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29/07/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.446


Trabalhadores rurais têm alta de 5,5% na renda no 1º tri de 2025

O rendimento médio mensal dos trabalhadores e trabalhadoras da agropecuária brasileira teve um avanço expressivo de 5,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados fazem parte do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).Segundo o levantamento, realizado em parceria com o Dieese, o salário médio no setor agropecuário passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, considerando trabalhadores ocupados nas atividades de agricultura, pecuária, pesca, aquicultura e produção florestal. 
O crescimento representa uma recuperação em comparação à variação de apenas 0,2% registrada em 2024, no mesmo recorte. “O aumento do rendimento reforça que estamos no caminho certo na luta pela dignidade no meio rural, que passa necessariamente pela geração de renda e por um desenvolvimento rural sustentável”, afirma Vânia Marques Pinto, presidenta da Contag.
 
Crescimento por região
A recuperação da renda foi impulsionada principalmente por duas regiões: o Norte, que avançou 21%, e o Sul, com alta de 9,7%. O Nordeste aparece na sequência, com 7,5%, seguido pelo Sudeste, com 1,7%.Já o Centro-Oeste foi a única região que registrou queda, com recuo de 7,9% na média salarial. Ainda assim, a região permanece no topo da renda nacional, com R$ 3.492 mensais — o maior valor entre todas as regiões. O Nordeste, por outro lado, segue com o menor rendimento médio, de R$ 1.081. As informações são do Estadão)


Leite no Brasil: escala não garante lucro, mostra estudo da Labor Rural

A rentabilidade da pecuária leiteira no Brasil não depende apenas da escala de produção. Essa é a principal conclusão de uma ampla análise conduzida pela consultoria Labor Rural, com dados de 2023 em Minas Gerais.

Mesmo entre produtores com menos de 500 litros diários, a eficiência técnica e a gestão criteriosa provaram ser mais determinantes para o sucesso financeiro do que o volume de leite produzido.

Segundo o Anuário do Leite 2025, publicado pela Embrapa Gado de Leite, o setor vive um momento de reestruturação acelerada: menos produtores, maior produtividade por vaca e concentração em médias e grandes propriedades. Mas a pergunta persiste — é possível ser lucrativo mesmo em pequena escala?

A resposta, com base nos dados da Labor Rural, é sim — desde que se adote uma gestão eficiente. No grupo dos pequenos produtores, os 25% mais rentáveis obtiveram uma remuneração do capital de 7,16% ao ano, que salta para 16,59% quando se exclui o valor da terra. A margem líquida mensal média foi de R$ 6.267, já incluindo o valor do trabalho familiar.

O segredo? Custos de produção 25,4% menores do que os colegas menos eficientes, mesmo vendendo o leite por apenas 2,8% a mais. Por outro lado, os menos rentáveis amargaram um prejuízo médio mensal de R$ 4.609.

Entre os produtores com mais de 4.000 litros por dia, a lógica se manteve. A diferença no preço do leite entre os mais e menos rentáveis foi de apenas 2,6%.

No entanto, os mais eficientes conseguiram cortar 22,3% dos custos, o que se traduziu em uma remuneração do capital de 19,9% ao ano — ou expressivos 30,82% sem considerar a terra.

A margem líquida por hectare chegou perto dos R$ 13 mil, valor considerado alto frente a outras atividades agropecuárias. Já os menos rentáveis dessa faixa mal ultrapassaram 1% de retorno sobre o capital investido.

A produtividade se destaca como fator decisivo. Em ambos os perfis — pequeno ou grande — os produtores mais lucrativos apresentaram melhores indicadores em produtividade animal, uso da terra, estrutura de rebanho e eficiência da mão de obra.

Ou seja, vender mais leite ou conseguir um preço melhor não basta: a chave está no uso inteligente dos recursos disponíveis.

O Anuário da Embrapa reforça essa visão ao apontar para uma profissionalização crescente do setor. Fazendas que investem em gestão, tecnologia e controle de custos vêm colhendo bons frutos — e isso independe do tamanho da operação.

Ainda que a escala traga vantagens como bônus por volume e diluição de custos fixos, os resultados demonstram que a rentabilidade nasce da porteira para dentro.

Produtores tecnicamente preparados, mesmo com volume modesto, têm plena capacidade de competir no mercado e alcançar resultados expressivos.

No cenário atual da pecuária leiteira brasileira, volume e preço continuam relevantes — mas não são determinantes isolados.

