Porto Alegre, 18 de julho de 2025 Ano 19 - N° 4.439
Governo lança 48ª Expointer destacando o legado dos gaúchos para a construção do futuro do Rio Grande do Sul
Feira ocorrerá de 30 de agosto a 7 de setembro, em Esteio, e tem o slogan “Nosso futuro tem raízes fortes”
A 48ª Expointer, considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, foi oficialmente lançada na quinta-feira (17/7). O evento contou com a presença do governador Eduardo Leite, de secretários estaduais, representantes de entidades copromotoras e autoridades. A cerimônia de lançamento ocorreu na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre.
A feira acontece de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), em Esteio, e este ano tem como slogan: “Nosso futuro tem raízes fortes”. Trazendo o conceito de legado – algo de valor que é transmitido, uma missão que é confiada – a campanha traz um olhar para o futuro honrando a história dos gaúchos.
“A Expointer é muito mais do que uma feira de negócios, ela é um encontro da alma do Rio Grande com o seu futuro. É onde nos reconectamos com as nossas raízes mais profundas, com a força do nosso campo, com os valores que construíram este Estado. Mas não é um olhar nostálgico: é a inspiração no passado para mover o Rio Grande em direção a um futuro melhor. Porque o nosso futuro tem raízes fortes, e é nelas que buscamos a energia para transformar o presente com coragem, inovação e trabalho”, afirmou Leite.
Espaço estratégico
O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, destacou o clima de entusiasmo que marcou a cerimônia de lançamento da 48ª Expointer. “A atmosfera festiva prenuncia o sucesso que esta edição promete alcançar”, afirmou. Brum também ressaltou que a feira será um espaço estratégico para avançar nas discussões sobre a renegociação das dívidas dos produtores rurais.
"A Expointer também cumpre um papel essencial de ser espaço de escuta, de diálogo e de construção de soluções para os nossos produtores rurais. Aqui se debatem políticas públicas, se compartilham experiências e se articulam avanços importantes como os que conseguimos este ano: o apoio do Estado, por exemplo, com R$ 150 milhões para permitir a prorrogação de créditos via Banrisul, e a mobilização junto ao Congresso para garantir a securitização das dívidas do setor. Estar ao lado do produtor, especialmente nos momentos difíceis, é a responsabilidade que o governo do Estado assume com firmeza e sensibilidade”, acrescentou o governador.
Vitrine para o campo
O secretário lembrou que a feira reunirá o melhor da agropecuária nacional, com destaque para a genética animal, máquinas, equipamentos e a presença marcante do gado de corte, leiteiro e dos cavalos de raça. Além disso, a infraestrutura de acesso ao evento foi aprimorada. A conclusão do viaduto na BR-116 e o funcionamento normal do Trensurb devem facilitar a chegada ao parque de exposições, garantindo mais conforto aos visitantes. “Com grande entusiasmo, convidamos a todos para participarem da 48ª edição da Expointer, que ocorrerá de 30 de agosto a 7 de setembro”, completou o secretário.
Novidades deste ano
Pensando na experiência do público visitante, estará em funcionamento durante a feira o Expointer 360⁰, um mapa interativo com a utilização da GurIA, assistente virtual baseada em inteligência artificial (IA) generativa, lançada recentemente pelo governo do Estado. O usuário poderá navegar pelo Parque, com o auxílio da GurIA e sua geolocalização do celular, e saber como chegar em algum ponto determinado, qual a programação prevista para aquele espaço – quando houver –, além de pesquisar algum local que gostaria de ir e ver sua localização. O trabalho está em fase final de desenvolvimento com a Procergs.
Também está confirmado o espetáculo Ópera Gaúcha, na Pista Central do Parque, no dia 30 de agosto, além da segunda edição do Festival Sou do Sul, um evento realizado e produzido pela S3 Produtora, com apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e do governo do Estado. O Sou do Sul ocorrerá no primeiro final de semana da feira, na pista coberta da ABCCC no Parque, e em breve a produtora responsável irá fazer a divulgação das atrações.
