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29/09/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.490


CILEITE: Dados sobre os principais indicadores para a cadeia produtiva do leite como preços do leite no mercado brasileiro e internacional, relação de troca ao produtor, balança comercial brasileira de leite e derivados

Indicadores Leite e Derivados - Setembro/2025

O preço do leite ao produtor, cotado a R$ 2,63 por litro em julho de 2025 na média nacional, registrou queda de 0,9% no mês e de 3,6% nos últimos 12 meses.A relação de troca leite/mistura melhorou em julho/25  quando comparada com o mês anterior, e com o  mesmo mês do ano de 2024. Foram necessários 29,3 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura.

No varejo, o preço médio da cesta de lácteos caiu 0,4% em agosto/25. No acumulado em 12 meses apresentou alta de 3,4%, contrastando com a inflação brasileira de 5,1% no período, medida pelo IPCA. O leite em pó registrou a maior alta mensal, 0,2% e o UHT a maior queda, 1,0%.



As importações brasileiras de leite e derivados, alcançaram 161 milhões de litros equivalentes em agosto/25, registrando queda de 6,5% no mês e queda de 12,2% em relação a agosto/24. O principal produto importado foi o leite em pó.

As exportações cairam 4,8% em agosto/25 na comparação com o mês anterior, fechando em 5,2 milhões de litros equivalentes e registraram alta de 26,9% em comparação com agosto/24. 

No acumulado de 2025, o saldo da balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 626 milhões, correspondente ao volume de 1.364 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral registrou queda de 5,3% na primeira quinzena de setembro/25 em relação a  agosto/25, cotado a US$ 3.809/tonelada e o leite em pó desnatado, queda de  5,8%, cotado a US$ 2.620/tonelada.

Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo. (Graduandos da UFJF)
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


SC: sistema de leite estacional garante férias da ordenha

Produção eficiente, descanso e agroturismo: casal de Xanxerê (SC) adota sistema de leite estacional, inspirado na Austrália, e muda rotina no campo.

Um método de produção de leite inspirado em experiências australianas vem transformando a rotina de produtores rurais em Xanxerê, Oeste de Santa Catarina. Na propriedade Rancho João, Celis Andressa Gasparetto e o marido André implantaram o sistema de leite estacional, que organiza a reprodução das fêmeas, permite períodos de descanso para as vacas e oferece mais qualidade de vida para a família.

O sistema adotado pela família baseia-se na pastagem rotacionada com sombreamento, definindo períodos específicos de reprodução.

— Durante o ano, apenas dois meses são destinados à inseminação das fêmeas aptas. Com isso, a secagem das vacas ocorre praticamente ao mesmo tempo, durante um período de 30 a 50 dias, sem produção de leite e sem necessidade de ordenha diária — explica Celis.

A referência veio da vivência do casal na Austrália. André trabalhou por três anos e Celis por um ano em fazendas que utilizavam modelo semelhante, embora com rebanhos maiores, geralmente acima de 150 vacas.

"O sistema de leite estacional é usado em diversos países porque considera a sazonalidade climática e a oferta de pastagens, tornando a produção mais eficiente e sustentável" destaca.

Eficiência na mão de obra e rotina organizada
A principal motivação do casal para adotar o sistema no Brasil foi a eficiência no uso da mão de obra.

"Na Austrália, três pessoas cuidavam de 300 vacas sem sobrecarga de trabalho. Quando voltamos, sabíamos que aqui enfrentaríamos desafios semelhantes, então decidimos aplicar o modelo que tínhamos vivenciado" relata Celis.

Hoje, a propriedade mantém 30 vacas em ordenha e 15 fêmeas para reposição, em 12 hectares que incluem pastagens e produção de milho para silagem. O sistema também proporciona um período de descanso para os produtores.

"Em média, conseguimos cerca de 40 dias de férias da ordenha, entre fevereiro e março. Durante esse período, as vacas permanecem na pastagem de verão e o manejo diário se resume a trocar os animais de piquete, verificar água, fornecer sal mineral e acompanhar os partos nos últimos dias. Uma pessoa consegue dar conta de tudo em menos de duas horas por dia" explica Celis.

Vida no campo e lazer em família
Com a rotina mais leve nesse período, o casal aproveita para curtir a vida no campo e a família. Entre piqueniques, pescarias, acampamentos, trilhas e cavalgadas, também reservam alguns dias para visitar a família de André em Santa Fé do Sul (SP) e conhecer novos lugares.

"Adoramos estar no campo, mas é bom poder variar um pouco e aproveitar outros espaços" comenta Celis.

Rotina organizada ao longo do ano
A organização da propriedade segue a lógica do sistema estacional. Em outubro, quando a maioria das fêmeas já está prenha, a rotina se torna mais leve.

"As fêmeas que não emprenharam dentro da estação definida entre 5 de julho e 5 de setembro são vendidas em fevereiro. Nessa época, o plantio do milho e os principais manejos já foram concluídos, e as vacas estão em pastagem de verão, sem necessidade de fornecimento de silagem" detalha Celis.

Além da produção de leite, a propriedade se tornou um espaço de aprendizado e turismo rural. A família recebe estudantes, profissionais e produtores, incluindo crianças e jovens, para vivenciar a rotina da propriedade.

"Estamos desenvolvendo o turismo rural técnico e pedagógico e planejamos expandir o agroturismo, agregando valor ao leite por meio do beneficiamento direto na propriedade" afirma Celis.

As informações são do Nsc total via Milkpoint

Anvisa, Ministério da Saúde e Opas promovem evento sobre monitoramento da regulação de alimentos no Brasil

A Anvisa, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) irão realizar um evento sobre "Evidências para o monitoramento da regulação de alimentos no Brasil: contribuições para a implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição". O encontro será no auditório da Anvisa, em Brasília, no próximo dia 9 de outubro, das 13h30 às 18h.

O objetivo do evento é discutir os avanços e as evidências relacionadas ao monitoramento da regulação de alimentos no Brasil como estratégia de apoio à implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com destaque para: 

Apresentação do projeto “Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil: organização de base de dados, análise de informações estratégicas e elaboração de um sistema nacional de monitoramento”.

Apresentação da caracterização dos rótulos de alimentos e bebidas segundo a classificação NOVA (que divide os alimentos em quatro categorias, de acordo com o nível de processamento industrial ao qual foram submetidos: alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados).

Apresentação dos resultados de estudos sobre a restrição do uso de gorduras trans industriais em alimentos para apoiar a Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) da Anvisa sobre o tema.

O evento será aberto a todos os interessados, com vagas limitadas à capacidade do auditório da Agência. Confira a programação.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 3/10, por meio deste formulário de inscrição. 

As informações são da Anvisa


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)