A sustentabilidade da atividade está diretamente ligada à soma de boa gestão, controle de custos e eficiência produtiva. Em um mercado cada vez mais exigente, é essa tríade que define quem prospera e quem fica para trás. (Adaptado para eDairyNews, com informações de O Presente Rural)

Forte previsão para o setor lácteo da Nova Zelândia na temporada 2025/2026 

Economistas do banco ANZ afirmam que a produção de sólidos do leite, no mês de junho, aumentou acentuadamente, o que leva à previsão de uma excelente primavera.  Junho, historicamente, é um mês fraco para a produção de leite em decorrência do inverno. No entanto, os números do mês passado são promissores para toda a temporada 2025/26.  “O início está compatível com uma forte primavera – de agosto a outubro – liderado pelo sinal do mercado de que o mundo precisa de mais leite”, disseram.

Isso ajudou a elevar os preços globais dos lácteos, o que incentiva os produtores a aumentar a produção em decorrência do preço de abertura da Fonterra que foi de NZ$ 10,00 por quilo de sólidos (kgMS), [R$ 2,56/litro], acima dos preços do ano passado, e bem distante dos NZ$ 6,69 de 2017 e 2018.  Os economistas do banco ANZ também ressaltam o forte crescimento das pastagens, o que foi possível pela recuperação das condições secas que atingiram Waikato e Taranaki de janeiro a março.  

Eles acrescentam que mais vacas estão prenhas dentro do prazo desejado de seis semanas, poucos animais foram descartados, ou serão enviados para corte no decorrer da temporada, e mais animais estão sendo retidos para a produção de leite, o que contribui para aumento da produção nas fazendas.  Um outro indicador para o aumento da produção é o crescimento de 34% nas importações do extrato de palma (PKE), uma torta resultante da trituração dos resíduos da extração do óleo de palma. Esse produto é exportado do Sudeste Asiático para a Nova Zelândia, que servirá de suplemento alimentar para as vacas leiteiras.  

Os analistas do banco ANZ disseram que a produção de leite da temporada 2024/2025 subiu 3% em relação ao ano anterior, e foi o maior percentual anual de aumento desde 2014/15. “É difícil obter grandes ganhos por dois anos consecutivos, mas ‘havendo alinhamento dos astros’, é muito provável que a temporada 2025/2026 cresça de 1 a 3%, principalmente se o tempo colaborar”, disseram os economistas. As perspectivas otimistas do setor lácteo se estendem à carne bovina. 

No entanto, o gado de corte está diante de potenciais problemas com o aumento das tarifas estadunidenses, um desafio que tem um impacto, relativamente pequeno na indústria de laticínios. “As exportações de lácteos da Nova Zelândia para os Estados Unidos da América (EUA) são de alto valor agregado, mas de baixo volume”, disse o economista Matt Dilly.  “Então, é um comércio resiliente a potenciais aumentos de tarifas, a menos que sejam exageradamente elevadas”.  Dilly acrescenta que outros fatores favorecem a indústria de laticínios da Nova Zelândia. A produção de outras regiões é insuficiente, criando uma escassez global.  

“Os preços dos lácteos estão elevados há pouco mais de um ano e os preços dos grãos, baixos. Isso é pouco relevante para a Nova Zelândia, mas de suma importância para sistemas de produção de leite em confinamento. Então, os preços baixos dos grãos indicam lucros que poderão levar todos a produzirem mais leite. 

No entanto, isso não ocorreu no último ano, em decorrência de outros fatores. E essas questões estão se acumulando, e as dificuldades enfrentadas por produtores de outros países acabam beneficiando a Nova Zelândia.  Na América do Sul, o clima tem sido bastante adverso. No ano passado, a gripe aviária afetou fazendas na América do Norte. E, na Europa, o surto do vírus da língua azul impactou fortemente a produção de leite.  Portanto, as fazendas leiteiras no exterior, encontram-se diante de grandes desafios para expandir a produção de leite, deixando a Nova Zelândia em uma boa situação, e com retornos acima do custo de produção”.  (Fonte: interest.co.nz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

FestiQueijo encerra com público total de 34 mil pessoas
O 33º FestiQueijo encerrou no domingo (27) com números que comprovam o sucesso de mais uma edição histórica. Em cinco finais de semana, o festival gastronômico reuniu mais de 34 mil pessoas, desde a abertura oficial, passando pelo FestiQueijo dedicado exclusivamente aos idosos, até o fechamento, no Centro Cultural Mãe de Deus, em Carlos Barbosa, que desfrutaram de sabores inigualáveis e de 72 atrações culturais. Outros destaques da edição deste ano foram os eventos paralelos ao festival, como a Feira Feito em Barbosa, com 32 expositores locais, e a Estação das Etnias, uma homenagem aos povos que colonizaram o município.  O presidente do 33º FestiQueijo, Francisco Guazzelli, enfatiza que o festival deste ano marcou uma retomada após um ano sem poder ser realizado em função das fortes chuvas ocorridas em maio de 2024. O presidente valorizou o espírito comunitário que se fortaleceu ainda mais nesta edição, contribuindo para que o festival seja um dos principais atrativos da Serra Gaúcha durante o inverno. (Jornal do Comércio)


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