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Lideranças de laticínios gaúchos associados ao Sindilat debateram, em reunião na tarde desta segunda-feira (25/01), o impacto do decreto 8.552, que regulamenta a lei 11.265 e impõe novas regras para as embalagens de produtos lácteos. Pelo texto, que já está em vigor desde 4 de novembro de 2015, fica proibido o uso de figuras humanizadas nos rótulos, a exemplos de vacas com rostos sorridentes e personagens. O entendimento do Anvisa é que tais figuras estimulariam o consumo de leite por crianças em detrimento da amamentação. Segundo o Sindilat, as restrições, que também incluem limites à publicidade, não se aplicam a outros setores.

Pela regulamentação, as indústrias que têm produtos com inconformidades nas embalagens terão 12 meses para adaptação. Se as regras forem seguidas à risca, as embalagens de leite e iogurte ficarão parecidas com as de medicamentos, o que, aos olhos do Sindilat, é um exagero. “São medidas restritivas de uma lei antiquada, o que impõe ao leite normas muito mais rigorosas do que para outros setores”, pontuou o presidente em exercício do Sindilat, Guilherme Portella.

As indústrias gaúchas reagiram com vigor à medida. Uma das alternativas em análise é ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em uma mobilização nacional. “Essa legislação coloca o leite em uma posição de desvantagem. Faz pensar que é mais saudável ingerir um copo de refrigerante do que um copo de leite”, frisou Portella. Entre as empresas, a dúvida é sobre como essas restrições serão enfrentadas. Há indústrias querendo registrar novos rótulos e que já estão enfrentando problemas com a nova formatação. 

Lei do Leite

Durante a reunião, o Sindilat ainda informou que abriu consulta junto aos associados sobre a Lei do Leite, aprovada em dezembro pela Assembleia Legislativa. O objetivo é coletar informações a fim de contribuir com a regulamentação da legislação. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a meta é reunir sugestões até o dia 10 de fevereiro e, então, agendar uma reunião com os associados para tratar do tema. “A Secretaria da Agricultura está aberta a debater o assunto e aparar as arestas que, por ventura, existam na Lei do Leite”, frisou Portella.

Na ocasião, os associados ainda aprovaram a previsão orçamentária do Sindilat para 2016. Palharini destacou ações realizadas pelo Sindicato ao longo de 2015 que trouxeram ganhos substanciais aos associados, tal como o projeto de PIS/Cofins. Portella pontuou a importância das multinacionais que atuam no RS passarem a contribuir com o Sindicato das Indústrias local. Segundo ele, essa é uma ferramenta importante para o desenvolvimento do setor.
As indústrias ainda avaliaram a proposta da Fetag de tornar o valor de referência divulgado mensalmente pelo Conseleite como preço mínimo a ser pago aos produtores. Segundo lideranças presentes, é impossível balizar preços por cima uma vez que há grande diferença entre perfis produtivos, alguns com captação de 50 litros dia e outros com 10 mil e em situações logísticas totalmente distintas. O risco, alertou-se, é que essa medida resulte na exclusão dos pequenos produtores do sistema produtivo. O assunto seguirá em debate entre as empresas.

         

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.192

 

  Laticínios reagem à lei que muda embalagens 

Lideranças de laticínios gaúchos associados ao Sindilat debateram, em reunião na tarde desta segunda-feira (25/01), o impacto do decreto 8.552, que regulamenta a lei 11.265 e impõe novas regras para as embalagens de produtos lácteos. Pelo texto, que já está em vigor desde 4 de novembro de 2015, fica proibido o uso de figuras humanizadas nos rótulos, a exemplos de vacas com rostos sorridentes e personagens. O entendimento do Anvisa é que tais figuras estimulariam o consumo de leite por crianças em detrimento da amamentação.  Segundo o Sindilat, as restrições, que também incluem limites à publicidade, não se aplicam a outros setores. 

Pela regulamentação, as indústrias que têm produtos com inconformidades nas embalagens terão 12 meses para adaptação. Se as regras forem seguidas à risca, as embalagens de leite e iogurte ficarão parecidas com as de medicamentos, o que, aos olhos do Sindilat, é um exagero. "São medidas restritivas de uma lei antiquada, o que impõe ao leite normas muito mais rigorosas do que para outros setores", pontuou o presidente em exercício do Sindilat, Guilherme Portella.

As indústrias gaúchas reagiram com vigor à medida. Uma das alternativas em análise é ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em uma mobilização nacional. "Essa legislação coloca o leite em uma posição de desvantagem. Faz pensar que é mais saudável ingerir um copo de refrigerante do que um copo de leite",  frisou Portella. Entre as empresas, a dúvida é sobre como essas restrições serão enfrentadas. Há indústrias querendo registrar novos rótulos e que já estão enfrentando problemas com a nova formatação.

Lei do Leite

Durante a reunião, o Sindilat ainda informou que abriu consulta junto aos associados sobre a Lei do Leite, aprovada em dezembro pela Assembleia Legislativa. O objetivo é coletar informações a fim de contribuir com a regulamentação da legislação.  Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a meta é reunir sugestões até o dia 10 de fevereiro e, então, agendar uma reunião com os associados para tratar do tema.  "A Secretaria da Agricultura está aberta a debater o assunto e aparar as arestas que, por ventura, existam na Lei do Leite", frisou Portella.

Na ocasião, os associados ainda aprovaram a previsão orçamentária do Sindilat para 2016. Palharini destacou ações realizadas pelo Sindicato ao longo de 2015 que trouxeram ganhos substanciais aos associados, tal como o projeto de PIS/Cofins.  Portella pontuou a importância das multinacionais que atuam no RS passarem a contribuir com o Sindicato das Indústrias local. Segundo ele, essa é uma ferramenta importante para o desenvolvimento do setor.

As indústrias ainda avaliaram a proposta da Fetag de tornar o valor de referência divulgado mensalmente pelo Conseleite como preço mínimo a ser pago aos produtores.  Segundo lideranças presentes, é impossível balizar preços por cima uma vez que há grande diferença entre perfis produtivos, alguns com captação de 50 litros dia e outros com 10 mil e em situações logísticas totalmente distintas. O risco, alertou-se, é que essa medida resulte na exclusão dos pequenos produtores do sistema produtivo. O assunto seguirá em debate entre as empresas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Reunião de associados nesta segunda-feira
Crédito: Carolina Jardine 
 

Preços estáveis e custos em alta no mercado do leite em Santa Catarina

O mercado do leite terá um ano de estagnação. Os preços de referência anunciados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite) para este mês de janeiro evoluíram apenas R$ 1 centavo por litro. O excesso de chuva dos últimos meses afetou a qualidade das pastagens e reduziu a oferta, mas, a demanda também caiu em razão do verão. O Conseleite projetou os valores do leite padrão no mês de janeiro, registrando leve aumento, passando para R$ 0,9406. O leite acima do padrão ficou em R$ 1,0817 e, abaixo do padrão, R$ 0,8551.

O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC) Adelar Maximiliano Zimmer observa que os preços não apresentam variações significativas desde junho no mercado primário de produção de leite. "Essa situação se complica e se agrava pelo aumento dos custos de produção - energia elétrica, combustíveis, mão de obra, suplementos minerais e fertilizantes", assinala o dirigente.

"Em face desses aumentos nos custos não há espaço para mais redução dos preços pagos aos criadores de gado leiteiro", assinala Zimmer. Ele lembra que a melhoria de preço obtida nesse mês é insuficiente para repor as margens ideais de lucratividade.

As avaliações do dirigente indicam que os preços dos lácteos não subirão nos próximos meses por uma série de fatores. Há, no momento, uma ampla oferta global de lácteos. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado e o grandes compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis em estoque. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo - Argélia e Venezuela, em particular - reduzirão as compras nos próximos meses. Uma grande importação realizada pela Venezuela de leite brasileiro, no mês passado, impediu queda nos preços do mercado interno.

A conjugação de fatores negativos - reajuste nos preços da energia elétrica, combustíveis e de mão obra -, além da valorização do dólar frente ao real, provocou perda do poder de compra do produtor de leite e gastos elevados na composição dos insumos utilizados na produção.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia. (As informações são da Faesc)

 

Lanagro amplia volume de análises no Estado

O Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro-RS) ampliou a aná- lise de alimentos para o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), do Ministério da Agricultura, atingindo a marca de 6.215 amostras avaliadas em 2015. O volume representa crescimento de 48,8% na comparação com 2014, quando foram analisadas 4.175 amostras de carne, leite, ovos e mel. De acordo com o fiscal federal agropecuário Fabiano Barreto, responsável pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas e Medicamentos Veterinários do Lanagro, um dos fatores que viabilizaram o crescimento foram as novas metodologias desenvolvidas pela equipe. 

O técnico cita ainda o fortalecimento do programa, que a cada ano vem ampliando os ensaios - parâmetros e substância monitoradas. As principais substâncias pesquisadas são antibióticos e antiparasitários. Entretanto, o nível de não conformidade é pequeno, inferior a 1%. Em 2014, das 4.175 amostras analisadas, 31 amostras, ou 0,7%, registraram alteração. Em 2015, o índice caiu para 0,4% -- das 6.215 amostras só 25 tiveram resultado não conforme. No caso das carnes, produto que apresenta maior número de amostras não conformes, a substância mais encontrada é a ivermectina, medicamento utilizado na pecuária de corte para tratamento de vermes. "Cabe ressaltar que em 2014 analisamos predominantemente carnes. Já em 2015 houve número significativo de amostras para leite e ovos", destaca Barreto. (Correio do Povo)


 
Kátia Abreu aponta exportações como saída para a crise econômica brasileira e critica o Mercosul

A ministra Kátia Abreu (Agricultura) defende que as exportações sejam a saída para a crise econômica brasileira e diz que, para isso, o país precisa ser mais "ambicioso e agressivo" e acabar com a proteção contra concorrência externa para alguns setores. "Não pode ter proteção", disse Kátia ao propor que o Brasil busque mais acordos de livre comércio com outros países.