Além do lançamento da feira em Porto Alegre, está sendo organizada a divulgação da Expointer também em São Paulo e Brasília no início de agosto.
Agricultura Familiar
O Pavilhão da Agricultura Familiar terá o maior número de participantes da história. Serão 456 empreendimentos, superando os 413 do ano passado, o que evidencia o crescimento e a relevância da participação dos agricultores familiares na feira. Os empreendimentos inscritos representam 196 municípios gaúchos, reforçando a presença da agricultura familiar em diferentes regiões do Estado.
Ingressos para a Expointer
Os ingressos para acesso à Expointer custam: R$ 20 para pedestres; com meia-entrada (R$ 10) para pessoas acima de 60 anos, estudantes munidos de carteira oficial e pessoas com deficiência. Crianças de até seis anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam. O estacionamento para veículos custa R$ 50 (não inclui a entrada do motorista nem dos demais passageiros). Em todos os dias do evento, a entrada de visitantes na feira é das 8h às 20h. Em breve mais informações sobre a venda antecipada de ingressos.
Copromotores
A Expointer é uma realização do governo do Estado, por meio da Seapi, com o apoio das entidades copromotoras: Prefeitura de Esteio, Federação da Agricultura do RS (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raças (Febrac), Organização das Cooperativas do Estado do RS (Ocergs), Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers) e Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
Durante o lançamento, foram exibidos diversos depoimentos de representantes das entidades, que destacaram a importância econômica e social da Expointer para o desenvolvimento do Estado.
“A Expointer é um espaço que une tradição, tecnologia e muita força do campo. Mais do que uma feira, a Expointer é um símbolo de cultura, trabalho e desenvolvimento. É o campo pulsando e é a cidade aprendendo com o interior e também o futuro sendo semeado a cada nova edição. E nós, da cidade de Esteio, temos orgulho em fazer parte dessa história”, enfatiza o prefeito de Esteio, Felipe Costella.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, exaltou a chegada da 48ª Expointer, destacando que as edições anteriores deixaram marcas significativas. “Já tivemos tantas Expointer, e cada uma deixou seu legado. Esta edição ocorre em meio a uma crise de endividamento dos nossos produtores, que exige coragem para o enfrentamento. Aliás, coragem é uma das marcas do povo gaúcho, e isso fica evidente diante das dificuldades que o Estado tem enfrentado, especialmente em razão do cataclismo climático. Vamos, portanto, realizar mais uma edição maravilhosa — e todos já estão convidados a participar.”
Expointer reflete as transformações no campo
Para o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, a Expointer é o momento de reforçar o compromisso e buscar soluções que garantam a sustentabilidade da agricultura e da pecuária no Estado. “O meio ambiente está mudando, e nós precisamos nos adaptar. É por meio do diálogo, da discussão e da construção conjunta que vamos encontrar as soluções. E, nesse processo, a Expointer terá um papel fundamental”, refletiu.
“Nossa Expointer tem data e local definidos e se consolidou como um dos maiores patrimônios do Rio Grande do Sul. Ali está representada a diversidade da produção gaúcha, do produtor de abelhas ao de búfalos. É também um espaço onde podemos ver a pujança da nossa genética e a inovação do agronegócio, sem dúvida. Além disso, é um momento em que o consumidor pode conhecer quem produz os alimentos que consome, e o produtor, por sua vez, pode debater suas necessidades. Portanto, esperamos todos para celebrarmos juntos mais uma edição desse grande encontro do campo com a sociedade, de 30 de agosto a 7 de setembro”, salientou o presidente da Febrac, Marcos Tang.
