Porto Alegre, 23 de setembro de 2025 Ano 19 - N° 4.486
O Encontro acontece nos dias 24 e 25 de setembro na EMBRAPA em Brasília e reunirá lideranças, produtores e especialistas para debater o presente e o futuro da cadeia produtiva do leite.O 3º Fórum Nacional do Leite da ABRALEITE está marcado para os dias 24 e 25 de setembro na EMBRAPA, em Brasília, e promete repetir o sucesso das edições anteriores. Já consolidado como um dos principais encontros do setor no Brasil, o evento reúne produtores, técnicos, empresários e lideranças para discutir políticas públicas, tendências e desafios que moldam o futuro da produção leiteira no país.Idealizado e realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), o Fórum ocupa um espaço de destaque no calendário nacional, sendo um ambiente privilegiado para a troca de ideias, a atualização profissional e a busca por soluções inovadoras para a cadeia produtiva do leite, que desempenha papel estratégico para a economia e para a sociedade.
A edição deste ano traz como tema central “Nosso leite e suas histórias” e conta com uma programação especial que reflete a essência e a força do setor. Os painéis foram organizados em eixos como:
Nosso País,
Nosso Setor,
Nossa Associação – ABRALEITE,
Nossa Fazenda,
Nosso Rebanho,
Nosso Leite.
Abrangendo desde questões econômicas e de mercado até bem-estar animal, sustentabilidade, inovação e tendências de consumo.
Entre os assuntos que farão parte da programação estão temas que vão das questões tributárias e de gestão econômica às inovações na produção, sustentabilidade, bem-estar animal e tendências de consumo, oferecendo uma visão ampla e atualizada sobre o setor leiteiro. O conteúdo será abordado por especialistas e lideranças, sempre com foco prático e alinhado à realidade dos produtores.
Para o presidente da ABRALEITE, Geraldo Borges, o Fórum é mais do que um encontro técnico:
"Este é um momento de união e de construção coletiva. O 3º Fórum Nacional do Leite reforça o protagonismo da classe produtora e promove um debate de alto nível sobre os caminhos que devemos seguir para fortalecer e valorizar a nossa atividade. É um espaço de diálogo aberto e construtivo."
A coordenadora do Fórum e diretora de Marketing e Comunicação da ABRALEITE, Maria Antonieta Guazzelli, destaca a importância do formato e da representatividade do evento:
"O Fórum é pensado para acolher diferentes visões e experiências. O tema deste ano, Nosso leite e suas histórias, traduz o nosso compromisso de mostrar tudo o que existe por trás de cada litro produzido, desde o trabalho no campo até a presença do leite nas mesas das famílias brasileiras."
O Fórum é uma oportunidade para estar lado a lado com produtores, lideranças e especialistas. Empresas e instituições interessadas ainda podem fazer parte do rol de patrocinadores deste grande evento.
Milkpoint
Com moderação, o doce de leite pode ser pré ou pós-treino, fornecendo energia rápida, cálcio e proteínas. Descubra como incluir sem sair do plano alimentar.Como um truque que facilita a reeducação alimentar para quem quer perder peso ou ganhar músculo, o consumo do doce de leite na dieta cresceu. Seja diet ou tradicional, além do sabor, que ajuda quem se considera uma “formiga” e não resiste a doces, o alimento tem benefícios reais para a hipertrofia — e uma colher de 20 g conta somente com 65 a 75 calorias.
"Acredite você ou não, mas o doce de leite pode ser um bom alimento para incluir na dieta", cita a nutricionista Letícia Citon. Entre as dicas de consumo estão incluí-lo em uma fatia de pão integral, frutas ou puro.
Protagonista para maior adesão do plano alimentar
Nutricionistas viralizam na internet mostrando receitas saborosas e saudáveis com o alimento, e faz sentido: o açúcar libera dopamina no cérebro, hormônio associado ao prazer. Dessa forma, a pausa repentina do consumo pode causar sintomas de abstinência, como irritabilidade, cansaço, tontura e problemas no sono. Assim, dietas rigorosas ou restritivas saíram das recomendações dos profissionais de saúde, e planos flexíveis tomaram o espaço.
Mesmo o doce de leite sendo um grande aliado da reeducação, profissionais alertam que o alimento não é a base do plano alimentar — ou seja, ele é aliado quando consumido nas quantidades corretas, e não em excesso.
Pré x pós-treino
Exercícios de alta intensidade demandam grande aporte energético, e o doce de leite, rico em carboidratos simples, oferece energia rápida. Um artigo publicado na Revista Brasileira de Nutrição Esportiva indica que o consumo moderado de doce de leite como pré-treino em práticas intensas, como CrossFit ou musculação, pode melhorar o desempenho dos treinos, aumentando repetições e cargas — uma ótima opção para quem busca a hipertrofia (aumento da massa e do volume dos músculos).