"Dizem que para uns viverem outros têm que morrer. Quando você abre um mercado, é claro que uns adoecem e outros falecem, mas é o jogo", justificou a ministra, que tem como meta elevar a participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial de 7% para 10% até 2018. Ao ser questionada sobre quais setores travam essa abertura para o Brasil, apontou "alguns da indústria, que são protegidos há décadas". Disse ainda que, no primeiro mandato da presidente Dilma, o país não avançou nos acordos comerciais porque "o Mercosul nos atrapalhou".

Além de buscar o caminho das exportações, a ministra, que faz parte do grupo dos assessores mais próximos da presidente, diz que o Brasil "precisa fazer o ajuste fiscal" e que o "Estado é mau gastador, gasta mal de todos os jeitos" e até "rouba".

Folha - O FMI revisou suas projeções para o Brasil e prevê retração de 3,5% do PIB neste ano. Qual a saída para voltar a crescer?
Kátia Abreu - A principal saída, e a própria presidente Dilma tem repetido isso, é aumentar as exportações. Temos de ir para um novo enfrentamento mundial e sermos mais ambiciosos, mais agressivos e abrir mais mercados. Se dentro do país as condições de comércio e negócio não vão bem, temos de buscar outros compradores para aquecer as nossas indústrias.

Como a crise na China influencia nesse cenário?
Atrapalha o mundo todo. No caso dos alimentos, afetou a quantidade e ainda mais os valores. Do ano passado para cá, nós [agronegócio] crescemos, em volume, de 141 para 163 milhões de toneladas, mas em valores caímos de US$ 96 bilhões para US$ 88 bilhões. Tem gente que diz que não precisamos de acordos de livre comércio, mas a tendência mundial mostra outra coisa.

Não foi uma falha do primeiro mandato do governo Dilma não ter priorizado esse tipo de acordo comercial?
Não é que não priorizou. Acredito que o Mercosul nos atrapalhou. O governo da ex-presidente Cristina Kirchner [Argentina] tinha dificuldade de atingir os percentuais necessários para que a gente fechasse o acordo União Europeia-Mercosul. A presidente Dilma determinou que o chanceler Mauro Vieira vá à Argentina para tentar que o governo Mauricio Macri feche uma lista de 90% de seus produtos com tarifa de importação zero para fazermos a troca de ofertas. Para o governo brasileiro, esse acordo precisa ser priorizado não só pela questão econômica. Ele significa a credibilidade do Mercosul, a revitalização do Mercosul, ou não.

Chegou o momento de tomar uma decisão: fortalecer o Mercosul ou o Brasil seguir seu rumo solitariamente?
Tenho hoje muitas esperanças de que o contrário vai acontecer com a troca das ideias do novo governo argentino. A coisa que mais preocupa um fazendeiro é quando ele está isolado e os fazendeiros em volta estão ficando pobres. Região rica é onde todo mundo está bem.

Existe uma meta de acordos que a senhora esteja estabelecendo para este ano?
A presidente nos deu um foco: União Europeia, Oriente Médio, Índia, Tailândia, Indonésia e Filipinas. Mas não é uma escolha e uma exclusão, a presidente mencionou países onde teremos menos dificuldades de negociar junto com o Mercosul. Mas continuaremos insistindo na aproximação com os EUA e tentando um acordo de preferências tarifárias da China com o Mercosul. Fechamos 2015 com US$ 1,9 bilhão a mais com a abertura de novos mercados por meio de acordos feitos pelo Ministério da Agricultura. Em 2016 serão US$ 2,5 bilhões a mais só com carne, frutas e lácteos.

Qual é a meta deste ano?
Hoje o Brasil significa 1,2% do comércio no mundo. O agronegócio brasileiro tem 7% do setor mundial e quero chegar em 10% até o fim do mandato [2018].

Qual é o grande entrave para esses acordos?
Mercosul. Quando falo Mercosul, estou incluindo o Brasil. Esses quatro países [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai] precisam se acertar. O agro não tem problema.

No Brasil, o que trava esses acordos e como resolvê-lo?
Alguns setores da indústria, que são protegidos há décadas, acabam atrapalhando setores que já viveram em mais dificuldades, com menos subvenção, e que foram atrás da inovação e da tecnologia e venceram. Você já ouviu falar de filho de 40 anos que recebe mesada do pai dar certo? No comércio é igual: não pode receber mesada de pai a vida inteira. Não pode ter proteção.

A senhora está dizendo que alguns setores não podem ter medo de abertura para disputarmos novos mercados?
Nós [do agronegócio] não temos medo. Quem for mais competitivo, que ocupe o mercado. É. O que dói em Francisco dói em Chico. Somos competitivos, mas temos setores complicados no Brasil: por exemplo, o do leite. Qual é a nossa estratégia para melhorar a performance do leite? É abrir mercado, exportar o leite, porque, na hora em que exportar, a importação não vai fazer mal.

O que a presidente Dilma diz quando a senhora afirma que é hora de os empresários brasileiros não terem medo da concorrência?
A presidente sofre porque tem que medir, né? Acho compreensível. Num primeiro momento, o choque numa empresa automobilística é muito forte. Dizem que para uns viverem outros têm que morrer. Quando você abre um mercado, é claro que uns adoecem e outros falecem, mas é o jogo. E a quantidade dos que vão viver? Não tenha dúvida que é muito maior.

Então a saída é a exportação?

Acho que tem duas receitas: fazer o ajuste fiscal, gastar menos, cortar despesas para valer. Está na hora de apertar o cinto. O Estado é mau gastador, ele gasta mal de todos os jeitos, escolhe mal, desenvolve projetos mal, ele rouba também. Então o Estado é um péssimo executor.

Para favorecer as exportações, a senhora acha que temos que viver um período de realismo da taxa cambial?

Acho. Com o dólar até pelo menos R$ 3,70, o Brasil está muito competitivo para as exportações. 

O ex-ministro Delfim Netto defendeu que a presidente faça o enfrentamento com o Congresso para destravar a agenda econômica e impedir que o desemprego aumente. A senhora concorda?

Acho que ele está correto. Existe, por exemplo, a lei nº 8.666, das licitações. Não tem um problema dentro do Congresso [em relação a isso], porque foi feita, de propósito, numa comissão especial, e eu fui a relatora. Todo dia ligo para o [presidente do Senado] Renan [Calheiros], que fala: "Eu vou pôr [na pauta]". Tem alguém que não quer que mude e pode ter certeza que é no setor privado. 

Por que essa pauta apresentada pelo Renan [Agenda Brasil], e que o Brasil conhece há tempo, não anda?

Interesses corporativos.

Mesmo com o Brasil na iminência de chegar à taxa de desemprego de dois dígitos?
Acredito que, diante do apelo do Delfim e de tantos outros economistas, o próprio Congresso deveria ter esse proativismo de ser protagonista dessas matérias e elaborar uma pauta que não esteja só concentrada em interesses de meia dúzia. Não precisa da presidente Dilma pedindo isso. O Congresso é representante do povo.

O impeachment da presidente ainda é uma preocupação do governo e pode voltar a ganhar força no Congresso?
Acho que este debate sobre impeachment atrapalha muito a economia. Desloca energia do governo, do Congresso, de todos, e atrapalha a tramitação de uma agenda de solução da nossa crise econômica. Não há nada contra a presidente que possa levar a seu impeachment. O que tem feito a oposição? Quer o impeachment da presidente, aí fica procurando um motivo. Impeachment só tem sentido quando você encontra algo grave contra um presidente, e não o contrário. (As informações são da Folha de São Paulo)

 
Leite/EUA 
Nova iniciativa do Senado dos Estados Unidos "irá inverter a tendência de declínio do consumo de leite nas escolas", de acordo com entidades de laticínios. A Associação Internacional de produtos lácteos (IDFA) e a Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) aplaudiram a aprovação, pela Comissão de Agricultura do Senado, da legislação que visa melhorar a nutrição infantil nos Estados Unidos. A legislação é chamada de "Melhorar a Integridade e Acesso à Nutrição Infantil em 2016". Visa aperfeiçoar o a Lei Nacional de Alimentação Escolar de Richard B Russell e também a Lei de Alimentação Infantil de 1966. Todos os grupos etários atualmente, consomem menos leite que o recomendado pelo recente Guia Alimentar lançado em 2015. IDFA e NMPF disseram que esta é uma oportunidade de melhorar a ingestão de lácteos, especialmente entre os jovens do país. (DairyReporter - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.191

 

  Região Sul lidera ranking regional do valor bruto da produção agropecuária

O Sul do país teve maior participação no valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2015. Do montante de R$ 498,5 bilhões alcançados no ano passado, os três estados da região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) foram responsáveis por um faturamento de R$ 145,6 bilhões dentro dos estabelecimentos rurais, segundo números da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No ranking por regiões do VPB 2015, elaborado pela Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, o Centro-Oeste aparece em segundo lugar, com R$ 135,2 bilhões, seguido do Sudeste, com R$ 127,4 bi, Nordeste, com R$ 46,9 bi, e Norte, com R$ 29,1 bi.

Valor Bruto da Produção Brasil por Regiões - 2015
 

Soja, bovinos, cana-de-açúcar, milho e café foram os produtos com maior VBP no ano passado, destacou o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques. "Milho, soja e carne bovina apresentaram o maior valor bruto da produção nos últimos cinco anos." Ainda de acordo com ele, 2015 também foi o de melhor resultado para outros produtos ao longo dos últimos anos, com destaque para cebola, suínos, frango e ovos. (As informações são do Mapa)
 

 
USDEC: 7 razões pelas quais a recuperação no setor leiteiro não é iminente
Os mercados mundiais de lácteos continuam com excesso de oferta. Na última edição do Global Dairy Market Outlook, do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), foram identificadas sete razões pelas quais uma recuperação global não parece ser iminente:

1) Economia mundial frágil. As notícias do começo do ano novo estão dominadas pela ansiedade sobre as commodities globais e os mercados acionários. Os preços do petróleo estão em seus menores níveis em 12 anos. Os preços dos grãos estão em seus menores níveis desde 2009 e a previsão continua fraca. Os mercados globais de ações estão agitados. As preocupações sobre a sanidade da economia da China continuam aumentando. Isso reflete amplamente uma fragilidade na economia mundial, o que não sugere uma recuperação do setor leiteiro em curto prazo. 

