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O 2º Seminário "A Evolução da Modernização Trabalhista", realizado nesta terça-feira (16/7), no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, reuniu representantes de indústrias, entidades e sindicatos, dentre os quais o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). O objetivo foi discutir o futuro do mercado de trabalho brasileiro a partir da reforma trabalhista, aprovada em 2017, que alterou regras para flexibilizar o regime de trabalho e simplificar a relação entre empregador e trabalhador.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, é de suma importância que esses temas sejam debatidos, visto que precisamos reconstruir a atividade econômica do Brasil. "Um País só cresce à medida em que as empresas crescem", afirmou. O seminário contou com diversos painelistas que abordaram, também, a reforma da previdência, taxa de desemprego, terceirização, flexibilização de horários, trabalho em home office, dívida pública, concessões e privatizações, entre outros pontos.

Segundo a especialista em Direito do Trabalho Alessandra Lucchese, que comandou um bate papo sobre os novos modelos legais de realização do trabalho, para se ter uma empresa inovadora, é preciso ter pessoas inovadoras trabalhando. "Estamos em uma nova era de tecnologia e informação onde, a cada dia, serviços que nunca imaginamos são criados", reflete.

Foto: Stéphany Franco

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, acompanhou o senador Luis Carlos Heinze e o deputado estadual Ernani Polo, ambos do PP, em uma visita à sede do Laticínios São Domingos (Domilac), localizado no município de São Domingos do Sul.  O convite para conhecer as instalações da associada ao Sindilat, que processa diariamente 100 mil litros de leite e tem foco na produção de queijos, partiu dos diretores Rodrigo Polh e Charles Pansera.

No encontro, Palharini se mostrou preocupado com a situação dos laticinistas após o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia. Na oportunidade, o secretário-executivo do Sindilat também citou a falta de poder de compra da população para o consumo de lácteos devido ao momento econômico do País. Heinze disse entender os questionamentos e prometeu defender os interesses das indústrias do Rio Grande do Sul.

Segundo Pansera, o encontro na fábrica da Domilac foi de grande valia, uma vez que o resultado do acordo entre os blocos reflete diretamente nas indústrias de laticínios por conta da entrada de queijo no país. Durante a visita, Pansera reforçou o pedido de investimento na infraestrutura viária da cidade. O prefeito de São Domingos do Sul, Fernando Perin, presente no encontro, afirmou que irá trabalhar juntamente o senador Heinze e o deputado Polo para que seja possível uma parceria entre o município, o Estado e iniciativa privada.

Foto: Julio Cezar Medeiros

Com 22 mil metros quadrados e R$ 130 milhões investidos, a nova unidade fabril da Cooperativa Santa Clara, situada em Casca (RS), foi inaugurada na tarde dessa sexta-feira (12/7). Cerca de mil pessoas entre autoridades, associados da cooperativa e moradores do município compareceram ao evento. A unidade tem capacidade de processamento de 600 mil litros de leite por dia. A largada, na próxima segunda-feira (15), será com 300 mil litros/dia.

Sobre esse expressivo investimento, o governador do RS, Eduardo Leite, afirmou que os órgãos públicos se inspiram naqueles que empreendem em momentos delicados para a economia, a exemplo da Santa Clara. "Se vocês têm coragem de empreender nesses momentos tão difíceis, quem somos nós, homens públicos, para não enfrentar os poréns da máquina pública?", indagou. Leite ainda destacou a importância das parcerias público-privadas que, segundo ele, auxiliam o RS a avançar em diversos setores, como o de energia, de infraestrutura e do agronegócio. "O Estado deve ser menor não para ser ausente, mas para ter forças onde ele deve estar presente", afirmou.

Na opinião do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e diretor da Santa Clara, Alexandre Guerra, a instalação dessa unidade é um divisor de águas para o município de Casca não só pelos empregos gerados, "mas pela oportunidade de gerar diversos outros negócios". Guerra aproveitou o momento para expor sua preocupação com a competitividade do Rio Grande do Sul frente ao novo acordo entre União Europeia e Mercosul. "Queremos competir, sim, mas queremos as mesmas armas e as mesmas condições", afirmou sobre os tributos e impostos dos produtos gaúchos que não existem sobre os europeus.

