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O Milk Summit Brazil 2025, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí (RS), durante a Expofest, debaterá o futuro da cadeia leiteira no Rio Grande do Sul. Produtores, técnicos, lideranças do setor e representantes de entidades ligadas à atividade se reunirão para discutir políticas públicas, inovação e oportunidades de negócios.

Entre os destaques da programação está a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, que abordará estratégias para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do setor lácteo gaúcho. O painel com o secretário ocorrerá na manhã do dia 14 de outubro e será um espaço de diálogo entre indústria, produtores e demais atores da cadeia.

“O Milk Summit Brazil será um palco de debates fundamentais para gerar emprego, renda e fortalecer o setor lácteo no RS”, afirma o secretário Edivilson Brum.

Além do painel com o secretário, o evento contará com palestras de especialistas nacionais, debates com instituições representativas do setor e degustação de produtos lácteos. O objetivo é consolidar o Milk Summit como ponto de encontro de produtores, cooperativas, indústrias, fornecedores e pesquisadores, ampliando o acesso a tendências e inovações.

O Milk Summit Brazil 2025 é uma realização da Seapi, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Sebrae, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí. O evento conta com o patrocínio da Tetra Pak Brasil, Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Senar, Launer Química e RIT Resfriadores, e parceria com a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Ministério da Agricultura, Hooks, Universidade de Passo Fundo, UFSM – Centro de Ciências Rurais e Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.milksummitbrazil.com.

As informações são do Milk Summit Brazil, com dados do Sindilat e da Seapi.

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Porto Alegre, 20 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.462


GDT 386: estabilidade de preços e novo interesse do Mercosul

GDT registra preço médio de US$4.291/t com leve alta no LPI e queda no LPD. Entenda os efeitos no Brasil e no fluxo de importações do Mercosul.No 386º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 19 de agosto, o preço médio dos produtos negociados foi de US$4.291 por tonelada, em um mercado que segue relativamente estável em preços e volumes.Gráfico 1. Preço médio leilão GDTO leite em pó integral (LPI), principal produto negociado e referência de preços no GDT, apresentou estabilidade neste evento, com leve variação + 0,3%, ficando preço médio de US$ 4.036 por tonelada. Já o leite em pó desnatado (LPD) seguiu em direção oposta, com queda de 1,8% e fechando a US$ 2.756 por tonelada.

Gráfico 2. Preço médio LPI

A gordura anidra do leite (AMF) acompanhou a tendência do LPI e ficou praticamente estável - ligeiro avanço de 0,1%. O cheddar também oscilou pouco, com recuo de 0,5%.

Por outro lado, tanto a muçarela quanto a manteiga registraram quedas mais expressivas, de 2,7% e 1,0%, respectivamente.

Já o leitelho em pó e a lactose não foram negociados neste leilão.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 19/08/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão somou 36,5 mil toneladas, uma pequena redução de 1,3% em relação ao evento anterior. O volume segue dentro da normalidade para esta época do ano, quando historicamente se observa estabilidade. Se o padrão dos anos anteriores se repetir, a tendência é de redução mais significativa apenas a partir de novembro.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX apresentaram retração nos preços para os próximos meses, estendendo-se até dezembro de 2025, invertendo o cenário visto nos leilões de certa valorização. Esse movimento reflete principalmente o aumento da oferta mundial de leite, que pressiona as expectativas de preço no mercado internacional.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
O cenário internacional mantém a tendência de estabilidade observada nos últimos três leilões do GDT. Nesse contexto, os preços de importação para o Brasil também devem permanecer estáveis, o que tende a diminuir a pressão sobre o mercado interno.

Além disso, na última semana, as atenções do Mercosul se voltaram ao leilão promovido pela ONIL (Escritório Nacional Interprofissional do Leite e dos Produtos Lácteos), organização argelina responsável pela gestão do mercado de laticínios do país. O órgão realizou leilões que chamaram a atenção pelo forte volume demandado: as especulações giraram em cerca de 35 mil toneladas de leites em pó negociadas somente do Mercosul, já que apresentam menos custos que a produção europeia, por exemplo. Esse movimento pode alterar a dinâmica das importações brasileiras de lácteos, redirecionando parte da oferta regional para atender à Argélia, diminuindo o volume exportado da Argentina e Uruguai ao Brasil. (Milkpoint)


Tecnologia e competitividade: CCGL abre planta em Hulha Negra

Nova planta da CCGL em Hulha Negra deve gerar até 100 empregos e processar 400 mil litros de leite por dia, impulsionando a Campanha gaúcha.A CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda.) inaugurou nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, sua nova unidade em Hulha Negra, Rio Grande do Sul, marcando um passo decisivo para o setor leiteiro da região da Campanha.
O investimento de R$ 35 milhões promete transformar a dinâmica produtiva e logística do leite, consolidando a cooperativa como referência em tecnologia e competitividade no Estado.De acordo com informações de Campo e Negócios, a nova planta tem capacidade para receber e processar até 400 mil litros de leite por dia.A estrutura é dedicada ao beneficiamento primário do leite, etapa em que o excesso de água é retirado para facilitar o transporte até a fábrica de Cruz Alta, onde ocorre o processamento final. Com a aplicação dessa tecnologia, o volume do produto é reduzido em três vezes, tornando o frete mais eficiente e competitivo no mercado.

Durante a inauguração, o presidente da CCGL, Caio Vianna, destacou a relevância estratégica da unidade para a cadeia produtiva do leite.

“Essa é a primeira planta do Rio Grande do Sul com esse tipo de processo, que integra regiões produtoras distantes e aproxima a produção rural da indústria”, afirmou. Segundo ele, a cooperativa aposta em tecnologia, assistência técnica e ferramentas digitais como base para garantir sustentabilidade e competitividade no setor.

Vianna ressaltou ainda a importância da atividade para o campo. “A pecuária leiteira é uma atividade resiliente, que garante renda durante os 12 meses do ano. Isso traz mais segurança ao produtor, especialmente em um momento em que a diversificação da propriedade é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e climáticos”, completou.

O impacto esperado para a economia local é expressivo. A unidade deve gerar entre 80 e 100 empregos diretos, fortalecendo a cadeia de valor do leite e ampliando as oportunidades de trabalho na região. A expectativa é de que mais de 72 milhões de litros sejam processados já no primeiro ano de operação.

O prefeito de Hulha Negra, Fernando Campani, também participou da cerimônia e destacou o alcance social do projeto. Segundo ele, a chegada da CCGL não apenas impulsiona a economia, mas também abre espaço para a inclusão de jovens agricultores, incentivando a profissionalização da atividade leiteira na região da Campanha.

Além da inauguração, a CCGL anunciou a expansão do projeto Assis Brasil, iniciativa voltada ao fortalecimento da produção de leite no Rio Grande do Sul, com foco especial na região da Campanha. A proposta busca ampliar a escala produtiva, garantir renda ao produtor e expandir o alcance internacional do leite gaúcho.

“Nossa meta é viabilizar a atividade para os produtores e assegurar que o leite produzido aqui possa chegar em qualquer lugar do mundo, transformado em leite em pó com durabilidade de até um ano”, concluiu Vianna.

A nova planta em Hulha Negra representa, portanto, não apenas um marco de investimento e tecnologia, mas também um movimento estratégico para consolidar o leite como vetor de desenvolvimento regional.

Em meio a desafios como custos logísticos, instabilidade climática e pressão por maior competitividade, a iniciativa reforça a importância da cooperação e da inovação no setor lácteo gaúcho.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O jornal que Bagé gosta de ler

Santa Clara leva 10 lançamentos para a ExpoAgas em Porto Alegre

A Cooperativa Santa Clara marcará presença na ExpoAgas 2025, em Porto Alegre, com a apresentação de dez novos produtos, ampliando sua linha de lácteos e fortalecendo sua atuação em diferentes segmentos do mercado. Entre os destaques estão três novos sabores da linha de bebidas proteicas Pro — Pistache, Café com Caramelo e Chocolate Branco — que se somam aos já consolidados sucessos da categoria.

O anúncio foi feito pela própria cooperativa e divulgado pela Estação FM em 18 de agosto, um dia antes da abertura oficial da feira, que acontece entre 19 e 21 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, na capital gaúcha.

