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08/07/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.698


Reino Unido: com a elevação dos custos de produção, produtores de leite consideram deixar atividade

Os temores sobre o aumento dos custos de alimentação, combustível e fertilizantes levaram quase um quarto dos produtores de leite na Inglaterra e no país de Gales a considerar cessar a produção de leite nos próximos 2 anos.

A pesquisa da National Farmer’s Union (NFU) com 610 produtores de leite descobriu que 15% disseram estarem pensando em encerrar a produção de leite, enquanto outros 7% disseram planejarem interromper a produção de leite. Se 7% deixarem a indústria nacionalmente, isso pode significar 840 produtores deixando a indústria.

Preocupações com os preços dos alimentos

Nos dois anos seguintes, os produtores de leite estavam mais preocupados com os preços dos alimentos (93%), combustível (91%), energia (89%) e fertilizantes (88%).

Os pequenos produtores de leite, que produzem menos de 1 milhão de litros, constituem a maioria dos que pretendem interromper a produção de leite e também compõem o maior grupo daqueles com maior probabilidade de não ter certeza de continuar.

Custos na pecuária leiteira

Minette Batters, presidente da NFU, disse que o clima da Grã-Bretanha é perfeito para cultivar uma gama diversificada de alimentos, mas nunca foi tão importante quanto antes garantir isso.

“Os custos estão subindo rapidamente nas fazendas em todo o país e em todos os setores. Isso já está causando impacto nos alimentos que estamos produzindo como nação, além de levar a uma crise de confiança entre os produtores da Grã-Bretanha. Esses resultados da pesquisa definem claramente o que temos a perder se nada for feito.”

“Os produtores estão prontos para o desafio e fazem sua parte na solução, mas o investimento e o compromisso do governo são cruciais ao longo da jornada, principalmente quando estão lutando contra os custos como nunca antes.”

“A agricultura sempre foi um negócio volátil, mas com os preços dos fertilizantes dobrando, os preços dos alimentos e dos combustíveis subindo e o papel variável do clima, as decisões que os produtores estão tomando agora parecerão mais uma aposta do que nunca. Agora precisamos que o governo coloque palavras em ação e garanta que a nação possa continuar desfrutando de comida britânica de alta qualidade”, acrescentou Batters.

Preocupações reais

O presidente do conselho de laticínios da NFU, Michael Oakes, acrescentou que os laticínios também estão sentindo a pressão e expressaram “preocupações reais”, apesar de oferecer preços mais altos por não conseguirem cumprir os compromissos nos próximos meses.

Oakes disse que a produção também estava caindo na Europa e se movendo mais para o leste, então havia uma oportunidade real para o Reino Unido estar lá e atender a alguns desses mercados, acrescentando que a NFU estava conversando com o Defra e o Departamento de Comércio Internacional para explorar mais oportunidades. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Petróleo: Recessão Mundial e seus Efeitos sobre a Demanda Ditarão os Preços
 
Os preços do petróleo WTI e Brent, que servem de referência para o mercado, ficaram abaixo da marca de US$ 100 nas sessões de 6 e 7 de julho, após recuos significativos em 5 de julho, quando o Brent afundou 9% e o WTI despencou 8%.
 
A questão agora é saber se os preços continuarão caindo.
 
1. Temores de uma recessão
A principal razão para a desvalorização do petróleo nesta semana são os temores de uma recessão mundial. Tudo indica que os EUA já estejam em recessão, mas só teremos uma confirmação depois que os dados oficiais forem divulgados. Os indicadores econômicos das maiores economias do mundo não estão positivos.
 
A Alemanha, por exemplo, estuda restringir a atividade industrial, em razão da falta de gás natural. Os preços elevados da energia ao redor do mundo, sobretudo na Europa e EUA, estão fazendo com que os consumidores reduzam seus gastos. Muito embora as viagens estejam fortes no momento, graças à demanda reprimida gerada pelos bloqueios sanitários contra o coronavírus, o temor é que os consumidores fiquem muito mais cautelosos para viajar em vista dos preços elevados, assim que o verão no Hemisfério Norte acabar.
 
O profundo declínio da terça-feira foi intensificado por um relatório do Citibank prevendo que o barril poderia atingir US$ 65 até o fim do ano caso o cenário de recessão mundial se concretizasse. Se, de fato, entrarmos em território recessivo até o fim do verão e a demanda petrolífera cair mais do que os níveis sazonais esperados, tudo leva a crer que veremos o fim do bull market (mercado de alta). Uma recessão e a queda subsequente da demanda serão os vetores mais importantes para a desvalorização do petróleo.
 
2. Alta demanda pelo petróleo russo
Quando as primeiras sanções ao petróleo russo foram anunciadas, a Administração de Informações Energéticas dos EUA chegou a prever que 3 milhões de barris por dia da Rússia sairiam do mercado.
 
