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Porto Alegre, 19 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.354

 

Estado quer dobrar adesões ao Susaf e Sisbi-Poa em 2016

O Rio Grande do Sul quer dobrar o número de municípios registrados no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf) e a quantidade de empresas aderidas ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sibi-Poa) até o fim do ano. No Susaf, são 17 cidades registradas até o momento, mas a intenção mais otimista é saltar para 35. Enquanto isso, os estabelecimentos com registro no Sisbi-Poa devem saltar de 16 para 30, segundo a Secretaria Estadual da Agricultura Pecuária e Irrigação (Seapi). Como possui o Sisbi-POA, o Rio Grande do Sul está apto a indicar empresas cadastradas no seu sistema estadual para obter a licença federal, o que tem facilitado novos registros, segundo o fiscal da Superintendência Federal da Agricultura, Márcio Tondero. Recentemente, por exemplo, a cooperativa Santa Clara foi indicada e sua documentação está prestes a ser enviada para o Ministério da Agricultura (Mapa), concluindo o licenciamento. "Se atende às exigências de boas práticas e está vinculado ao sistema estadual, pode ser feita indicação direta. 

A auditoria do Mapa atesta a equivalência", detalha Tondero. Os outros estados com reconhecimento federal são Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia e o Distrito Federal. Mais 12, como São Paulo e Mato Grosso, estão em processo de adesão junto ao Ministério da Agricultura. Além disso, três consórcios de cidades conquistaram o reconhecimento: o Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema (Codevale), no Mato Grosso do Sul; Consórcio Intermunicipal do Oeste de Santa Catarina (Cidema); e o Consad, reunindo prefeituras dos três estados da região Sul. Em nível municipal, são nove gaúchos registrados até o momento: Glorinha, Alegrete, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Erechim, Santa Cruz do Sul, Marau, Miraguaí e São Pedro do Butiá. Em outros Estados, Chapecó (SC), Cascavel (PR), Ibiúna (SP), Itu (SP) e Uberlândia (MG) têm o mesmo status. 

De acordo com o chefe substituto da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Seapi, Vilar Ricardo Gewehr, as adesões de cidades ao Sisbi-Poa caminham em um ritmo mais lento do que para as empresas, pois a maior parte dos municípios tem optado pelo Susaf. "Se o município pedir Susaf, é permitido comprar matéria-prima de qualquer abatedouro com inspeção estadual, que são a maioria. Se pedir Sisbi, tem que comprar de alguém com Sistema de Inspeção Federal (SIF). Como no Estado são muitas fábricas de embutidos que precisam comprar de frigoríficos estaduais, o Susaf acaba sendo mais favorá- vel", explica Gewehr. A expansão da abrangência do Susaf é uma demanda constante de entidades ligadas à agricultura familiar por abrir mercados às agroindústrias, que, na maioria das vezes, podem vender apenas nos limites da cidade. (Jornal do Comércio) 

 
 
Santa Clara investirá em nova planta frigorífica após obter o reconhecimento
Uma das indicações da Secretaria da Agricultura foi a Santa Clara, que está em processo final para obter o Sisbi-Poa para sua unidade de frigoríficos, uma vez que os lacticínios já chegam a outros estados. Conforme o diretor administrativo e financeiro, Alexandre Guerra, apesar de a cooperativa ter todos os planos de qualidade permitindo a adesão, foram praticamente dois anos de trabalho aparando arestas pelo reconhecimento. Com isso, entra nos planos a construção de uma nova planta em uma área adquirida na cidade de Tapera. "Essa questão estava nos planejamentos estratégico e de qualidade da Santa Clara há algum tempo. Foi uma oportunidade que aproveitamos, pois nos permite vender produtos industrializados de maior valor agregado para outros destinos", explica Guerra. 

A habilitação foi possível com algumas alterações nos planos de controle de qualidade do processo produtivo. "Estamos encaminhando as mudanças necessárias nas embalagens e, em seguida, basta seguir fazendo aquilo que já fazíamos", completa. O objetivo é levar mais de 130 produtos para todas as regiões do Brasil, começando, gradativamente, por Santa Catarina e Paraná. De acordo com Guerra, a expansão ajuda a consolidar a marca e se valerá da estrutura de representação comercial existente de itens lácteos, facilitando a logística. Outros estados entram na mira da Santa Clara após o aumento da capacidade de produção com a entrada em operação do novo frigorífico. Os primeiros embarques devem começar em 60 dias, assim que for finalizado o processo de registro de embalagens e rótulos. (Jornal do Comécio)

QUEIJOS DO SUL: UM MUNDO DE SABORES E DE CULTURAS SENDO DESVENDADO

Antes tarde do que nunca, os queijos típicos nacionais parecem ter encontrado seu espaço na última década. Em plena ascensão, o mercado gastronômico brasileiro pode ser apontado como importante fio condutor neste processo. As tendências de valoriza- ção dos alimentos regionais e artesanais pela "alta gastronomia" têm aberto portas para os queijos brasileiros. Um exemplo, foi o segundo lugar conquistado pelo queijo Canastra em um dos principais concursos de queijos do mundo, o Mondial du Fromage de Tours de 2015, na França, em uma categoria em que concorreram mais de 600 tipos de queijos. E no Rio Grande do Sul? Aqui temos um universo incrível a ser trabalhado. O queijo Serrano que já está em processo de indicação geográfica tem sido uma experiência muito positiva para a região Sul, tanto para a qualificação da sua produção, quanto para o desenvolvimento regional. Também no sul do país, temos o popular e tradicional queijo Colonial, mas que cada vez mais padece d e descaracterização e com isso tem perdido sua identidade histórica. Para reverter essa situação, a Seapi em parceria com outras entidades e instituições está há um ano trabalhando para caracterizar o queijo Colonial e regulamentar sua produção. Ou melhor, dos queijos coloniais, já que provavelmente a identificação de características regionais e sensoriais específicas será evidenciada na radiografia que está sendo realizada em todo Estado. 

A França possui mais de 1.000 variedades de queijo, então não é descabido dizer que podemos ao menos tentar identificar aspectos socioculturais e terroirs locais de ao menos meia dúzia de queijos no Estado em médio prazo. Neste contexto é importante elucidar que muito além de apenas estabelecer critérios para a produção de um derivado lácteo local, a valorização dos queijos regionais é um importante indutor para a economia e turismo local, além de alternativa de renda e de permanência na propriedade rural, principalmente em regiões distantes de polos industriais. 

Lembrando sempre que sanidade e higiene são indissociáveis para produção de alimentos seguros, e nas queijarias isso não pode ser diferente. Todo potencial dos queijos gaúchos, sejam aqueles produzidos em escala industrial ou artesanal, está sendo trabalhado para alçar voos maiores e conquistar novos territórios e paladares. Eu diria que o Rio Grande do Sul está com "a faca e o queijo na mão", o Estado possui diferentes tradições e biomas, bem como técnicas e sistemas produtivos peculiares, além de leite de boa qualidade. Todos os ingredientes para elaborar uma diversidade de queijos regionais, podendo traduzir em sabores a identidade de um povo e de uma região. Porém para que isso se torne realidade, é fundamental a participação conjunta de toda cadeia leiteira e da sociedade gaúcha em prol deste patrimônio alimentar do sul do país.(Correio do Povo)

Acordos com Vietnã e Coreia do Sul beneficiam exportações agropecuárias

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fechou na semana passada acordos para a exportação de produtos agropecuários para o Vietnã e para a Coreia do Sul. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que classificou os acordos como "um golaço para economia brasileira". Ainda não há informações, no entanto, sobre quanto isso pode render anualmente para a economia brasileira. Com o Vietnã, foi estabelecido que o Brasil exportará suínos, aves e produtos lácteos. Para a Coreia, serão exportados suínos e aves.