Inovação e tradição lado a lado
O presidente da Ocergs, Darci Hartmann, destacou a importância da Expointer na vida dos gaúchos e das gaúchas. “É uma feira que transcende as fronteiras do nosso Estado, com dimensão nacional, e que oferece ao cooperativismo a oportunidade de abordar temas fundamentais, como formação, educação e a construção de uma nova realidade”, afirmou
O presidente do Simers, Cláudio Bier, destacou que o setor representa mais de 90% das vendas da Expointer. “É com esse peso e responsabilidade que estamos nos preparando para a edição de 2025. O agro é a base da economia gaúcha e, mesmo diante de tantas dificuldades — como enchentes, secas e agora o tarifaço —, o produtor segue firme e inspira a todos. A Expointer é muito mais do que uma feira: é uma vitrine de inovação, um termômetro do mercado e uma grande oportunidade de negócios”, afirmou.
“Chegamos à 48ª edição da maior feira de animais da América do Sul, e a ABCCC orgulha-se profundamente de fazer parte dessa história. É nela que realizamos nossas duas grandes finais da raça crioula: a Morfológica e o Freio de Ouro”, ressaltou o presidente da ABCCC, César Hax. (SEAPI)
Embrapa irá desenvolver inventários regionais de ciclo de vida para pecuária de Leite
A Embrapa Gado de Leite e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) assinaram um acordo de cooperação técnica para a construção de 11 inventários de Análise de Ciclo de Vida (ACV) de leite bovino in natura nas bacias leiteiras mais representativas do país. O documento foi assinado este mês durante o III Workshop Pecuária de leite regenerativa: Integrando a ciência ao campo, um dos eventos da Jornada pelo Clima da Embrapa (leia mais sobre a Jornada pelo Clima no final desta reportagem).
Segundo o pesquisador Tomich, da Embrapa Thierry, a construção desses inventários irá dar maior assertividade à estimativa de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) pela produção de leite no Brasil. Atualmente, os inventários disponíveis para o setor, lançados em 2023 (parceria da Embrapa Gado de Leite com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná) aborda dois sistemas semi confinados e um sistema confinado de produção em apenas duas regiões produtoras. “Isso dificulta o direcionamento das ações de mitigação, além de divulgar informações que, em alguns casos, podem penalizar o produtor de leite que se preocupa com a sustentabilidade do seu negócio”, diz Tomich.
A analista Vanessa Romário de Paula, da Embrapa Gado de Leite, que participou da equipe de construção dos primeiros Inventário do Ciclo de Vida (ICV) da pecuária de leite brasileira, diz que atualmente as emissões da atividade nos estados são baseadas em estudos que quantificam as emissões associadas ao rebanho total do país. “São dados médios que não consideram as especificidades dos sistemas de produção, a estrutura dos rebanhos, as raças dos bovinos, a genética e a composição da dieta nas diferentes regiões”, explica a analista.
A parceria com o IBICT irá considerar informações específicas em 11 estados (MG, PR, RS, GO, SC, SP, PE, AL, RO, RJ, MS) como primeira etapa, com perspectiva de avançar para dados de todos os estados brasileiros. Segundo explicou a analista, a coleta dos dados será feita in loco com apoio dos laticínios que atuam nos estados. A modelagem dos dados e a construção dos inventários será realizada pela Embrapa Gado de Leite. O checklist de qualidade e a validação dos inventários será realizada pelo IBICT.
“A disponibilização dos ICVs do leite brasileiro atende a uma demanda importante da pesquisa científica brasileira e irá nortear estratégias de políticas públicas para o setor”, conclui Tomich. Os primeiros inventários já estão sendo construídos e, quando concluídos, servirão de referência quanto às intensidades e emissões de gases de efeito estufa em relação à unidade de leite produzido em cada local e tipo de sistema de produção. Além disso, possibilitarão a identificação da contribuição relativa dos itens que compõem as pegadas de carbono do leite que vão embasar e priorizar as estratégias mais assertivas para redução da intensidade dessas emissões.
Inventário de impacto ambiental
A pecuária de leite no Brasil é uma atividade econômica de grande relevância; mas, assim como as demais atividades produtivas, também gera impactos ambientais. Para quantificar e compreender esses impactos, são realizados inventários que buscam analisar o ciclo de vida completo da produção leiteira, desde a fazenda até o produto final.
