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08/05/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.386


Balança comercial de lácteos: importações seguem em queda

Abril registra avanço na balança láctea, com recuo nas importações de leite e derivados.

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou um avanço novamente no mês de abril. Com um total de -154 milhões de litros em equivalente-leite, abril apresentou um avanço de 17,3 milhões de litros em relação ao mês anterior, saldo menor do que em março, já que as importações repetiram a tendência de queda de março. Por outro lado, as exportações também recuaram, o que freou um pouco o avanço.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em abril, as exportações de lácteos somaram 4,55 milhões de litros em equivalente-leite, sendo esse um recuo significativo -40,3% em relação a março, no comparativo com abril do ano anterior o saldo ainda está cerca de -13,1% menor. Esse resultado contribui para ampliar a diferença acumulada de 47,7 milhões de litros (em equivalente-leite) nas exportações de 2025 em relação a 2024, conforme mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações totalizaram 158,5 milhões de litros em equivalente-leite em abril, mantendo a tendência de queda observada desde março de 2025, com recuo mensal de 11,4%. Em relação a abril de 2024, a redução foi de 16,8%, enquanto o acumulado do ano apresenta uma queda de 1,86% na comparação com o mesmo período do ano anterior, como ilustra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em abril, as exportações de lácteos apresentaram um cenário diversificado entre os principais produtos. O leite condensado registrou queda de 27%, enquanto o doce de leite sofreu uma expressiva redução de 55% no volume exportado. Em contraste, o soro de leite se destacou com crescimento de 11% ante o mês anterior. A maioria dos demais produtos também apresentou resultados negativos: iogurtes recuaram 24%, queijos caíram 17%, com exceção do creme de leite, que se manteve estável. 

Em relação às principais categorias de lácteos importados apresentaram movimentações predominantemente negativas. O leite em pó integral registrou a queda mais expressiva, com redução de 20% nas importações em relação ao mês anterior, tornando-se o principal responsável pela diminuição do volume total de equivalente-leite importado. Por outro lado, algumas exceções pontuais foram observadas: os queijos tiveram um discreto aumento de 3% nas importações, enquanto a manteiga apresentou crescimento mais significativo de 12%. No entanto, esses incrementos isolados não foram suficientes para reverter a tendência geral de queda, resultando num saldo final inferior ao registrado no mês passado em relação às importações. 

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em abril de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em março de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?

A competitividade de preços do produto importado segue mais limitada do que vimos no passado recente. Atualmente, a muçarela importada já não tem mostrado atratividade de preços frente ao produto nacional. Enquanto os leites em pó ainda seguem atrativos, mas com um diferencial menor do que o visto anteriormente.

Além disso, os preços dos leite em pó no mercado internacional seguem em patamares elevados, o que tende a limitar nossas importações. Por outro lado, a frequente oscilação na taxa de câmbio deve ser acompanhada de perto, podendo afetar a dinâmica de competitividade do produto importado. (Milkpoint)


CONSELEITE MINAS GERAIS 

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 07 de Maio de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite MG)

Terceira Jornada Técnica da RTC debaterá o futuro do agronegócio

Evento será realizado em Gramado, de 28 a 30 de maio, e vai reunir palestrantes nacionais e internacionais

O futuro do agro já chegou. Vamos juntos? Esse será o tema da 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica Cooperativa (RTC), que acontecerá de 28 e 30 de maio, no hotel Wish Serrano, em Gramado (RS). O evento reunirá especialistas do agronegócio nacional e internacional: será uma grande imersão com mais de 15 palestrantes que irão abordar temas de áreas como cenário econômico, inovação, gestão, produtividade, mudanças climáticas, sustentabilidade e cooperativismo. O evento reunirá 800 participantes que, de acordo com a organização, terão uma experiência transformadora com a oportunidade de conhecer tudo aquilo que está na fronteira do conhecimento. 

O ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, embaixador especial da Food and Agriculture Organization (FAO) e ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), é um dos painelistas da jornada técnica. Entre os convidados também estão o médico-veterinário, Luís Gustavo Ribeiro, professor da Universidade de Copenhagen e pesquisador nas áreas de nutrição animal, pecuária de precisão e sistemas regenerativos, o zootecnista Christiano Nascif, diretor na empresa Labor Rural e coordenador de Negócios e Empreendedorismo no Instituto CNA. O Prêmio Nobel da Paz (2007), e prêmio Nobel em Alimentação (2020), Rattan Lal, também está entre os palestrantes. O cientista político Fernando Schüler, professor do Insper (SP), está entre os painelistas e fará a palestra de abertura do evento. A grade completa dos palestrantes pode ser acessada no site do jornada.rtc.coop.br. 

As inscrições podem ser feitas acessando o link jornada.rtc.coop.br/app/jornada-rtc-2024/inscricao

A 3ª Jornada Técnica é uma realização da RTC e CCGL e conta com o patrocínio do terminal portuário Termasa. O evento é apoiado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro/RS), pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS e pela plataforma SmartCoop.

Sobre a RTC

A Rede Técnica Cooperativa (RTC) é uma iniciativa que reúne as áreas técnicas de 30 cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. O objetivo é difundir a pesquisa e conhecimento de forma integrada, além de promover a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e economicamente viáveis às cooperativas e aos seus produtores. (RTC)


Jogo Rápido

Banco Central eleva taxa Selic para 14,75%, maior patamar desde 2006
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, atingindo 14,75% ao ano, em reunião nesta quarta-feira (7). É o maior patamar desde julho de 2006. A elevação foi unânime entre os membros do comitê. Na ata da reunião, eles indicam que "a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante". O texto indica um ambiente externo "adverso e particularmente incerto" devido à política econômica dos Estados Unidos. No cenário doméstico, há menção para as expectativas de inflação acima da meta.  "Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual". O comitê não sinalizou o que deve ocorrer na próxima reunião, prevista para agosto: "Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação". Esta é a sexta elevação consecutiva da taxa. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto de 2024, começou a ser elevada em setembro, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto em novembro, e três de um ponto percentual, em dezembro, janeiro e março. A nova taxa básica de juro vai ao encontro da expectativa do mercado, de uma alta mais branda do que a dos três últimos encontros, em dezembro, janeiro e março, de um ponto percentual. Na ata da reunião de março, o Copom também já havia sinalizado uma elevação de "menor magnitude". O valor atual da taxa Selic iguala o patamar alcançado em julho de 2006, quando também atingiu 14,75% ao ano. Na ocasião, contudo, a Selic vinha em um contexto de queda, após bater 19,75% um ano antes. No cenário atual, o BC visa conter a inflação, freando a intenção de consumo das famílias e os investimentos das empresas com um juro mais alto.A perspectiva para o índice da Selic até o fim do ano, no entanto, diminuiu. No boletim Focus, divulgado na segunda (5), os economistas consultados pelo BC reduziram a previsão da Selic em 2025 pela primeira vez no ano. Depois de 16 semanas com projeções de 15%, o mercado crê que o juro vai terminar 2025 em 14,75%. (Zero Hora)


 
 
 

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