Diversificação do portfólio
Além das bebidas, a Santa Clara apresenta o Queijo de Coalho Zero Lactose, o Queijo Grana em duas versões, além de soluções versáteis para o dia a dia como Creme Chantilly, Creme Culinário, Burrata de Búfala em balde e o Requeijão Cremoso Light 400g.Essas novidades se somam a um portfólio já consolidado, que inclui queijos premiados e reconhecidos pelo público, produtos do frigorífico, derivados lácteos tradicionais e itens voltados ao segmento Food Service, reforçando a estratégia de atender tanto o consumidor final quanto profissionais da gastronomia e redes de alimentação.

Estratégia de mercado
De acordo com Tomás André Zilli, gerente nacional de vendas da Santa Clara, a presença na feira é estratégica para ampliar a visibilidade da marca e gerar novas oportunidades de negócio.

“Nossa expectativa é de ampliar negócios estratégicos, fortalecer a presença da marca no ponto de venda, firmar novas parcerias e reforçar a relação com clientes de longa data. A feira é uma vitrine que movimenta centenas de milhões em negócios, e queremos que os lançamentos da Santa Clara sejam um dos destaques para os visitantes”, afirmou.

O executivo destacou ainda que os lançamentos foram desenvolvidos para consumidores que buscam praticidade, sabor e nutrição, além de contemplar categorias estratégicas como o Food Service.

“Lançaremos durante a feira dez novos produtos, incluindo três sabores inéditos da linha Pro. Também teremos novidades em outras categorias, reforçando a diversidade e a capacidade de inovação da Santa Clara”, acrescentou.


Jogo Rápido
Recuperação muscular: leite com achocolatado ganha destaque
Pesquisa indica que leite com cacau ajuda a repor energia e proteínas no pós-treino, sendo opção econômica e eficaz em comparação a isotônicos tradicionais. Um estudo recente conduzido por pesquisadores da University of Texas reacende o debate sobre a melhor estratégia nutricional para recuperação muscular após o exercício. Segundo os autores, a combinação simples de leite, cacau e carboidratos — facilmente reproduzida com achocolatado e leite integral ou desnatado — apresenta um perfil nutricional que favorece a reposição de glicogênio, a síntese proteica e a reidratação, muitas vezes de forma mais completa que isotônicos comerciais “gourmet”. De acordo com os pesquisadores, o chamado “combo” leite + cacau + carboidrato entrega três elementos-chave para a recuperação pós-treino: reposição eficiente de glicogênio muscular graças à presença de carboidratos; fornecimento de aminoácidos essenciais (provenientes das proteínas do leite) necessários para a reparação e crescimento muscular; uma relação equilibrada entre carboidrato e proteína, apontada em diversos estudos como ideal para síntese proteica pós-exercício. Além disso, o leite contribui para a reidratação, oferecendo não só água, mas também eletrólitos e nutrientes que auxiliam na recuperação do organismo. Em contraste, os pesquisadores ressaltam que muitos isotônicos populares concentram-se em fornecer glicose e sódio — e, por vezes, corantes e açúcares adicionais — sem aportar os aminoácidos e a proporção proteica indicada para otimizar a síntese muscular. Os autores não afirmam que isotônicos sejam inúteis: em situações de esforço prolongado e alta perda de eletrólitos — como provas de longa duração em clima quente — bebidas isotônicas bem formuladas permanecem úteis. Entretanto, para sessões de treino típicas de resistência moderada ou de força, a alternativa econômica e saborosa do leite com achocolatado pode ser suficiente e até preferível para acelerar a recuperação e promover ganhos musculares. Especialistas em nutrição esportiva ouvidos pela reportagem reforçam que a escolha ideal depende de fatores individuais — intensidade e duração do exercício, objetivos, tolerâncias alimentares e composição corporal. Ainda assim, a recomendação prática é clara: priorizar alimentos e bebidas que ofereçam nutrientes funcionais (proteínas, carboidratos de qualidade e eletrólitos) em vez de focar apenas em marketing e embalagens atraentes. Conclusão: para quem busca uma solução simples, econômica e respaldada por evidências para recuperar-se após o treino, a mistura de leite com achocolatado aparece como opção válida — potencialmente mais eficaz que alguns isotônicos da moda — sem dispensar orientação profissional quando houver demandas específicas de desempenho ou saúde. Milkpoint


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Porto Alegre, 19 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.461


Comunicado Agrometeorológico destaca situação das culturas no RS no mês de julho

A situação das culturas no Rio Grande do Sul em função das precipitações pluviais e das temperaturas no mês de julho é o tema do Comunicado Agrometeorológico nº 89, publicado pelo Laboratório de Agrometeorologia e Climatologia Agrícola (LACA), do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).O mês de julho de 2025 foi caracterizado pelos totais mensais de precipitação pluvial abaixo da média, e as chuvas foram escassas, especialmente nos dois primeiros decêndios, o que diminuiu a disponibilidade de água para as culturas. Essa situação, no entanto, não foi considerada crítica ou impôs limite ao crescimento das plantas, haja vista a menor perda de água via evapotranspiração no inverno e à água armazenada no solo em função das precipitações pluviais do mês de junho. “Essa combinação de menor demanda evaporativa com os altos volumes de chuva registrados em junho permitiu que as culturas de inverno não fossem impactadas de forma significativa”, destaca a engenheira agrônoma e pesquisadora do DDPA, Amanda Junges.Da mesma maneira, as baixas temperaturas do ar e ocorrência de geadas, registradas, especialmente, no primeiro decêndio, de modo geral, não causaram danos aos cereais de estação fria como trigo, aveia e cevada, pois as plantas se encontravam, na maior parte das lavouras, em período de implantação e desenvolvimento inicial. Nessa etapa do ciclo, as temperaturas do ar, apesar de baixas, não foram limitantes ao crescimento das plantas. Entretanto, a ocorrência de geadas é considerada crítica quando coincidente com o período de floração e enchimento de grãos, pois, nesse caso, podem vir a reduzir significativamente a produtividade.Na bovinocultura de leite, a produção de leite se manteve estável na maioria das regiões em virtude da melhora nas pastagens, suplementação e manejo adequados, os quais reduziram perdas de peso e problemas sanitários. Em algumas áreas beneficiadas pela oferta de forragens de qualidade e pelas melhores condições meteorológicas, houve incremento. Nas criações a pasto, foi oferecida suplementação com concentrados energéticos, como silagem e feno. O estado corporal e sanitário dos rebanhos foi considerado satisfatório. As condições meteorológicas favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais, reduzindo problemas de casco e facilitando a ordenhaComunicado Agrometeorológico:  O Comunicado Agrometeorológico é uma publicação mensal do LACA. Para mais informações acesse www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologiaAs informações são da SEAPI

GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat 
 

SOJA/CEPEA: Estoques de passagem limitam altas de preços no BRExportações brasileiras de soja, o estoque de passagem da safra 2024/25 é estimado pela Conab em 3,9 milhões de toneladas, mais de quatro vezes acima do volume final da temporada anterior. 

Mesmo com o recorde previsto nas exportações brasileiras de soja, o estoque de passagem da safra 2024/25 é estimado pela Conab em 3,9 milhões de toneladas, mais de quatro vezes acima do volume final da temporada anterior. 

Esse cenário limitou o movimento de alta no preço nacional na última semana, apontam levantamentos do Cepea. 

Os embarques brasileiros (de outubro/24 a setembro/25) seguem previstos pelo USDA em 102,1 milhões de toneladas e o esmagamento, em 57 milhões de toneladas. 

A Conab, por sua vez, projeta as exportações nacionais em 106,3 milhões de toneladas e o esmagamento, em 57,09 milhões de toneladas, nesta safra (de janeiro a dezembro/25), ambos recordes. 

