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Porto Alegre, 22 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.114

Perspectivas para a cadeia produtiva do leite é tema de encontro em Porto Alegre

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) promovem, na próxima quinta-feira (28/11), a Câmara do Leite com o objetivo de debater sobre as perspectivas para a cadeia produtiva do leite em 2020 junto às entidades ligadas à atividade. O encontro, que tem o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), será às 14h, no Hotel Deville Prime Porto Alegre, localizado na Avenida dos Estados, 1909. Na pauta também estão o cooperativismo lácteo e os indicadores do preço do leite pago ao produtor.

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Carvalho, que irá palestrar no evento, a ideia é que as entidades saiam do encontro sabendo o que esperar para o próximo ano e, assim, consigam tomar decisões mais assertivas no campo e na indústria. “Irei abordar aspectos econômicos como preço, produção, consumo, custo, oferta e demanda do leite no cenário nacional e mundial”, conta o pesquisador. Para Carvalho, é importante que a cadeia esteja atenta a esses dados para que tenham resultados melhores no futuro. 

A iniciativa do Sistema OCB e da Fecoagro em trazer esses temas para discussão é de suma importância, visto que a cadeia láctea está em constante evolução no Brasil. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, é preciso que todas as pontas da cadeia se adaptem para que haja uma melhora, também, na qualidade do leite. “São essas ações, onde se traz profissionais de entidades que são referência no país, que auxiliam os dirigentes e executivos das indústrias de laticínios do RS a projetar os próximos anos do setor”, afirma.

Interessados em participar do evento devem realizar a inscrição clicando aqui. As vagas são limitadas. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Leite/América do Sul
As temperaturas diurnas continuam a subir na América do Sul, aumentando o estresse térmico das vacas leiteiras e diminuindo a produção de leite, particularmente na região do Cone Sul. 
 
Em outros países do continente, como Brasil, Peru e Equador, a produção se aproxima do pico sazonal. O volume de leite ainda é adequado para atender as necessidades das indústrias de laticínios dos principais países exportadores, principalmente, Argentina e Uruguai. 
A produção de queijo, iogurte, leite condensado permanece intensa antes das festas de fim de ano. No entanto, está havendo redução do processamento de leite em pó, o que é normal nessa época do ano.
No Cone Sul os preços de exportação do leite em pó continuam elevados, motivados pela forte demanda, mas também, pelos elevados custos de fabricação. (Usda / Tradução: Terra Viva)
 
 
 
 
 
Leite/Europa
A produção de leite na União Europeia (UE), janeiro a setembro, deste ano aumentou 0,4% em relação ao mesmo período de 2018. 
Entre os países, a produção de leite caiu na Alemanha (-0,3%), França (-0m7%), Holanda (-1,4%), Reino Unido (+1,4%) e Irlanda (+8%). À medida que chegamos ao final do ano, torna-se mais difícil aumentar a produção de leite. Isto porque a UE se aproxima do ponto baixo sazonal de produção.
No entanto existem alguns sinais favoráveis nos dois maiores países produtores de leite, Alemanha e França. Na primeira quinzena de novembro, observadores calculam que a produção na França foi 1,7% maior do que as semanas correspondentes de 2018, e na Alemanha, aumentou 0,2% na mesma comparação.
 

 
Uma situação complicada vem se desenvolvendo no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra, na Suíça. Esta é a associação que decide disputas globais relacionadas ao comércio multinacional. Disputas entre alguns dos Estados membros está impedindo a nomeação de novos juízes que seria necessária até o início de dezembro para compor o fórum de apelação do órgão, para que possam ser julgadas disputas comerciais. O atraso também irá impedir a aprovação em tempo hábil do novo orçamento. As negociações continuam, mas, o resultado e o momento da resolução permanecem incertos.
A produção de queijo entre janeiro e setembro deste ano na UE aumentou 0,3% em relação a 2018. A variação de produção de queijo entre os países foi de +1,9% na Alemanha, +0,1% na França, +2,9% na Holanda, e +1,4% no Reino Unido.
As exportações de queijo na UE, de janeiro a setembro deste ano aumentaram 4% em relação ao mesmo período de 2018. Entre os três principais destinos, as mudanças no percentual de exportação foram: Estados Unidos (+12%); Japão (+4%); e Suíça (+1%).
 