A função da sobremesa muda conforme o momento em que é consumida. No pós-treino, o doce de leite é uma boa opção para a reposição do glicogênio muscular (carboidratos armazenados nos músculos que servem como energia para o treino). Além disso, outros benefícios, como ser fonte de cálcio, proteínas e fósforo, chamam atenção para o consumo moderado do alimento.
As informações são da Exame.
Conjuntura econômica do agronegócio do leite, analisada por especialistas da Embrapa.
Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Setembro de 2025
A produção global de leite tem registrado um crescimento contínuo nos principais exportadores, com boa expansão nos Estados Unidos, Europa e América do Sul. No segundo semestre, a produção de leite também cresce no Hemisfério Sul devido a fatores sazonais. Portanto, essa oferta relativamente mais forte coloca alguma pressão baixista nas cotações. No leilão GDT de 16 de setembro o leite em pó integral fechou em queda, cotado a US$3.790/tonelada. Ainda é um bom patamar de preços, mas os indicadores no mercado futuro sugerem pequeno recuo até o final do ano.
No mercado brasileiro, a balança comercial de lácteos segue com importações elevadas, porém menores que as observadas no ano passado. De janeiro a agosto, o volume importado recuou cerca de 6% na comparação com o mesmo período de 2024.
Em contraste, a produção nacional de leite inspecionado está acelerada, como reflexo da melhor rentabilidade nos últimos anos. O segundo trimestre de 2025 registrou um expressivo crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024, sendo o décimo trimestre consecutivo de expansão na produção. O Brasil atingiu um recorde histórico na série anualizada de 12 meses, com 26,1 bilhões de litros produzidos e a perspectiva é que esse volume continue a subir, sobretudo com investimentos de grandes produtores. Esse incremento na produção resultou em maior disponibilidade interna de leite, afetando negativamente as cotações.
Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista mostram uma tendência de recuo. Mercados como o de leite UHT, queijo muçarela e leite em pó industrial estão desacelerando. O mercado de leite Spot está particularmente fraco, com muita oferta disponível e pouca demanda.
O preço pago ao produtor de leite, em termos reais, começou o ano em bom patamar, mas exibiu um movimento de declínio a partir de abril, em plena entressafra, indicando que a demanda por lácteos não cresceu no mesmo ritmo da oferta. O cenário da para o final do ano deverá ser mais desafiador, mas não tão desfavorável quanto o segundo semestre de 2023, que foi marcado por margens muito apertadas e manifestações de produtores.
No âmbito de custos de produção, o contexto permanece favorável. Os preços mais baixos de milho e soja ilustram uma boa oferta e colheita brasileira da safrinha chegando ao fim, além de perspectivas positivas para as safras dos Estados Unidos. Não se prevê uma forte pressão de alta nestes mercados, mas sugere-se atenção ao clima e às margens apertadas no setor de grãos, somado ao crédito rural escasso, atrasado e com taxas de juros mais altas. São fatores que podem prejudicar o plantio para a safra 2025/2026 e impactar os preços. Além disso, existe um risco no mercado de fertilizantes devido à dependência brasileira da Rússia, que fornece cerca de 27% das importações nacionais. Apesar dos bons estoques atuais, é fundamental monitorar essa situação, visto que o segundo semestre geralmente apresenta pressão de valorização nesse grupo.
No âmbito macroeconômico, as previsões de crescimento do PIB estão piorando, conforme o Boletim Focus, do Banco Central. Para 2025, as projeções indicam expansão de 2,16% para o ano corrente e 1,80% para 2026, mostrando um cenário econômico pior que o observado nos últimos quatro anos. Apesar das previsões de queda da taxa Selic e da inflação para 2026, o contexto segue desfavorável a uma expansão mais robusta do PIB e ao estimulo do consumo.
Finalmente, o ambiente externo traz um cenário de incertezas que merecem atenção para os próximos meses. A piora no cenário político da Argentina, com impactos na taxa de câmbio, deve ser observada com atenção, já que é nosso principal parceiro comercial no mercado de leite. Estados Unidos e China também seguem na mesa de negociação e os desdobramentos desse acordo comercial podem ter fortes impactos no mercado brasileiro, que tem uma grande dependência da China em diversas commodities.
Além disso, os recentes posicionamentos do governo Trump sobre o Brasil, geram uma grande incerteza sobre a relação comercial dos dois países e eventuais exigências de concessões, que podem inclusive recair sobre o setor lácteo brasileiro. Portanto, o atual cenário, tanto interno quanto externo, sugere prudência e cautela ao longo dos próximos meses.
Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 09/09/2025
Autores: Glauco Rodrigues Carvalho, Alziro Vasconcelos Carneiro; Denis Teixeira da Rocha; Fábio Homero Diniz; Kennya Beatriz Siqueira; Lorildo Aldo Stock; Luiz Antonio Aguiar de Oliveira; Manuela Sampaio Lana; Marcos Cicarini Hott; Paulo do Carmo Martins; Ricardo Guimarães Andrade; Samuel José de Magalhães Oliveira.*
*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite
Jogo Rápido
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)