Além dos embarques, o Brasil segue liderando a produção de soja no mundo, com quase 170 milhões de toneladas colhidas nesta temporada (2024/25), sendo 169 milhões de toneladas estimadas pelo USDA e 169,66 milhões de toneladas projetadas pela Conab. (CEPEA)


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Produção global recorde reforça pressão sobre cotações internas
Milho seguiram em queda na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da pressão externa, refletindo estimativas de produção global recorde, com destaques para os Estados Unidos e Brasil, a postura retraída de compradores também influenciou as baixas domésticas. Os preços do milho seguiram em queda na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da pressão externa, refletindo estimativas de produção global recorde, com destaques para os Estados Unidos e Brasil, a postura retraída de compradores também influenciou as baixas domésticas. Esses demandantes apostam em desvalorizações mais expressivas, fundamentados no avanço da colheita, nas dificuldades de armazenamento da safra recorde e ainda na necessidade de venda para o pagamento das dívidas de agosto e setembro, conforme explicam pesquisadores. O USDA estima a safra norte-americana de milho 2025/26 em volume recorde, de 425,25 milhões de toneladas; para o Brasil, são previstas 131 milhões de toneladas. No agregado, a produção mundial será de 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,22 bilhão de toneladas da temporada 2024/25. Especificamente para o Brasil, a Conab apontou nessa quinta-feira, 14, que, em 2024/25, serão produzidas 137 milhões de toneladas, 18% superior à temporada 2023/24 e também um recorde. (Cepea)


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Porto Alegre, 18 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.460


Pesquisa: o papel da mulher nas fazendas leiteiras da América Latina

FEPALE promove pesquisa para dar visibilidade e fortalecer a atuação das mulheres na produção leiteira da América Latina. Participe e contribua!No contexto da declaração das Nações Unidas do “Ano Internacional da Mulher Agricultora”, que será celebrado em 2026, a FEPALE (Federação Pan-Americana de Leite), com o apoio do USDEC (United States Dairy Export Council), está desenvolvendo um trabalho voltado a dar visibilidade, compreender e valorizar o papel das mulheres que atuam nas fazendas leiteiras da América Latina.

Um componente central dessa iniciativa é uma breve pesquisa, totalmente anônima, destinada a mulheres proprietárias de fazendas, familiares de proprietários ou funcionárias.

O estudo é complementado por uma série de grupos focais, com a participação de mulheres líderes que atuam na cadeia leiteira regional. Ao final do trabalho, será elaborado um relatório regional, que também estará disponível para todos os participantes. O objetivo é avaliar o nível de participação, os desafios e as oportunidades das mulheres na pecuária leiteira da América Latina.

Desde já, agradecemos e contamos com vocês para unir esforços nessa ação coletiva, que busca reconhecer e fortalecer o papel das mulheres na produção leiteira de nossa região.

Participe da pesquisa clicando aqui.

As informações são do Milkpoint


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 15 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.459


Ordenha robotizada em pastagem integrada eleva a produção leiteira

Projeto pioneiro da Embrapa em São Carlos (SP) une ordenha robotizada e sistema ILPF, reduzindo mão de obra e elevando qualidade e rentabilidade.

A ordenha robotizada aplicada em sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está transformando a produção leiteira no Brasil.

Desde 2021, a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), conduz um projeto inédito no país que combina inovação tecnológica, bem-estar animal e ganhos econômicos no manejo a pasto com árvores.

De acordo com André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Marco Aurélio Bergamaschi, chefe Administrativo, e a pesquisadora Teresa Alves, a iniciativa busca reduzir a dependência de mão de obra, ampliar a escala produtiva e aumentar a eficiência, adaptando uma tecnologia tradicionalmente usada em sistemas confinados para o ambiente ILPF.

Desafios para adaptar o robô ao pasto
A instalação exigiu planejamento detalhado para garantir que vacas, robô e infraestrutura funcionassem de forma integrada.

Foi preciso definir o posicionamento do equipamento, criar corredores de acesso e áreas de sombra. “Essa adaptação foi inédita no Brasil, pois exigiu repensar toda a logística de circulação das vacas”, explica Novo.

O custo inicial elevado e a necessidade de uma infraestrutura específica também representaram desafios. Além disso, houve a adaptação comportamental dos animais e da equipe.

Na ordenha robotizada, as vacas se dirigem voluntariamente ao equipamento, atraídas por incentivos como ração e água. O treinamento começou com o robô desligado, até que, em cerca de um mês, todo o rebanho passou a se ordenhar de forma autônoma.

Para os funcionários, o novo método exigiu capacitação e mudança de mentalidade, migrando de um processo manual e rígido para um modelo automatizado e mais flexível.

Benefícios técnicos e operacionais
O sistema robotizado permite controle rigoroso da produção e da saúde do rebanho, registrando dados como volume produzido por quarto da glândula mamária, tempo de ordenha, frequência de visitas e qualidade do leite, incluindo a contagem de células somáticas — indicador-chave no combate à mastite.

Segundo Teresa Alves, essas informações possibilitam decisões precisas, como ajustes na dieta, avaliação de eficiência reprodutiva e identificação de animais de baixo desempenho. Isso facilita o descarte e a reposição por novilhas mais produtivas.

Outro diferencial é o respeito ao ritmo natural do animal. Cada vaca é ordenhada quando deseja, e cada quarto da glândula mamária recebe tratamento individualizado, evitando sobre ordenha e favorecendo a saúde do úbere.

O sistema também separa automaticamente o leite de animais em tratamento ou recém-paridos, elevando a segurança alimentar e a qualidade do produto final.

Impactos na mão de obra e bem-estar
Para Marco Bergamaschi, a automatização libera os funcionários para outras atividades e reduz o esforço físico exigido pela ordenha manual. “A mudança melhora o bem-estar dos trabalhadores e otimiza o uso do tempo na propriedade”, afirma.

A flexibilidade de horários também é um ganho, já que a ordenha robotizada elimina a necessidade de horários fixos, permitindo maior organização das rotinas da fazenda.

Viabilidade econômica e retorno
O alto custo inicial ainda é o principal entrave para a adoção em larga escala. Para auxiliar os produtores, a Embrapa desenvolveu uma planilha que calcula o retorno do investimento com base em dados específicos de cada propriedade.

Segundo André Novo, apesar do investimento significativo, os benefícios incluem redução de gastos com mão de obra, menor incidência de mastite, aumento do valor do leite no mercado e prolongamento da vida produtiva das vacas. “O retorno financeiro ocorre, em média, entre seis e dez anos, dependendo da escala e do manejo”, explica.

Um modelo para o futuro
O projeto da Embrapa Pecuária Sudeste demonstra que a tecnologia pode ser aliada do sistema de produção a pasto no Brasil, conciliando produtividade, sustentabilidade e bem-estar animal.

A ordenha robotizada em pastagem integrada pode se tornar um modelo de referência para produtores que buscam eficiência e qualidade, especialmente em regiões onde o custo de mão de obra e as demandas de mercado exigem soluções inovadoras.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Presente Rural e dados complementares da Embrapa.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. 

Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.

Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. 

Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 14 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.458


Prévia da captação de leite: pela primeira vez na história, 2º trimestre registra crescimento frente ao anterior

Captação de leite cresce no 2º trimestre de 2025, contrariando a entressafra e marcando um feito histórico. Entenda!

De acordo com dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal de leite no Brasil atingiu 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, um aumento de 9,3% na média trimestral em relação ao mesmo período de 2024.

O resultado chama atenção já que, historicamente, o segundo trimestre coincide com a entressafra e tende a registrar retração na produção. Apesar do aumento ter sido modesto (0,1%), esta foi a primeira vez, desde o início da série histórica, que o segundo trimestre apresentou crescimento frente ao anterior.

Gráfico 1. Evolução do 2º trimestre da Captação de leite no Brasil 

Desempenho mensal
Tabela 1. Captação total mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

A prévia indica que o primeiro semestre de 2025 registrou 12,98 bilhões de litros de leite, reforçando a tendência de crescimento observada desde o primeiro trimestre, apresentando crescimento de 6,2% em relação ao primeiro semestre de 2024. 

Gráfico 2. Captação brasileira de leite

A viabilização desse cenário justifica-se, em parte, pela maior rentabilidade do produtor. Os valores permanecem acima da média registrada entre 2019 e 2023.

(Observação: os dados apresentados referem-se à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, prevista para o próximo mês, poderá sofrer revisões.)