 
 
 
Ministério é autorizado a nomear 100 auditores fiscais até o fim do ano
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está autorizado a nomear 100 candidatos aprovados e não convocados no concurso público realizado em 2017 para o cargo de Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário. As nomeações deste ano são excedentes, pois a seleção de 2017 ofereceu 300 vagas que já foram preenchidas em 2018. As nomeações foram autorizadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a título de provimento adicional. A portaria foi publicada nesta quinta-feira (21) no Diário Oficial da União e estabelece que a nomeação deverá ocorrer até 31 de dezembro de 2019. A convocação dos aprovados foi solicitada ao Ministério da Economia pela ministra Tereza Cristina, em março deste ano. O pedido da ministra se baseou no decreto 6944/09, que permite a nomeação de até 50% do total de vagas originais ofertadas pelo edital. O provimento está condicionado à existência de vagas na data da nomeação e à declaração da secretaria executiva do Mapa sobre a adequação orçamentária e financeira das novas despesas com a Lei Orçamentária Anual e sua compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, com a demonstração da origem dos recursos. (Mapa)
 

 

 

Porto Alegre, 21 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.113

Conhecidos os finalistas do Prêmio Sindilat de Jornalismo

O 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo já tem seus finalistas. Os nomes foram anunciados na tarde desta quarta-feira (20/11), após reunião da Comissão Julgadora realizada na sede do Sindilat, em Porto Alegre. Presidindo os trabalhos, o jornalista e diretor Cultural da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Antônio Goulart, destacou a grande participação dos veículos do interior do Rio Grande do Sul. "Neste ano, a grande disputa foi verificada nas categorias Impresso e Eletrônico", constatou. Ao todo, 51 trabalhos foram inscritos para a 5ª edição do prêmio, com participação de reportagens de veículos de diversas regiões do Brasil. "É um prêmio que valoriza o trabalho de profissionais que se dedicam à área dos laticínios e contribuem na abordagem de um setor importantíssimo para a economia do Rio Grande do Sul", completou Goulart.
A Comissão Julgadora do 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi composta pelos jornalistas Rubem Pires Junior (Sindicato dos Jornalistas do RS), Antônio Goulart (ARI), Itamar Aguiar (Arfoc), Gerson Raugust (Farsul), Eduardo Oliveira (Fetag) e Carolina Jardine (Sindilat).

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, realizar o Prêmio Sindilat de Jornalismo é um privilégio porque permite que, em dezembro, façamos uma retrospectiva de todos os fatos marcantes ocorridos ao longo do ano.  "Essa história é construída no dia a dia, ao lado de jornalistas que trabalham com a gente pelo desenvolvimento e para levar informação ao consumidor e ao setor produtivo".

Os grandes vencedores do Prêmio Sindilat de Jornalismo serão conhecidos em um jantar de fim de ano do Sindilat, que será realizado no dia 5 de dezembro no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Além dos troféus, o primeiro colocado de cada categoria receberá um IPhone.

Finalistas do 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo
 
IMPRESSO
Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness - Reportagem: "Com saúde e sabor: os caminhos do leite"
Fernanda Mallmann / Informativo do Vale - Reportagem: "A colônia é High Tech"
Juliana Bevilaqua dos Santos/ Pioneiro- Reportagem: "Um milhão de quilos de queijo"
 
ELETRÔNICO
Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura - Reportagem: "Leite: uma vocação gaúcha"
Ellen Bonow Bösel / Emater/RS  - Reportagem:  "Agroindústria Estrelat produz leite tipo A"
Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: "Tecnologia no campo melhora o bem estar animal"
 
ONLINE
Joana Colussi /Zero Hora- Reportagem: "Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial"
Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: "Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS"
Juliana Bevilaqua dos Santos/ Site Pioneiro - Reportagem: "Um milhão de quilos de queijo"
 
FOTO
Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro

Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Novembro de 2019 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Setembro/2019: De 02/09/2019 a 29/09/2019
Mês de Outubro/2019: De 30/09/2019 a 27/10/2019
Decêndio de Novembro/2019: De 27/10/2019 a 17/11/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