2) Ampla oferta global de lácteos. Grandes estoques, tanto no lado das vendas como no lado das compras da cadeia de fornecimento, bem como os estoques do governo da União Europeia (UE), limitarão as previsões de recuperação nos próximos meses. Até 10 de janeiro, os estoques de intervenção da UE estavam em 46.639 toneladas após uma oferta de 6.359 toneladas na semana anterior. Em 6.000 toneladas por semana, o limite de 109.000 toneladas será alcançado até março - bem quando o pico da primavera estará ocorrendo. Nos Estados Unidos, os estoques comerciais de queijos, manteiga e leite em pó desnatado no final de novembro eram de 115.000 toneladas, maior do que o normal para o período.

3) Produção de leite na UE. A produção de leite em outubro foi estimada como sendo 4% maior do que no ano anterior. O USDEC estimou que a produção de novembro aumentou quase 4% e previu um aumento de 1 a 1,5% com relação ao ano anterior na primeira metade de 2016. Nos oito meses desde que as cotas de produção chegaram ao fim, as entregas de leite na Irlanda e na Holanda aumentaram 10%. Isso mais do que compensou um declínio de 3% na produção na Nova Zelândia na primeira metade de sua estação de 2015/16.

4) Ainda esperando a China. As importações da China foram acima dos níveis do ano anterior em novembro (embora com relação a uma baixa comparável). Além disso, as exportações da Nova Zelândia à China aumentaram dramaticamente em novembro, o que sugere bons volumes de importação da China em dezembro. Entretanto, essas compras devem ter sido principalmente devido à empolgação anual da China pelo leite em pó com baixas tarifas da Nova Zelândia, que são redefinidas no começo de cada ano. Os processadores chineses parecem ter finalmente trabalhado para reduzir os estoques a níveis confortáveis, mas embora o crescimento da produção doméstica seja modesto, até agora ainda está crescendo suficientemente para mitigar a necessidade de uma mudança no jogo nas importações.

5) Preços estagnados. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado. O preço de intervenção da UE para leite em pó desnatado (cerca de US$ 1.844/tonelada a taxas de câmbio atuais) colocou um piso sobre os preços agora. Entretanto, não há urgência na oferta de preços mais elevados dados os atuais excedentes. Os preços caíram em 19 de janeiro no leilão GDT, segundo declínio seguido. O leite em pó integral ficou em média em US$ 2.188/tonelada e o leite em pó desnatado ficou em US$ 1.835/tonelada. Os comerciantes não antecipam muita melhora nos próximos meses; em 19 de janeiro, os futuros na NZX para leite em pó integral ficaram em média em US$ 2.297/tonelada para o segundo trimestre de 2016.

6) Clima. Um dos direcionadores relacionados ao clima que poderia ter apontado os mercados para um território positivo moderaram nos dois últimos meses. A ameaça do El Niño na produção de leite da Nova Zelândia diminuiu à medida que os neozelandeses já passaram pelo pico. Nos meses de pico, de outubro e novembro, a produção de leite da Nova Zelândia caiu apenas 2,4% com relação ao ano anterior. 

7) Pequena urgência para compradores. Os compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo - Argélia e Venezuela, em particular - tenham reduzido as compras nos últimos meses. Assim como todas as commodities, os lácteos precisam de uma história de alta para impulsionar um aumento global. Atualmente, essa história não existe. A avaliação anterior do mercado feita pelo USDEC continua a mesma: levará grande parte de 2016, se não o ano todo, para os mercados se reequilibrarem. (As informações são do blog do USDEC)

Relatório aponta que mercado global de queijos superará US$ 100 bi até 2019

O mercado global de queijos tem visto um enorme crescimento nos últimos anos e continuará vendo até exceder US$ 100 bilhões em 2019, de acordo com um relatório recente do Transparency Market Research. O relatório, chamado "Global Cheese Market - Industry Analysis, Size, Share, Growth, Trends and Forecast, 2013 - 2019", disse que o mercado tinha um valor de US$ 79,5 bilhões em 2012 e deverá ter um valor de US$ 105,1 bilhões em 2019. O mercado teve e continuará tendo uma taxa de crescimento de 4,4% ao ano, de acordo com essas projeções.

Analistas acreditam que o mercado de fast food é o que atualmente está direcionando o maior interesse por queijos no mundo. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) disse em dezembro de 2015 que a demanda dos setores defast food e food service poderiam ajudar os preços dos queijos a voltar a níveis normais em um futuro próximo. Além do mercado de fast food, o relatório disse que a capacidade dos consumidores de gastar dinheiro com queijos finos ajudou o mercado a se tornar mais proeminente nos últimos anos.

Uma questão que pode afetar de forma adversa o crescimento dos queijos como mercado é o prazo de validade relativamente curto do produto. O site da DCI Cheese Company diz que os queijos que têm menor prazo de validade são os macios não amadurecidos, como ricota e queijo cottage, que têm um prazo de validade de duas a quatro semanas. Por outro lado, queijos duros, como o parmesão, têm um prazo de validade de sete a nove meses. Os queijos processados podem durar até um ano. 

Embora a urbanização de países como China, Coreia do Sul e Brasil tenha aumentado a demanda de cada uma dessas áreas por queijos, grandes players ainda continuam no topo. O relatório disse que a Europa detém 38,8% de participação no mercado global de queijos, com a América do Norte vindo em seguida, com 32,7%. O relatório também apontou que a Europa é o maior mercado do mundo, porém, o USDEC anteriormente disse que os Estados Unidos é que possui esse posto.

A Ásia Pacífico está vendo o maior crescimento durante o período previsto pelo relatório, à medida que a região verá um crescimento de 7,9% por ano até 2019. (As informações do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Protestos/Uruguai

O campo está cansado e saiu para manifestar. Isto ocorreu ontem, especialmente por produtores jovens, surpreendendo os próprios dirigentes rurais que vinham negociando com autoridades do governo durante o ano, pelos mesmo motivos dos protestos, que ocorreram em onze pontos diferentes no interior do país.

A iniciativa, que surgiu espontaneamente pelas redes sociais no dia 13 de janeiro, foi iniciada por um produtor de 27 anos da zona de Libertad, San José, Marcos Algorta Antía, um pecuarista que pediu reconsiderar os aumentos das tarifas públicas, redução dos preços dos combustíveis, aumentar o patrulhamento rural noturno, medidas de proteção à horticultura, "que apareça o pagamento da Venezuela" e que o Estado aperte o cinco para folgar o cidadão. O líder da mobilização pertence ao setor lácteo, que, até bem pouco tempo demonstrava sua pujança econômica e exportadora e que agora reclama por melhores condições para desenvolver sua atividade. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Reajustes salariais 
Os acordos de negociação salarial firmados em dezembro não conseguiram acompanhar o ritmo da inflação e, com isso, o trabalhador brasileiro terminou o ano com perda real em seu salário. É o que aponta levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados do Ministério do Trabalho (MTE). No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 11%, enquanto os trabalhadores com carteira assinada tiveram em dezembro, na mediana, aumento salarial de 10%. Em novembro os salários já haviam encolhido 0,3%. (Estadão Conteúdo)
 

 

 

         

Porto Alegre, 21 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.190

 

  De acordo com estudo israelense, produção de leite cai cerca de 20% com altas temperaturas


A exposição contínua das vacas a altas temperaturas pode provocar uma perda de até 20% na produção de leite, aponta o estudo israelense "Heat stress management in Israel". Segundo José Carlos Ribeiro, consultor agropecuário da Boi Saúde - Nutrição Animal, os resultados do trabalho israelense podem perfeitamente ser aplicados ao Brasil, especialmente neste período de verão ou até mesmo porque em diversas regiões produtoras do País o calor elevado predomina durante a maior parte do tempo.

"Com a chegada do verão, os animais ficam expostos a temperaturas muito altas, sem contar que num país tropical como o Brasil, há regiões onde o clima seco e quente predomina o ano todo", diz. De acordo com o consultor, climatizar o ambiente é a alternativa para amenizar o calor, proporcionando assim um maior bem estar ao gado, diminuindo os riscos de queda na produção. Em Israel, explica Ribeiro, existem ambientes climatizados apropriados para a produção de leite, só que essa adaptação tem um custo elevado, o que ultrapassa a realidade da maioria dos produtores rurais brasileiros.

Para contornar o desafio financeiro, sem perda de eficiência, o melhor investimento em curto prazo, com custo pequeno e bom resultado, destaca o consultor, é a construção de corredores agroflorestais, ou seja, corredores com plantio de árvores dos dois lados, que possam receber o gado nos períodos mais quentes do dia, que costumam ser entre 10h e 17h.

"Com esse plantio, o produtor manterá a vaca em temperatura entre 18ºC e 22ºC graus, parâmetro adequado e que não proporcionará diminuição do consumo de ração, que tem como consequência a queda na produção. Além disso, as árvores também podem ser frutíferas", ressalta Ribeiro.