Fonte: Milkpoint editado pelo Sindilat/RS


Minhas vacas estão sadias, porque devo testar para tuberculose?

Doença crônica e silenciosa, a tuberculose bovina exige vigilância. Entenda os riscos e a importância da testagem periódica no controle sanitário do rebanho.A doença com relatos mais antigos na humanidade afeta também os bovinos, em especial os que vivem em criação intensiva como na produção leiteira, e coloca em risco trabalhadores, produtores e os consumidores. A tuberculose bovina continua sendo um problema sanitário e econômico no Brasil.

Os dados sobre a ocorrência e distribuição da doença no Brasil são bastante claros quanto a sua maior prevalência nas áreas de produção leiteira, tendo maior risco as propriedades de maior produção, sem rotina de testagem no rebanho e entrada de animais sem a realização da tuberculinização. 

Como a tuberculose se manifesta nos animais
A tuberculose em humanos é caracterizada pela tosse e catarro com sangue, mas será que em bovinos também é assim? A literatura científica nos mostra que não. A tuberculose bovina se caracteriza por uma doença de evolução crônica que demora muito para ter manifestação clínica, ou seja, ter sinais clínicos nos animais doentes.

Quer ver um cenário comum? Você decide enviar alguns animais de descarte para o abate, aquelas vacas que já não estão tão produtivas. Imagina que vai receber um dinheiro pelo que o animal pesa e de repente a surpresa. Não recebe nada, pois durante o abate o frigorífico descobre lesões sugestiva de tuberculose em toda carcaça do animal.

Já passou por isso? Conhece alguém que ficou bravo com o frigorífico por conta de uma condenação? Sabe porque isso ocorre? A bactéria que causa a doença bovinos, Mycobacterium bovis, entra no organismo do animal pelas vias respiratórias ou pela ingestão de leite ou alimento contaminado e inicia uma multiplicação local e assim pode ficar por semanas, meses e até anos.

A importância da testagem
Nesse sentido, a tuberculose bovina pode ser comparada a condições crônicas em humanos, como o diabetes ou a hipertensão, que muitas vezes se desenvolvem de forma silenciosa, sem sinais aparentes por longos períodos. Mas por que essa comparação é importante? Assim como monitoramos a glicemia e a pressão arterial para cuidar da saúde e evitar complicações futuras, o monitoramento sanitário do rebanho é fundamental para prevenir e controlar doenças como a tuberculose.

Quando o animal infectado não apresenta sintomas por muito tempo, ele continua atuando como transmissor da bactéria, mesmo sem aparentar estar doente. Isso faz dele um elo invisível no ciclo da doença dentro da propriedade. Identificar e manejar precocemente esses casos é essencial para proteger o rebanho e garantir a produtividade, evitando surpresas que possam comprometer a saúde animal e os resultados da fazenda.

É melhor fazer o diagnóstico precoce, descartar um animal doente a deixar a doença se espalhar silenciosamente perder várias vacas, ou mesmo todas, por causa da doença.

Referências bibliográficas
FERREIRA NETO, J. S., SILVEIRA, G. B. DA, ROSA, B. M., GONÇALVES, V. S. P., GRISIFILHO, J. H. H., AMAKU, M., … LAGE, A. P. (2016). Avaliação de 15 anos do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3385–3402. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3385

LAGE, A. P.; ROXO, E.; MÜLLER, E.; POESTER, F.; CAVALLÉRO, J. C. M.; FERREIRA NETO, J. S.; MOTA, P.M.P.C.; GONÇALVES, V.S.P. Programa nacional de controle e erradicação da brucelose e da tuberculose animal (PNCEBT). Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2006. 184p. (Manual técnico).

MEGID, J., RIBEIRO, M.G., PAES, A.C. Doenças Infecciosas em Animais de Produção e de Companhia. Editora Roca, 1ª Ed., 2016.

SKUCE, R. A.; ALLEN, A. R.; MCDOWELL, S. W. J. Herd-level risk factors for bovine tuberculosis: a literature review Herd-level risk factors for bovine tuberculosis: a literature review. Veterinary Medicine International, v. 2012, Article ID 621210, p.1-10, 2012. Available at: http://www.hindawi.com/journals/vmi/2012/621210/abs/

Leite/Europa: O preço do leite ao produtor na UE está acima da média dos últimos 5 anos

A União Europeia (UE) publicou o relatório sobre as perspectivas de curto para os mercados agrícolas em 2025. O relatório observou que o preço do leite cru está acima da média dos últimos cinco anos, impulsionado pela forte demanda do varejo e dos serviços de alimentação. 

O relatório observa que a expectativa é de que a produção de leite na região aumentará ligeiramente este ano, apesar do declínio do rebanho leiteiro. A tendência, em relação ao ano passado, é de que a produção de queijo e de soro de leite continuará aumentando, inclusive no segundo semestre. 

No entanto, a produção de leite em pó, tanto integral como desnatado seguirá em queda na comparação 
interanual e a expectativa é de que continuará declinando, em meio às condições desfavoráveis do mercado. 

A Casa Branca e a Comissão da União Europeia (UE) anunciaram, recentemente, um novo acordo comercial estabelecendo tarifas de 15% dos Estados Unidos sobre a maioria dos produtos vendidos pela UE. Esse tratado inclui uma cláusula para trabalhar na redução de barreiras não tarifárias que afeta os produtos agrícolas. O anúncio da Casa Branca estabelece que isso implica a redução dos requisitos de certificados sanitários para os produtos lácteos.  O Comitê para o Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura do Reino Unido (AHDB) divulgou um relatório sobre as expectativas do setor lácteo. Os analistas projetam que o setor lácteo deverá ser o segmento pecuário global com crescimento mais rápido de 2025 a 2034: cerca de 0,7%. O relatório ressalta que o número de fazendas leiteiras declinará 17% de 2024 a 2035 e os rebanhos terão redução de 8%, no mesmo período. A volatilidade de preços, a escassez de mão de obra e os surtos de doenças serão os maiores desafios para o segmento lácteo, diz o relatório. 

No Leste Europeu, os dados sobre da Ucrânia, em junho de 2025, mostraram que houve declínio de 4% na produção de leite cru em relação ao mês anterior, e de 7% na comparação interanual. O volume de leite produzido de janeiro a junho de 2025 é 5% menor em relação ao 1º semestre de 2024. A redução acumulada do ano ocorreu principalmente no setor privado, já que a produção de leite empresarial aumentou 4% na mesma comparação. Um grupo industrial destacou que os baixos preços do leite ao produtor e as incertezas dos mercados estão impedindo uma recuperação significativa da produção de leite do país. 

Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Leite: um aliado para o emagrecimento saudável
A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta brasileira está com excesso de peso, e cerca de 24,3% são considerados obesos. O tratamento desse quadro é complexo e exige uma combinação de fatores: mudanças de hábitos, apoio psicológico, acompanhamento médico e, principalmente, uma alimentação adequada com acompanhamento nutricional. Nos últimos anos, as chamadas canetas emagrecedoras, como a semaglutida e a liraglutida, análogos do hormônio GLP-1, ganharam espaço nas prescrições médicas por atuarem diretamente no controle do apetite. No entanto, seu uso requer atenção e cuidados especiais. Como alerta o nutricionista, mestre pela Faculdade de Medicina da USP e membro do American College of Sports Medicine, Pedro Perim, esse tipo de tratamento também traz riscos nutricionais importantes se os usuários não realizarem um acompanhamento adequado. “A perda de peso rápida pode comprometer a massa muscular e aumentar a chance de deficiências nutricionais se a alimentação não for bem estruturada.” Estudo recente com pessoas que usam análogos do hormônio GLP-1 revelou que muitos participantes estavam consumindo menos nutrientes do que o recomendado. Entre eles, estão fibras, cálcio, ferro, magnésio, potássio, colina, vitaminas A, C, D e E, além de proteínas. É nesse contexto que o leite volta aos holofotes como um potencial aliado nas estratégias de emagrecimento saudável. “É prático, versátil, nutritivo e pode ajudar tanto na saciedade quanto na preservação da massa magra, além de agregar valor nutricional à dieta por ser um alimento fonte de diversos nutrientes”, destaca Pedro Perim. Segundo o nutricionista, trata-se de uma excelente opção para quem busca emagrecer com saúde, especialmente em fases de redução da ingestão alimentar. “As proteínas do leite ajudam a manter a saciedade por mais tempo e são fundamentais para preservar a massa muscular, algo essencial para evitar o efeito sanfona”, explica. Veja os principais benefícios do leite no processo de emagrecimento: Mais saciedade: as proteínas e gorduras presentes no leite promovem maior sensação de saciedade, o que pode ajudar no controle do apetite (ideal para evitar beliscos fora de hora) Preserva a massa magra: o leite contém caseína e whey protein, proteínas de alta qualidade, o que ajuda a evitar a perda de massa muscular comum em dietas restritivas e no uso de medicamentos que diminuem o apetite Fonte de nutrientes: além das proteínas, o leite é fonte de cálcio, vitaminas B2, B12, D e niacina, essenciais para o metabolismo e a saúde óssea Praticidade: o leite UHT pode ser armazenado fora da geladeira antes de aberto, não precisa ser fervido e está pronto para o consumo a qualquer momento Seguro e sustentável: o leite UHT não contém conservantes, não é reprocessado, e suas embalagens são recicláveis e protegem o alimento sem interferir em seu valor nutricional  Fonte de compostos bioativos: são substâncias presentes em alimentos que têm um efeito sobre a saúde do organismo, além de seu valor nutricional básico. O leite é fonte de compostos que têm potencial anti-inflamatório, antioxidante, anti-hipertensivo e benéfico para saúde intestinal. Com tantos benefícios e ampla versatilidade no preparo de smoothies, shakes e receitas saudáveis, o leite se confirma como um alimento completo e acessível para integrar dietas bem orientadas. “A perda de peso é mais eficaz e segura quando acompanhada de uma nutrição adequada. Não basta apenas comer menos, é preciso comer bem. E o leite pode, sim, fazer parte dessa estratégia”, finaliza o nutricionista. As informações são do Estado de Minas via Milkpoint


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Porto Alegre, 13 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.457


Alimentos funcionais lácteos ganham espaço com foco em saúde

Mercado global de lácteos cresce com probióticos, peptídeos e proteínas do leite, impulsionando inovação e transparência nos rótulos.

O mercado de alimentos funcionais vive um crescimento acelerado — e o setor lácteo está no centro dessa transformação.
A demanda por produtos com benefícios específicos, como melhora da digestão, suporte imunológico, foco cognitivo e energia sustentável, impulsiona inovações que unem ciência, tecnologia e transparência.

Segundo o relatório da Grand View Research, o mercado global de alimentos e bebidas funcionais movimentou US$ 231,5 bilhões em 2023 e deve alcançar cerca de US$ 418,9 bilhões até 2030, com crescimento anual superior a 8%.

Dentro desse cenário, os derivados do leite — como iogurtes probióticos, leites enriquecidos e bebidas com proteínas de soro — se destacam como protagonistas.

Benefícios que conquistam o consumidor
Entre os ingredientes mais procurados estão fibras prebióticas, probióticos, peptídeos bioativos e proteínas de alta qualidade — todos com forte ligação ao setor lácteo.

O uso de culturas vivas específicas em iogurtes, por exemplo, oferece suporte à saúde intestinal, enquanto peptídeos derivados do leite têm efeito potencial na redução da pressão arterial e no fortalecimento da imunidade.

A chamada “nutrição emocional” também cresce. Compostos como L-teanina, triptofano e magnésio, combinados com proteínas lácteas, aparecem em bebidas prontas e snacks funcionais voltados para bem-estar mental e controle do estresse.

Mudança geracional e novos nichos
A Geração Z e os millennials buscam produtos funcionais com identidade clara e rótulo limpo, valorizando embalagens sustentáveis e ingredientes de origem rastreável.

Já o público sênior aposta em fórmulas enriquecidas com vitamina D, K2, cálcio biodisponível e proteínas de alto valor biológico para prevenção de doenças e manutenção da massa muscular.

No segmento infantil, cresce a oferta de lácteos com prebióticos, vitaminas e minerais adaptados às necessidades do desenvolvimento, mantendo sabor e textura agradáveis para o público jovem.

Desafios e oportunidades para o setor lácteo
Para atender à nova demanda, a indústria investe em ingredientes multifuncionais que combinam benefícios fisiológicos com estabilidade sensorial.

Tecnologias como a microencapsulação permitem unir probióticos e fibras sem comprometer sabor ou textura, enquanto blends de proteínas e enzimas digestivas agregam valor nutricional.

A comprovação científica também é essencial: consumidores confiam mais em produtos que apresentam estudos clínicos claros para sustentar alegações de saúde. No caso dos lácteos funcionais, pesquisas robustas sobre a atuação de culturas probióticas específicas ou sobre os efeitos dos peptídeos bioativos fortalecem a credibilidade das marcas.

Transparência como diferencial competitivo
Com o avanço da rotulagem limpa, a clareza das informações é prioridade.

Marcas líderes já adotam pictogramas, QR codes e comunicação em camadas — simples e direta na embalagem, mas detalhada e técnica nos canais digitais — para conquistar a confiança de um público cada vez mais informado.

Perspectivas
Combinando tradição e inovação, o setor lácteo tem potencial para liderar o crescimento dos alimentos funcionais, unindo benefícios cientificamente comprovados à praticidade que o consumidor moderno exige.

E, diante da valorização da saúde integral e da prevenção, produtos como iogurtes enriquecidos, bebidas lácteas probióticas e suplementos de proteínas derivadas do leite tendem a se consolidar como aliados indispensáveis de uma vida mais saudável.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Portal A|I


Comemorando 70 anos, Piracanjuba conquista 1º selo GPTW, como um excelente lugar para trabalhar 
 
- Com aprovação de mais de 70% dos colaboradores que participaram da pesquisa de clima organizacional, companhia é reconhecida pelo excelente ambiente de trabalho.
- Empresa também recebeu o selo de Saúde Mental com duas estrelas, refletindo um índice de bem-estar emocional acima da média.
 
No ano em que sua principal marca, a Piracanjuba, completa 70 anos, o Grupo Piracanjuba comemora duas novas conquistas: a certificação Great Place to Work (GPTW) 2025 como um excelente lugar para trabalhar e o selo de Saúde Mental com duas estrelas, pelo índice de bem-estar emocional acima da média. A companhia obteve esses reconhecimentos após a primeira pesquisa de clima aplicada por meio da consultoria global GPTW.
 
“A certificação GPTW vem coroar as práticas da empresa voltadas para o cuidado e valorização do nosso ativo principal: as pessoas. Por aqui, priorizamos a oferta de um ambiente de trabalho acolhedor, com atitudes responsáveis e inovadoras, e ações de desenvolvimento e reconhecimento profissional. A credibilidade conquistada ao longo dessas sete décadas é um reflexo desse compromisso”, destaca o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo. 
 
Com unidades fabris em oito estados brasileiros, do Sul ao Nordeste do país, o Grupo Piracanjuba reúne mais de 4 mil colaboradores, nas mais diversas áreas de atuação. Entre aqueles que responderam a pesquisa de clima GPTW, 71% reconheceram a companhia como um ótimo lugar para trabalhar. 
 
“Esse resultado reflete tudo que a companhia tem feito no intuito de cuidar das pessoas, de ter um ambiente agradável e satisfatório para trabalhar, incluindo as variadas iniciativas de desenvolvimento contínuo do time”, destaca o diretor de Gente e Gestão, Edilson Vieira dos Anjos. 
 
Conforme apontado pela pesquisa, no Grupo Piracanjuba, os colaboradores são motivados pelo aprendizado e alcance de resultados coletivos. Além disso, o crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida, são os principais motivos de permanência na empresa. 
 
Ações nesse sentido são as mais variadas. Exemplo recente é a Universidade Grupo Piracanjuba. A estrutura de educação corporativa foi criada este ano, passando a abrigar todos os programas de desenvolvimento da companhia, sejam técnicos, comportamentais, ou de lideranças.
 