 
 
 
Uruguai: valor das exportações de lácteos cai 7% este ano
No acumulado dos dez primeiros meses de 2019, o faturamento das exportações de lácteos do Uruguai foi menor do que no mesmo período de 2018, determinado por uma queda nos volumes da maioria dos produtos principais e, em alguns, devido a preços mais baixos, conforme relatado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).
De janeiro a outubro de 2019, as exportações de lácteos do Uruguai somaram US$ 512 milhões - após negócios de US$ 50,9 milhões em outubro - representando uma queda de 7% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Comparando os primeiros dez meses de 2019 aos de 2018, o leite em pó integral teve queda de 6% no faturamento (US$ 325,3 milhões) e 6% em volume (106.585 toneladas), com preço médio de US$ 3.010 por tonelada nas negociações de outubro deste ano (9% a mais que em dezembro de 2018 e 1% a mais comparando os primeiros dez meses deste ano com os primeiros dez meses de 2018).
No caso do leite em pó desnatado, o faturamento foi semelhante (US$ 28 milhões) e houve uma queda de 8% no volume (12.269 toneladas), com preço médio de US$ 2.575 por tonelada em outubro (28% a mais que em dezembro de 2018 e 8% a mais, comparando os primeiros dez meses deste ano com os primeiros dez meses de 2018).
O queijo teve uma queda de faturamento de 13% (US$ 88,1 milhões) e de 12% no volume (21.022 toneladas), com preço médio em outubro de US$ 4.010 por tonelada (9% a menos que em dezembro de 2018 e 1% a menos comparando os primeiros dez meses deste ano com os primeiros dez meses de 2018).
Finalmente, a manteiga apresentou uma queda de 5% no volume de negócios (US$ 48,7 milhões) e aumento de 2% no volume (10.070 toneladas), com preço médio em outubro de US$ 4.867 por tonelada (8% a mais que em dezembro de 2018 e 7% a menos na comparação dos dez primeiros meses deste ano com os dez primeiros meses de 2018).
Os registros derivam de uma análise realizada pelos técnicos da Inale com base em dados do Serviço Nacional de Alfândegas. (El Observador traduzido por MilkPoint)
 
 
 
Leite no Rio Grande do Sul
O estado contemplado pela Série Terra Viva Dados Estaduais, hoje, é o Rio Grande do Sul. Produzindo 4.242.293 mil litros está em terceiro lugar no ranking brasileiro de 2018 com 12,5% da produção de leite nacional. Possui uma taxa de informalidade de 20%, enquanto a do Brasil é de 28%. Até o momento, de todos os estados da nossa série, o Rio Grande do Sul apresentou a maior produtividade. Será que vamos ter outro estado para superá-lo? Acesse aqui o Panorama completo do Leite no Rio Grande do Sul. (Terra Viva) 

 

 

 

Porto Alegre, 20 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.112

Dairy Vision 2019 debate a inovação no mercado lácteo

Fazer com que os participantes saiam da rotina e olhem para as oportunidades de maneira otimista, é assim que o fundador e CEO da AgriPoint, Marcelo De Carvalho, definiu o objetivo do principal encontro dos líderes da cadeia láctea da América Latina, o Dairy Vision, que está na sua 5ª edição. Promovido pela AgriPoint e Zenith, o evento será nos dias 26 e 27 de novembro, a partir das 8h, na Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). O encontro, que discutirá temas como inovação, consumo, qualidade, nichos de mercado e oportunidades para o setor, terá a presença da diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Na pauta do fórum também está a discussão acerca do presente e do futuro da cadeia láctea em âmbito mundial. “Não existe setor seguro, precisamos sempre nos reinventar e estar atentos às mudanças no mercado para buscar novos negócios”, afirma Carvalho, ressaltando que o evento contará com representantes de várias empresas importantes do setor no Brasil e no mundo, como a Amul, cooperativa de laticínios indiana, que já confirmou presença. “Eles contam com mais de três milhões de produtores de leite e, com certeza, têm muito conhecimento sobre o setor para compartilhar”.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o evento é de suma importância para o setor, ainda mais em tempos de mudanças, com abertura de novos mercados para exportação e importação. “As oportunidades estão aí e é necessário que o setor lácteo se adapte para conseguir produzir mais e com diversidade de derivados, visando à exportação para outros países, mas, sobretudo, tendo como principal foco o mercado interno”, destaca. Palharini acredita que os mais de 200 milhões de consumidores de lácteos no Brasil gera o interesse de outros países e, por isso, é imprescindível que a cadeia tenha como objetivo, também, a importação desses produtos.

