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03/11/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.507


Inscrições para Prêmio Sindilat de Jornalismo são prorrogadas até sexta-feira

Foram prorrogadas até esta sexta-feira (07/11) as inscrições para a 11ª Edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As inscrições devem ser realizadas a partir do link : https://forms.gle/wpumktj4g51Hd69UA, enquanto os documentos exigidos no regulamento devem ser enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a premiação visa reconhecer o papel da profissão na divulgação de temas relacionados à cadeia produtiva do leite no Estado.

A premiação envolve duas categorias: Texto e Audiovisual. Os trabalhos que serão enviados para o concurso precisam ter sido publicados ou veiculados dentro do período de 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025. Podem participar jornalistas registrados, de forma individual ou em equipe, com número ilimitado de trabalhos por concorrente.

Os finalistas serão divulgados no dia 28 de novembro e os ganhadores serão conhecidos em dezembro. Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, composta por profissionais da área de comunicação e representantes de entidades ligadas ao setor. (Sindilat)


Mercado global de lácteos deve entrar em 2026 sob pressão de oferta

Excesso de produção em grandes exportadores deve manter os preços do leite em baixa no início de 2026, impactando também o mercado brasileiro.

O mercado global de lácteos deve iniciar 2026 sob um cenário de baixa, com produção elevada e demanda contida, também afetando o mercado brasileiro. A avaliação é da consultoria StoneX, que aponta o excesso de oferta em grandes exportadores, como Estados Unidos, União Europeia e Argentina, como principal fator de pressão sobre os preços internacionais.

No Brasil, embora as importações representem apenas cerca de 13% do consumo nacional, elas ainda exercem influência na formação dos preços internos. Segundo Marianne Tufani, consultora de Gestão de Riscos em Laticínios da StoneX, as importações funcionam como um “fator marginal” no mercado.

“Quando os preços internacionais sobem, importar fica caro e os preços internos tendem a subir. Quando caem, aumenta a compra de importados, reduzindo a demanda pelo produto nacional e pressionando os preços.”, explica. Tufani destaca que esse efeito é ampliado pela baixa elasticidade do mercado lácteo, onde pequenas variações na demanda interna podem gerar grandes oscilações nos preços.

Do lado da produção, o cenário é de menor atratividade para os pecuaristas. A relação de troca entre o litro de leite e a arroba da vaca gorda está desfavorável, principalmente em São Paulo e Goiás, o que pode levar alguns produtores a migrar para outras atividades.

A expectativa, porém, é de uma recuperação parcial das margens no início de 2026, impulsionada mais pela redução de custos, especialmente com o milho, do que por uma valorização do leite.

No Brasil, a colheita recorde de milho e a comercialização mais lenta ajudam a conter os custos de nutrição animal, contribuindo para margens mais equilibradas. Ainda assim, o risco climático permanece no radar. “Caso o fenômeno La Niña se intensifique, poderemos ter estiagens no Sul, o que mudaria completamente o quadro”, diz Tufani.

No consumo doméstico, a inflação de alimentos acumula quatro meses de recuo, favorecendo o consumo, mas o alto nível de endividamento das famílias, que chega a 60% em algumas regiões, limita o avanço da demanda, especialmente por produtos de maior valor agregado, pontua o levantamento.

“Há um impulso natural no fim do ano, com o 13º salário e as festividades, mas a sustentabilidade desse consumo ainda depende da confiança do consumidor e do cenário macroeconômico”, avalia a consultora.
As informações são do Globo Rural.

Declaração da WDS 2025 sobre alimentos seguros e sustentabilidade

A IDF World Dairy Summit Santiago 2025 (WDS 2025), o primeiro evento global do setor lácteo realizado na América do Sul, concluiu com um compromisso conjunto dos países participantes para promover a segurança alimentar e a produção sustentável do leite. 

Organizada pela Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) e apoiada pelo Consorcio Lechero, Fedeleche e o Ministério da Agricultura do Chile, a cúpula reuniu mais de 1.090 delegados de 48 países, representando 60% do mercado mundial de laticínios. 