Segundo o consultor, outra alternativa, caso o produtor tenha um galpão disponível na propriedade, é climatizá-lo com ventiladores ou umidificadores. "É importante ressaltar que o galpão deve ficar o tempo todo climatizado enquanto o gado estiver lá, não só no período da ordenha, o que evitará o estresse, além de manter ou até mesmo aumentar a qualidade do leite", explica Ribeiro. "Esse procedimento é muito utilizado em granjas, inclusive, com iluminação e climatização adequadas, que podem ser utilizadas tranquilamente na pecuária leiteira". (As informações são do Infomoney)
 

 
Tecnologia, Qualidade e Marcos Regulatórios

Para garantir mercado externo e atender às expectativas de 2016, o investimento em tecnologia para a melhoria da qualidade do leite e, consequentemente, da competitividade, associado à revisão e adequação dos marcos regulatórios do País são fundamentais. Por isso, a Associação manterá a efetiva participação junto ao Programa Mais Leite Saudável do MAPA, desenvolvido para fortalecer 7 pilares (Assistência Técnica e Gerencial, Melhoramento Genético, Política Agrícola, Sanidade Animal, Qualidade do Leite, Marco Regulatório e Ampliação de Mercados). "Como sempre, os compradores buscam regularidade e produtos de alta qualidade. Isso é justamente o que a cadeia tem buscado dar aos lácteos brasileiros, para torna-los competitivos", destaca Marcelo Martins. 

A Viva Lácteos tem demandado a reestruturação do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL) desenvolvido pelo Ministério da Agricultura. Entre outras questões, propõe-se a sistematização, numa plataforma, dos dados sobre qualidade do leite, a ser executado pela Embrapa; a integração do PNQL ao Sistema de Informações Gerenciais (SIGSIF) e o fortalecimento da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite.

Em 2016, outra questão importante se refere à modernização dos marcos regulatórios junto aos órgãos responsáveis como a ANVISA e Ministério da Agricultura e o incentivo ao investimento em pesquisa e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, é necessário manter o trabalho de comunicação para esclarecer à população sobre a importância da ingestão de lácteos para a saúde, especialmente entre as crianças e os idosos.

Dados da Balança Comercial de Lácteos Brasileira

 

(As informações são da Assessoria de Imprensa da Viva Lácteos.)

 
 
 
Mapa pede apoio ao governo da Lituânia para acordo sanitário com União Europeia

A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, recebeu nesta quarta-feira (20) o vice-ministro de Relações Exteriores da Lituânia, Mantvydas Bekešius, para pedir apoio ao acordo sanitário e fitossanitário que o Brasil negocia com a União Europeia.

O Mapa negocia desde maio do ano passado um acordo que facilitará os entendimentos entre o Brasil e o bloco europeu em questões sanitárias e fitossanitárias. O objetivo é facilitar o entendimento no tema e, assim, simplificar a certificação e o comércio.  

"Desde maio, só recebemos uma carta por parte da União Europeia dizendo que poderíamos discutir o assunto, mas não obtivemos uma resposta efetiva para a nossa proposta", disse Tatiana Palermo. O Brasil, acrescentou, tem discutido com diversos países-membros individualmente, em busca de suporte tanto para o acordo sanitário e fitossanitário quanto para questões pontuais sobre comércio de produtos agropecuários.

De acordo com a secretária, é interessante para o Brasil que a União Europeia seja considerada como um bloco único em questões de defesa agropecuária, de modo que uma única análise de risco de determinado produto tenha validade para ambos os lados.

Tatiana Palermo explicou ao vice-ministro que o acordo sanitário e fitossanitário proposto à União Europeia diz respeito a entendimentos entre as áreas técnicas e não afeta as regras comerciais vigentes. A intenção do Brasil é tornar menos demorados processos que necessitam de aprovação mútua, a fim de estimular a cooperação e aumentar a confiança institucional no comércio.

Mantvydas Bekešius disse que repassará a preocupação brasileira ao ministro das Relações Exteriores da Lituânia e ao Comissário Europeu para a Saúde e a Segurança de Agricultura, Vytenis Andriokaitis, que também é lituânio. "É interessante ouvir essas demandas por parte do Brasil, que é um mercado considerado muito importante para nós e para a União Europeia", assinalou.

O vice-ministro ainda entregou um convite oficial à ministra Kátia Abreu para visita a uma feira de alimentos em seu país, em março. Tatiana Palermo disse que o Mapa pretende ir a Bruxelas também em março para retomar as negociações sobre o acordo sanitário e que poderá analisar a ida da ministra à Lituânia. (As informações são do Mapa)

 
Protestos/Uruguai
O campo está cansado e saiu para manifestar. Isto ocorreu ontem, especialmente por produtores jovens, surpreendendo os próprios dirigentes rurais que vinham negociando com autoridades do governo durante o ano, pelos mesmo motivos dos protestos, que ocorreram em onze pontos diferentes no interior do país. A iniciativa, que surgiu espontaneamente pelas redes sociais no dia 13 de janeiro, foi iniciada por um produtor de 27 anos da zona de Libertad, San José, Marcos Algorta Antía, um pecuarista que pediu reconsiderar os aumentos das tarifas públicas, redução dos preços dos combustíveis, aumentar o patrulhamento rural noturno, medidas de proteção à horticultura, "que apareça o pagamento da Venezuela" e que o Estado aperte o cinco para folgar o cidadão. O líder da mobilização pertence ao setor lácteo, que, até bem pouco tempo demonstrava sua pujança econômica e exportadora e que agora reclama por melhores condições para desenvolver sua atividade. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)
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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.189

 

  GDT: preços de lácteos continuam estáveis em baixos patamares

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/01) registrou queda de 1,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.405/tonelada.
O leite em pó integral apresentou queda de 0,5%, sendo comercializado a US$ 2.188/tonelada. O leite em pó desnatado teve queda, indo de US$1.890/ton a US$1.835/ton (-2,9%). Já o queijo cheddar teve leve queda, chegando a US$2.867/tonelada (-3,3% sobre o último leilão).

Neste leilão foram vendidas 21.930 toneladas de produtos lácteos, volume cerca de 30,0% inferior ao mesmo período do ano passado. 

Apesar da ligeira queda nos preços, os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram altas (exceto o de março), com projeção de preço para julho na casa dos US$2.400/ton. Tal movimento é reflexo das expectativas de que a produção da Nova Zelândia apresente quedas expressivas durante 2016, devido aos baixos preços que vem sendo praticados. (Fonte: Global Dairy Trade)

 

 
 
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em dezembro de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

   

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2016 é de R$ 1,8347/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

Uruguai: preço do leite em pó integral caiu 53% em 2015

Os volumes de leite em pó integral e desnatado exportados pelo Uruguai em 2015 aumentaram 65% e 23%, respectivamente, mas o valor da tonelada de leite em pó integral baixou 53% e do desnatado 30% em um ano, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale). Refletindo a volatilidade que dominou todo o mercado de lácteos em 2015, no final do ano, o valor das exportações de lácteos do Uruguai registrou uma queda de 22% com relação a 2014.

As vendas de leite em pó integral ao longo de todo o ano passado geraram US$ 286,263 milhões, de leite em pó desnatado geraram US$ 70,603 milhões; de queijos, US$ 144,266 milhões; e de manteiga, US$ 60,825 milhões. O total de lácteos exportados gerou US$ 631,388 milhões, segundo dados do Inale.

Em volume, as exportações foram de 96.409 toneladas de leite em pó integral, 25.854 de leite em pó desnatado, 32.026 toneladas de queijos e 20.380 toneladas de manteiga. Porém, além dos volumes, o que mostra bem a volatilidade do mercado são os preços por produto. Esses valores de mercado internacional se refletem também nas receitas dos produtores uruguaios que, por sua vez, sofreram com a seca de outono - quando, em geral, o fenômeno climático se registra na primavera ou no verão -, que golpeou forte os produtores.

A tonelada de leite em pó integral vendida pelo Uruguai teve um preço médio no final de 2015 de US$ 2.347; o leite desnatado teve um preço de US$ 2.033 por tonelada; o queijo, de US$ 3.510 por tonelada; e a manteiga, de US$ 2.708 por tonelada. Segundo os dados estatísticos do Inale, em dezembro de 2015, os preços dos queijos exportados pelo Uruguai caíram 25% com relação a novembro de 2015, ficando em média em US$ 3.510 por tonelada vendida.

Por sua vez, os preços recebidos pela Oceania se mantiveram com relação a novembro de 2015 em US$ 3.150 por tonelada. Também, o preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai em dezembro de 2015 caiu 25% com relação ao mês anterior, ficando em US$ 2.347 por tonelada vendida. O preço do mesmo produto exportado pela Oceania e pela Europa mostrou uma queda de 6% para ambas as regiões e ficou em US$ 2.250 por tonelada. (As informações são do El País Digital)

 
CNI quer tirar acidentes no trajeto do cálculo de risco de trabalho 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai insistir com o governo na retirada dos acidentes de trajeto do cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), mecanismo adotado para reduzir ou aumentar as alíquotas dos Riscos Ambientais de Trabalho (RAT). O RAT é uma contribuição previdenciária paga pelo empregador para cobrir os custos com trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. O entendimento é que as empresas não têm como realizar medidas de prevenção para um tipo de acidente que ocorre fora da companhia. Levantamento da CNI mostra que, enquanto a taxa de acidentes dentro das empresas sofreu redução, as ocorrências no percurso entre o serviço e a casa do trabalhador cresceram 41,2% entre 2007 e 2013 e representam 20% dos acidentes de trabalho no Brasil. Aplicado desde 2010, o FAP dá bônus às empresas que investem em prevenção de acidentes e pune as que têm um número elevado de ocorrências. As companhias podem ter uma diminuição de 50% ou aumento de 100% na alíquota dos RAT ¬ de 1%, 2% ou 3% sobre a folha de pagamentos com base nos índices de frequência, gravidade e custo dos acidentes. 

