Porto Alegre, 02 de setembro de 2025 Ano 19 - N° 4.471
Sindilat na Expointer 2025 – 02/09/2025
A terça-feira (2) foi marcada por debates sobre sustentabilidade, valorização dos produtores e iniciativas solidárias para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na Expointer.
Durante a tarde, o sindicato acompanhou duas agendas no Auditório do espaço do Governo do RS. A primeira tratou dos Roteiros para a Descarbonização das Cadeias Produtivas no RS, com a apresentação de diagnósticos de emissões e propostas para setores como soja, arroz, pecuária de corte, pecuária de leite e silvicultura. Na sequência, ocorreu a apresentação dos Resultados Parciais do Edital de Monitoramento de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos Sistemas Produtivos Primários, que trouxe avanços das pesquisas, metodologias aplicadas e perspectivas para integrar ciência, gestão pública e setor produtivo.
Ainda nesta terça, o Sindilat participou do tradicional Banho de Leite, promovido pela Gadolando (Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul), em celebração aos vencedores do Concurso Leiteiro da raça Holandesa. Na ocasião, o sindicato realizou a doação de 1.000 litros de leite à Prefeitura Municipal de Esteio, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Representaram o Sindilat nas agendas o secretário-executivo, Darlan Palharini, e, no Banho de Leite, o presidente da entidade, Guilherme Portella.
GDT - Global Dairy Trade
Fonte: GDT - adaptado pelo Sindilat
Uma atividade multidisciplinar, com o objetivo de levar aos participantes informações sobre bovinocultura de leite, pastagens de inverno, manejo de solos e outros temas. Assim foi a Tarde de Campo realizada na propriedade do casal Maicon Fraporti e Suélen Toldo, da localidade de Linha Barra do Coqueiro, em Encantado. Na ocasião, um grupo próximo de 50 produtores acompanhados de lideranças e representantes de entidades parceiras, percorreu o local trocando conhecimentos com os técnicos sobre tecnologias disponíveis, programas de Estado e outros temas de interesse. A ideia, de acordo com o supervisor da Emater/RS-Ascar Cezar Burille, foi discutir assuntos relevantes para os produtores ligados à qualidade do solo, a importância da adoção de alternativas para a lavoura - como no caso do triticale ou do trigo duplo propósito -, à nutrição dos bovinos, e a defesa sanitária animal. Em uma das etapas, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Governo do Estado detalharam o Programa de Sementes e Mudas Forrageiras, política pública que possibilita a aquisição de sementes com bônus adimplência de 50% via Feaper.
Anfitrião da tarde, Fraporti, bovinocultor de leite com quase duas décadas de experiência, enfatizou a importância da eficiência e da busca por uma produtividade máxima para cada "palmo de terra" que se tem. "Se a gente voltar no tempo, lá pra primeira década do ano 2000, provavelmente os nossos números fossem metade do que são hoje", avalia, citando que cada uma das 29 vacas em lactação produz cerca 24 litros de leite por dia. Uma evolução que decorre de uma série de fatores, que vão desde o melhoramento genético, passando pela busca por uma dieta mais equilibrada para o rebanho, até chegar à higiene.
Aberto a novas experiências e a aposta em tecnologias diferenciadas, Fraporti adotou recentemente, em parceria com a Embrapa Trigo, uma área experimental de 4,5 hectares de triticale, grão que é uma cruza de trigo com centeio e que possui grande potencial produtivo e excelente desempenho para a produção de silagem, especialmente pela sua rusticidade. Para o bem ou para o mal, as mudanças de rumo da família, na busca por adaptação, parecem ser uma constante, como fica claro no exemplo da Agroindústria Ouro Branco, que deixou de funcionar há três anos. "A realidade é que não tínhamos do que nos queixar, já que o empreendimento era um sucesso, tinha mercado consolidado, com todo o leite produzido sendo destinado para os queijos e os iogurtes", recorda Suélen, que lembra com carinho da inauguração ocorrida em 2013, com presença de grande público. "Só que queríamos ser pais", explica o casal, enquanto o pequeno Arthur, de dois anos corre pela casa.
"Fora alguns problemas burocráticos, envolvendo questões sanitárias, que também enfrentamos na época, o que nos fez optar por dar um tempo", pontua a produtora. Nas estações, os temas foram explorados, com a intenção de alertar agricultores sobre os riscos de doenças como tuberculose, brucelose e raiva bovina; valorizar a alimentação balanceada para os animais; enfatizar os diferenciais do triticale como cereal de inverno e destacar a importância do manejo do solo, com possíveis correções de acidez ou adoção de sistemas de plantio direto.
"É um evento com muitas possibilidades, que permite uma discussão mais ampla sobre uma série de assuntos de interesse", analisa o extensionista da Emater/RS-Ascar Eduardo Mariotti Gonçalves. Organizado pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da SDR e da Embrapa Trigo, a Tarde de Campo contou com a presença de lideranças, como o representante da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR, Douglas Velho e o assistente técnico regional da área de Culturas da Emater/RS-Ascar Alano Tonin. O apoio foi da Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Cooperativa Sicredi, Secretaria Municipal de Agricultura e Duagro. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado
Jogo Rápido
Expointer deste ano começa a se consolidar como a edição dos recordes
Um veranico em pleno inverno gaúcho impulsionou público recorde da 48ª Expointer em seu primeiro fim de semana. Na soma dos visitantes de sábado (30/8) e domingo (31/8), 258.940 pessoas estiveram no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio – o maior número já registrado em dois dias nos últimos dez anos, desde que há registros oficiais. No sábado, abertura da feira, o parque recebeu 119.539 visitantes, superando a marca histórica para o primeiro dia do evento. O movimento intenso se repetiu no domingo, consolidando o novo recorde. De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, os números refletem tanto o clima favorável quanto a diversidade da programação. “É um resultado que nos motiva ainda mais para os próximos dias da feira, mesmo que a previsão do tempo não seja tão favorável. A Expointer mostra sua força como vitrine do agro e espaço de convivência cultural e econômica”, destaca. Além do público, a feira bateu recorde, neste ano, no número de animais inscritos em toda a história: 6.696 exemplares entre rústicos e de argola. A ovinocultura é um dos destaques, com 997 ovinos. O pavilhão das agroindústrias também tem o maior número de expositores da história da Expointer, reunindo 456 empreendimentos. E as vendas confirmam o crescimento no primeiro fim de semana em relação a 2024. Nos dois primeiros dias, o volume comercializado chegou a R$ 3.049.992,75, aumento de 35,43% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor acumulado foi de R$ 2.252.141,87. Com programação até 7 de setembro, a 48ª Expointer reúne expositores de máquinas e implementos agrícolas, pecuária de elite, agricultura familiar, artesanato e atrações culturais. A expectativa da organização é de que o público total supere o da edição anterior, consolidando o evento como a maior vitrine do agronegócio brasileiro e espaço de integração entre campo e cidade. (Ascom Expointer)