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27/11/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.523


Conseleite indica leite projetado a R$ 2,0237 em novembro no RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite) divulgou projeção de R$ 2,0237 para o valor de referência do leite em novembro no Rio Grande do Sul, queda de 8,69% em relação ao projetado de outubro (R$ 2,2163). Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (27/11), em reunião na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS).O Conseleite também anunciou o valor consolidado em outubro de 2025 em R$ 2,2006 um, 5,29% abaixo do consolidado em setembro de 2025 (R$ 2,3235). O cálculo é elaborado mensalmente pela UPF com dados fornecidos pelas indústrias, considerando a movimentação dos primeiros 20 dias do mês, e leva em conta parâmetros atualizados pela Câmara Técnica do colegiado em 2023.Conforme o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, os números apresentados mostram um cenário que ainda exige muita atenção. “Esses resultados refletem a pressão que o setor lácteo brasileiro vem enfrentando. A entrada cres Conseleite indica leite projetado a R$ 2,0237 em novembro no RS cente de leite importado, especialmente em períodos de safra, afeta diretamente a formação de preços e reduz a competitividade da produção local. Por isso, reforçamos a necessidade de medidas de governo mais consistentes e duradouras.”Cenário de queda de valores do leite é mundialA manhã também contou com a participação do pesquisador sênior da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, que abordou o cenário econômico e perspectivas para a cadeia produtiva do leite.Em participação on-line, o pesquisador apresentou o contexto do mercado internacional, ambiente econômico e crescimento, balança comercial da oferta de leite, custo, preços e margens. “Todos os mercados estão sentindo essa mudança no cenário de preços. A rentabilidade em vários países na produção de leite vem diminuindo. Esse panorama não é realidade apenas no Brasil”, explicou.

Apresentando dados, Glauco mostrou que em um ano, comparando setembro de 2024 com o mesmo mês em 2025, houve uma produção de um bilhão de litros a mais, o que aponta um excedente de leite. “Estamos com um volume de leite forte a nível global. Tivemos uma expansão de 4,4% na produção no período de um ano.”

(SINDILAT/RS)

CONSELEITE MINAS GERAIS CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO NOVEMBRO/2025 

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Novembro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 

a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2025 a ser pago em Outubro/2025 

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2025 a ser pago em Novembro/2025 

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2025 a ser pago em Dezembro/2025. 


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

CNA alerta para crise no setor leiteiro e defende medidas antidumping

Entidade participou de audiência pública na Câmara dos Deputados na quarta (26)

Brasília (27/11/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (26), de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a crise enfrentada pelo setor leiteiro e a prática de dumping nas importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai.

O vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Jônadan Ma, apresentou dados que comprovam a prática de dumping e detalhou a linha do tempo da atuação da Confederação junto ao Ministério da Indústria (MDIC), destacando a gravidade da situação enfrentada pelos produtores brasileiros. 

“Vivenciamos uma crise séria. Todas as medidas já tinham sido tomadas em 2023, restando apenas a entrada do processo antidumping, proposta pela CNA com recomendação do Ministério do Desenvolvimento Agrário”, disse.

Em sua fala, mostrou que o preço do leite em pó no mercado interno da Argentina girou em torno de US$ 7,75 por quilo em 2023, e do Uruguai, US$ 7,91/kg, enquanto o leite em pó é exportado por US$ 3,56 e US$ 3,71, respectivamente, o que representa a preços de exportação 54% e 53% menores que nos mercados internos.

“Os números estão comprovados no processo apresentado pela CNA ao MDIC. A decisão do Ministério, que alterou o entendimento técnico e passou a considerar que o leite in natura não é similar ao leite em pó, foi inaceitável e descabida. Essa medida retira do setor a única ferramenta de defesa comercial”, explicou.