Segundo Padilha, os acordos mostram "a inserção brasileira de forma diferenciada" em "mercados importantíssimos". Ele fez questão de ressaltar o papel do governo no êxito das negociações, afirmando que as tratativas ganharam força após a visita do presidente Michel Temer à China. Também classificou Blairo Maggi de "farejador de negócios". As declarações foram dadas após reunião com Temer, no escritório particular que o presidente mantém em São Paulo. (Valor Econômico)

 

Capacitação na produção de leite
Lançado há um mês, o programa de capacitação para produtores rurais Agroeduc já conquistou clientes. Emater-RS, Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), com associadas nos 26 Estados e no Distrito Federal, e a Central Sicredi Sul, com atuação no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estão na carteira do Instituto de Educação no Agronegócio (I-Uma). O Agroeduc é um programa de educação a distância destinado a jovens da cadeia do leite. O projeto é dividido em etapas teórica e prática (agribusiness game) e pode ser customizado para levar gestão e sustentabilidade a outros setores do agronegócio. A duração é de dois meses, com carga horária de 48 horas, sendo 18 horas de capacitação científica e 30 horas de prática. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 16 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.353

 

Balança comercial de lácteos: déficit chega a quase 1 bilhão de litros em 2016

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 19 mil toneladas em julho, redução de 3,2% sobre o déficit apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$46 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 

As exportações apresentaram alta de aproximadamente 60% em volume e de 7% em valor. Em agosto, foram exportadas 6,3 mil toneladas de produtos lácteos, contra 4 mil toneladas em julho. Na comparação com agosto de 2015, houve uma queda de 22% das exportações.    

As importações apresentaram elevação de 7,2% no seu volume em relação a junho. Houve importação de 12,2 mil toneladas de leite em pó integral em agosto (-9,6% em relação a julho); 4,4 mil toneladas de leite em pó desnatado (+91% x julho); 3,5 mil toneladas de soro de leite (+23,1% x julho) e 2,5 mil toneladas de queijo muçarela (+20,4% x julho). 

As importações de leite em pó tiveram origem no Uruguai, que enviou para o Brasil 10,9 mil toneladas no mês de agosto e a Argentina, que enviou 4,7 mil toneladas de leite em pó para o Brasil e cerca de mil toneladas tiveram origem nos Estados Unidos. (MilkPoint)

 
 
Perspectivas do mercado lácteo - Europa

 

Do final de agosto ao princípio de setembro a captação de leite pelas indústrias da Alemanha foram menores que o esperado. A queda extra foi atribuída ao calor do final do verão. Na França a recepção ficou dentro das expectativas. Na semana passada foram divulgados os últimos detalhes sobre o incentivo à redução da produção de leite, bem como ampliando o período de compras dos estoques de intervenção do leite em pó desnatado e prorrogando o prazo de armazenagem privada. O total de recursos para o programa de redução da produção foi de 150 milhões de Euros. Os produtores que quiserem receber os recursos de outubro a dezembro de 2016, deverão fazer a solicitação até o meio dia, horário de Bruxelas, do dia 21 de setembro de 2016. O objetivo é reduzir em 1,1 milhões de toneladas a produção de leite. A ajuda foi fixada em 14 euros por cada 100 kg de leite não produzido em comparação com a produção passada. 

O volume de redução mínimo que permitirá receber a ajuda é de 1.500 kg. E, o volume máximo será de 50% do volume do período de referência escolhido. (Por exemplo, 50% do leite produzido pelo agricultor entre outubro e dezembro de 2015). Já para participar do recurso excepcional de 350 milhões de euros que visa apoiar os produtores de leite e carne, o Estado Membro deverá submeter à Comissão Europeia, até o dia 30 de novembro, os projetos para utilização do financiamento. Os países que tiverem seus projetos aprovados poderão receber até 100% do financiamento. O regulamento para as ajudas prorrogou também as compras para os estoques de intervenção de 30 de setembro, para 31 de dezembro de 2016. Em 2017, as compras irão iniciar em 1º de janeiro, encerrando em 30 de setembro. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva) 

 

Perspectivas do mercado lácteo - Oceania

Os preços de feno na Austrália ficaram elevados, com os baixos estoques e a demanda inconsistente. A precipitação recente tem sido dentro da média, mas as fortes chuvas dos últimos meses ajudaram a recompor os níveis dos reservatórios, reduzindo os gastos com água dos produtores que fazem irrigação.

 

O preço das vacas de descartes continua forte, bem como o preço do leite, que está atrelado à redução do tamanho dos rebanhos como forma de reduzir custos. As previsões para um futuro próximo são de uma primavera quente e úmida, na maior parte da Austrália. O esforço de muitos agricultores para mudar de processadores que estão pagando com atraso, tem sido infrutífero. A verdade é que a maioria das principais indústrias de laticínios da Austrália estão trabalhando no limite da capacidade instalada, não havendo espaço para um volume adicional de leite. O pacote de centenas de milhares de dólares anunciados pelo governo para emprestar, ainda não chegou aos produtores de leite. Os recursos são distribuídos aos governos estaduais, que nem sempre apresentam com eficiência e rapidez na liberação. Muitos produtores de leite de Victoria, Austrália do Sul e Tasmânia aguardam a ajuda do pacote. O GlobalDairyTrade (GDT) nº 171 na Nova Zelândia, teve preços médios variando de 2,0% a 15,4%, entre as categorias e períodos, em relação ao evento anterior. Isto significa elevação significativa dos preços nos últimos GDT, muito mais rápida e significativa do que o previsto por analistas do mercado. A magnitude dos recentes aumentos de preços eleva, significativamente o número de fabricantes aguardando moderação no curto prazo, na medida em que os mercados fizerem o balanço da situação atual dos lácteos na Nova Zelândia, e, no mundo. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Grupos lácteos no mundo inteiro contra nova política protecionista no Canadá

Organizações do setor lácteo dos Estados Unidos, Austrália, União Europeia, México e Nova Zelândia emitiram uma carta conjunta aos seus respectivos governos do comércio e da agricultura, expressando indignação sobre as ações recentes do Canadá para intensificar suas restrições proibitivas sobre o comércio de laticínios. Os grupos dizem que as políticas, cada vez mais protecionistas, do Canadá violam "as obrigações do comércio internacional, resistem a perspectiva de desvio do comércio com os impactos da depreciação dos preços globais e entram em conflito com os princípios do livre mercado, comércio justo e transparente." Os grupos norte-americanos, incluindo a Federação Nacional de Produtores de Leite, o Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos e a Associação Internacional de Laticínios, opõem-se ao "Agreement in Principle", acordo fechado recentemente entre produtores e processadores de lácteos do Canadá. O acordo, que está passando por finalização e avaliação no Canadá, forneceria incentivo para substituir ingredientes lácteos importados por ingredientes lácteos canadenses e iria, injustamente, subsidiar as exportações de produtos lácteos canadenses. 

Se for ratificado, o acordo entraria em vigor 01 de novembro de 2016. Além das três organizações norte-americanas subscreveram a carta: o Conselho de Indústria Láctea Australiana, a Associação Europeia de Laticínios, a Associação Europeia de Produtos de Soro de leite, a Associação Europeia de Comércio Lácteo, a Câmara Nacional Mexicana de Leite Industrial e a Associação de Empresas de lácteos da Nova Zelândia. Cada uma das organizações lácteas pediu ao governo de seus respectivos países, para contestarem o acordo junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Na carta enviada em conjunto aoo representante de Comércio dos EUA, Michael Froman e outras autoridades de comércio do governo, as organizações lácteas afirmaram que o "Agreement in Principle" violaria as obrigações comerciais do Canadá no âmbito da OMC e no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). Disseram também que prejudicaria a intenção dos acordos pendentes Trans-Pacific Partnership (TPP) e Acordo da União Europeia -Canada Comprehensive Economic and Trade Agreement (CETA).