Também destacando o acordo, o senador Luis Carlos Heinze afirmou que haverá discussões durante a Expointer desse ano acerca do assunto. "Os europeus subsidiam seus agricultores com 126 bilhões de dólares por ano, o Brasil só subsidia com sete. Nós não temos subsídio, não temos a carga tributária que eles têm", disse. Assim, o senador ressaltou que o assunto deve ser mais debatido na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Foto: Vitorya Paulo

Diversas entidades ligadas ao setor lácteo, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), participaram da reunião da Câmara Setorial do Leite, realizada nesta terça-feira (09/7), na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado, em Porto Alegre. O objetivo foi debater os impactos da implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que regulamentam a qualidade, conservação, acondicionamento e transporte do leite, em todo o País, desde 30 de maio.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o encontro visa a aproximar a cadeia produtiva e discutir estratégias para driblar as dificuldades encontradas no dia a dia da atividade leiteira. "Os produtores ainda enfrentam problemas para se adequar às normativas, mas eles entendem que as mudanças vieram para melhorar a qualidade do produto e fomentar a exportação", reflete.

A médica veterinária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Milene Cé, citou os motivos para a criação das INs 76 e 77 e as principais vantagens das novas regras. "Os produtores podem fazer o número amostras que acharem necessário", afirma Milene, lembrando que o RS possui quatro laboratórios credenciados para fazer a análise do leite cru.

O Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite foi pautado pelo médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Ele apresentou um panorama geral sobre o programa Mais Leite Saudável, iniciativa que já conta com mais de 30 mil produtores beneficiados no Rio Grande do Sul, e ressaltou a importância da assistência técnica e do manejo ambiental dentro das propriedades.

Ao final na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, fez considerações a respeito das reuniões itinerantes realizadas pelo interior do Estado. "Após nove encontros, percebemos que a maior preocupação dos produtores é em relação à falta de infraestrutura viária e à energia elétrica", pontuou Palharini.

Foto: Stephany Franco

Com foco na agricultura familiar, o  III Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai, realizado na última quinta-feira (04/7), reuniu estudantes e pequenos produtores de leite da região a fim de discutir assuntos que refletem diretamente na atividade. O encontro, promovido pela Emater/Rs-Ascar, ocorreu na sede da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE) e contou com a participação do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Entre os temas debatidos está a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, desde 30 de maio, regulamentam a qualidade, conservação, acondicionamento e transporte do leite. Foram abordados itens como o percentual da produção gaúcha que atende os novos parâmetros e perspectivas do mercado lácteo no Estado, no Brasil e no mundo. Os temas foram abordados pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que participa do ciclo de palestras itinerantes que acontece no interior do Rio Grande do Sul, desde maio, sobre as novas normativas do Mapa.

Na oportunidade, Palharini também citou os principais pontos em discussão sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, esclarecendo o que poderá significar risco ou oportunidade para o setor. "O meu objetivo era tranquilizar e sanar algumas  dúvidas, pois o acordo deverá permitir o livre comercio de produtos", disse, alertando que o acordo somente valerá após aprovação de todos os países integrantes dos blocos.

Durante o evento, as produtoras Franciele Gusatto, de Francisco Beltrão (PR) e Larissa Zambiasi, de Coqueiros do Sul (RS) contaram aos participantes os desafios do dia a dia da atividade leiteira com relação, principalmente, à sucessão rural, mostrando como é possível fazer essa transição e aumentar a produção. Atualmente, a propriedade de Franciele produz 10.000 litros/dia e a de Larissa, 1.250 litros/dia.

Segundo  o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso, o encontro foi um sucesso e teve a participação de cerca de 600 pessoas. "O seminário foi acima das expectativas. Vieram representantes de 40 municípios para prestigiar as palestras que tratavam de assuntos muito pertinentes à atividade leiteira dentro das propriedades", finalizou Fruscalso, já planejando o evento do próximo ano. 

O evento contou com a cobertura da imprensa local, confira aqui.

Foto: Terezinha Vilk/Emater/RS-Ascar  

A exportação de mercadorias brasileiras para a China, em especial os produtos frescos e de alto valor, ganhou novo impulso com a ampliação da frequência de voos de carga. O Consulado-Geral do Brasil em Cantão anunciou, nessa quarta-feira (03/7), que os serviços aéreos da Ethiopian Airlines, com voos de carga no trecho Chongqing-São Paulo operados por cargueiros 777, com escala técnica em Adis Abeba, serão semanais. A capacidade do transporte é de 100 toneladas, aproximadamente.