Interessados podem se inscrever através do site do evento, clicando aqui.

CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 10/2019 

A T E N Ç Ã O 
Na reunião do mês de outubro/2019, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite-Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.020, apenas valores com revisão. 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Novembro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2019 é de R$ 2,3897/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Devido à valorização da maioria dos derivados negociados, preço médio do GDT cresce 1,7%
Nesta terça-feira (19/11), o leilão da plataforma GDT apresentou valorização de 1,7% em relação ao evento anterior e um preço médio negociado de US$ 3.481/tonelada. Confira, no gráfico 1, a evolução dos preços médios realizados no leilão e sua variação.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

 
Esta alta veio em um cenário de redução do volume negociado, já que as 37.968 toneladas negociadas neste evento foram 1,8% inferiores à quantidade vendida no último leilão, este, que registrou uma movimentação de 38.681 toneladas. Esta é a quinta alta consecutiva registrada nos leilões GDT. 
O resultado positivo desta edição se deu por conta da valorização da maioria dos derivados negociados, com exceção da manteiga, que apresentou uma redução de -1,3% (preço médio US$4.061/ton) e da gordura anidra, que reduziu -1,5% (preço médio US$5,108/ton). A caseína apresentou o maior aumento do leilão, +5,6% (preço médio US$7.668/ton), seguida pelo leite em pó desnatado, cujo incremento foi de +3,3% (preço médio US$3.017/ton). O queijo teve um aumento de +2,5% (preço médio US$3.701/ton) e o leite em pó integral, +2,2%, (preço médio US$3.321/ton).
Para os contratos futuros com vencimento nos próximos meses, nota-se que as negociações da NZX indicam preços ligeiramente mais altos no leite em pó integral em comparação com o GDT, entretanto é possível notar uma tendência de manutenção dos patamares atuais de preço (observar Gráfico 2).
Gráfico 2. Evolução da quantidade negociada no leilão GDT; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade. (Milkpoint)
 
 
Preços/AR
O valor pago ao produtor superou os AR$ 16. Em um ano, quase foi duplicado. No entanto, o valor está abaixo do considerado ideal, em dólares. O preço pago aos produtores de leite subiu 2,5% em outubro, segundo o boletim elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), com base nos dados do Sistema Integrado de Gestão Leiteira da Argentina (Siglea). Em média, a indústria pagou AR$ 16,11 por litro, o que significa 91% de aumento interanual. Este valor supera largamente a inflação e também a desvalorização cambial. Em dólares, no entanto, o preço é de US$ 0,275/litro. Historicamente, o setor considera US$ 0,30/litro, o valor base para cobrir os custos e ter uma rentabilidade mínima.(Portalechero/Tradução Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 19 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.111

Ministério da Agricultura prepara portal com dados sobre qualidade do leite no país

O Ministério da Agricultura (Mapa) está finalizando um novo portal que reunirá dados de análises de qualidade do leite em todo o país. O projeto ainda está em desenvolvimento e fornecerá informações quantitativas e das medições dos padrões previstos nas INs 76 e 77 de forma a ter um raio-X da produção nacional. A posição foi indicada pela fiscal do Mapa e médica veterinária Milene Cé, que se reuniu com representantes das principais indústrias laticinistas em atuação no Rio Grande do Sul na tarde desta terça-feira (19/11) em Porto Alegre. 

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esta será uma ferramenta importante para guiar os trabalhos de qualificação da produção no país e seria excelente se permitisse estratificar o grau de testagens nos diferentes estados do país. “A Região Sul está muito engajada com o projeto de qualificação da produção. É essencial disseminar esse conceito no país todo.” O projeto, inicialmente previsto para entrar no ar em outubro, ainda encontra-se em fase de elaboração.