"O desrespeito contínuo do Canadá pelas disposições em seus pactos com seus parceiros comerciais é inaceitável", disse Connie Tipton, presidente e CEO da Associação Internacional de Laticínios. "Essas políticas protecionistas estão em conflito direto com os princípios do livre mercado e comércio justo,em que acordos de comércio, como TPP, visam promover." "A situação no comércio de lácteos com o Canadá tem ido de mal a pior este ano e agora o Canadá está planejando estratégias mais sérias sobre esse terrível histórico", disse Jim Mulhern, presidente e CEO da Federação Nacional de Produtores de Leite. "Basta, o Canadá precisa parar de fugir de seus compromissos e sustentar-se até o fim dos acordos já negociados." "Durante anos os exportadores dos EUA têm suportado o peso de uma procissão contínua de novas ferramentas na política canadense, destinadas a reduzir importações de produtos lácteos", disse Tom Suber, presidente da o Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos. "O TPP incluiu novos recursos para mover-se em direção a um comércio mais aberto, expandindo o acesso ao mercado em comparação com o status quo; mas o Canadá tem feito o seu melhor para minar o acesso de longa data existente antes que este acordo seja fechado."(Usdec - Tradução Livre: Terra Viva)

Marca própria 

Fabricantes de bens de consumo de pequeno e médio porte estão remando na contramão da crise econômica. Diante da demanda por itens de marca própria, em geral mais baratos, essas empresas têm elevado vendas produzindo para grandes varejistas. "Esse tipo de produto ganha força em momentos de instabilidade econômica, conforme visto em países que passaram por crises e incorporaram as marcas próprias com o objetivo de desenvolver o consumo. Aqui deve ocorrer algo semelhante", diz o analista Kantar Worldpanel, Tiago Oliveira. Ele avalia que a oportunidade de ganhos pode ser ainda maior se considerar que apenas 1% das vendas no mercado brasileiro corresponde a produtos de marca própria. Na Europa, essa participação supera 30%.

Os supermercados da Espanha, por exemplo, vendem de alimentos e bebidas a produtos de higiene e beleza. Segundo Oliveira, as marcas próprias hoje representam 38% das vendas naquele país, um amadurecimento obtido depois de uma crise econômica. A presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), Neide Montesano, vê muitas oportunidades para o segmento em função do momento econômico brasileiro, uma vez que o consumidor está mais disposto a testar novas marcas visando reduzir despesas. "Historicamente no mundo, em momento de crise, a marca própria se beneficia. Estamos muito otimistas", afirma ela.

De olho nesse movimento, a fabricante paulista de laticínios Salute apostou nos acordos com grandes redes de supermercados para alcançar um maior número de consumidores, conta o diretor da empresa, Marcelo Duarte. Hoje, a empresa produz iogurtes das marcas Carrefour, Dia% e Walmart. "Na crise, o que determina o consumo é preço, então o varejo tem buscado cada vez mais diversificar as opções de marcas próprias disponíveis. Temos demanda desde os itens mais simples até os mais elaborados, como iogurte grego", revelou o executivo em entrevista ao DCI. Segundo ele, a fabricação de itens de marca própria representou 60% do faturamento da empresa no último ano. O segmento de atuação da Salute é um dos mais promissores, na avaliação do analista da Kantar. Oliveira explica que se trata de um segmento muito concentrado ainda em marcas já tradicionais, o que pode surgir como uma chance competitiva para os produtos de marca própria, em geral, mais baratos. "Nesse aspecto, o mercado ainda pode evoluir mais", espera.

O executivo da Salute observa que essa também pode ser uma possibilidade de as empresas menores competirem com as gigantes sem grandes aportes. "Colocar um produto no mercado exige força de venda, o que nem sempre ocorre no lançamento de uma marca devido aos custos. Mas com as chamadas marcas próprias [para terceiros] garantimos maior pulverização, espaço na gôndola e volumes nas entregas", reforça o gerente comercial da Casa Maní, Marcelo Costa. A empresa de alimentos produz fécula de mandioca ou tapioca e barrinha de cereal. Atualmente, 55% do faturamento da empresa vêm dos produtos de marca própria. "Nossa meta é chegar a 60% até o fim do ano e, depois, avaliar se aumentaremos essa porcentagem". 

Sem revelar valores exatos, Costa afirma que a demanda subiu. "Nesse aspecto, a crise impulsionou nossos negócios e deve continuar assim, mesmo com a recuperação econômica".
Tiago Oliveira vê outras oportunidades no estágio "ainda embrionário" em termos de importância das marcas próprias no Brasil. "É um mercado com muito espaço para expansão. Para a indústria, significa uma excelente oportunidade de ganhar escala na produção e diluir o custo fixo da fabricação de seus produtos". Na visão do gerente da Casa Maní há muitas vantagens financeiras em produzir marcas próprias para terceiros. "Valeria a pena continuar avançando nesse mercado por tratar-se de uma operação mais simples e com garantia de receitas".

Planejamento
Apesar da forte demanda, a presidente da Abmapro, Neide Montesano, aponta que as indústrias deverão se preparar para manter o nível de atividade no pós-crise com investimentos em mix de produtos e inovação. "É necessário ter diversidade. Ir além do básico. Neste mercado, é preciso pensar que caso uma indústria não faça determinado produto de marca própria, a concorrente fará e ocupará aquele espaço." De acordo com o analista da Kantar, as empresas que se destacam nesse segmento têm investido "em inovação, extensão de linhas e, principalmente, relação custo-benefício".

No entanto, ele pondera que não basta entregar qualidade com custo-benefício e contar com apoio do varejo se a fabricante não consegue entregar em grande quantidade. "A ruptura é sempre um dos maiores entraves para a demanda e compromete a fidelização desses produtos", acrescenta. A diretora da LençoBrás, Alejandra Orenstein, conta que foi observando esses fatores e pesquisando tendências de consumo no mercado internacional que a empresa expandiu sua produção de e lenços umedecidos para o segmento de marcas próprias. "Aproveitamos esse momento para fidelizar nossa marca no mercado. A proposta é aliar inovação, qualidade e pontualidade no ponto de venda". Para ela com investimentos em inovação é possível concorrer em igualdade com as marcas líderes de mercado. "Quando ocorre a percepção da qualidade, vemos que as marcas próprias são capazes de competir em igualdade. É isso que impulsiona nossos negócios na categoria", afirma Alejandra. Costa, gerente da Casa Maní, comenta ainda que o varejista sempre vai procurar um fornecedor que já tem uma linha de produção pronta para atender as demandas dos consumidores, sobretudo em momentos em que grandes investimentos podem estar em um segundo plano. "É mais uma oportunidade de ter presença na gôndola", finaliza ele. (DCI)

 

