Em alguns casos, chegou inclusive a dificultar o recolhimento do leite.
Os campos nativos estão rebrotando e crescendo com mais intensidade, melhorando suas condições alimentares e nutricionais para os rebanhos. As pastagens cultivadas perenes de verão também apresentam um bom desenvolvimento. Já, as pastagens cultivadas anuais de verão, em grande parte, estão em fase de implantação. Esta implantação está sendo mais lenta, em função do clima chuvoso que vem ocorrendo. As pastagens cultivadas de inverno, em período final de seu ciclo produtivo, apresentam-se cada vez mais fibrosas, com diminuição de sua qualidade nutricional. Confira o Informativo Conjuntural na íntegra aqui. (Emater/RS.)
11/11/2019
Porto Alegre, 11 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.106
O que é uma propriedade da agricultura familiar
O IBGE utiliza como base a Lei 11.326/2006, que estabeleceu a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, e o decreto 9.064/2017, que instituiu o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar. Neste sentido, são levados em consideração quatro aspectos:
A área da propriedade deve ter até quatro módulos fiscais. No Rio Grande do Sul, cada módulo pode equivaler de cinco a 40 hectares, dependendo do município. Os valores exatos para cada localidade são determinados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
- No mínimo, metade da força de trabalho utilizada na produção e na geração de renda deve ser familiar.
Pelo menos metade da renda familiar deve ser proveniente de atividades desenvolvidas na propriedade rural.
A gestão do estabelecimento precisa ser estritamente familiar. (Zero Hora)
O preço médio do leite pago ao produtor da União Europeia (UE) em setembro passado foi de € 0,3439/kg, o que representa 2,3% mais do que agosto, mas é menor do que o pago um ano atrás, € 0,3483/kg, segundo o Observatório Lácteo da UE.
Conforme está no gráfico seguinte, o preço de setembro é menor do que o valor de setembro de 2017, mas, é maior do que o preço de 2016, que foi realmente muito baixo.
Na análise por países observa-se que os preços aumentaram nos Estados Membros em comparação com agosto de 2019, salvo na Dinamarca que diminuiu, e na Holanda que ficou estável. A perspectiva é de que em outubro de 2019 o preço médio na UE caia para € 0,3439/kg.
No caso da Espanha, o preço em setembro foi de € 0,3165/kg, ou seja, 3 centavos mais que em agosto. Para outubro o preço deverá ser igual ao de setembro.
O preço do leite nos Estados Unidos vem subindo desde o início do ano e agora está em € 0,417/kg, que é o mesmo valor alcançado no final de 2014. Na Nova Zelândia o preço do leite subiu em setembro, € 0,294/kg, mas é 14% menor do que em julho de 2017. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
Austrália
O relatório sobre as Perspectivas do Setor Lácteo da Austrália para o primeiro trimestre da temporada, encerrado em outubro, mostra que os altos preços do leite nas fazendas continuam a ser afetados pelos elevados custos de insumos e um clima seco persistente. Outro inverno quente e seco afetou o custo e a disponibilidade de alimentos, enquanto o preço da água para irrigação continuou aumentando para os agricultores da região de Murray. A expectativa é de que a alimentação animal continuará restrita, e de que o resto do ano seja de seca, para algumas regiões. A produção de leite da Austrália caiu 6,9% até agosto, como resultado de pressões ao custo, baixa pluviosidade e redução do tamanho dos rebanhos.
A Dairy Australia mantém a previsão de queda entre 3 e 5% da produção nacional de leite nesta temporada, em comparação com a anterior. “Os produtores de leite australianos entraram em uma temporada de preços recordes, mas a produção de leite continuou a se contrair devido os elevados custos de produção e a seca em muitas áreas”, disse o analista do setor lácteo, John Droppert. “A percepção dos agricultores em todo país são divergentes. No Sul da Austrália, as boas chuvas no início da temporada proporcionaram boas pastagens e estoque suficiente de forrageiras, e há otimismo. No Norte, a seca que persiste pela segunda temporada consecutiva provoca desânimo”. O elevado preço do leite ao produtor é sustentado pelas voláteis cotações internacionais das commodities lácteas, e intensa concorrência entre as indústrias, principalmente as exportadoras, diante da baixa oferta de matéria-prima.
O diretor da Dairy Australia, David Nation, disse que as perspectivas de clima seco para o restante da temporada são preocupantes: “As condições climáticas continuarão pressionando os custos. Mesmo que o clima seja favorável em algumas áreas, estamos pedindo aos agricultores que monitorem cuidadosamente e façam o planejamento da alimentação contando com os recursos locais disponíveis”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
O volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil de janeiro a setembro deste ano cresceu 6% frente ao mesmo período de 2018, atingindo quantidade recorde, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esse aumento esteve atrelado ao crescimento das vendas de carnes, milho, algodão, etanol e café. (Fonte: Notícias Agrícolas)