Porto Alegre, 06 de maio de 2025 Ano 19 - N° 4.385
Global Dairy Trade - GDT
Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS
Inale | Produção de leite no Uruguai cresceu em março e teve melhor marca em 3 anos
Em março, a remessa de leite para as indústrias aumentou quase 3% em relação ao mesmo mês do ano passado e fechou em 140,5 milhões de litros.
No terceiro mês de 2025, a produção e consequente remessa de leite para as plantas das indústrias no Uruguai (de produtores fornecedores e leite próprio) aumentou 2,9% em relação a março do ano passado, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale).
Em março de 2025, a remessa alcançou 140,5 milhões de litros e esse número foi o melhor dos últimos três anos.
Considerando o primeiro trimestre de 2025, ou seja, o acumulado anual, a remessa cresceu 2,3%, totalizando 437 milhões de litros em comparação com janeiro-março de 2024.
No entanto, houve uma queda na remessa acumulada dos últimos 12 meses em relação ao mesmo período anterior, de 3,8%, totalizando 2.048,5 milhões de litros.
Se a medição em vez de litros for feita em quilos de sólidos, comparando março de 2025 com março de 2024, houve um crescimento de 3,3%, alcançando 11,2 milhões de quilos de gordura + proteína.
Com base em dados desde o exercício de 2002, o melhor registro mensal ocorreu em outubro de 2020 com 222 milhões de litros, e o mais baixo ocorreu em maio de 2003 com 68,7 milhões de litros.
Sólidos no leite das fazendas leiteiras
Teor de gordura
Março 2025: 3,64%
Março 2024: 3,62%
Todo 2024: 3,53% (1% a mais que em 2023)
Inale: últimas 10 campanhas anuais
Em 2024 foram remetidos 2.045 milhões de litros – 3,3% sobre 2023
Em 2023 foram remetidos 2.114 milhões de litros + 1,2% sobre 2022
Em 2022 foram remetidos 2.089 milhões de litros – 1,4% sobre 2021
Em 2021 foram remetidos 2.118 milhões de litros + 1,9% sobre 2020
Em 2020 foram remetidos 2.078 milhões de litros + 5,5% sobre 2019
Em 2019 foram remetidos 1.970 milhões de litros – 4,5% sobre 2018
Em 2018 foram remetidos 2.063 milhões de litros + 7,2% sobre 2017
Em 2017 foram remetidos 1.924 milhões de litros + 8,4% sobre 2016
Em 2016 foram remetidos 1.775 milhões de litros – 10,1% sobre 2015
Em 2015 foram remetidos 1.974 milhões de litros – 2% sobre 2014
O melhor registro anual neste século foi o de 2021 e o mais baixo foi detectado em 2002 (1.109 milhões de litros). (Traduzido e adaptado por eDairyNews)
Mercados Internacionais | Alerta na Argentina: exportações de lácteos caem por falta de fôlego
Nem o fim das retenções foi suficiente: setor lácteo argentino perde espaço no mercado externo e acende sinal vermelho pela baixa competitividade.
De acordo com os dados divulgados pelo OCLA, em março as exportações de lácteos da Argentina caíram 16,5% em volume e 17,1% em faturamento, aprofundando a retração registrada no primeiro trimestre do ano, que já apresentava uma queda de 8,5% na quantidade embarcada e de 7,6% em dólares.
A queda de março ocorre apesar de que “o preço médio de exportação obtido em março de 2025, medido em pesos, foi 25,7% superior ao preço médio registrado em março de 2024.
Como referência, no mesmo período, o IPC Lácteos cresceu 43,3%, o IPIM Lácteos 49,5%, e o preço SIGLeA 36,6%, mostrando claramente que o setor exportador foi o que teve menor variação, devido à forte queda, em moeda constante, do tipo de câmbio”, segundo análise do Observatório.
Em 2024, o setor lácteo argentino foi beneficiado por um valor do dólar que permitia competir no mercado global e obter lucro com as exportações. No entanto, essa vantagem foi se perdendo a partir da metade do ano.
Desde o final do governo de Alberto Fernández, o setor lácteo não paga mais impostos de exportação para colocar seus produtos no mercado internacional.Com a desvalorização do peso no início da gestão de Javier Milei, as exportações atingiram níveis elevados, chegando a representar, em fevereiro, 34% da oferta total de leite.
Com o passar dos meses, a inflação — sempre superior à desvalorização — foi corroendo essa competitividade. Assim como ocorreu em outros setores do agro, como a carne bovina, os produtos lácteos perderam espaço no mercado externo.
A isso se soma a dificuldade para vender no mercado interno. Na Argentina, apesar das declarações do governo sobre redução da carga tributária, a inflação continua alta e os salários seguem perdendo poder de compra.
“O setor precisa destinar entre 70% e 80% da produção ao mercado interno, onde o poder aquisitivo está bastante deteriorado pelo processo inflacionário, o que gerou uma queda de mais de 19% no consumo doméstico total nos três primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2024”, alertou o OCLA.
*Traduzido e adaptado por eDairyNews
Jogo Rápido
Nova redução de 4,6 no preço do diesel começa hoje
A Petrobras anunciou que reduzirá, a partir desta terça-feira, seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras. O novo valor passará a ser, em média, de R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 / litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B. Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 / litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/ litro ou 34,9%. (Correio do Povo)