General Mills tem planos para revigorar a categoria de iogurtes em 2017
A General Mills propôs uma estratégia global - baseada nos sucessos anteriores em suas outras categorias de produtos - para revigorar a categoria de iogurtes, que tem um valor estimado de US$ 8 bilhões somente nos Estados Unidos.Falando durante a Global Consumer Staples Conference, da Barclays, o presidente e diretor operacional da General Mills, Jeff Harmening, disse que a divisão de iogurtes da companhia nos Estados Unidos continua direcionando mais da metade do declínio de suas vendas varejistas nos Estados Unidos. A General Mills antecipa que o declínio nas vendas de iogurtes nos Estados Unidos continuará no próximo ano, mas o nível reduzirá até o final do ano fiscal de 2017. Para combater o declínio esperado nas vendas de iogurtes no mercado americano, Harmening disse que a companhia aplicará os mesmos princípios que usou para seus produtos de cereais aos seus produtos como iogurtes gregos e Yoplait - que direcionaram o declínio nas vendas de iogurtes no varejo americano. Do total das vendas líquidas da General Mills de US$ 17,6 bilhões no ano passado, os iogurtes foram responsáveis por 16%, com US$ 2,8 bilhões. "Precisamos melhorar nossos portfólio nos Estados Unidos melhorando nossos produtos gregos, reduzindo nossa dependência do light e estabelecendo bases nos segmentos de rápido crescimento de orgânicos e bebidas". A General Mills disse que renovará todo seu portfólio de iogurte para crianças com mudança nas embalagens e reformação de suas receitas. Nos próximos meses, a companhia também lançará uma linha reformulada dos produtos Greek 100 com quase 40% mais proteína, enquanto ainda manterá a contagem de 100 calorias e nove gramas de açúcar. Os iogurtes originais Yoplait passarão por uma mudança nas embalagens na segunda metade do próximo ano fiscal. (Dairy Reporter)
 

Ao encerrar sua participação na comitiva governamental à Ásia, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a prospecção de mercados feita pelo sindicato no Oriente será apresentada aos estados que compõem a Aliança Láctea (RS, SC e PR) para que, em bloco, a Região Sul tenha mais força nas negociações de novos mercados para os produtos brasileiros. O assunto deve ser tratado no próximo encontro e ainda deve passar por debate interno na próxima reunião de associados do Sindilat no dia 26 de setembro em Porto Alegre (RS). "O setor lácteo gaúcho era a única representação do segmento na comitiva e estamos atentos às oportunidades para nossas empresas. Mas atender a um mercado tão superlativo quanto os que visitamos requer uma ação conjunta a ser planejada", pontuou. A ideia, ampliou Palharini, é criar uma agenda mais focada no setor lácteo no Oriente e promover, no futuro, uma comitiva com representantes de toda a Região Sul para adiantar as tratativas. Um parceiro o setor lácteo já tem. Após o contato nesta missão, a Embaixada brasileira de Bangkok, na Tailândia, ficou de intermediar o contato entre o Sindilat e o setor varejistas local. 
 
A missão do Sindilat à Ásia passou pela Coreia do Sul, Hong Kong, China e encerrou-se pela Tailândia. Segundo Palharini, que esteve com empresários e visitou redes varejistas para conhecer mais sobre os hábitos de consumo dos orientais, Bangkok foi uma grata surpresa e sinaliza para um promissor potencial comprador. Isso porque a região recebe 26 milhões de turistas todos os anos, o que amplia o mix de produtos lácteos em oferta tanto na rede hoteleira quanto nos supermercados. Para se ter um ideia, o Brasil recebe cerca de 6 milhões de turistas por ano. "Essa capital tem um potencial enorme que se mostra para o Brasil, pois tem uma ampla variedade de produtos lácteos à venda, queijos e leites enriquecidos e orgânicos. Mas não se vê produtos da América do Sul por aqui. O potencial turístico torna a região um mercado interessante a ser desbravado”. Uma das dificuldades a ser superada, cita o executivo, é a questão da língua tendo em vista a grande dificuldade que a própria Embaixada brasileira tem que conseguir interpretes do Tailandês.

Porto Alegre, 15 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.352

 

   Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de setembro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de agosto de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de setembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 
 
 
 
IBGE: 1º semestre tem queda de 6,4% na captação de leite
 
Foram divulgados nesta quinta-feira (15/09), pelo IBGE, os dados de captação brasileira de leite para o segundo trimestre deste ano, referente aos meses de abril, maio e junho.  Para estes três meses, o volume de leite captado foi de 5,17 bilhões de litros, número 8,4% inferior quando comparado a este mesmo trimestre do ano de 2015. 

 

No acumulado do 1º semestre, a captação de leite apresentou queda de 6,4% em relação ao mesmo período de 2015, com um total de 11 bilhões de litros de leite captados, uma queda de cerca de 750 milhões de litros em relação ao ano passado. 

Ao analisar o desempenho de captação das regiões brasileiras, em uma comparação a este mesmo trimestre do ano passado, apenas a região Norte apresentou alta, de 1,8%. Já as demais regiões apresentaram quedas significativas: Nordeste (-10,7%), Centro-oeste (-14,6%), Sul (-7,5%) e Sudeste (-7,9%). 

Gráfico 2 - Variação da captação de leite por região (2º Tri 2016 x 2º Tri 2015). 
 
Como observa-se no gráfico 3, todos os maiores estados em captação de leite tiveram quedas no volume captado. Em relação a este mesmo trimestre de 2015, as quedas foram de -8,3% em Minas Gerais, -6,6% em São Paulo, -4,6% no Paraná, -2,5% em Santa Catarina, -13% no Rio Grande do Sul e -16,2% em Goiás. (As informações são do IBGE; elaboração Equipe MilkPoint)

Gráfico 3 - Variação da captação de leite nos principais estados (2º Tri 2016 x 2º Tri 2015).

 

Cinco coisas para se observar no mercado de lácteos da América Latina no resto de 2016

Não há dúvidas de que a primeira metade de 2016 foi difícil para os produtores de leite de todo o mudo e na América do Sul não foi exceção. Entre complicações climáticas, baixos preços do leite e obstáculos econômicos, esse ano tem sido um daqueles que os membros da indústria de lácteos regionais gostariam de esquecer.

Entretanto, após meses muito desafiadores, parece que o equilíbrio está levemente sendo restaurado. No geral, os volumes de leite vêm se contraindo, indicando alguma resolução no problema do excesso de oferta. Em resposta, os preços do leite têm aumentado de leve na maioria dos países, fornecendo um alívio para muitos da cadeia láctea. 

Todos querem saber exatamente quando a recuperação ocorrerá. A maioria prevê que a indústria global melhorará até o final desse ano e em 2017 e essas expectativas estão sendo aplicadas à América do Sul, em particular. Entretanto, é difícil prever precisamente quando as escalas aumentarão. Para ajudar a fornecer dicas a essa questão do momento, a seguir estão cinco itens acompanhados de perto.
 

Diferença de preços do leite ao produtor e ao consumidor na Argentina
A Argentina elegeu um novo presidente no final de 2015, terminando 12 anos consecutivos de um governo populista no país. Desde sua instalação, o novo presidente, Maurício Macri, tem implementado agressivamente uma ampla gama de reformas políticas e econômicas. Como resultado, o país caminha de forma meio desajeitada rumo aos que os especialistas em economia da FocusEconomics chamam de "um doloroso, mas necessário ajuste econômico".

Embora a inflação já estivesse desenfreada na Argentina, a remoção de certos subsídios e proteções de preços levou a um rápido aumento nos preços de bens aos consumidores e insumos de produção. Nas lojas de alimentos, o leite agora custa 20 pesos argentinos (cerca de US$ 1,33) por litro, um aumento de mais de 15% comparado com janeiro. Entretanto, os produtores estão longe de aproveitar esse aumento nos preços ao consumidor - já que o preço do leite ao produtor atualmente está em 4 pesos argentinos (cerca de US$ 0,27) por litro.

Apesar da tentativa de concluir que essa ampla diferença é causada pela indústria e varejistas que ficam com a maior parte do valor, os dados mostram que a porcentagem do valor absorvido em cada estágio da cadeia de valor ficou relativamente constante. De fato, os processadores em particular estão sofrendo, com muitas importantes companhias de lácteos tomando medidas, como a venda de certas unidades de negócios - em uma tentativa de conter suas perdas. No entanto, essa diferença é uma questão política que está sendo observada de perto pela indústria. Se essa diferença crescer, podemos espera que a indústria reaja dramaticamente, talvez indo tão longe a ponto de empregar táticas como protestos que bloquearão o acesso às fábricas e lojas. Esse tipo de problema pode se mostrar profundamente prejudicial à indústria, que está lutando para encontrar sua base.