A informação foi repassada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além disso, o Consulado informou que a holding Sino-Lac está em vias de finalizar entendimentos para estabelecer frequência regular de serviços aéreos de carga para São Paulo, com escala em Luanda.

Foto: 4045/iStock

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) comunica, com profundo pesar, o falecimento de Amilton Strelow, 51 anos, ex-integrante de sua diretoria, e se solidariza com toda a comunidade de São Lourenço do Sul, cidade na qual Strelow deixa um legado em prol da agricultura familiar e do fortalecimento do cooperativismo.

Ainda em 1990, o jovem agricultor já se destacava na defesa da pequena propriedade e, pouco tempo depois, esteve à frente da inauguração da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar/Pomerano) na condição de sócio-fundador.

De lá para cá atuou como presidente e gerente geral da cooperativa, período em que se consolidou como gestor focado nas necessidades e demandas da agricultura familiar. Foi um exemplo de superação, dedicação e prova de que a agricultura familiar pode estar à frente de grandes empreendimentos e contribuir para o crescimento coletivo no campo.

 

Foto: Benildo Barbosa/Comunicação e Marketing Coopar

O setor lácteo indicou o nome de Ronei Volpi para assumir, a partir de agosto, a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (Mapa). O nome foi escolhido em reunião da própria câmara, em Brasília. Médico veterinário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira,  Volpi tem passagem pela superintendência do Senar PR, é produtor de leite e um dos fundadores do primeiro Conseleite do Brasil. A indicação passará, ainda, pelo aval da ministra da Agricultura Tereza Cristina. Se confirmado para o cargo, será o primeiro representante da região Sul a assumir o posto, substituindo o atual presidente Rodrigo Alvim.

Segundo Volpi, a indicação foi uma grande e grata surpresa. "Fui indicado devido ao meu trabalho e dedicação à atividade leiteira. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento dos colegas". Dois grandes desafios o esperam assim que  assumir o novo cargo: a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 e o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que permite o livre comercio de produtos entre os blocos. "Esse acordo tem ameaças e oportunidades que abrem portas para a comercialização de lácteos para o mundo", afirma. Volpi garante que irá trabalhar com afinco para que nenhum produtor seja impedido de realizar a atividade por não atingir os parâmetros exigidos pelo Mapa.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, a escolha de um representante da região Sul para a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados é muito importante para os produtores gaúchos, ainda mais porque, além de ser produtor de leite,  o indicado tem vasta experiência profissional.

Foto: Wenderson Araujo/CNA

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) estará presente no III Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai, que acontece na próxima quinta-feira (04/7), na Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), localizada na Rua Henrique P. Salomoni, 403 - Frinape. O evento, que tem foco na agricultura familiar, é gratuito e promovido pela Emater/Rs-Ascar, Regional de Erechim.  O objetivo do encontro é apresentar dados de mercado e sobre tecnologia para estudantes e produtores de leite da região.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, fará  um panorama sobre o mercado atual e futuro do leite no Estado após a vigência das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram o âmbito da produção, coleta e armazenagem do leite cru, em todo o País, desde 30 de maio. "Irei ressaltar a importância da atividade leiteira para o Rio Grande do Sul e mostrar, através de dados, que as INs visam à qualidade do produto para fomentar a exportação". Além disso, Palharini abordará os principais pontos do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que envolvem o setor lácteo, a fim de tranquilizar toda a cadeia produtiva.

De acordo com o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso, o evento busca sanar dúvidas, também, quanto à temperatura e contagem bacteriana do leite, seguindo as exigências do Mapa. "A qualidade do leite já era importante antes. Agora, com a chegada das INs 76 e 77, ela é fundamental para que os produtores não tenham a atividade suspensa", frisa.

Confira a programação completa:

8h - Recepção

8h50 - Início das atividades

9h - Palestra sobre o mercado futuro do leite, com o secretário-executivo do Sindilat Darlan Palharini

9h45 - Palestra sobre a automação da atividade leiteira, com o zootecnista da empresa DeLaval, Marcio Gato

10h30 - Intervalo

10h50 - Palestra sobre os fatores que influenciam a percepção e o sucesso do produtor de leite, com o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso

11h35 - Depoimento de produtor: Caso de sucessão na agropecuária, com Franciele Gusatto, agricultora do município de Francisco Beltrão/PR

11h50 - Pronunciamento das autoridades

12h30 - Almoço (CTG)