O presidente do Conselho das Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, explicou que, apesar dos investimentos feitos para reduzir acidentes de trabalho, as empresas acabam não tendo uma diminuição das alíquotas do seguro, pois os acidentes de trajeto não param de crescer. Em 2013, do total de óbitos registrados no Brasil como acidente de trabalho, 43,4% ocorreram no trajeto. Furlan já conversou com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, sobre o assunto, mas ainda não teve uma resposta. Na avaliação de Furlan, as empresas não têm como controlar ou adotar medidas para evitar os acidentes de trajeto. "Não tem razão para incluir como acidente de trabalho. É um risco fora do controle da empresa", diz. Segundo ele, mesmo em situações em que a empresa oferece ônibus fretado, por exemplo, não está livre de acidentes no trajeto. "Adotamos todos os mecanismos para evitar acidente." Para a CNI, o aumento progressivo no número de acidentes de trajeto é preocupante, porque contrasta com a queda na taxa observada nos últimos anos. Segundo dados repassados pela entidade, com base nas estatísticas do Ministério da Previdência, o número de Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) subiu 7,8% enquanto o mercado formal de trabalho teve expansão de 30,2% ente 2007 e 2013. 

Com isso, segundo o levantamento, o número geral de acidentes de trabalho caiu de 1.378 para 1.142 a cada mil trabalhadores. A confederação também quer retomar as negociações de outras questões de interesse da indústria com o governo, caso da flexibilização de norma de segurança no trabalho para uso de máquinas e equipamentos, a chamada NR¬ 12. A medida vem gerando reclamações dos empresários, porque os ajustes na norma regulamentadora podem custar à indústria cerca de R$ 100 bilhões, segundo estimativas do setor. A CNI defende a retirada da retroatividade para adequação dos equipamentos, além do estabelecimento de obrigações distintas para fabricantes de equipamentos e os usuários e tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas. Instituída em 1978, a norma regulamentadora abrange todo o parque industrial brasileiro e estabelece requisitos para a prevenção de acidentes de doenças do trabalho. Em 2010, a norma foi modificada e ampliou de 40 para 340 os itens obrigatórios a serem cumpridos pelas empresas, inclusive com exigências relativas ao maquinário já existente. (Valor Econômico)

 
 
Milho 
O mercado brasileiro pode enfrentar nova escassez de milho no segundo semestre de 2016, com possibilidade de importar alguns volumes dos Estados Unidos e da Argentina, em função de uma safra praticamente estável e de mais uma temporada com fortes exportações, projetou nesta terça-feira a consultoria Agroconsult. (Fonte: Reuters)
 
 

 

    

O Conselho Paritário do Leite (Conseleite) indicou que o leite UHT começou o ano com preços estáveis no Rio Grande do Sul. Uma análise dos primeiros dias de 2016 permitiu a projeção de um preço de referência de R$ 0,8422 para o litro do leite padrão em janeiro, valor 0,78% abaixo do valor final obtido em dezembro de 2015 (R$ 0,8489). O preço de dezembro ficou 0,99% acima do projetado (R$ 0,8405). Na reunião realizada nesta terça-feira (19/01) na Farsul, o conselho ainda determinou que, a partir deste mês, haverá mudança nos termos utilizados pela pesquisa mensal divulgada pela UPF. Foi definido que passem a ser empregados os termos Maior Valor de Referência, Valor de Referência e Menor Valor de Referência.

Durante a reunião, o assessor da Fetag Márcio Langer sugeriu que o valor de referência do Conseleite seja adotado como preço mínimo. Representando a indústria, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, explicou que o conselho não tem o objetivo de estipular preços mínimos, definição prevista na política do governo federal. A Fetag ainda sugeriu que o Conseleite passe a divulgar apenas o preço de referência, excluído as demais cotações (Maior Valor e Menor Valor). O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, sugeriu que seja realizada reunião entre as federações de produtores (Fetag, Farsul e Fecoagro) para debater a questão e tirar uma posição a ser apresentada na próxima reunião do Conseleite, em fevereiro.

Representantes de laticínios presentes alertaram para queda da captação, estimada em mais de 700 mil litros dia (5% do total captado no RS). Segundo os representantes do Conseleite, a redução é resultado da entressafra, do excesso de calor e do aumento dos custos de produção. O cenário resulta no abandono da atividade por parte de produtores, o que vêm preocupando a cadeia produtiva.

Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Dezembro de 2015.

Matéria-prima Valores Projetados Dezembro / 15

Valores Finais

Dezembro / 15

Diferença

(final – projetado)

I – Maior Valor de Referência 0,9666 0,9762 0,0096
II – Valor de Referência 0,8405 0,8489 0,0083
III – Menor Valor de Referência 0,7565 0,7640 0,0075

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Janeiro de 2015.

Matéria-prima

Janeiro /15 *
I –Maior Valor de Referência 0,9686
II – Valor de Referência 0,8422
III –Menor Valor de Referência 0,7580

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Legenda: Dados foram apresentados nesta terça-feira na Farsul
Crédito: Carolina Jardine/Divulgação

         

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.188

 

  Ano começa com estabilidade de preço e Conseleite muda termos de pesquisa

O Conselho Paritário do Leite (Conseleite) indicou que o leite UHT começou o ano com preços estáveis no Rio Grande do Sul. Análise dos primeiros dias de 2016 permitiu a projeção de um preço de referência de R$ 0,8422 para o litro do leite padrão em janeiro, valor 0,78% abaixo do valor final obtido em dezembro de 2015 (R$ 0,8489). O preço de dezembro ficou 0,99% acima do projetado (R$ 0,8405). Na reunião realizada nesta terça-feira (19/01) na Farsul, o conselho ainda  determinou que, a partir deste mês, haverá mudança nos termos utilizados pela pesquisa mensal divulgada pela UPF. Foi definido que passem a ser empregados os termos Maior Valor de Referência, Valor de Referência e Menor Valor de Referência.

Durante a reunião, o assessor da Fetag Márcio Langer sugeriu que o valor de referência do Conseleite seja adotado como preço mínimo. Representando a indústria, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, explicou que o conselho não tem o objetivo de estipular preços mínimos, definição prevista na política do governo federal.  A Fetag ainda sugeriu que o Conseleite passe a divulgar apenas o preço de referência, excluído as demais cotações (Maior Valor e Menor Valor). O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, sugeriu que seja realizada reunião entre as federações de produtores (Fetag, Farsul e Fecoagro) para debater a questão e tirar uma posição a ser apresentada na próxima reunião do Conseleite, em fevereiro.
Representantes de laticínios presentes alertaram para queda da captação, estimada em mais de 700 mil litros dia (5% do total captado no RS). Segundo os representantes do Conseleite, a redução é resultado da entressafra, do excesso de calor e do aumento dos custos de produção. O cenário resulta no abandono da atividade por parte de produtores, o que vêm preocupando a cadeia produtiva.
Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência¹, em R$ - Dezembro de 2015.
(¹) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência¹, em R$ - Janeiro de 2015.

(¹) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)


Dados foram apresentados nesta terça-feira na Farsul
Crédito: Carolina Jardine/Divulgação

 
 
 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de janeiro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de dezembro de 2015 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de janeiro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Lactalis comunica otimização de suas unidades no Rio Grande do Sul

A multinacional Lactalis anunciou ontem a transformação da fábrica de Fazenda Vila Nova no segundo maior centro de distribuição do País. O investimento no local será de R$ 3 milhões para uma capacidade de armazenamento de 15,6 milhões de toneladas. A informação foi dada pelo diretor de Assuntos Regulatórios e Relações Cooperativas da Lactalis, Guilherme Portella, durante visita ao governador em exercício José Paulo Cairoli.

A produção da unidade da Fazenda Vila Nova será transferida para a fábrica de Teutônia, a 15 quilômetros. De acordo com Portella, a intenção é otimizar atividades no Estado e planejar novos investimentos. "A produção das nossas unidades será concentrada para distribuição em Fazenda Vila Nova. Isso fará o retorno do ICMS do município crescer", disse Portella.

Segundo o executivo, os mais de mil produtores atendidos hoje na unidade de Fazenda Vila Nova passarão a entregar sua produção de aproximadamente 100 mil litros/dia em Teutônia, que passará a receber 700 mil litros/dia.

A Lactalis é a maior empresa no segmento de lácteos do mundo, presente em 200 países. É também a maior captadora de leite do Brasil: possui no País 17 unidades industriais, sete mil colaboradores em mais de 50 localidades e mantém relacionamento com 18 mil produtores.

No Rio Grande do Sul, a Lactalis possui seis unidades industriais (Santa Rosa, Ijuí, duas em Três de Maio, Teutônia e Fazenda Vila Nova), sete postos de resfriamento e um escritório administrativo. A empresa gera 2,3 mil empregos diretos e recebe leite de 10 mil famílias de produtores rurais. (Jornal do Comércio)

 
Mudança foi informada ao governador em exercício José Paulo Cairoli
Créditos: Alex Rocha/Palácio Piratini/JC