Abates de vacas leiteiras no Uruguai
Uma das questões mais frequentemente discutidas é se a queda que estamos vendo na produção de leite na América do Sul é devido a fatores estruturais, como redução no rebanho leiteiro, ou fatores não estruturais, como decisões de gestão. Na maioria dos casos, a determinação é baseada na coleta de evidências anedóticas, reunidas a partir de observações e participantes da indústria. Entretanto, no Uruguai, o governo publica informações sobre abates de vacas leiteiras, fornecendo importantes informações sobre a mudança de terras da produção leiteira nesse pequeno, mas importante país.

Até agora nesse ano, as estatísticas mostram que os abates de vacas leiteiras vêm aumentando dramaticamente. Até julho, 67.000 vacas foram abatidas, um aumento de 76,6% com relação ao mesmo período de 2015. A partir dessa informação, podemos concluir que os produtores estão verdadeiramente reduzindo o tamanho de seus rebanhos, conhecimento que é ecoado pela informação que estamos ouvindo das pessoas no campo.

Entretanto, um importante componente dos dados de abate é o período. Embora até agora nesse ano os números certamente mostrem um aumento significativo no ano passado, será crítico continuar rastreando essa estatística para determinar se os altos números vistos até agora nesse ano são realmente aumentos marginais ou simplesmente uma aceleração da atividade normal. No caso da primeira opção, a expectativa é de que os volumes de leite sejam menores no próximo ano até que os estoques se regenerem de acordo com os sinais do mercado.

Colheita de milho no Brasil
Tem havido muita conversa nesse ano sobre a colheita de milho no Brasil, em particular nos setores de lácteos e pecuário. Uma colheita extremamente pequena de milho levou os preços locais a aumentar muito, aumentando demais os custos dos insumos e desafiando a rentabilidade dos produtores de leite - mesmo com eles tendo os maiores preços do leite da região até agora.

O que começou como uma safra com expectativas recordes foi repetidamente prejudicada pelo clima extremo, especialmente seca, que reduziu o potencial de crescimento da colheita. Além disso, o Real brasileiro relativamente barato tornou sua produção acessível aos compradores globais e levou a aumentos dramáticos nas exportações. Combinados, esses fatores resultaram em estoques historicamente pequenos, pressionando os preços para o produto físico para valores mais altos.

As atuais estimativas para a safra de milho brasileira são de 68,47 milhões de toneladas, quase 20% a menos comparado com o ano anterior. Nesse ponto, há pouca coisa que possa ser feita para a safra desse ano. Entretanto, setembro marcará o começo da nova safra e o plantio de milho começará na região sul do Brasil. Isso deve ser acompanhado de perto para ver como a safra se desenvolverá. Se tudo correr de acordo com o planejado, pode-se esperar que dará aos produtores algum espaço para respirar. Entretanto, se surgir qualquer complicação, as margens dos produtores serão mais pressionadas e provavelmente levarão a quedas adicionais na produção de leite.

Probabilidade do La Niña
Durante o ano passado, ouvimos falar muito sobre o fenômeno do El Niño e seu impacto projetado na agricultura da região. Atualmente, os padrões climáticos que vêm se desenvolvendo têm mudado a conversa desse ano para a La Niña. De acordo com a Associação Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a La Niña é um fenômeno climático causado pelo resfriamento em partes do Oceano Pacífico. A La Niña tipicamente resulta em clima mais seco que a média em muitas regiões agrícolas e de produção leiteira da América do Sul, incluindo Brasil, Argentina e Uruguai.

Em suas análises divulgadas em 11 de agosto de 2016, o NOAA previu que a "La Niña está levemente favorecida a se desenvolver durante agosto a outubro de 2016, com cerca de 55-60% de chances da La Niña ocorrer durante o outono/inverno de 2016-2017". Embora essa previsão represente uma probabilidade reduzida do fenômeno comparado com os relatórios anteriores, isso ainda é uma importante indicação de que a região deve estar preparada para lidar com os impactos resultantes desse evento climático.

Apesar de o clima excessivamente seco obviamente não ser bem vindo em lugar nenhum, o desenvolvimento desse fenômeno é particularmente ameaçador no Brasil, que já sofre com o clima seco neste ano. Outro ano sem chuvas pode ter um tremendo impacto no desenvolvimento agrícola e da indústria de lácteos no país. Continuaremos observando o desenvolvimento da La Niña de perto para ajudar a entender o que acontecerá no próximo ano.

Preço global do leite em pó integral
Embora cada país na América Latina tenha seu próprio mix de demanda doméstica e internacional, para muitos países, os mercados globais têm um papel importante na viabilidade da indústria local de lácteos. Para esses países que são orientados às exportações, um dos produtos mais importantes é o leite em pó integral. Como resultado, o nível internacional de preços do leite em pó integral tem uma influência importante no bem-estar da indústria de lácteos da América Latina.

Os resultados dos mais recentes leilões do Global Dairy Trade foram amplamente celebrados na região, e 18,9% de aumento no leite em pó integral foi particularmente aplaudido. Os relatórios são mistos sobre o quanto de leite em pó está armazenado, esperando por melhores preços para serem liberados nos mercados globais. As próximas semanas mostrarão se volumes adicionais de leite em pó chegarão ao mercado, prejudicando os preços globais. Entretanto, se esses ganhos forem sustentados nos próximos leilões, isso fornecerá um suporte importante para a indústria regional, que tem lutado para encontrar níveis de preços de commodities sustentáveis para cada passo da cadeia de valor.

A América Latina é uma região dinâmica e próspera e seus mercados de lácteos não são exceção. Deve-se continuar acompanhando a recuperação desses mercados, com esses cinco fatores oferecendo dicas sobre o quão rápido e em qual extensão pode-se esperar que os mercados melhorem. (O artigo é de Monica Ganley, gerente da Quarterra, firma de consultoria estratégica dedicada a ajudar seus clientes a entender as indústrias de agricultura e alimentos da América Latina, publicado no Dairy Reporter e traduzido pela Equipe MilkPoint)

 

Biossegurança
A ocorrência de algumas enfermidades nos rebanhos gaúchos foi um dos resultados apresentados na prestação de contas do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Ministério e Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, realizada nesta quarta-feira (14) na Seapi. O número relativo a eventos sanitários como a Diarreia Viral Bovina (DVBV) foi um deles. Conforme o professor da Faculdade de Veterinária da Ufrgs, Gustavo Corbellini, o percentual de 24% de prevalência poderia ser minimizado com a utilização de medidas de biossegurança. Os principais sintomas da Diarreia Viral Bovina são retorno de cio em função das perdas embrionárias e aborto. "A doença causa ainda queda no sistema imunológico, deixando os animais suscetíveis a outras enfermidades." A diarreia viral bovina pode ser transmitida pelo contato entre animais infectados ou através da placenta para o feto em vacas prenhas. Conforme o professor, alguns procedimentos verificados nas propriedades, como o trânsito de inseminadores sem a correta higienização entre uma propriedade e outra, pode ser um causador deste índice, considerado alto pelos veterinários do serviço oficial. A representante do Conselho Técnico Operacional de Pecuária Leiteira do Fundesa, Ana Cláudia Groff, disse que "ainda não existe na produção leiteira a mesma preocupação com biossegurança observada em outras cadeias, como a de suínos e aves". A ideia, a partir dos dados apurados nas pesquisas realizadas através do ACT, é trabalhar com educação sanitária e transferência das informações junto aos produtores. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, disse que "procedimentos simples, como o treinamento de técnicos que atendem as propriedades e dos próprios produtores, podem contribuir para melhorar os indicadores. É preciso mudar a postura e atenção ao acesso às propriedades ". O Acordo de Cooperação Técnica teve duração de quatro anos e encerrou em abril deste ano. Desde o início das atividades, o Fundesa investiu em torno de R$ 500 mil em três grandes eixos de atuação: pesquisa aplicada à defesa sanitária, assessorias (para resolução de problemas pontuais na área da defesa) e capacitação de médicos veterinários do serviço oficial, com mais de 200 profissionais treinados. O ACT também proporcionou a participação dos pesquisadores em eventos técnicos e apresentação dos trabalhos inclusive em congressos internacionais. O Conselho Deliberativo do Fundesa vai avaliar os resultados e decidir se haverá a renovação do ACT. (Agrolink)

Nesta Quarta-Feira (14) a SEAPI realizou atividades do Projeto Leite na Escola, na Escola Osório Duque Estrada, situado no bairro Tristeza, zona sul de Porto Alegre.