Jônadan Ma afirmou que existe alta correlação entre a investigação do dumping e os volumes importados de leite em pó. Quando apresentada a petição para adoção de direitos provisórios, em março, as importações caíram 15%. Com a publicação do parecer preliminar desfavorável do MDIC, o reflexo foi um aumento mensal de 28% nas importações de agosto para setembro.

“O antidumping é o único antídoto que temos para reduzir os impactos da importação de leite. Desde 2023 enfrentamos volumes recordes de importações e a tendência é que 2025 termine com o terceiro maior resultado na série histórica”.

O vice-presidente reforçou que a CNA não é contra a importação de leite, desde que ocorra nos termos de livre-mercado e não vai aceitar concorrência predatória e desleal. “Lutamos pelo nosso mercado nacional e pela sobrevivência dos que trabalham na atividade”, concluiu.

Durante a audiência, o deputado federal Domingos Sávio (PL/MG), autor do requerimento da audiência, questionou a decisão preliminar do MDIC e defendeu coerência técnica no processo. “Há precedentes na própria história comercial internacional do Brasil sobre a análise de dumping. O leite in natura sempre foi considerado similar ao leite em pó, essa mudança de conceito vai impactar a vida de milhões de produtores, principalmente os pequenos”.

Segundo o parlamentar, “dizer que os produtos não são similares exige uma resposta concreta e baseada em conhecimento técnico. A natureza do leite em pó e do leite in natura é a mesma, e a OMC reconhece essa similaridade. Não podemos mudar as regras internacionais ao nosso favor, nem contra”, disse.

O MDIC salientou que o processo segue em aberto e a decisão ainda não está tomada. A pasta avalia tecnicamente o pedido de reconsideração da CNA, bem como as novas provas apresentadas, mas não foi sinalizado o prazo para a publicação da decisão.

Como encaminhamento, o Deputado solicitará uma audiência com o Ministro Geraldo Alckmin juntamente com as instituições presentes para buscar a reversão do entendimento e retomada da investigação, com vistas a:

1. A reversão do entendimento quanto ao produto similar doméstico, retomando o entendimento anterior e considerando o impacto das importações sobre o leite in natura.

2. A retomada célere do processo de investigação e a aplicação dos direitos antidumping, com base nos elementos técnicos já apurados pelas áreas competentes;

3. A adoção de medidas antidumping provisórias, que assegurem a defesa comercial do setor leiteiro enquanto a investigação segue seu curso normal. Assista a audiência na íntegra clicando aqui.  (CNA).


Jogo Rápido

Câmara aprova CEP rural: veja como a medida pode facilitar a vida do produtor
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, neste mês, o Projeto de Lei 2.898/2021, que cria um código de georreferenciamento para propriedades rurais e agroindustriais. O texto, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), altera a Lei dos Serviços Postais para permitir que cada imóvel rural receba um identificador próprio destinado a facilitar sua localização física. Na prática, o PL cria um “CEP rural”, um endereço georreferenciado para propriedades no campo. A proposta busca melhorar a precisão logística, permitir entregas, dar suporte a ações de fiscalização, assistência técnica e crédito, além de reforçar a organização territorial. O projeto já havia passado pela Comissão de Agricultura (CAPADR) e pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, o exame era apenas de admissibilidade, etapa que avalia constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Agora, segue para apreciação no Senado. Ao apresentar seu voto, o relator da proposta, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirmou que o texto atende aos requisitos legais. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, disse o relator. O autor da proposta disse que o georreferenciamento é ferramenta essencial para gestão territorial. “Indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas, e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, afirmou o deputado Evair Vieira de Melo. Segundo ele, o código geográfico poderá facilitar a entrega de produtos, a identificação de rotas, o acesso a crédito rural e ações de fiscalização. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou. Se aprovado pelo Senado e sancionado, o código terá implementação gradativa, sob regulamentação federal, com uso potencial por serviços postais, órgãos de segurança, sistemas de crédito e plataformas digitais. As informações são do Estadão, adaptadas pela equipe MilkPoint.