A cúpula contou com 90 conferências técnicas sobre desafios chaves do setor, incluindo mudanças climáticas, bem-estar animal, transformação tecnológica, e produção eficiente. As sessões também focaram em questões de gênero, inclusão, saúde pública e promoções estratégicas, reforçando a abordagem abrangente para inovação e sustentabilidade. 

Os participantes, incluindo grandes produtores como China, Índia, União Europeia, Nova Zelândia e Estados Unidos, ratificaram a Declaração de Paris sobre Sustentabilidade do Setor Lácteo (PDDS), uma rede para medir o progresso ambiental, social e dimensões econômicas da produção de leite. O PDDS foi 
elaborado com base na Declaração do Setor Lácteo de Roterdã, em 2016, ampliando seu escopo para incluir compromissos verificáveis alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e apoiados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

De acordo com o relatório IDF-FAO 2025, a iniciativa reuniu mais de 1.000 compromissos de 154 organizações em 42 países, sinalizando o crescimento da colaboração global. A declaração promove uma transição para sistemas sustentáveis de produção que garantam alimentos seguros, nutrição adequada e responsabilidade no manejo dos recursos. 

Gilles Froment, presidente da FIL/IDF, enfatizou o papel das declarações dos fóruns globais como a Conferência Global da FAO sobre a Transformação Sustentável da Pecuária 2025 e a próxima COP30, observando que a mudança de Roterdã para Paris mostra maior ambição e ação. 

Thanawat Tiensin, diretor geral adjunto da FAO, afirma, “A Declaração de Paris sobre Sustentabilidade, desenvolvida em conjunto pela FAO e a FIL/IDF, visa garantir melhor produção, nutrição, meio ambiente e vida”. Ele enfatizou a importância da colaboração internacional para alcançar resultados tangíveis. 

A FIL/IDF criou uma plataforma dinâmica para registrar compromissos voluntários de empresas e organizações, com indicadores mensuráveis e prazos definidos, promovendo transparência e prestação de contas. Essa iniciativa está no âmbito da continuidade dos esforços despendidos pelo setor ao longo do tempo, desde o Programa de Ação Mundial para o Setor Lácteo de 2009, até a Declaração de Roterdã, para melhorar a produção alimentar, reduzir o impacto ambiental e sustentar os meios de subsistência de comunidades. 

Durante a cúpula, várias associações e empresas privadas assinaram ou reafirmaram seus compromissos como Grupo Gloria, FrieslandCampina, Dairy Farmers of Canada, China Dairy Industry Association, Fair Cape Dairies, Valio, Yili Group, Conaprole e Nestlé, entre outros. Tiensin acrescentou: “com os conhecimentos, tecnologias e inovações de hoje, podemos continuar produzindo alimentos sustentáveis”. A FAO afirmou que sustentabilidade na produção de leite é possível, reduzindo o impacto ambiental ao mesmo tempo em que assegura alimentos saudáveis e nutritivos. 

O setor lácteo chileno demonstrou alinhamento com os padrões globais de sustentabilidade, apoiado em iniciativas tais como Chile Origem Consciente, um programa do Ministério da Agricultura que promove práticas responsáveis em toda a cadeia de valor do setor lácteo. 

Octavio Oltra, gerente do consórcio lácteo, afirmou que “A cúpula confirmou que a indústria de laticínios do Chile está comprometida com a qualidade, inovação tecnológica e ações climáticas”. O Chile produz anualmente 2,4 milhões de litros de leite, com um consumo per capita superior à média global, graças a um modelo de colaboração público-privado que certifica produtos sustentáveis, da fazenda à indústria. 

O setor lácteo global está adotando abordagens sustentáveis holísticas, cobrindo desde o manejo dos recursos naturais, proteção à biodiversidade e transição para uma economia circular, ao mesmo tempo em que garante produtos lácteos saudáveis e nutritivos, apoiados por comunidades resilientes. Acesse aqui a matéria na íntegra. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Qualificação da CCGL melhora produção leiteira
O programa Gestores do Futuro, promovido pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL), encerrou a edição 2025 comprovando que conhecimento técnico pode transformar as propriedades leiteiras. Conforme a cooperativa, 162 participantes do curso, que se qualificaram em temas como gestão, nutrição, qualidade do leite e fertilidade do solo, alcançaram um aumento médio de 19% na produção em apenas seis meses. (Correio do Povo)