Entre as iniciativas que já estavam em curso e passaram a ser abrigadas pela universidade corporativa estão o Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL), focado na preparação de gestores alinhados à cultura organizacional, e o Programa Instruir que, desde 2007, viabiliza auxílio financeiro para formação em cursos técnicos, superiores e/ou de qualificação profissional.
 
No quesito atração de talentos, o Grupo Piracanjuba também tem alcançado reconhecimento no mercado, especialmente a partir da implementação do Programa de Estágio, em 2023. Ano passado, a iniciativa conquistou o primeiro lugar em duas premiações: da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Goiás (ABRH-GO), e do Prêmio IEL de Talentos, na categoria Empresa Inovadora para grandes empresas. Também em 2024, registrou um percentual de 50% de efetivação dos estagiários. 
 
Em outra frente, para reconhecer e valorizar aqueles profissionais que há mais de cinco anos contribuem na construção da história da companhia, ano passado foi criado o programa ReconheSER. “Celebrar o tempo de casa é reconhecer a entrega, o talento e o comprometimento das pessoas que fazem o Grupo Piracanjuba ser o que é”, ressalta Edilson.
 
Saúde emocional
Em sua primeira pesquisa de clima realizada via GPTW, o Grupo Piracanjuba também se destacou no índice de bem-estar emocional, alcançando nota 83, ante nota média de 81, das “Top 175 Empresas”. Com o resultado, a companhia conquistou o selo de Saúde Mental (Great People Mental Health), com duas estrelas. 
 
Conforme dados da consultoria global, o índice de bem-estar emocional é uma métrica que se ancora em neurociência. A quantificação do estado emocional dos times ocorre a partir de comentários abertos, que são analisados por um algoritmo de inteligência artificial com curadoria de especialistas. 
 
O resultado retrata as percepções e sentimentos dos colaboradores dentro da organização e reflete o nível de desenvolvimento emocional das pessoas olhando para elas de maneira integral. Ou seja, é uma certificação que não está relacionada unicamente às práticas de saúde mental que a empresa possui, apesar dessas ações também gerarem impacto.
 
“Ter um time com elevado índice de bem-estar emocional, para além de uma conquista de selo, evidencia que o propósito do Grupo Piracanjuba, ‘Cuidado que alimenta a vida’, não se prende ao discurso, mas é vivenciado por quem diariamente dá continuidade a essa história de sucesso iniciada em 1955: os colaboradores. São várias gerações profissionais que, juntas, fazem o negócio prosperar e nos motiva a entregar sempre o melhor, dentro e fora da empresa”, cita Luiz Claudio. 
 
Hoje, entre os benefícios oferecidos pelo Grupo na área de bem-estar e saúde para os colaboradores, além de plano de saúde, estão consultas psicológicas gratuitas, via plataforma Wellz, e convênio com o Welhub, antigo Gympass, que possibilita práticas de atividades físicas, relaxamento e adoção de hábitos saudáveis. 
 
A relação completa de benefícios e vagas abertas na companhia podem ser conferidas na página do Grupo Piracanjuba na Gupy. 

As informações são da Piracanjuba.

Leite/América do Sul: A produção de leite na América do Sul está firme

Temperaturas mais amenas no inverno contribuem positivamente para o conforto das vacas. Preços moderados da alimentação animal melhoraram as margens. Fontes da indústria indicam que os volumes da produção de leite de maio 2025 na comparação interanual, e também no acumulado do ano, estão em alta nos países da América do Sul. A produção de leite da Argentina vem crescendo em percentuais de dois dígitos, nos dois indicadores: interanual e no acumulado do ano. O preço do leite ao produtor argentino, no mês de junho, aumentou na comparação com o preço de maio. As precipitações estão em volumes normais na maior parte da América do Sul. A demanda por leite em pó desnatado e por leite em pó integral varia. Políticas comerciais instáveis impactam nas vendas. As disponibilidades exportáveis das duas modalidades de leite em pó estão em bons níveis, mas os compradores estão focados em atender às necessidades de curto prazo. Observadores do mercado indicam que a demanda brasileira por queijo muçarela caiu. 

Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Novo indutor de ovulação da Embrapa reduz custo e amplia prenhez de vacas
Nove bezerros nascidos a mais a cada 200 vacas. Esse é o resultado do uso de um novo indutor de ovulação desenvolvido pela Embrapa Rondônia que foi testado em mais de 1.500 vacas com a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O indutor, que recebeu o nome de Promov, aumentou em até 9% a taxa de prenhez das vacas. Nos testes, a equipe de pesquisadores identificou uma taxa média de prenhez de 62% com a aplicação do Promov, contra 56% obtido com produtos convencionais da IATF. O novo insumo é resultado da combinação de dois hormônios já amplamente utilizados na reprodução bovina, a prostaglandina e o hormônio liberador de gonadotrofina, mais conhecido como GnRH. O Promov combina os dois hormônios em uma única dose a ser administrada por injeção intramuscular, mesmo modo de aplicação do GnRH, que é usado para melhorar a sincronização da ovulação das vacas, aumentando as chances de prenhez. Já a prostaglandina é aplicada antecipadamente, a fim de provocar a redução dos níveis de progesterona, hormônio inibidor da ovulação e da fecundação. Segundo o pesquisador Luiz Francisco Pfeifer, que coordenou o desenvolvimento do Promov, a aplicação convencional de prostaglandina continua sendo necessária em qualquer protocolo de IATF. “A diferença é que, além do uso convencional, agora ela foi incluída na formulação do Promov para ser utilizada como adjuvante na indução da ovulação.” No IATF convencional para 200 vacas teve um custo de R$ 10.200 e nasceram 114 bezerros, com custo unitário de R$ 91,07.No IATF com Promov, o valor subiu R$ 400, mas nasceram 123 bezerros, com custo unitário de R$ 86,89. A Embrapa já pediu a patente, mas, para licenciar e colocar o novo indutor de ovulação no mercado, está em busca de um parceiro privado. Pfeifer diz que ainda não é possível estimar o custo exato do novo insumo porque isso vai depender de questões de mercado que envolvem o futuro parceiro, mas, como se trata da combinação de dois produtos comerciais conhecidos, dificilmente, a formulação ficaria com preços muito acima dos já praticados no mercado. “Além disso, o impacto obtido na produção é relevante e um aumento de alguns reais nas doses aplicadas já seria compensado pelos bezerros a mais obtidos com o novo insumo,” afirmou o pesquisador em nota. Ele acredita que a chegada de um indutor de ovulação mais eficaz e de aplicação simplificada pode beneficiar diretamente milhares de produtores rurais, especialmente os que trabalham com sistemas de cria, em que a eficiência da reprodução é determinante para o sucesso da atividade. O Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo com mais de 230 milhões de cabeças e a IATF é uma das principais ferramentas utilizadas para aumentar a produtividade e a qualidade genética dos animais. O Promov também será testado pela Embrapa em outras espécies de animais, como ovinos, caprinos e equinos. As informações são do Globo Rural.


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Porto Alegre, 12 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.456


Jovem ajuda família em produção de leite e mostra resultados de sucessão bem planejada

Com um rebanho de cerca de 80 animais, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia

No pequeno município de Ibiraiaras, na região nordeste do Rio Grande do Sul, a rotina do jovem Fabrício Daros, de 16 anos, já envolve ajudar a família na produção de leite. “Cada um fica com uma tarefa. Meu pai trabalha mais com a alimentação dos animais, minha mãe tira o leite, e eu colaboro nas lavouras e faço a limpeza dos estábulos”, conta.O apoio dos pais é um incentivo para que Fabrício queira permanecer na atividade rural, um desejo que é diferente do da maioria dos jovens da sua região. “Muitos querem sair, acham o trabalho muito estressante. Mas eu tenho sorte de, na minha família, escutarem minhas ideias e me incentivarem”, relata.A propriedade da família, de 45 hectares, é voltada para a produção de leite e o plantio de lavouras para silagem. Com um rebanho de cerca de 80 animais — dos quais 40 em lactação —, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia, que são vendidos para a cooperativa Coasa.Cursando o ensino médio, Fabrício pensa em seguir para o curso técnico em agropecuária na sede de Sertão (RS) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, já investe em sua qualificação fora das salas de aula. O jovem integra o programa Gestores do Futuro, da cooperativa CCGL.A iniciativa, que é voltada para sucessores rurais, oferece ferramentas de gerenciamento e aprimoramento da produtividade e da sustentabilidade nas propriedades leiteiras. “Eu penso em ficar no campo. A minha ideia é aumentar a produção e ser um grande pecuarista no ramo de leite”, afirma. (Globo Rural)

Iogurtes sem refrigeração ganham espaço com foco em praticidade e saúde

Indústria asiática aposta em iogurtes de longa duração com culturas probióticas ativas, alinhando tecnologia e conveniência ao estilo de vida moderno.