Em abril, os dados mostraram um declínio na produção petrolífera russa, na medida em que parte da extração foi interrompida devido à falta de clientes para os exportadores. No entanto, esse cenário rapidamente se reverteu após as autoridades do país encontrarem novos compradores na China e na Índia para substituir os clientes europeus.
 
É natural que os preços tivessem uma queda assim que o mercado percebesse que um volume menor de petróleo russo saiu do mercado.
 
Os investidores devem ficar atentos ao fato de que parte das sanções ao petróleo da Rússia só entrará em vigor a partir do fim do ano, portanto é possível que as exportações do país sejam impactadas até o fim de 2022, provocando a alta dos preços. Contudo, também pode ocorrer que, até essa data, as empresas petrolíferas russas já tenham estabelecido relações com novos clientes, de modo que o efeito das sanções talvez não seja tão significativo no mercado.
 
3. Descontos ao petróleo sancionado
Assim que a Europa e os EUA impuseram sanções ao petróleo da Rússia, muitas refinarias pararam de comprar o óleo proveniente do país, mesmo com as sanções só entrando em vigor a partir do fim do ano.
 
Para atrair novos clientes em outras regiões, as empresas russas começaram a oferecer bons descontos para o seu petróleo. O Irã e a Venezuela também vendem seus barris com descontos significativos, na medida em que seu petróleo também está sob sanção dos EUA.
 
Há tanto petróleo russo disponível que acabou surgindo uma concorrência de preços entre a Rússia, o Irã e a Venezuela, fazendo com que os preços do mercado sob sanção caíssem ainda mais. Isso também pode afetar as cotações de referência do petróleo mundial, ainda que não vejamos o pleno efeito disso até que os produtores do Golfo comecem a reduzir seus preços oficiais de venda para a Ásia. Até o momento, isso não aconteceu, mas não se pode descartar essa medida, especialmente se uma recessão mundial causar uma contração na demanda da Europa e dos EUA.
 
Vários analistas acreditam que os fundamentos do mercado petrolífero (oferta e demanda) indicam que as atuais quedas de preço não serão sustentadas nos próximos meses e que veremos a volta da cotação de três dígitos.
 
Grande parte desse cenário depende da entrada efetiva da economia global em recessão e da consequente extensão dos declínios de demanda. É pouco provável que a oferta de petróleo no mundo aumente a ponto de fazer os preços caírem com os níveis atuais de demanda, portanto o foco de atenção dos investidores deve estar voltado à estabilidade, crescimento ou declínio do consumo. (Investing)

 

Produção de leite registrou queda na Nova Zelândia

O ano de produção de leite da Nova Zelândia abrange o período de 1º de junho a 31 de maio. Assim, já são conhecidos os dados do exercício de 2021-2022. De acordo com estatísticas da DCANZ (Dairy Companies Association of New Zealand), o ano fechou com um volume de 21.393 milhões de litros de leite, valor 4,2% inferior ao volume do exercício 2020-2021. 
Mais uma vez, o clima aparece como a principal causa da queda na produção, além dos problemas de disponibilidade de mão de obra estrangeira. Os dados de produção para 2021-2022 apenas reafirmam a tendência da produção da Nova Zelândia, que não cresce há 8 anos. A produção do último ano fiscal foi 2,3% inferior à do ano fiscal 2014-2015.
O que torna os dados de produção de leite da Nova Zelândia particularmente importantes é que eles são a origem de 91% do leite em pó integral importado pela China (2021), país cuja demanda por laticínios não para de crescer além de ter problemas conjunturais como o Covid, atualmente.

Até agora, esse crescimento da demanda, dada a falta de aumento da produção, é suprido pela Nova Zelândia, renunciando a outros mercados. Os gráficos a seguir mostram a evolução da participação da China nas exportações da Nova Zelândia.

A falta de crescimento da produção na Nova Zelândia e a crescente demanda de seu principal cliente criam oportunidades em outros mercados para os demais países exportadores. (As informações são do Economía Láctea, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 26/2022 – SEAPDR 
A previsão é de que nos próximos cinco dias, uma grande circulação anticiclônica que ocorre em praticamente todo território brasileiro, irá bloquear a chegada de frentes-frias e consequentemente de massas de ar frio no Rio Grande do Sul. Este bloqueio atmosférico deve se findar na noite de segunda-feira (11/7) quando está previsto a entrada de uma frente-fria que atingirá todo o estado provocando ventos fortes durante a noite e madrugada de segunda para terça-feira e chuva até a tarde de terça-feira (12/7) principalmente na Zona Sul e em toda região Central do Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (13/7) a previsão é de tempo firme com vento sul baixando as temperaturas em todo o Estado. As rajadas mais fortes de ventos devem ocorrer em toda Costa Leste na Laguna dos Patos e Litoral Gaúcho. E os maiores acumulados de chuva previstos devem ocorrer em Dom Pedrito e Bagé (100 mm), Jaguarão e Santana do Livramento (80 mm), Rio Grande (75 mm), Canguçu (65 mm) e Capão do Leão e Quaraí (50 mm). Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)  


 
 
 

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