Para a ACV do produto, metodologia aplicada para cálculo de pegada de carbono, por exemplo é necessário a construção do ICV, técnica abrangente e padronizada internacionalmente pelas normas ISO 14040 e ISO 14044. O ICV identifica e quantifica todas as entradas (recursos naturais, energia, água, matérias-primas, etc.) e saídas (emissões para o ar, água e solo, resíduos sólidos, coprodutos etc.) de cada etapa do ciclo de vida do produto. A ACV é a metodologia de referência para avaliação de impacto ambiental no setor de laticínios no mundo todo e deve ser usada prioritariamente nos projetos que têm esse escopo. A ferramenta também é importante para verificar a acurácia das inúmeras ferramentas que têm sido empregadas no setor para avaliações das emissões de gases de efeito estufa.
A metodologia identifica e quantifica os impactos ambientais dos produtos e processos; compara o desempenho ambiental de diferentes produtos ou alternativas; podendo ser empregada para desenvolver e melhorar produtos e serviços, tornando-os mais sustentáveis; subsidia decisões estratégicas em empresas e políticas públicas; comunica a sustentabilidade de forma transparente e identifica oportunidades de otimização e redução de resíduos. No caso da pecuária de leite, a ACV permite entender de onde vêm as maiores emissões de GEE, onde há maior consumo de água e quais etapas da cadeia produtiva podem ser aprimoradas para uma produção mais sustentável.
Jornada pelo Clima
O III Workshop Pecuária de leite regenerativa: Integrando a ciência ao campo, realizado nos dias primeiro e dois de julho, reuniu pesquisadores e demais agentes privados e públicos da cadeia de laticínios que abordaram temas como redução da pegada de carbono na pecuária, eficiência alimentar, melhoramento genético, bem-estar animal, cria e recria de bezerros, compostagem e manejo de dejetos. O evento também tratou de ACV, mercado e carbono e políticas governamentais para o agro. O workshop fez parte da Jornada pelo Clima, iniciativa da Embrapa para discutir desafios e soluções para uma agropecuária de baixo carbono.
Também no workshop foi apresentado o documento de “Orientações para coleta de dados para cálculo de pegada de carbono” que é uma demanda do setor e apoiará o trabalho no campo. Essa etapa é um dos gargalos para obtenção de dados de qualidade, pela falta de conhecimento por parte dos técnicos e organização das informações na propriedade leiteira. Para ter acesso a esse documento, clique aqui.
Ação da Embrapa para posicionar a ciência e a inovação agrícola brasileira como pilares fundamentais na resposta global às mudanças climáticas, a Jornada pelo Clima mostra que é possível produzir alimentos de forma sustentável e com baixo impacto ambiental. O objetivo principal de ampliar o conhecimento e o debate sobre o papel da agricultura no enfrentamento das mudanças climáticas, tanto na mitigação (redução de GEE) quanto na adaptação (aumento da resiliência dos sistemas produtivos).
Essa jornada foi lançada neste ano e está relacionada aos preparativos da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será realizada em Belém/PA em novembro de 2025. A ideia é mostrar que a agricultura brasileira, impulsionada pela ciência, não é apenas parte do problema, mas também uma parte crucial da solução. (Embrapa Gado de Leite)
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1876 de 17 de julho de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
A produção de leite mostrou sinais de recuperação em várias regiões, especialmente onde as pastagens de inverno foram bem implantadas, e as parições planejadas para o período. Principalmente nos primeiros pastejos, ainda são necessários ajustes na dieta em função da baixa taxa de fibra das plantas. O estado corporal e sanitário dos rebanhos está satisfatório. O uso de suplementação alimentar tem sido frequente para compensar a limitação de forragem em algumas áreas.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite teve incremento, sendo mais significativo nas propriedades que planejaram as parições para o inverno. Nesses casos, os produtores estão fornecendo maiores quantidades de ração e de forragem para as matrizes em terço inicial de lactação. O estado corporal dos animais está apropriado, e o manejo sanitário foi favorecido pela ausência de chuvas. Em Hulha Negra, para suplementar a alimentação das matrizes, foi ofertado trevo e azevém diretamente no cocho, reduzindo assim o consumo de silagem e a pressão de pastejo nessas áreas.