A busca por praticidade, saúde e produtos com maior vida útil está impulsionando o desenvolvimento de iogurtes estáveis em temperatura ambiente, especialmente nos mercados asiáticos. Esse formato oferece conveniência ao consumidor moderno, permitindo armazenamento e consumo sem necessidade de refrigeração, sem abrir mão dos benefícios dos probióticos. Culturas vivas após tratamento térmico
Na China, o mercado de iogurte segue em forte expansão, com projeções de crescimento anual composto (CAGR) de 8,52%. O segmento específico de iogurtes estáveis à temperatura ambiente acompanha essa tendência, com um CAGR de 3,6%. Atentas a esse movimento, indústrias têm investido em tecnologias que garantem a presença de culturas vivas mesmo após processos térmicos, adicionando os probióticos após a esterilização ou após a fermentação, assegurando viabilidade microbiana e manutenção do sabor e textura característicos.Evitando a pós-acidificação
Outro avanço interessante explora o uso de bactérias lactose-negativas em combinação com Lactobacillus rhamnosus para controlar a fermentação e a acidez. O objetivo é evitar a fermentação excessiva durante o armazenamento e, assim, ampliar a vida útil do produto sem comprometer suas características funcionais.Adaptações climáticas e culturais
Na Índia, o cenário é semelhante. O mercado de iogurtes deve atingir US$ 50,45 bilhões até 2029, com um crescimento projetado de 8,97% ao ano. A maior consciência em relação à saúde, aliada à demanda por alimentos prontos para consumo, tem favorecido o avanço dos iogurtes probióticos de longa duração. Grandes multinacionais  já atuam no desenvolvimento de formulações adaptadas ao clima local e aos hábitos de consumo indiano, promovendo iogurtes que combinam estabilidade, benefícios funcionais e conveniência.

Esses movimentos mostram como o setor lácteo asiático está se reinventando para acompanhar as transformações nos padrões de consumo. A integração entre inovação tecnológica, microbiologia aplicada e marketing nutricional promete abrir novas fronteiras para os lácteos funcionais — agora, prontos para o consumo a qualquer hora e em qualquer lugar.

As informações são da GrayB, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Proteínas lácteas bioativas: aliadas contra a sarcopenia no envelhecimento

Com alto valor biológico e peptídeos funcionais, proteínas lácteas bioativas ajudam a preservar a massa muscular e a saúde na terceira idade.

As proteínas lácteas bioativas estão ganhando destaque como ingrediente-chave para o envelhecimento saudável, especialmente no combate à sarcopenia — perda de massa e força muscular comum após os 60 anos.

Com a expectativa da OMS de que a população mundial acima dessa idade dobre até 2050, superando 2 bilhões de pessoas, cresce a necessidade de soluções nutricionais que mantenham a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida.

Reconhecidas como padrão ouro em nutrição proteica, as proteínas lácteas oferecem alto valor biológico, excelente digestibilidade e um perfil de aminoácidos que atende ou excede as necessidades humanas.

A composição inclui caseínas (80% do total proteico do leite bovino), que liberam aminoácidos de forma lenta, e proteínas do soro (whey protein), de digestão rápida e ricas em leucina — aminoácido que ativa a via mTORC1, essencial para estimular a síntese de proteínas musculares, cuja eficiência tende a diminuir com a idade.

Além de fornecerem todos os aminoácidos essenciais, as proteínas lácteas apresentam peptídeos bioativos com propriedades fisiológicas específicas.

Entre eles, compostos derivados da caseína, como IPP e VPP, demonstraram efeito anti-hipertensivo ao inibir a enzima conversora de angiotensina. Já peptídeos antioxidantes ajudam a neutralizar radicais livres, reduzindo danos oxidativos associados à perda muscular e ao envelhecimento precoce.

Outros, como lactoferrina e lactoperoxidase, exibem ação imunomoduladora, fundamental para idosos que sofrem com a imunossenescência.

Essa combinação de benefícios é particularmente relevante diante do fenômeno chamado inflammaging, caracterizado por inflamação crônica de baixo grau que acelera a perda de massa magra e aumenta a resistência à insulina.

Estudos indicam que certos peptídeos lácteos podem reduzir citocinas pró-inflamatórias como IL-6 e TNF-α, ajudando a frear esse processo.

No contexto da sarcopenia, a whey protein se destaca pela rapidez de absorção e alta concentração de leucina, que ajudam a superar a resistência anabólica típica do envelhecimento.

A ingestão adequada de proteína — especialmente de alta qualidade — é apontada pelo European Working Group on Sarcopenia in Older People como um dos fatores de risco modificáveis mais importantes.

Para a indústria de alimentos, o potencial dessas proteínas impulsiona o desenvolvimento de iogurtes proteicos, bebidas lácteas enriquecidas, sobremesas funcionais e suplementos em pó direcionados a públicos sênior e esportivo.

Cresce também o uso de whey protein hidrolisada, com melhor digestibilidade, solubilidade e liberação controlada de peptídeos bioativos — solução ideal para bebidas ready-to-drink.

Blends que combinam proteínas lácteas, fibras prebióticas e micronutrientes como cálcio, vitamina D e magnésio vêm se consolidando como formulações completas para suporte ao envelhecimento saudável, aproximando o conceito de “alimento como medicina”.

No entanto, ainda existem desafios tecnológicos, como manter estabilidade em pH ácido, evitar sabor residual e preservar a bioatividade durante a pasteurização.

Do lado regulatório, alegações funcionais como “auxilia na manutenção da massa muscular” exigem comprovação científica robusta, e o reconhecimento dessas claims varia conforme a jurisdição.

O mercado está aquecido: segundo a Grand View Research, o setor global de whey protein superou US$ 10 bilhões em 2023, impulsionado não apenas pelo consumo esportivo, mas também pela demanda crescente do público idoso.

Europa e Japão já registram forte penetração de bebidas e suplementos voltados a essa faixa etária, enquanto políticas públicas incentivam dietas que previnam a sarcopenia, reduzindo custos com saúde.

Diante desse cenário, as proteínas lácteas bioativas não apenas alimentam, mas também atuam como ferramenta estratégica para preservar a autonomia e a vitalidade de uma população que envelhece mais — e quer envelhecer melhor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Ciência do Leite


Mapa publica edital para credenciamento de laboratórios em áreas estratégicas da defesa agropecuária
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicou nesta quarta-feira (23) o Edital SDA/MAPA nº 1/2025, que abre seleção pública para o credenciamento de laboratórios nas áreas de físico-química de produtos de origem animal e vegetal, microbiologia de alimentos e água, resíduos e contaminantes em alimentos, físico-química de alimentos para animais e físico-química de vinhos, bebidas e fermentados acéticos. A medida está alinhada à Portaria nº 747/2024, que modernizou os critérios para credenciamento e fiscalização de laboratórios, conforme as diretrizes da Lei do Autocontrole (Lei nº 14.515/2022). O novo modelo estabelece credenciamentos por meio de editais públicos, tornando o processo mais transparente e alinhado às prioridades nacionais da defesa agropecuária. Na mesma data, foi publicada a Portaria nº 819/2025, que altera o art. 43 da Portaria nº 747/2024, permitindo a alteração dos responsáveis técnico, pela direção e pela qualidade nos credenciamentos ainda vigentes sob a Instrução Normativa nº 57/2013. A medida visa adequar a dinâmica das relações de trabalho, assegurando a continuidade adequada da operação dos laboratórios até o prazo limite previsto no art. 42 da Portaria nº 747/2024. Segundo Fabrício Pedrotti, coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários da SDA, “o novo processo de credenciamento é mais dinâmico, prioriza demandas estratégicas da defesa agropecuária e incorpora avanços legais dos últimos anos e a exigência de critérios técnicos mais robustos”. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. A publicação do edital representa um marco na modernização do sistema laboratorial que apoia as atividades oficiais de defesa agropecuária no Brasil. (MAPA)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.455