Durante a reunião com as indústrias, Milene Cé esclareceu questões importantes sobre a fiscalização e penalizações a serem aplicadas ao setor em decorrência das INs 76 e 77, em vigor desde 31 de maio deste ano. “O que a gente tem visto é uma reação extremamente positiva da cadeia do leite. Uma posição de competência”, elogiou. Coordenando a reunião, o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, enalteceu a reação positiva da cadeia produtiva em relação às medidas.  “Isso mostra um amadurecimento do setor, que foi lá e fez acontecer”, pontuou Portella.

As principais dúvidas apontadas durante reunião foram em relação à mudança nas regras de exclusão de produtores, publicadas no dia 7 de novembro. Segundo Milene, reconhecendo que havia pontos a serem corrigidos, as equipes do Mapa revisaram os regramentos, permitindo que a medição de CBT do último mês se sobreponha à média dos últimos três meses, desde que se encontre abaixo do padrão oficial. Desta forma, entende-se estar valorizando quem realmente está trabalhando pela melhoria dos processos e do manejo animal.  “Não queremos a exclusão de ninguém, mas valorizar a qualidade”, explicou.

Para cadastro de novos produtores, Milene recomenda que as contratantes solicitem as medições de meses anteriores, junto aos respectivos laboratórios da RBQL, mesmo do período em que estavam vinculados a outras empresas como forma de assegurar um histórico desse criador. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Legenda: Milene Cé, Guilherme Portella, Angelo Sartor - Crédito: Carolina Jardine

Preço do leite tem leve elevação em novembro

O valor de referência do leite projetado para o mês de novembro teve leve alta no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (19/11) durante reunião do Conseleite, realizada na sede da Fetag-RS, em Porto Alegre (RS), o valor estimado para o mês é de R$ 1,1038, 0,85% acima do consolidado do mês de outubro, que fechou em R$ 1,0945. Segundo o professor da UPF – instituição responsável pelo estudo – Eduardo Finamore, a maioria dos produtos que compõem o mix apresentou elevação de preços, registrando alta de 1,63% no UHT e 2,04% no pó, por exemplo. A tendência para o fim do ano, segundo Finamore, é de estabilidade do preço do leite no Estado.
 
Durante a reunião, os representantes do setor lácteo ainda debateram os avanços na qualidade do leite gaúcho e os ajustes realizados pelo Ministério da Agricultura nos critérios de exclusão de produtores em função das novas exigências impostas pelas INs 76 e 77 no campo. Agora, o resultado obtido na última amostra pode se sobrepor à média dos três últimos meses se ela indicar melhora nas condições do produto coletado. O vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, disse que a conquista reconhece o esforço dos produtores que estão melhorando seu escore de CBT, uma mudança que ganhou força nos últimos meses no campo. “Foi um pedido encaminhado pelo Conseleite na reunião de outubro e que representa a sensibilidade do Mapa em relação ao produtor que está melhorando suas práticas de manejo e produção”, frisou.
 
Representando as indústrias, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, comemorou a medida uma vez que o sindicato vem trabalhando ao longo de todo o ano de 2019 na orientação do produtor pelo interior do Rio Grande do Sul. “Com essa mudança, os índices de conformidade dos produtores que entregam leite a nossas indústrias aumentou muito”, citou. “Não queremos ver ninguém de fora e estamos trabalhando para isso”, completou João Seibel, executivo da Cooperativa Santa Clara.
 
Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – outubro de 2019.
(1)   Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural 
 
Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência IN 76/77, em R$ – novembro de 2019.
* Previsão
 
 
Conseleite MG

 (Fonte: Conseleite MG)
 

  

GDT

 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat/RS)
Santa Clara é a Melhor Fornecedora de Queijos no Carrinho Agas 2019
Pelo 12º ano consecutivo, a Cooperativa Santa Clara conquistou o Carrinho Agas, distinção concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) a empresas e personalidades que se destacam no setor varejista gaúcho. A Cooperativa venceu na categoria de Melhor Fornecedora de Queijos, título já recebido outras cinco vezes. Os premiados foram revelados na manhã desta terça-feira, 19, durante entrevista coletiva na sede da entidade. Em edições anteriores, a Santa Clara já foi contemplada nas categorias Melhor Fornecedora de Queijos (2013, 2014, 2015, 2016 e 2018), produtos Zero Lactose (2017), Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004) e Alimentos Resfriados (2003). Atualmente, a Cooperativa tem 80 apresentações diferentes de queijos, num mix de mais de 360 produtos de laticínios, frigorífico, doces e sucos. O Carrinho Agas chega neste ano a sua 36ª edição premiando os destaques do ano na opinião dos 250 maiores supermercados do Estado. Entre os critérios de avaliação estavam share de mercado, qualidade dos produtos ou serviços, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos de entrega. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 25 de novembro, às 20h, no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. (Santa Clara)