13h40 - Reinício das atividades

13h50 - Palestra sobre os autos rendimentos de leite nos sistemas pastoris, com o sócio-administrador da empresa Transpondo, Wagner Beskow

14h40 - Palestra sobre a sucessão e a atividade leiteira evoluindo em família, com o zootecnista e supervisor técnico comercial da empresa Tortuga | DSM, Frederico dos Santos Trindade

15h25 -  Depoimento de produtor: Caso de sucessão na agropecuária, com Larissa de Souza Zambiasi, agricultora do município de Coqueiros do Sul/RS

15h40 - Encerramento

 

SERVIÇO

3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai

Data: 04 de julho de 2019

Local: Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), localizada na Rua Henrique P Salomoni, 403 - Frinape.

Horário: 8h

Promoção: Emater/RS-Ascar

Os novos cenários se que desenham para a cadeia produtiva do leite a partir da vigência das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram foco da audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A audiência reuniu integrantes do setor e contou com a presença do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Segundo ele, a adequação às novas regras que trazem alterações na produção, coleta e armazenagem do leite cru, é fator que gera grande preocupação à cadeia leiteira gaúcha e nacional. O dirigente relatou a série de encontros realizados nos meses de maio e junho, em diversos municípios gaúchos, que reuniram grande número de produtores no propósito de esclarecer dúvidas e pontos polêmicos da nova legislação. Os encontros foram realizados pela Superintendência do Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Sindilat e diversas outras entidades do setor lácteo. “O Sindilat - junto com outras entidades - já havia elaborado uma carta aos produtores contemplando informações sobre as principais mudanças implantadas pelas normativas”, afirmou ele.

O representante da indústria gaúcha pontuou que, entre as exigências que mais têm gerado apreensão no setor, estão as que obrigam o leite cru a atingir a temperatura de 4°C três horas após a ordenha (antes da saída da propriedade), e a chegar na plataforma com temperatura máxima de até 7°C, ou 9° graus em casos excepcionais. “Enquanto estivermos em clima frio, mais ameno, não haverá maiores dificuldades em atender ao padrão. A situação deve ser dificultada no verão, quando as temperaturas ultrapassam 40°C em muitas regiões”, alertou Palharini. O dirigente destacou a carência de equipamentos mais modernos para refrigeração do leite em muitas propriedades, a falta de acesso dos produtores a linhas de crédito para a aquisição desses equipamentos e os gargalos de infraestrutura (energia e estradas) como pontos que dificultam o cumprimento dos padrões exigidos pelo Mapa.

Em relação à exigência máxima de 300 mil ufc/ml na contagem bacteriana total do leite cru ao sair da propriedade, Palharini afirmou que se trata de um grande desafio, já que, atualmente, 63% dos 65 mil produtores de leite do Rio Grande do Sul não atingem este padrão. “Maior ainda é o gargalo do leite na plataforma, que não deve ultrapassar os 900 mil ufc/ml. Hoje, apenas 5% do leite que chega na indústria é entregue dentro deste padrão ”, salienta.

Darlan Palharini encerrou sua participação levantando a necessidade de se buscar alternativas para tornar a atividade mais competitiva, passando pela maior geração de renda e, consequentemente, pela qualificação da produção. Uma das alternativas citadas foi a abertura do PEP para derivados de lácteos, modalidade que atualmente só está disponível para o leite cru. “Esta medida não oneraria os cofres públicos e dependeria apenas de ajustes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). “Esse é um instrumento importante para dar fôlego às indústrias, para escoar a produção e para manter a estabilidade de preço ao produtor, a exemplo do que foi feito com o setor do vinho”, afirmou.

Presente na audiência, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, mostrou preocupação quanto à manutenção dos produtores na atividade e à possível exclusão dos mesmos pela não adequação às normas, o que iria representar um impacto social e econômico muito grande ao país. “Precisamos manter quem produz no campo e com uma remuneração justa. É hora de a cadeia do leite deixar de ser o patinho feio do agronegócio e alçar o protagonismo do setor pela sua representação social e econômica”, salientou. Ele informou também que, somente em 2018, o êxodo atingiu 20 mil produtores no Rio Grande do Sul. O diretor do Departamento de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Pública do Mapa, Luis Eduardo Rangel, afirmou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está atenta à realidade dos produtores de leite do Brasil e que a pasta vem monitorando a cadeia produtiva.

Foto: Reila Maria_Câmara dos Deputados