Éverton Mrás, Nathan Ferreira e Luciana Bervig, estagiários da Câmara Setorial do Leite, fizeram uma apresentação didática sobre a importância de consumir leite e derivados diariamente, abordando desde a origem até como chegam as nossas mesas.

Além disso, a atividade contou com a distribuição da segunda edição da revista em quadrinhos ‘Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica de Laticínios’, (lançada na Expointer de 2016) e com o apoio do Sindilat, de derivados lácteos para 90 alunos de turmas do 1º ao 5º ano.

Link 1ª edição - Pedrinho e Lis em: A Origem do Leite’
http://www.youblisher.com/p/1207324-Secretaria-Estadual-de-Agricultura-e-Pecuaria-do-RS/

Link 2ª edição - Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica de Laticínios’

http://www.youblisher.com/p/1512685-Revista-HQ-do-leite-A-Fantastica-Fabrica-de-Laticinios/

 

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Porto Alegre, 14 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.351

 

Potencial da Ásia será levado à Aliança Láctea

Ao encerrar sua participação na comitiva governamental à Ásia, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a prospecção de mercados feita pelo sindicato no Oriente será apresentada aos estados que compõem a Aliança Láctea (RS, SC e PR) para que, em bloco, a Região Sul tenha mais força nas negociações de novos mercados para os produtos brasileiros. O assunto deve ser tratado no próximo encontro e ainda deve passar por debate interno na próxima reunião de associados do Sindilat no dia 26 de setembro em Porto Alegre (RS). "O setor lácteo gaúcho era a única representação do segmento na comitiva e estamos atentos às oportunidades para nossas empresas. Mas atender a um mercado tão superlativo quanto os que visitamos requer uma ação conjunta a ser planejada", pontuou. A ideia, ampliou Palharini, é criar uma agenda mais focada no setor lácteo no Oriente e promover, no futuro, uma comitiva com representantes de toda a Região Sul para adiantar as tratativas. Um parceiro o setor lácteo já tem. Após o contato nesta missão, a Embaixada brasileira de Bangkok, na Tailândia, ficou de intermediar o contato entre o Sindilat e o setor varejistas local. 

A missão do Sindilat à Ásia passou pela Coreia do Sul, Hong Kong, China e encerrou-se pela Tailândia. Segundo Palharini, que esteve com empresários e visitou redes varejistas para conhecer mais sobre os hábitos de consumo dos orientais, Bangkok foi uma grata surpresa e sinaliza para um promissor potencial comprador. Isso porque a região recebe 26 milhões de turistas todos os anos, o que amplia o mix de produtos lácteos em oferta tanto na rede hoteleira quanto nos supermercados. Para se ter uma ideia, o Brasil recebe cerca de 6 milhões de turistas por ano. "Essa capital tem um potencial enorme que se mostra para o Brasil, pois tem uma ampla variedade de produtos lácteos à venda, queijos e leites enriquecidos e orgânicos. Mas não se vê produtos da América do Sul por aqui. O potencial turístico torna a região um mercado interessante a ser desbravado ". Uma das dificuldades a ser superada, cita o executivo, é a questão da língua tendo em vista a grande dificuldade que a própria Embaixada brasileira tem que conseguir interpretes do Tailandês. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  
 
Conseleite/PR
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 13 de Setembro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2016 é de R$ 2,8172/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)

 
 
 
Leite ensaia recuperação no mercado internacional

Sem grandes oscilações desde o início do ano, os preços dos lácteos no mercado internacional registraram aumento expressivo desde agosto. Mas, de acordo com especialistas, ainda não é possível dizer se essa recuperação terá fôlego ou se as altas recentes são pontuais e resultado de movimentos especulativos. Os preços internacionais vinham patinando em decorrência da fraca demanda da China e do aumento da oferta de leite, especialmente na União Europeia, após o fim do sistema de cotas de produção em abril de 2015. Mas esse quadro começou a mudar, principalmente do lado da oferta, de acordo com os analistas. Sinais de que a China estaria voltando ao mercado internacional também contribuem para sustentar os preços. Não há ainda, porém, dados precisos sobre a demanda do país asiático. 

 

Diante disso, nos últimos três pregões internacionais para comercialização de lácteos, realizados pela plataforma Global Dairy Trade (GDT), as cotações do leite em pó integral subiram 34,34%, para US$ 2.793 por tonelada. Os preços nos leilões quinzenais capitaneados pela neozelandesa Fonterra são referência para o mercado internacional. Mesmo com essa valorização o produto importado segue competitivo no mercado brasileiro, o que significa que o déficit da balança de lácteos deve crescer ainda mais (ver a matéria Déficit em lácteos já é três vezes maior que o de 2015). Uma das regiões onde a produção de leite começou a cair foi a União Europeia, observa Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Depois de subir todos os meses entre abril de 2015 e maio deste ano ¬ o que levou à queda dos preços pagos aos pecuaristas europeus e a intervenções da UE, a produção no bloco recuou 1,6% em junho passado na comparação com igual mês de 2015 e 2,1% em julho em relação ao mesmo intervalo do ano passado, acrescenta Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos. Tão importante quanto a queda na produção na União Europeia  onde os estoques de lácteos ainda são elevados ¬ é o recuo na oferta de leite da Argentina, segundo Galan. O país, que exporta 30% do que produz, deve ter uma retração de 2 bilhões de litros em sua produção inicialmente projetada em 11 bilhões de litros  por conta de problemas climáticos e da alta dos custos devido ao aumento dos preços dos grãos para a alimentação do rebanho.

O Uruguai também está produzindo menos leite. Ribeiro cita ainda um ajuste na oferta de leite nos Estados Unidos, com a entressafra. Contudo, Galan lembra que também nos EUA os estoques de lácteos são elevados. "Ainda não dá para dizer que a alta tem fôlego", avalia. Mas ele considera que os níveis históricos de preços para o leite integral, entre US$ 3.200 e US$ 3.500 por tonelada, podem ser vistos ainda antes de 2017 em função de uma eventual antecipação de compras por parte de países importadores. Os especialistas estão atentos também à produção na Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos, onde a safra começou em junho passado. As projeções indicam recuo de 3% na produção do país nesta safra, mas em julho houve leve alta. Num dos últimos leilões da plataforma GDT, informações de que haveria maior demanda da China por leite integral fizeram as cotações do produto subir 19%. No entanto, segundo Valter Galan, ainda não há dados disponíveis recentes comprovando essa maior demanda. Entre janeiro e julho, as importações chinesas de lácteos cresceram 13% em relação a igual período de 2015, de acordo com o Instituto Nacional do Leite, do Uruguai. Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que reúne laticínios brasileiros, também cita o aumento da demanda chinesa como uma das explicações para a alta dos preços. Para ele, a valorização recente "é um alento", mas as cotações ainda estão muito abaixo de patamares registrados em 2013 e 2014, quando a tonelada do leite em pó ficou na casa dos US$ 5 mil. Projeções feitas pela própria plataforma GDT indicam que o leite integral pode alcançar a casa dos US$ 3 mil por tonelada em março do ano que vem, cita Ribeiro, da Scot. "A demanda ainda não se recuperou", observa, acrescentando que estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicam que as importações mundiais de lácteos devem somar 943 mil toneladas este ano, abaixo das 1,014 milhão de toneladas de 2015. (Valor Econômico)