Na de Caxias do Sul, as condições climáticas contribuíram para o bem-estar do rebanho, que apresenta estado sanitário adequado. Os parâmetros de qualidade, como a contagem de células (CCS) e a contagem padrão em placas (CPP), permaneceram ideais. Os animais mantiveram o peso e o escore corporal em virtude do uso de suplementação proteica.
Na de Erechim, os rebanhos leiteiros estão em bom estado nutricional e sanitário, e houve melhora na produção. O conforto térmico dos animais está dentro dos parâmetros. Foram realizados manejos, como suplementação alimentar, vacinação (clostridioses, brucelose, raiva) e organização dos piquetes para otimizar o pastejo.
Na de Frederico Westphalen, a produção apresentou leve queda devido às dificuldades de manejo impostas pelos períodos anteriores de chuvas e pela limitada oferta de forragem. Na de Ijuí, a produção está aumentando. Houve redução do volume de silagem fornecido aos animais, garantindo a manutenção dos estoques. Nos sistemas de confinamento, a redução da umidade contribuiu para a melhoria das condições do substrato das camas dos animais, favorecendo o bem-estar e diminuindo a incidência de doenças.
Na de Passo Fundo, o rebanho apresenta estado nutricional e sanitário adequados. Em função do ajuste na dieta (pastagem de aveia, silagem, sal mineral e tamponantes), a produção ficou estável. Devido às baixas temperaturas, as populações de ectoparasitas no campo estão diminuindo.
Na de Porto Alegre, os animais foram alimentados com concentrados e reservas de volumosos em decorrência das dificuldades de pastejo. Na de Soledade, apesar da melhor oferta de forragem, foi necessária suplementação com volumosos concentrados, como silagem, pré-secado e feno.
Na de Pelotas, as baixas temperaturas interferiram no bem-estar animal, diminuindo o escore corporal. Observou-se aumento na produção de leite nas propriedades com oferta de pastagem. Há relatos de ocorrência de tristeza parasitária.
Na de Santa Maria, o frio intenso prejudicou o conforto e o bem-estar dos animais, diminuindo inclusive a produção. Foi fornecida suplementação alimentar. Na de Santa Rosa, as condições climáticas facilitaram os manejos sanitários e de ordenha. Houve leve aumento na produção de leite em função da qualidade das pastagens. Ainda assim, foi necessário complementar a dieta com feno, silagem ou pré-secado, pois os primeiros pastejos estão muito úmidos e pobres em fibras, exigindo balanceamento para manter a saúde dos animais. (Emater/RS)
Jogo Rápido
Frio e geada retornam ao Rio Grande do Sul nos próximos dias
Nos próximos dias, o frio com formação de geadas vai retornar ao Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 29/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (18/7), o deslocamento de uma frente fria vai manter a nebulosidade com pancadas de chuva na maioria das regiões e possibilidade de chuva forte em áreas isoladas, principalmente na faia Central, Litoral e Zona Sul. No sábado (19/7) e domingo (20/7), o ingresso de uma massa de ar seco e frio vai garantir o tempo firme e provocará o declínio das temperaturas, com mínimas inferiores a 5°C e formação de geadas ao amanhecer em diversas regiões. Entre a segunda (21/7) e quarta-feira (23/7), o tempo permanecerá seco, com temperaturas amenas e formação de nevoeiros ao amanhecer na maioria das regiões. Os totais de chuva esperados para o período são baixos e deverão oscilar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões. Na faixa Central, Serra do Sudeste e Extremo Sul, os valores acumulados deverão variar entre 20 e 30 mm, e poderão alcançar 50 mm em algumas localidades. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Veja em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia (SEAPI)