Mundo está mais desigual, diz Oxfam 

A crise de desigualdade no mundo "saiu do controle", diz a ONG Oxfam em relatório lançado hoje. O intervalo entre ricos e pobres no mundo alcançou novos extremos. Em 2015, a riqueza de 62 indivíduos equivalia à de 3,6 bilhões de pessoas, a metade da população global. Em 2010, eram 388 pessoas com a mesma riqueza de metade da população mundial, e em 2014 eram 80 os milionários. A riqueza dos 62 mais ricos do mundo cresceu 44% em cinco anos, desde 2010. Trata¬se de um crescimento de mais de US$ 542 bilhões. O rendimento médio anual dos 10% mais pobres no mundo aumentou menos de US$ 3 em 25 anos. "Ocorreu uma aceleração na concentração de riqueza", diz Katia Maia, diretora¬executiva da Oxfam do Brasil, comentando a tendência de aumento da desigualdade no mundo. Em sua interpretação, o fenômeno torna cada vez mais distante que o mundo consiga eliminar a pobreza em 2030, como busca a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) aprovados em setembro pelas Nações Unidas. Embora nos últimos 20 anos tenha ocorrido grande progresso em reduzir o número de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza extrema, "ao se ao intensificar a desigualdade, coloca¬se em risco as conquistas dos últimos anos. Além disso, poderíamos estar resolvendo a situação de pobreza de vários milhões a mais de pessoas", diz a representante da Oxfam no Brasil. O estudo "An Economy for the 1%" (que no Brasil foi chamado de "Uma Economia para 1% da População Mundial") também lembra que estimados US$ 7,6 trilhões (o que representa mais que o PIB do Reino Unido e da Alemanha somados) estão hoje em paraísos fiscais. "É preciso dar transparência e regulamentar os paraísos fiscais", diz Katia. "Eles não são ilegais, mas a ideia é que possamos ter dentro das Nações Unidas, um arcabouço, um marco legal que desse regras aos paraísos fiscais no mundo." A Oxfam inicia esta campanha buscando atingir os líderes globais. "É preciso identificar o que é um recurso legal e um recurso que não pagou impostos onde foi gerado. Isso significa menos dinheiro para políticas públicas e também para reduzir a desigualdade." O relatório da Oxfam, que será também lançado esta semana no Fórum Econômico de Davos, diz que, dos 62 indivíduos mais ricos do mundo, 53 são homens. O estudo se debruça sobre o salário dos CEOs. Os executivos que lideram empresas americanas tiveram aumento salarial de 54,3% desde 2009, enquanto salários médios de funcionários praticamente não se mexeram. Segundo a Oxfam, as mulheres ocupam apenas 24 dos cargos de CEOs nas 500 maiores empresas listadas na Fortune. (Valor Econômico)

 
Preços/Uruguai 
No mês de novembro passado o preço recebido pelas indústrias com a comercialização de produtos lácteos caiu 5% em dólares, em relação a outubro. Foi o resultado da queda de preços à exportação (-2%) e no mercado interno (-5%). O preço ao produtor, em dólares, foi reduzido em 2%, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Em novembro de 2015 a participação do valor pago ao produtor em relação ao preço recebido pela indústria também foi reduzida em 1%, quando comparado ao mês anterior. Em média a indústria transferiu aos produtores 69% do valor recebido com a comercialização dos lácteos (somando-se vendas para o mercado interno como para exportação) nos doze meses encerrados em novembro. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)
 

         

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.187

 

  Fundesa tem prestação de contas de 2015 aprovada
 
Em Assembleia Geral Ordinária, os conselheiros do Fundesa aprovaram a prestação de contas da entidade para o exercício de 2015. Ao longo do ano, o fundo arrecadou em contribuições mais de R$ 7,7 milhões. Somando as aplicações financeiras, o saldo do Fundesa teve um incremento de quase R$ 13,5 milhões no ano passado, totalizando R$ 56,5 milhões.  

A utilização de recursos do Fundo totalizou R$ 3,713 milhões, divididos entre as cadeias de aves, suínos, gado de corte e gado de leite. Os valores foram utilizados para a indenização de produtores, em caso de abate sanitário e apoio às ações da Secretaria e do Ministério da Agricultura.  

O destaque na planilha foi para a cadeia do leite, que teve uma arrecadação de R$ 3,6 milhões. "Conseguimos, através de negociações, recuperar a contribuição de empresas que estavam inadimplentes com o Fundesa", explica o presidente do Fundo, Rogério Kerber.  Por outro lado, a cadeia leiteira teve também um maior volume de recursos, mais de 1,8 milhão , utilizados para a indenização de produtores.  O representante da cadeia leiteira, Darlan Palharini (Sindilat), explica que isso se deve à maior tranquilidade dos produtores em sanear o rebanho para enfermidades como tuberculose e brucelose. "Com a atuação do Fundesa, os produtores sabem que vão receber a indenização e procuram realizar o saneamento da propriedade, garantindo mais qualidade ao leite gaúcho", afirma Palharini.

No mês que vem, o Fundesa completa dez anos de arrecadação. Embora tenha sido criado em 2005, o fundo começou a arrecadar as contribuições, efetivamente, em fevereiro de 2006. De lá para cá foram arrecadados mais de R$ 72 milhões e aplicados mais de R$ 16 milhões nas quatro cadeias produtivas que integram o fundo. (Assessoria de Imprensa Fundesa)

 

 
 
Otimismo cauteloso com as exportações de lácteos

Depois de fechar 2015 com mais um déficit na balança comercial, o setor de lácteos inicia o novo ano mais otimista, ainda que o tom seja de cautela. No ano que passou, as exportações brasileiras de lácteos somaram US$ 319,2 milhões, 8% abaixo do registrado em 2014. No mesmo período, as importações brasileiras do setor também caíram, 6%, e totalizaram US$ 419 milhões. Para este ano, diz Marcelo Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos, que reúne empresas do setor, a expectativa é de que a receita com as vendas externas possa alcançar até US$ 450 milhões, ou cerca de 40% acima de 2015. A abertura de novos mercados e a consolidação daqueles para os quais o Brasil já exporta devem sustentar o crescimento, avalia Martins. Ele acrescenta que o câmbio atual também é um estímulo às vendas ao exterior, embora os preços internacionais dos lácteos estejam pressionados em decorrência, principalmente, do desaquecimento da demanda. 
 
Mas a expectativa, diz, é de que as cotações se recuperem a partir do segundo semestre deste ano, outro fator que favoreceria as exportações. Um dos desafios do setor este em 2016 é reduzir o que Martins chama de "venezuelodependência". No ano que passou, 75% da receita com as exportações de lácteos veio das vendas à Venezuela. "A Venezuela é boa oportunidade para o Brasil, mas não se pode colocar todas as fichas nela. Temos de ampliar o leque de países importadores", afirma. Os passos para diversificar os clientes estão sendo dados. Após a abertura do mercado russo em 2015 para os lácteos do Brasil ¬ o país já embarcou 182 toneladas de manteiga e 248 de queijos ano passado à Rússia e há potencial para dobrar o volume este ano ¬, a expectativa é abrir efetivamente a China, maior importador global de lácteos que se retraiu no mercado em 2015. Oito plantas estão em processo de habilitação para exportar leite em pó, principalmente. Conforme Martins, neste momento, as empresas que querem exportar ao mercado chinês estão respondendo a questionários com informações sobre sanidade. Esse questionário tem de ser validado pelo Ministério de Agricultura, que faz a solicitação de habilitação à China. 
 
O setor também espera a habilitação de plantas, ainda neste semestre, para exportar leites em pó e condensado ao Panamá. Há ainda uma negociação de acordo tarifário com o México, acrescenta o diretor¬executivo da Viva Lácteos. Medidas de promoção comercial, em conjunto com a Apex, também estão no planejamento da Viva Lácteos. Além de novos mercados, clientes como Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito e Emirados Árabes, estão no foco, segundo o dirigente. Na visão de Martins, não há espaço para aumento das importações este ano. " A importação deve continuar nos mesmos patamares, com possibilidade de queda porque não tem aumento de demanda que justitifique uma alta". Ele reitera a necessidade investimentos em tecnologia, melhora da competitividade e a adequação dos marcos regulatórios do país para elevar as vendas externas de lácteos. (Valor Econômico)




Alemanha cresce 1,7% em 2015, mas pode frear devido à China

A economia da Alemanha cresceu cerca de 0,25 ponto percentual nos últimos três meses de 2015. O nível de emprego recorde e a política monetária expansionista fortaleceram o consumo interno, em uma época de enfraquecimento do comércio global. O Produto Interno Bruto (PIB) do país subiu 1,7% no ano passado, após ter se expandido 1,6% em 2014, disse ontem o Departamento Federal de Estatística. Um prognóstico resumido do quarto trimestre será publicado em 12 de fevereiro. Economistas preveem um crescimento de 0,4%. A Alemanha, a maior economia da zona do euro, está se beneficiando mais que qualquer outro país¬ membro do bloco de 19 países que compartilham a moeda única dos estímulos sem precedentes promovidos pelo Banco Central Europeu (BCE). Com o desemprego em recorde de baixa, a elevação dos salários e o petróleo mais de 37% mais barato do que no ano passado, os gastos internos se tornaram o motor do crescimento econômico, e os exportadores estão deslocando sua atenção dos mercados emergentes em desaceleração para países desenvolvidos em recuperação. "A Alemanha cresceu pouco acima do potencial em 2015 pelo segundo ano consecutivo", disse Jörg Zeuner, economista-¬chefe do KfW, banco estatal de desenvolvimento da Alemanha. Embora a perspectiva para 2016 seja favorável, com o consumo tendendo a contribuir com a "parte do leão" para o crescimento, as preocupações com a China "ilustram onde estão os riscos econômicos relevantes: primordialmente no ambiente externo", disse ele. 

A China migrou da condição de principal propulsora do crescimento regional e mundial para a de um risco ao comércio internacional, num momento em que sua economia, de US$ 10 trilhões, tenta se reequilibrar na mudança de ênfase nos investimentos para a prioridade aos serviços e ao consumo. A venda em massa de ações e a depreciação do yuan agitaram os mercados financeiros mundiais, elevando os temores de que a segunda maior economia mundial se encaminha para uma recessão. Embora a entidade de classe BGA tenha advertido na semana passada que um "pouso forçado" na China empurraria a Alemanha para uma recessão, o Bundesbank manifestou um grau de confiança maior. O BC prevê que o PIB da Alemanha aumentará 1,8% neste ano e 1,7% em 2017. O consumo das famílias subiu 1,9% em 2015, em relação ao 0,9% do ano passado, informou o departamento de estatística. Foi o maior aumento desde 2000. O crescimento dos gastos públicos acelerou para 2,8%, ante 1,7%, o ritmo mais rápido de expansão desde a recessão de 2009. A demanda interna elevou o PIB em 1,5 ponto percentual. 