Déficit em lácteos já é três vezes maior que o de 2015 

As importações brasileiras de produtos lácteos voltaram a subir em agosto deste ano, ampliando ainda mais o déficit da balança comercial do segmento. Nos oito primeiros meses de 2016, a diferença entre importações e exportações já alcançou US$ 301 milhões, três vezes o déficit de todo o ano de 2015, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex/Mdic). Só em agosto, as importações de lácteos subiram 153,2 %, para 25,9 mil toneladas. Em valor, foram US$ 66,659 milhões, quase o dobro de agosto de 2015. Já as exportações brasileiras caíram 22,4%, para 6,4 mil toneladas, com uma receita de US$ 20,386 milhões (recuo de 46,9%). 

 

De acordo com Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, a redução da oferta de leite no mercado interno brasileiro devido a problemas climáticos e alta de custos de produção estimulou as importações. Ao mesmo tempo, esse quadro elevou os preços ao produtor brasileiro  que já começam a perder fôlego , reduzindo a competitividade dos lácteos nacionais no exterior. Ainda que bem inferior a 2015, agosto foi o melhor mês para as exportações de lácteos este ano, segundo Martins. A razão foi o volume significativo vendido para a Venezuela  2 mil toneladas de leite em pó. Apesar de viver uma forte crise, o país ainda é relevante para as exportações brasileiras e respondeu por mais da metade da receita de US$ 96 milhões apurada até agosto. O executivo se diz otimista e afirma que as empresas exportadoras de lácteos estão se preparando para uma demanda que "em algum momento passará a existir". O diretor da Viva Lácteos não acredita que o cenário de grandes volumes de importação pelo Brasil vá se sustentar no médio prazo. A razão é que a entrada da safra de leite na região central do país, com a temporada de chuvas, deve melhorar a oferta de matéria¬prima. Valter Galan, da consultoria especializada em lácteos MilkPoint, tem opinião diferente. Ele avalia que as "importações devem continuar firmes até o fim do ano". Segundo o analista, os preços internacionais, ainda que tenham subido, continuam competitivos no mercado brasileiro. (Valor Econômico)

 

Instrução Normativa deve facilitar emissão
A Receita Estadual deve publicar, nos próximos dias, uma Instrução Normativa que visa facilitar a emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) pelos pequenos produtores rurais que terão que adotar esse sistema a partir de 1˚ de outubro. Ao mesmo tempo em que busca alternativa para eliminar dificuldades, o governo sofre pressão de entidades como Fetag e Famurs que acreditam que os agricultores ainda não têm condições de usar a NF-e em substituição ao talão de produtor. O chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edison Moro Franchi, entende que, tecnicamente, os produtores já tiveram tempo para se adaptar às exigências, já que os prazos foram prorrogados no início do ano. Mesmo assim, explica que a Instrução Normativa irá apresentar uma modalidade "mais facilitada" para a adesão. Ele preferiu não adiantar os detalhes. Em outubro, a exigência começa a valer para produtores do Sistema Integrado (entre os quais os agricultores familiares são maioria), produtores estabelecidos como empresa (CNPJ) e para as lavouras temporárias. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, enfatiza que ainda não há condições de a NF-e ser implementada, tendo em vista a precariedade da Internet em várias regiões. "Queremos que seja facultativo. O produtor que quiser usar, que use, mas aquele que não tem condições que continue no sistema do talão", defende. Silva acrescenta que a federação pretende marcar uma nova audiência com o governo para tratar a questão, tendo em vista a proximidade da exigência. Em contraponto, Franchi destaca que a NF-e é emitida no RS desde 2005. "Todos os setores aderiram há muito tempo e agora precisamos também da adesão dos produtores rurais. Isso vai diminuir custos para o Estado, vai acabar o papel e o produtor terá uma organização melhor das informações, porque tudo estará no sistema", argumenta. Ele explica que as empresas podem utilizar softwares próprios ou fazer download de um programa gratuito do site da Secretaria da Fazenda. Já o produtor pessoa física deverá emitir NF-e avulsa no site da Sefaz. De acordo com dados da Receita, as notas substituiriam cerca de 8 milhões de notas fiscais que circulam anualmente, reduzindo R$ 3,5 milhões de custos ao ano para o Estado na confecção e distribuição dos modelos em papel. O cronograma atual prevê que os micro-produtores que não participam de Sistema Integrado estarão obrigados a aderir à NF-e em janeiro de 2019. (Correio do Povo)
 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participou de rodada de negócios com mais de cem empresários chineses nesta segunda-feira (12/9) em Chongqing, cidade no interior da China com população de 16 milhões de habitantes só na área urbana. Levando em consideração a região, são mais de 30 milhões de pessoas. Redes varejistas locais manifestaram interesse pela importação de lácteos brasileiros, principalmente por leite UHT em embalagens de 250ml e 1,2 litros. "Essa demanda é algo novo para a nossa realidade, uma vez que não temos embalagens de 1,2 litro", pontua o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou o setor na comitiva governamental. "É uma oportunidade de negócios interessante", frisou.

O mercado chinês, citou Palharini, é abastecido basicamente por produtos da Nova Zelândia, Austrália, França e Itália. "A Argentina e o Uruguai, dois importantes países que exportar produtos para o Brasil, não vendem para o Oriente. Por isso, é importante uma ação como a que está sendo capitaneada pelo Sindilat para escoar excedentes para outros mercados uma vez que o Brasil também sempre será importador de derivados". Para isso, lembrou o executivo, o Brasil vem fazendo seu dever de casa, investindo em programas de excelência em qualidade e em sanidade do rebanho, como ações de controle da tuberculose e brucelose. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 13 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.350

 

  Sindilat participa de rodada de negócios em Chongqing

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participou de rodada de negócios com mais de cem empresários chineses nesta segunda-feira (12/9) em Chongqing, cidade no interior da China com população de 16 milhões de habitantes só na área urbana. Levando em consideração a região, são mais de 30 milhões de pessoas. Redes varejistas locais manifestaram interesse pela importação de lácteos brasileiros, principalmente por leite UHT em embalagens de 250ml e 1,2 litros. "Essa demanda é algo novo para a nossa realidade, uma vez que não temos embalagens de 1,2 litro", pontua o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou o setor na comitiva governamental. "É uma oportunidade de negócios interessante", frisou.

O mercado chinês, citou Palharini, é abastecido basicamente por produtos da Nova Zelândia, Austrália, França e Itália. "A Argentina e o Uruguai, dois importantes países que exportar produtos para o Brasil, não vendem para o Oriente. Por isso, é importante uma ação como a que está sendo capitaneada pelo Sindilat para escoar excedentes para outros mercados uma vez que o Brasil também sempre será importador de derivados". Para isso, lembrou o executivo, o Brasil vem fazendo seu dever de casa, investindo em programas de excelência em qualidade e em sanidade do rebanho, como ações de controle da tuberculose e brucelose. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Exportações/Uruguai 
Entre janeiro e agosto a receita com exportação de lácteos foi de US$359 milhões, o que comparado com um ano atrás implica queda de 8%. O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que os preços de todos os produtos continuam baixos.