Dinâmica das Exportações de Leite do Uruguai

Exportações uruguaias de leite ganham força no 1º semestre, após estoques formados no 2º. Veja como essa dinâmica afeta o mercado lácteo brasileiro.As importações são tema bastante popular e recorrente no mercado lácteo brasileiro. Mesmo com crescimento expressivo da produção brasileira este ano, a balança comercial do setor está constantemente atenta aos volumes provenientes de países como Uruguai e Argentina. Neste contexto, é importante monitorar a produção destes países, parceiros do Brasil no Mercosul para entender a pressão externa sobre o mercado interno e os possíveis impactos sobre preços e oferta. Assim, vamos explorar neste artigo como funciona a dinâmica de exportação do Uruguai e a formação de seus estoques, elementos fundamentais para compreender o comportamento das exportações uruguaias e seus possíveis efeitos no mercado brasileiro.Por que analisar Uruguai e Argentina ?
O Uruguai integra o Mercosul, assim como o Brasil, e por isso as importações de produtos lácteos uruguaios entram no mercado brasileiro com alíquota zero de importação. Isso garante aos países do bloco, como Uruguai e Argentina, acesso preferencial ao mercado brasileiro, em comparação a exportadores de fora do Mercosul, como Nova Zelândia e Estados Unidos, que enfrentam tarifas de importação mais elevadas (de forma geral, a alíquota de importação de fora do Mercosul é de 28%).  

Como funciona a dinâmica de produção e exportações lácteas no Uruguai?
O Uruguai exporta porcentagem do volume de leite que produz e a sua pecuária leiteira é predominantemente baseada em sistemas a pasto. Por conta disso, a disponibilidade de alimento para os animais no Uruguai depende fortemente da sazonalidade e da qualidade das pastagens, que variam ao longo do ano. 

Essa característica determina uma curva de produção marcadamente sazonal: a produção é menor no primeiro semestre e mais elevada no segundo semestre. No semestre, fatores como calor excessivo, menor crescimento das pastagens e o possível estresse térmico nos animais limitam significativamente o potencial produtivo. Já no 2º semestre, o pico de produção costuma ocorrer entre setembro e novembro, período em que a qualidade e a quantidade de pasto são maiores, impulsionando o volume produzido de leite. 

Como funciona a curva de exportação do UY ?
Esse é o tema central desta análise: embora o Uruguai produza mais leite no segundo semestre (H2), é no primeiro semestre do ano seguinte (H1) que as exportações ganham força. Ou seja, há uma formação de estoques no segundo semestre, que sustenta o ritmo de exportações no início do ano seguinte  — como demonstrado no gráfico 1 abaixo. 

Gráfico 1. Evolução semestral da produção e exportação de leite no Uruguai. 

Apesar de ser uma análise simples, o resultado é bastante interessante: em média, o volume exportado representa uma fatia maior da produção no primeiro semestre e uma participação menor no segundo. 

Outro ponto importante é a sazonalidade da produção. Historicamente, o volume produzido no segundo semestre é, em média, 30% superior ao do primeiro semestre. No entanto, embora as exportações também cresçam nesse período, seu avanço é proporcionalmente menor. Esse descompasso sazonal entre produção e exportação faz com que o segundo semestre assuma um papel de formação de estoques. Com base nestes dados podemos inferir que existe uma dinâmica na formação de estoques e exportação no Uruguai, sendo o segundo semestre mais propenso a esse comportamento de formar estoques. Os dados indicam que o país tende a apresentar um maior apetite por exportações no primeiro semestre do ano, o que pode indicar uma maior oferta de produto uruguaio no primeiro semestre do ano que vem.   (Milkpoint)


Consumo de leite | Leite e cultura alimentar brasileira: tradição, ciência e indústria
Com 116,7 litros por habitante ao ano, o leite segue vital na cultura alimentar brasileira, unindo tradição, nutrição e inovação.O leite na cultura alimentar brasileira não é apenas uma bebida: é um símbolo cultural, um elo histórico e um recurso estratégico para a nutrição e a indústria.Segundo o Censo Agropecuário do IBGE, cada brasileiro consome em média 116,7 litros por ano — um índice que reflete mais que preferência, revelando milênios de hábitos alimentares, evolução biológica e avanços tecnológicos.

Desde a Revolução Agrícola, há cerca de 10 mil anos, o ser humano passou a extrair leite de animais domesticados e se tornou a única espécie que mantém esse hábito na vida adulta.

Essa familiaridade é tamanha que até detalhes simples, como a cor do leite, despertam curiosidade.

A cor branca predominante está ligada principalmente à caseína, proteína que representa cerca de 80% do total presente no leite, explica a mestre em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia Mariana Munik.Ela ressalta que a alimentação dos animais, a espécie e as condições de armazenamento também influenciam a tonalidade, que pode ir de branco puro a levemente amarelado.

Importância do leite no crescimento de crianças e adolescentes
Entre os jovens, a importância do leite é respaldada por estudos científicos. Um artigo publicado no The Journal of Nutrition mostrou que, para cada 236 ml adicionais consumidos por dia durante a infância e adolescência, a estatura média aumentava 0,39 cm.

Esse dado reforça o papel do leite e dos derivados no desenvolvimento físico de crianças e adolescentes, especialmente em fases de crescimento acelerado.

Tecnologia UHT e o papel na cultura alimentar brasileira
No setor industrial, o leite longa vida processado por UHT (ultra-high temperature) se consolidou como padrão. Após a coleta, o produto passa por testes de qualidade e resfriamento antes de ser submetido a um choque térmico que alterna 140°C de calor e 1°C de frio.

Esse método elimina 99,9% das bactérias, garantindo segurança alimentar e maior prazo de validade, sem necessidade de refrigeração imediata.

O processamento UHT foi determinante para expandir a logística do leite no Brasil, permitindo que a bebida chegue a regiões remotas e fortalecendo a presença do produto nas gôndolas durante todo o ano.

Intolerância à lactose e APLV: diferenças que importam para o consumidor
No campo da saúde, é essencial distinguir intolerância à lactose e APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).

A nutricionista Yumi Kuramoto explica que a intolerância à lactose ocorre quando há deficiência na produção de lactase, enzima responsável por digerir a lactose, o açúcar natural do leite.

Hoje, o mercado já oferece ampla variedade de produtos sem lactose, além de tratamentos específicos que permitem manter o consumo sem desconfortos.

Já a APLV exige cuidado redobrado: trata-se de uma reação imunológica à caseína e outras proteínas do leite, independentemente de conter ou não lactose.

Nessas situações, é necessário eliminar completamente o leite e seus derivados da dieta, pois mesmo versões sem lactose mantêm a presença da caseína.

O futuro do leite na cultura alimentar brasileira e na economia
O consumo de leite no Brasil está profundamente ligado à economia rural e à identidade nacional. Pequenos e grandes produtores alimentam um mercado que movimenta bilhões de reais por ano e gera empregos diretos e indiretos em toda a cadeia — da ordenha à prateleira.

O produto também é um aliado estratégico para a segurança alimentar, fornecendo cálcio, proteínas de alto valor biológico e micronutrientes essenciais.

A ciência e a indústria trabalham lado a lado para otimizar a produção, aumentar a qualidade e oferecer alternativas para diferentes perfis de consumidores, incluindo os com restrições alimentares.

O leite brasileiro carrega a tradição no sabor, a ciência no processamento e a força de um setor que, apesar dos desafios, continua a ocupar espaço central na mesa e na cultura alimentar do país.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Hoje

Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 07 de Agosto de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025.
 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.  

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto. O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download. Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável. Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou. Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS CLICANDO AQUI. (Sindilat/RS)