As exportações tiveram expansão de 5,4%, enquanto as importações cresceram 5,7%. O governo computou um superávit de 0,5% do PIB no ano passado. "As preocupações com a China são um pouco exageradas", disse Andreas Rees, economista¬chefe para a Alemanha do Unicredit Bank em Frankfurt. "Isso terá um efeito inibidor sobre as exportações, mas não será um entrave às perspectivas de recuperação. E o aumento da demanda por parte de outros países, principalmente os EUA e os da zona do euro, vai neutralizar os efeitos dessa queda." O crescimento da zona do euro vem se fortalecendo gradualmente, à medida que a política monetária expansiva chega às empresas e consumidores. O BCE intensificou seu programa de afrouxamento quantitativo em dezembro para pelo menos € 1,5 trilhão (US$ 1,6 trilhão) e cortou ainda mais uma de suas taxas de juros mais importantes para abaixo de zero. O presidente do órgão, Mario Draghi, disse na época que as decisões vão reforçar a recuperação e elevar a capacidade de absorção de choques da região. Segundo previsão do Fundo Monetário (FMI), o crescimento mundial desacelerou para 3,1% no ano passado, ante 3,4% em 2014. O órgão estima que a produção mundial aumentará 3,6% neste ano. 

A expansão das economias avançadas vai se acelerar, enquanto as da Ásia emergente perderão impulso, disse o FMI em seu panorama de outubro. Para a zona do euro, o prognóstico da instituição é de uma expansão de 1,6% em 2016, após o 1,5% do ano passado. "As empresas alemãs viveram um ano de muita incerteza", disse Jens Kramer, economista do banco NordLB de Hanover. "Mas]elas descobriram que a máquina econômica alemã pode funcionar sem problemas mesmo em meio à turbulência, e que elas podem continuar confiando na demanda interna como impulsionadora do crescimento neste ano também. Mesmo assim, os riscos aumentaram." (Valor Econômico)
    

União já elevou despesa do ano em R$ 6 bi

A despesa da União neste ano já havia aumentado R$ 6,2 bilhões antes mesmo de a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei orçamentária, na sexta¬feira, tornando ainda mais difícil o cumprimento do superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com o qual o governo federal se comprometeu. Isso aconteceu por causa do reajuste, acima do que estava previsto na lei orçamentária, do salário mínimo e dos benefícios recebidos pelos aposentados do INSS que ganham acima do piso salarial. Essa nova despesa terá que ser acomodada, portanto, dentro do Orçamento.

O salário mínimo foi reajustado em 11,67%, passando para R$ 880 a partir do dia 1 º deste mês. A previsão que estava no projeto da lei orçamentária, encaminhada pelo governo ao Congresso em agosto do ano passado, era de reajuste de 9,38%. Depois, o relator da proposta orçamentária, deputado Ricardo Barros (PP¬PR), elevou a correção para 10,37%. O aumento do salário mínimo repercute nos gastos da Previdência Social, dos programas de assistência social, do seguro¬desemprego e do abono salarial. A estimativa do Ministério do Planejamento é que a elevação do piso salarial em 11,67% resultará em uma despesa adicional de R$ 2,9 bilhões, em relação ao previsto no Orçamento. O governo reajustou também os benefícios dos aposentados e pensionistas do INSS em 11,28% a partir do dia 1º. O percentual corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado na atualização monetária desses benefícios.

O Orçamento foi elaborado com a previsão de que o INPC de 2015 ficaria em apenas 9,67%. Neste caso, o relator da proposta orçamentária não promoveu alterações. O Ministério do Planejamento estima uma despesa adicional de R$ 3,3 bilhões nas contas da Previdência Social, em relação ao que está previsto no Orçamento. Na semana passada, três portarias do ministro do Planejamento, Valdir Simão, reajustaram os valores do auxílioalimentação, da assistência à saúde (plano de saúde) e da assistência pré-escolar (creche) para os servidores do Poder Executivo, também com vigência a partir do dia 1º. O governo informou que os reajustes nos benefícios foram definidos em acordos firmados durante a negociação salarial de 2015 com os servidores. A despesa total com esses aumentos será de R$ 1,14 bilhão, de acordo com o Planejamento, sendo R$ 626,9 milhões com o auxílio¬alimentação, R$ 327,6 milhões com o auxílio à saúde e R$ 188 milhões com o saláriocreche. Segundo o Planejamento, esse gasto está previsto no Orçamento deste ano e não haverá despesa adicional. 

Não é apenas o aumento das despesas que ameaça a meta de superávit primário deste ano. O Orçamento, que foi sancionado pela presidente Dilma sem um único veto, prevê receitas condicionadas à aprovação de medidas legislativas e outras que nunca foram expressivas em anos anteriores, como aquelas resultantes da venda de ativos. A previsão do governo para a receita com venda de ativos em 2015 foi de apenas R$ 3 bilhões, mas é muito provável que o valor apurado tenha ficado bem abaixo. Para 2016, a expectativa é que ela chegue a R$ 27,3 bilhões. Desse total, o governo federal espera obter R$ 18 bilhões com a legalização de terrenos de marinha e urbanos. 

A expectativa do governo é que serão obtidos R$ 7 bilhões com a venda de participação da Infraero, R$ 1,3 bilhão com venda de terrenos da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e R$ 1 bilhão com o leilão da folha do funcionalismo público federal. Entre as receitas condicionadas, a mais importante e mais difícil de acontecer é a que será obtida com a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com estimativa de R$ 10 bilhões. Mesmo que tenha o apoio de alguns governadores, que também querem resolver os problemas financeiras de seus Estados com uma fatia desse tributo, há uma rejeição grande de parlamentares à recriação da CPMF, mesmo na base aliada do governo. (Valor Econômico)
 
Alívio temporário
Na semana passada, a Justiça Federal em Porto Alegre (RS) deferiu liminar que impede cobrança de PIS/Cofins sobre receitas financeiras de empresa que atua na produção e comércio de produtos de primeira necessidade, que vigorava desde julho de 2015. Segundo Gustavo Masina, sócio do CMTL Advogados, responsável pela ação, a cobrança viola a Constituição, que exige lei e não decreto do Executivo para estabelecer alíquotas desses tributos. Mas Masina sabe que a briga será longa, e só vai terminar nos tribunais superiores. (Zero Hora)
 

A empresa Relat projeta iniciar as exportações de soro de leite em pó ainda no primeiro semestre deste ano. Localizada no município de Estação, no RS, a Relat conseguiu no final de 2015 a homologação do Ministério da Agricultura (MAPA) para comercializar o produto aos países que integram a lista geral. Além disso, a empresa obteve, em dezembro de 2015, a Certificação da Qualidade ISO 22000, que é um importante reconhecimento de segurança e qualidade do produto. 

Segundo o diretor-geral da Relat, Claudio Hausen de Souza, desde a autorização, o trabalho tem sido no intuito do início das exportações. “Temos grandes expectativas, especialmente com a abertura recente de mercados, como o chinês e russo”, avalia. O diretor-geral aponta como mercados interessantes os países da América Latina, como Peru e Colômbia, e os do norte da África, como Argélia e Marrocos. 

A empresa é líder na fabricação de soro de leite em pó na região sul do Brasil. Atualmente, a fábrica tem produzido na sua capacidade máxima, de 65 toneladas por dia do insumo. De acordo com Hausen, a ideia é ampliar as vendas por meio das exportações. Apesar de o câmbio estar favorável à exportação, o preço do soro internacionalmente segue baixo. Mesmo assim, a expectativa é de que os valores reajam nos próximos seis meses, valorizando a exportação do produto.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, uma das metas do sindicado, no ano passado, era o de abrir novos mercados e o de trabalhar para habilitar novas plantas. Para Guerra, esses movimentos proporcionam condições para novos mercados e diminuem a pressão nas negociações dentro do país. Isso permite que as indústrias possam ter um crescimento sustentável.

"A conquista da Habilitação para exportação e da certificação da ISO pela Relat premia o trabalho sério e diferenciado da nossa associada, o que é muito bom para toda a indústria gaúcha. É um reconhecimento da qualidade do produto gaúcho, neste caso específico da Relat com o soro em pó", pontua Guerra.

         

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.186

 

  Relat projeta início das exportações para o primeiro semestre 

A empresa Relat projeta iniciar as exportações de soro de leite em pó ainda no primeiro semestre deste ano. Localizada no município de Estação, no RS, a Relat conseguiu no final de 2015 a homologação do Ministério da Agricultura (MAPA) para comercializar o produto aos países que integram a lista geral. Além disso, a empresa obteve, em dezembro de 2015, a Certificação da Qualidade ISO 22000, que é um importante reconhecimento de segurança e qualidade do produto.

Segundo o diretor-geral da Relat, Claudio Hausen de Souza, desde a autorização, o trabalho tem sido no intuito do início das exportações. "Temos grandes expectativas, especialmente com a abertura recente de mercados, como o chinês e russo", avalia. O diretor-geral aponta como mercados interessantes os países da América Latina, como Peru e Colômbia, e os do norte da África, como Argélia e Marrocos.

A empresa é líder na fabricação de soro de leite em pó na região sul do Brasil. Atualmente, a fábrica tem produzido na sua capacidade máxima, de 65 toneladas por dia do insumo. De acordo com Hausen, a ideia é ampliar as vendas por meio das exportações. Apesar de o câmbio estar favorável à exportação, o preço do soro internacionalmente segue baixo. Mesmo assim, a expectativa é de que os valores reajam nos próximos seis meses, valorizando a exportação do produto.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, uma das metas do sindicado, no ano passado, era o de abrir novos mercados e o de trabalhar para habilitar novas plantas. Para Guerra, esses movimentos proporcionam condições para novos mercados e diminuem a pressão nas negociações dentro do país. Isso permite que as indústrias possam ter um crescimento sustentável.