As exportações acumuladas de janeiro a agosto foram:

Leite em pó integral: faturamento aumentou 45%, e o volume cresceu 70%, mas o preço caiu 15%. Os principais mercados foram Brasil, Argélia, Cuba, China e Rússia.

Leite em pó desnatado: faturamento caiu 47%, o volume 42%, e o preço 9%. Os principais mercados foram Brasil, Rússia, Chile, Bolívia e Argélia.

O queijo obteve 17% de queda nas receitas em relação a um ano atrás, e em volumes houve aumento de 21%, enquanto o preço caiu 32%. Os principais mercados foram Brasil México, Rússia, Argentina e China.

A manteiga teve um faturamento 48% menor, o volume caiu 45%, e o preço 5%. Os principais destinos foram Rússia, Brasil, Marrocos, Argélia e Irã.

As vendas de leite em pó integral e queijo melhoram mês a mês, informa o INALE.

Os preços de exportação de agosto melhoraram para o queijo, o leite em pó desnatado, e a manteiga, enquanto os outros ficaram estáveis. (Todo El Campo - Tradução livre: Terra Viva)

Embarques de doce de leite somaram US$ 106,42 mil de janeiro a julho deste ano

Minas Gerais tem se esforçado para agregar mais valor à sua pauta de exportações. E embora os números não sejam tão expressivos como os apurados em outros itens do comércio exterior, o doce de leite tipicamente mineiro tem sido um dos destaques da balança comercial. Segundo o governo, os sete primeiros meses de 2016, além dos tradicionais produtos exportados (minério de ferro, café, açúcar, ouro e pedras preciosas), Minas Gerais foi o estado que mais exportou doce de leite no País (US$ 106,42 mil), seguido por São Paulo (US$ 27,07 mil) e Santa Catarina (US$ 13,06 mil).

Os dados compõem a balança comercial de Minas Gerais de agosto, divulgada mensalmente pela Exportaminas, unidade de comércio exterior do governo de Minas Gerais. De acordo com o levantamento, até julho deste ano, as remessas de doce de leite enviadas aos Estados Unidos representaram 83,8% das exportações mineiras do produto. Atualmente, o doce fabricado em Minas Gerais já caiu no gosto de países como Reino Unido, Angola e a vizinha Bolívia.
 
No último dia 21 de agosto, o doce de leite mineiro reafirmou sua posição de destaque no mercado nacional. Durante o 42º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, os três primeiros lugares da competição que elegeu o melhor doce de leite do País foram mineiros. O campeão do concurso -- que contou com 11 categorias - foi o doce de leite de Viçosa.
 
Em seguida, as marcas Dom Coimbra e Boreal completaram o pódio. A avaliação foi feita por profissionais de universidades, centros de pesquisa, indústrias e dos serviços de inspeção federal, estadual e municipal. Foram julgados aspectos como: cor, textura, odor, aroma, sabor e consistência. (Diário do Comércio)

Exportações do agronegócio 

As exportações do agronegócio cresceram 4% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2015, somando US$ 7,63 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura. Já as importações tiveram avanço bem mais expressivo, de 28,4%, para US$ 1,24 bilhão, na mesma comparação. Com isso, o superávit do setor em agosto foi de US$ 6,4 bilhões, com leve alta de 0,2%. "O forte crescimento das importações impediu uma expansão maior do saldo comercial dos produtos do agronegócio, permanecendo o saldo praticamente no mesmo patamar de agosto de 2015, ou seja, em US$ 6,39 bilhões", disse o ministério em nota. 

As exportações do "complexo soja" (grão, farelo e óleo) ¬ que geralmente lideram as vendas externas do agronegócio ¬ caíram para US$ 2,17 bilhões em agosto, 17% menos que no mesmo intervalo de 2015, segundo o ministério. Só a soja em grão teve redução de 20,7%, atingindo US$ 1,6 bilhão em agosto deste ano. Em agosto, as exportações de carnes também recuaram ¬ 4% ¬ para US$ 1,2 bilhão. Já as vendas externas de açúcar e etanol subiram 91% em agosto, para US$ 1,2 bilhão, e as de cereais cresceram 6,2% para US$ 466 milhões no mês passado. Um dos destaques entre os cereais foram as exportações de milho, que somaram US$ 432 milhões, 11% a mais que em agosto de 2015. No caso do café, os embarques praticamente repetiram, em agosto, o desempenho de US$ 477 milhões verificado em igual mês de 2015. No acumulado até agosto deste ano, as vendas externas do agronegócio brasileiro cresceram 1,2% na comparação com o mesmo período de 2015, para US$ 60,4 bilhões. As importações, por sua vez, recuaram 7,6% para US$ 8,4 bilhões em igual comparação. Entre os principais itens exportados pelo país, as vendas do complexo soja recuaram 0,4% sobre janeiro a agosto de 2015, para US$ 22,4 bilhões. Por seu lado, os embarques de carnes caíram 3,1%, para US$ 9,4 bilhões, e os de açúcar e etanol cresceram 28,7%, na mesma comparação, para US$ 6,8 bilhões. (Valor Econômico)

Congresso de embalagem

Nos dias 05 e 06 de outubro, das 08 às 18 h, no Centro Fecomercio de Eventos em São Paulo, acontecerá o 17º Congresso Brasileiro de Embalagem, realizado pela Associação Brasileira de Embalagem. O evento terá participação de importantes empresários do setor de bens de consumo debatendo conteúdos estratégicos sob diversas perspectivas, entre eles: João Campos - Presidente da Pepsico Brasil; Alexandre Almeida - Presidente da Itambé; Luiza Helena Trajano - Sócia Fundadora do Magazine Luiza; Pedro Feliu - Diretor da Nescafé Dolce Gusto Brasil; Felipe Oria - da BRF, entre outros. Para mais informações e inscrições, acesse o site: www.congressoabre.org.br. (Giro News)

 

Preços/UE
O Observatório do Leite da União Europeia (UE) estima que o preço médio do leite ao produtor estará melhor em agosto, ainda que ligeiramente. Em julho o preço médio foi de € 25,5/100 kg, [R$ 0,96/litro]. A estimativa para agosto é de € 25,7/100 kg, [R$ 0,97/litro]. Mesmo com a alta de 0,6% o preço de agosto será o menor valor registrado no mês, desde 2009, mas, para o Observatório o importante é mudança de tendência, já que será a primeira elevação desde novembro de 2015, e também ocorrerá na maioria dos países da UE. Fora da UE, o preço do leite também deverá aumentar. Tanto na Nova Zelândia como nos Estados Unidos o preço subiu, chegando este último a € 35,1/100 kg, [R$ 1,32/litro], em julho. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Aproveitando a proximidade com a viagem realizada ao Oriente, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, retomou com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o pedido feito na Expointer de revisão das importações de produtos lácteos uruguaios. Segundo Maggi, o Uruguai não quer nem falar sobre uma possível instituição de cotas, mas sinalizou que, se for impossível formalizar as cotas, vai se tentar um acordo tácito para que a entrada de leite em pó do Uruguai siga os padrões da Argentina, onde as aquisições estão relacionadas a momentos específicos de oferta reduzida no mercado interno brasileiro.

O pedido de maior atenção às importações de leite uruguaio foi feito pelo Sindilat durante a visita do ministro à Expointer, no final de agosto. Na ocasião, o assunto foi tratado em reunião a portas fechadas entre o brasileiro Blairo Maggi e o uruguaio Tabaré Aguirre. O setor lácteo gaúcho alega que os produtos daquele país prejudicam o mercado local e, desta forma, é necessário um regramento para os importados de forma que não entrem altos volumes em plena safra, o que acaba por derrubar os preços e reduzir a rentabilidade de todo o processo produtivo.

 

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Darlan Palharini e Blairo Maggi em viagem a Hong Kong

Foto: Arquivo pessoal