 

 

Porto Alegre, 18 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.110

Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto

Bebida, produzida hoje em Estados como São Paulo e Paraná, começa a despertar interesse de produtores no Rio Grande do Sul 


Crédito: Fernando Gomes / Agencia RBS

Enquanto intolerantes à lactose contam com alimentos especiais, alérgicos à proteína do leite ainda terão de esperar mais um tempo pelo interesse de produtores e indústrias em colocar a bebida no mercado — pelo menos no Rio Grande do Sul. Hoje, Estados como São Paulo e Paraná disponibilizam aos consumidores o leite A2, que não tem um peptídeo (biomolécula) causador de alergia, presente no leite A1.

— Esse peptídeo é grande e o organismo, principalmente o das crianças, tem dificuldade para metabolizá-lo — explica Neila Richards, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Ao contrário do A1, o leite A2 é de fácil digestão, segundo Neila. Tanto que, além de ser utilizado em dietas com restrição a proteínas específicas da bebida, pode ser opção para intolerantes à lactose.

De olho nesse mercado ainda pouco explorado no Estado, o produtor Jaime Francisco da Conceição, 69 anos, trabalha para certificar o rebanho. Desde 1989, ele cria animais da raça gir leiteiro em sua propriedade, localizada no limite de Novo Hamburgo e Gravataí, na Região Metropolitana. Atualmente, dos 130 bovinos, 87% têm genética A2A2, que produz o leite A2. Porém, para dar o próximo passo, precisa garantir que todos os exemplares tenham o mesmo perfil:

— Só insemino ou uso cobertura de touros A2A2. Agora, vou concluir os testes de beta-caseína (proteína geradora da biomolécula causadora de alergia) e buscar a certificação do rebanho — detalha.

Após essa fase, o produtor irá organizar licenciamentos legais e levar ao mercado produção mínima econômica.

— O litro do leite sem certificação é vendido por cerca de R$ 2 nos supermercados, enquanto o A2 tem preço entre R$ 8 e R$ 9. Posso ter rentabilidade maior com a mesma vaca — explica Conceição.

Estímulo a partir da regulamentação
Em setembro deste ano, o Ministério da Agricultura regulamentou a rotulagem do A2, com inclusão da denominação de origem do leite proveniente de vacas A2A2. Para isso, o produtor precisa comprovar genotipagem (que determina o DNA) dos animais, origem do leite, segregação do rebanho e higienização das linhas de ordenha.

— Como o rebanho é de origem europeia, uma das alternativas para o produtor é comprar sêmen A2A2 — afirma Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS).

O valor do investimento é apontado pelo dirigente como um dos motivos pelos quais esse mercado ainda não avançou no Estado:

— É um processo, talvez ainda demore, pois grande parte das propriedades não é grande. Além disso, falta a participação da indústria para disponibilizar o produto ao consumidor.

A bebida zero lactose é comercializada em larga escala nos supermercados há cerca de cinco anos. Segundo Palharini, sua fabricação é mais em conta, pois utiliza a mesma matéria-prima do leite tradicional.

— Existem dois processos para retirada de lactose. No país, as indústrias adicionam a lactase no leite para quebrar mais de 90% da lactose. Há ainda a ultrafiltração, que não é usada no Brasil — esclarece Neila, também diretora científica da Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL).

Produção/EUA
Os número dos lácteos em setembro revelam que a produção da indústria continua acima da verificada no mesmo período do ano passado. Mas, o setor lácteo está dando sinais de tensão em meio a falências e fechamentos. 
 