"A conquista da Habilitação para exportação e da certificação da ISO pela Relat premia o trabalho sério e diferenciado da nossa associada, o que é muito bom para toda a indústria gaúcha. É um reconhecimento da qualidade do produto gaúcho, neste caso específico da Relat com o soro em pó", pontua Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: Divulgação/Relat
 
 
 
Planalto promove tarde de campo sobre bovinocultura de leite

A propriedade do agricultor Odair Ferencz, na Linha Sete de Setembro, interior do município de Planalto, recebeu ontem (13) mais de 70 produtores locais na Tarde de Campo sobre Bovinocultura de Leite. O evento, organizado pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura, Secretaria Municipal da Agricultura, Laticínios Frizzo e Cooper A1, foi realizado com o objetivo de fomentar a atividade leiteira no município.

Há 43 anos, a família Ferencz vive na propriedade da Linha Sete de Setembro. A bovinocultura é o carro chefe da propriedade, atividade desenvolvida há mais de 11 anos. Dos 15 hectares da propriedade, oito são destinados à produção de leite. Hoje, são 24 animais em lactação. Em determinadas épocas, esse número sobe para 39 animais. A produção média mensal é de 18,8 mil litros de leite, podendo a chegar, no inverno, a 27 mil litros.

Cinco estações dividiram importantes temas apresentados durante a Tarde de Campo. A primeira estação tratou sobre melhoramento genético do rebanho leiteiro, tema apresentado pelo representante da TAG do Brasil, Eloir Cristiano Wieczyrski. Os benefícios da padronização genética foram elencados, como a seleção de animais superiores e a exclusão de doenças genéticas, o que garante a seleção de animais melhoradores.

O tema qualidade do leite foi abordado pelo médico veterinário da Laticínios Frizzo, Leonardo Sperandio. Segundo ele, a atividade é uma das mais atrasadas do setor agropecuário. Estamos atrasados para começar a mudar. A Normativa 62 está aí e é preocupante a situação de alguns produtores. O problema não é o volume, mas a qualidade do leite produzido. Pode produzir pouco, mas com qualidade. Todo grande já foi pequeno. Se nos considerarmos pequenos, devemos melhorar sempre, para permanecer na atividade, produzindo com qualidade, exclamou. O médico veterinário falou ainda sobre os procedimentos necessários ao bom manejo, para controle das Contagem de Células Somáticas (CCS) e da Contagem Bacteriana Total (CBT).

A estação sobre manejo e adubação de pastagens foi apresentada pelo técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Palmitinho, Alex Rubin. A produção de leite à base de pasto é um dos métodos mais eficientes para o pequeno produtor, de baixo custo e alta produtividade. A escolha das variedades e o manejo adequado garantem a produção de pasto o ano todo.

Conservação do solo e gestão ambiental foram assuntos trabalhados pelo assistente técnico regional de recursos naturais da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Carlos Roberto Olczevski. Um solo fértil permite a produção de forrageiras e de milho para ração e para silagem, e é um fornecedor de água e nutrientes, afirmou Carlos, apontando que o bom manejo do solo depende da fertilidade química, física e biológica. No caso da fertilidade química, é preciso realizar a coleta e análise de solo antes da implantação de pastagem. O cuidado com o solo deve fazer parte do planejamento da propriedade, já que. a produtividade está diretamente ligada ao manejo do solo, enfatizou Olczevski.

Para encerrar, o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Alpestre, Alencar dos Santos, explicou aos participantes sobre manejo de silagem e produção de feno. Os produtores acompanharam o trabalho das máquinas na produção de feno, conhecendo os benefícios deste complemento para a atividade leiteira. A Secretaria da Agricultura de Planalto adquiriu máquinas para produção de feno e está disponibilizando o maquinário aos produtores interessados. O trabalho ainda está em fase de experimentação, mas vem beneficiando os produtores de Planalto.

A Tarde de Campo contou com a participação do prefeito de Planalto, Antonio Carlos Damin, do vice-prefeito e secretário da Agricultura, Gabriel Olkoski, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), João Kosvoski, do gerente do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Francisco Frizzo, e do gerente do setor de bovinocultura de leite da Cooper A1, Egon Grings. (Fonte: Emater/RS)

 
 
Novo presidente da Argentina implementa subsídios ao setor de lácteos

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, tem estado ocupado desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro de 2015. Nesse curto período, Macri pôs fim a tarifas de exportação, revisou a agência de estatísticas do país, substituiu o presidente do banco central, nomeou dois juízes da Suprema Corte e permitiu que o peso argentino flutuasse livremente - e essa foi apenas a primeira semana no cargo. 

A ação rápida, de acordo com o novo presidente, é para ajudar a dar um salto na economia da Argentina na esperança de lidar com a inflação de 25% anual do país, reduzir suas dívidas fiscais e lidar com a taxa de pobreza de 29%, de acordo com o Wall Street Journal. O presidente está vendo as exportações agrícolas como uma forma para alcançar esse objetivo.

Macri não parou por aí, entretanto. Na semana passada, ele reuniu-se com membros importantes da indústria de lácteos para assinar um novo compromisso de suporte aos produtores e promover a indústria. O acordo inclui provisões para pagamentos diretos a fazendas, além do acesso a empréstimos de menores custos para operações de lácteos com dificuldades - tudo visando aumentar as exportações de lácteos da Argentina em curto prazo. Especificamente, o acordo inclui um subsídio de 40 centavos de peso (0,0296 dólares) por litro de leite para os primeiros 3.000 litros produzidos por dia durante a primeira metade de 2016. Isso é equivalente a um aumento de 33% ou 36.000 pesos (US$ 2.665,03) ao mês por produtor.

Em um período em que os cofres mundiais de leite em pó estão estourando, outro país fornecendo novos subsídios aos produtores de leite sugere que não há um fim à vista para as tendências atuais. Embora essas sejam boas notícias para a indústria de lácteos da Argentina, esse último acordo pode desencadear discórdia em produtores de leite dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. 

Em 14/01/15 - 1 Peso Argentino = US$ 0,07403
13,5083 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Daily Dairy Report)

Desigualdade de renda na China já é das maiores 

A China comunista tem um dos níveis mais altos de desigualdade de renda no mundo, e o 1% de famílias mais ricas detém um terço da riqueza do país, diz um relatório da Universidade de Pequim. Os 25% mais pobres entre os lares chineses detém apenas 1% da riqueza total do país, segundo o estudo. O Coeficiente de Gini chinês referente à renda, uma medida amplamente usada para mensurar desigualdade, ficou em 0,49 em 2012, diz o estudo. O Banco Mundial considera que um coeficiente acima de 0,40 indica desigualdade de renda grave. Entre os 25 maiores países em população monitorados pelo Banco Mundial, só a África do Sul e o Brasil são mais elevados, com 0,63 e 0,53, respectivamente. O número dos EUA é 0,41, ao passo que o da Alemanha é 0,3. 

O estudo do Instituto de Pesquisas em Ciências Sociais da universidade provavelmente reforçará os apelos por uma tributação mais progressiva e por um aumento dos gastos com bem¬estar social no país nominalmente comunista. O Coeficiente de Gini chinês na década de 1980 era de cerca de 0,3. "Não há dúvida de que a diferença de renda está ficando cada vez maior", disse Zhou Xiaozheng, professor de sociologia na Universidade de Renmin, em Pequim. "Os pobres estão ficando mais pobres e os ricos, mais ricos". Embora a desigualdade de renda da China seja mais grave do que outros grandes países, a desigualdade de riqueza é pior nos EUA. O 1% de famílias americanas mais ricas detinha 42% de toda a riqueza nos EUA em 2012, segundo pesquisa de Emmanuel Saez, economista da Universidade da Califórnia, em Berkeley. 

Corrupção desenfreada e rendas não declaradas são obstáculos à formulação de estimativas sobre os níveis de renda e riqueza na China. Os números são substancialmente maiores do que as estimativas oficiais. A agência de estatísticas chinesa disse no ano passado que o Coeficiente de Gini no país havia caído ligeiramente, para 0,469 em 2014, de 0,477 em 2011. Outra estimativa, de economistas respeitados na Universidade do Sudoeste de Finanças e Economia, em Chengdu, apontam que o Coeficiente de Gini ficou em 0,61 em 2010. O mais recente relatório é baseado numa pesquisa envolvendo cerca de 15 mil famílias em 25 províncias. Por outro lado, o Relatório Hurun divulgou ontem que o número de milionários na China cresceu 8% em relação ao ano passado, para 3,14 milhões. De acordo com a Lista dos Chineses Mais Ricos (2015), do Hurun, existem 596 bilionários (em dólares) no país, mais do que nos EUA. 

O governo chinês comprometeu¬se em atacar a desigualdade. "Nós queremos fazer o bolo crescer continuamente e, ao mesmo tempo, assegurar que ele seja dividido corretamente. A sociedade chinesa mantém há muito tempo o lema: 'Não se preocupe com a quantidade, preocupe¬se que todos tenham a mesma quantidade', escreveu Xi Jinping, o presidente chinês, no "Diário do Povo", jornal que é porta¬voz do governo, em 2014. (Valor Econômico)

 
Exportações de orgânicos do Brasil cresceram 15% em 2015, diz entidade
As exportações de produtos orgânicos por 77 empresas brasileiras associadas ao Projeto Organics Brasil totalizaram US$ 160 milhões no ano passado. O resultado é um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Segundo Ming Liu, coordenador-executivo da Organics, que trabalha para a promoção dos produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, a grande surpresa foi o surgimento da China como 4º maior mercado mundial de orgânicos em 2015, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha e França. "Mas os Estados Unidos representam pouco mais do que metade do mercado global e continua sendo a referência em termos de lançamentos e inovação no setor", disse ele. O mercado global atingiu a marca de US$ 72 bilhões, com crescimento de 11,5% em comparação com 2014. (As informações são do Valor Econômico)