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22/12/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.540


Apoio ao leite

Depois de medidas anunciadas para o trigo e o arroz, chegou a vez do leite. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) marcou reunião na próxima terça-feira, em Porto Alegre, com representantes do setor para apresentar a ação aos produtores. No caso do leite, a crise se instalou no campo em razão da queda nos preços pagos pelo litro da matéria-prima, influenciada pelo aumento da oferta no mercado interno, com a entrada de lácteos do Mercosul.

A expectativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) é de que o anúncio seja da compra pública de leite em pó para distribuição para programas sociais.

Ideia é compra do produto em pó

— Para enxugar, ao menos um pouco, esse excesso de oferta — contextualiza Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS.

Na semana passada, quando o dirigente e outros representantes do setor estavam em Brasília em busca de apoio, a estatal havia sinalizado que estudava a possibilidade da compra de leite em pó com R$100 milhões em dezembro e outros R$100 milhões em janeiro. No entanto, era preciso aguardar a definição orçamentária. Além disso, o setor também defende a adoção de medidas antidumping pelo governo federal (Zero Hora)


Conseleite/SC projeta valor de referência para o leite pago em janeiro/26

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida em Chapecó no dia 28 de Novembro de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Novembro de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro de 2025.

Períodos de apuração

Parcial Novembro/2025: De 03/11/2025 a 30/11/2025
Parcial Dezembro/2025: De 01/12/2025 a 14/12/2025
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

Produção de leite argentina cresce, mas concentração se intensifica

Enquanto a produção total de leite segue em crescimento na Argentina, o número de estabelecimentos produtores diminui. Essa equação evidencia que o maior volume produzido, que em 2025 registrou um salto de quase 11%, está concentrado em um número cada vez menor de propriedades. Esse movimento se traduz no fechamento de cerca de 50 fazendas leiteiras por mês. Apesar da produção ter avançado 10,7% entre janeiro e outubro em relação ao mesmo período do ano passado, aproximadamente 1.120 fazendas leiteiras encerraram as atividades no país desde que Javier Milei assumiu a presidência. O cenário acende um sinal de alerta para o setor agropecuário, diante do avanço da concentração produtiva.

Ao final de 2023, a Argentina contava com 10.063 propriedades leiteiras. Em outubro deste ano, restavam 8.941 estabelecimentos, o que representa uma redução de 12,5%. Das 1.122 fazendas que fecharam, mais de 450 interromperam as atividades apenas no último ano.Embora o processo de concentração tenha se intensificado recentemente, ele não teve início com o atual governo e tampouco é um fenômeno exclusivo da Argentina. Em 19 dos 25 países que respondem por 80% da produção mundial de leite, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), houve redução no número de estabelecimentos.

De acordo com análise da Agência DIB, com base em dados do Observatório da Cadeia Láctea Argentina, o país possui hoje 30% menos fazendas leiteiras do que há uma década. As atuais 8.941 propriedades estão muito distantes das cerca de 15 mil existentes no período posterior à crise social e econômica de 2001.

Atualmente, 91% das fazendas leiteiras e 95,7% das vacas em produção concentram-se nas quatro principais bacias do país: Santa Fé, Córdoba, Buenos Aires e Entre Ríos. Na província de Buenos Aires, que reúne 20% das propriedades, existem 1.805 estabelecimentos — 61 a menos do que no final de 2024.

Dados oficiais mostram que mais de 40% das fazendas leiteiras argentinas possuem entre 100 e 250 vacas, enquanto 17% pertencem ao grupo das menores, com menos de 50 animais. Esse segmento vem encolhendo de forma consistente nos últimos anos.

Até outubro deste ano, a bacia leiteira Mar e Serras, que abrange distritos como Tandil, Azul, Balcarce e Necochea, registra a maior produção média por propriedade do país, com 7.497 litros de leite por dia. A média nacional é de 3.690 litros. Outras regiões da província de Buenos Aires também superam esse patamar, como a Bacia Oeste — que inclui Trenque Lauquen, Pehuajó, Bolívar e municípios vizinhos — com média diária de 5.294 litros; o Abasto Sul, que engloba Lobos, Cañuelas e áreas próximas, com 4.510 litros; e o Abasto Norte, na região de Suipacha e Chivilcoy, com produção média de 4.426 litros por propriedade.

As informações são traduzidas do La Opinión.


Jogo Rápido
Acordo UE
Entre os produtos que poderão ser mais prejudicados com o acordo de livre comércio, estão os laticínios. O setor não exporta à UE e teme a competitividade com a importação de produtos europeus. Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, não encarou o adiamento com surpresa, reconhecendo a força do movimento de produtores contrários ao documento. “O produto lácteo na comunidade europeia é altamente subsidiado. Então, nós teríamos mais uma concorrência desleal entrando para o mercado brasileiro”, explica. O importado que mais ameaça o segmento brasileiro é o leite em pó, que mantém defasagem próxima a 500 dólares por tonelada. (Correio do Povo)