Em setembro a produção total de queijo foi 2,1% acima do volume registrado em setembro de 2018, e 3,7% menor que agosto de 2019, de acordo com o Departamento de Agricultura (USDA). A produção de queijo italiano subiu 4% em relação ao último ano, enquanto o queijo americano caiu 1,4%.
A manteiga um pouco mais estável em setembro, subiu 1,2%. Mas, leite em pó e produtos de soro de leite ressurgem com força, e cresceram: leite seco desengordurado (7,9%); leite em pó desnatado (4,6%); soro de leite em pó (31,5%) e lactose (5,3%).
A organização Dairy Management Inc (DMI) reafirma que o setor lácteo dos Estados Unidos é forte e diversificado, e lembrou o crescimento consistente do consumo per capita no varejo por 25 anos. As vendas domésticas de lácteos subiram 2,5% em agosto de 2019, queijo e manteiga estão com o consumo elevado.
“O leite fluido continua sendo um item básico para 94% das famílias dos EUA e alguns segmentos apresentam forte crescimento no varejo, em uma categoria de US$ 13,4 bilhões. Só o segmento de leite integral apresentou alguns bilhões de dólares de aumento nos últimos três anos. Vemos taxas positivas em produtos sem lactose, destinados a consumidores preocupados com o sistema digestivo. O leite saborizado cresce com inovação e a prova científica de que o leite com chocolate é a bebida perfeita de recuperação pós-exercício”, disse o DMI.
Manter a competitividade em tempos de crise
Apesar dos números positivos da produção, a indústria continua percebendo como negativo o desempenho do leite fluido, que vem enfrentando avaliações minuciosas acerca das boas práticas agrícolas e do tratamento dos animais, além da concorrência com as bebidas de origem vegetal. As indústrias alertaram os produtores sobre um grupo de defesa dos animais, que ameaça a agricultura e a inovação.
A Dean Foods também causou uma onda de preocupação no setor ao pedir falência. A empresa produz várias marcas conhecidas de leite, queijo, manteiga e sorvete, e é a maior cliente da Dairy Farmers of America (DFA).
Também na semana passada, a Associated Milk Producers Inc (AMPI), com sede em Minnesota, anunciou o fechamento de duas fábricas – a de leite em pó desnatado de Arlington, Iowa, e a fábrica de queijos em Rochester, Minn.
A cooperativa responsabilizou “o declínio contínuo de fazendas leiteiras e da produção de leite na região”. A crise dos lácteos em Minnesota registrou perda de 40% das fazendas leiteiras do estado desde 2008, e Iowa perdeu 50% no mesmo período. Todos os empregos das duas fábricas foram cortados: 49 em Arlington e 75 em Rochester. (Terra Viva) 
 
 
Leite/Oceania
A produção de leite da Austrália no mês de setembro foi 4,5% menor do que a registrada no ano passado, de acordo com a Dairy Australia. No acumulado de julho a setembro, está 6% inferior ao volume verificado no mesmo período de 2018.
 
Em setembro de 2019 na Nova Zelândia a produção de leite foi de 2.664 milhões de toneladas, 0,7% menos do que em setembro de 2018. Na mesma comparação os sólidos totais superaram em 0,7%. Como o pico sazonal ocorre, normalmente, em outubro, os dados são aguardados com muita expectativa. Isso ajudará a projetar a produção de leite na temporada completa. Com o declínio da produção de leite na Austrália, será necessário um desempenho excepcional da Nova Zelândia para manter a região com volumes similares aos do ano passado. Preços mais elevados neste período são reflexos das incertezas em relação aos resultados oficiais de outubro. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 
 
 
Reforma tributária 
O ministro Paulo Guedes estabeleceu a diretriz de que as reformas, na estrutura de tributos, não poderão gerar nenhum aumento de carga tributária global. Isso vai constar explicitamente no texto da reforma a ser enviado ao Congresso. De acordo com o Secretário do Ministério da Economia, José Barroso Tostes Neto, a reforma terá quatro fases e que será mantida a carga tributária atual na faixa de 35% do PIB (Produto Interno Bruto). Será proposto também um sistema automático de calibragem para impedir variações na carga tributária. Veja a matéria sobre a Reforma Tributária clicando aqui. (Terra Viva)