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28/02/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.339


Informativo Conjuntural 1856 de 27 de fevereiro de 2025
 
BOVINOCULTURA DE LEITE
 
Apesar da melhora no desenvolvimento recente das forrageiras, a produção leiteira está em declínio, em função da antecipação do período de transição entre forrageiras de verão e inverno (vazio outonal) e ao estresse térmico dos animais causado por altas temperaturas, diminuindo o consumo de alimentos e, consequentemente, a produção.
 
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Santana do Livramento, as matrizes estão em estado adequado, mas a produção de leite reduziu 35% em razão do déficit hídrico registrado anteriormente.
 
Na de Caxias do Sul, a produção de leite segue estável. As práticas recentes incluem o uso de pastagens cultivadas, revisão do rebanho, mineralização, aplicação de medicamentos homeopáticos, manutenção de cercas, tratamento de miíases, vacinação contra clostridioses, vermifugação e banhos carrapaticidas preventivos.
 
Na de Erechim, a saúde dos rebanhos segue estável. Nos confinamentos, o uso de ventiladores e de aspersores ajuda a mitigar os impactos do calor, embora problemas de casco e escorregões sejam mais frequentes. Na de Frederico Westphalen, o preço do litro de leite permaneceu estável, variando conforme a escala de produção e a qualidade, mas há expectativa de leve alta em março.
 
Na de Ijuí, a produção de leite segue estável. Porém, varia nos sistemas a pasto conforme a disponibilidade de forragem. O rebanho mantém o escore corporal devido à suplementação com forragem conservada e concentrados, e a silagem de milho da safra apresenta elevada qualidade.
 
Na de Passo Fundo, a produção de leite também se manteve estável, e os animais em satisfatório estado geral em virtude do maior uso de alimentos conservados, como silagens, que têm suprido as necessidades nutricionais dos rebanhos.
 
Na de Pelotas, em Cerrito, houve um leve aumento na produção. Os agricultores buscam insumos para as pastagens de inverno e realizam a colheita de milho para silagem.
 
Na de Porto Alegre, o estresse calórico, especialmente em vacas de alta produção, têm impactado os índices reprodutivos.
 
Na de Santa Maria, os produtores continuam a utilizar suplementação para minimizar perdas na produção, mas as temperaturas elevadas prejudicam o bem-estar e a produtividade das vacas.
 
Na de Santa Rosa, a produção diária de leite sofreu redução entre 20% e 25% em função da estiagem e do estresse térmico. No entanto, as chuvas recentes e a queda da temperatura melhoraram as condições ambientais, favorecendo o rebrote das pastagens e diminuindo as perdas de produtividade. Na de Soledade, as temperaturas mais amenas amenizaram o estresse térmico dos animais. (Emater).

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº  09/2025 – SEAPI
 
Apesar da melhora no desenvolvimento recente das forrageiras, a produção leiteira está em declínio, em função da antecipação do período de transição entre forrageiras de verão e inverno (vazio outonal) e ao estresse térmico dos bovinos de leite causado por altas temperaturas, diminuindo o consumo de alimentos e, consequentemente, a produção.
 
A colheita de milho silagem avançou, atingindo 72%. A produtividade é considerada satisfatória, próxima à previsão inicial. Restam as lavouras em maturidade fisiológica e aptas para o corte (7%). Estão 6% em enchimento de grãos; 3% em floração; e 12% em desenvolvimento vegetativo, incluindo os plantios recentes de safrinha. As chuvas no período favoreceram a formação de biomassa foliar nas semeaduras tardias e beneficiaram as lavouras em enchimento de grãos.
 
A previsão para os próximos dias indica a continuidade de chuvas e temperaturas elevadas no Rio Grande do Sul. Na quinta-feira (27/02), o sistema de chuvas que gerou acumulados no estado no dia anterior perderá força na primeira metade do dia. No entanto, a atuação de uma intensa área de alta pressão no litoral do Brasil favorecerá a formação de novas instabilidades generalizadas sobre o RS
ao longo da quinta-feira. Esse padrão de instabilidade deve limitar as temperaturas máximas, impedindo que ultrapassem significativamente os 30°C. Na sexta-feira (28/02), a aproximação de uma frente fria sobre o oceano, em interação com a massa de ar quente presente no estado, poderá provocar novos acumulados de chuva, que devem se estender ao longo do sábado (01/03) e do domingo (02/03).
 
A presença da alta pressão entre o litoral Sul e Sudeste do Brasil manterá o transporte de calor e umidade para o RS, dificultando o deslocamento dos sistemas de instabilidade para outras regiões do país. Os acumulados de chuva devem ser observados em quase todas as regiões, mas os principais acumulados devem ser observados na metade sul do estado. Já as temperaturas seguem elevadas, especialmente na metade norte do RS. Regiões como as Missões e a Metropolitana podem registrar máximas acima dos 35°C nestes dias.
 
A tendência para o início da semana indica a manutenção das temperaturas elevadas. Na segunda-feira (03/03), a atuação do anticiclone na costa do Brasil seguirá transportando calor e umidade das regiões ao norte do país para o RS. Esse padrão favorecerá a formação de nuvens de chuva sobre a metade sul do estado, além de manter as temperaturas máximas elevadas. Essa condição deve persistir na terça-feira (04/03) e na quarta-feira (05/03), com os termômetros registrando temperaturas máximas elevadas e possibilidade de chuvas isoladas ao longo desses dias.
 
O prognóstico para a próxima semana indica a ocorrência de chuvas consecutivas no Rio Grande do Sul, porém com baixos volumes acumulados. A precipitação deverá ser irregular, com as regiões da metade sul e nordeste recebendo os maiores acumulados, variando entre 5 e 30 mm. Nas demais áreas do estado, os volumes esperados ficarão entre 1 e 20 mm. (SEAPI)
 
 
Balanço do setor lácteo argentino no mês de janeiro de 2025
 
A queda da produção de leite foi desacelerando na Argentina, registrando, no final do ano, crescimento interanual de 1,5% e 4,4%, respectivamente, em novembro e dezembro, revela a análise do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA).
 
Janeiro de 2025 começa com o crescimento interanual de 5,6%. As exportações, que desde o pico de fevereiro de 2024 caíram até o mês de junho, apresentaram uma boa recuperação em julho, voltando a cair em agosto. Retomam o crescimento em setembro, dão um salto em outubro, caem em novembro e dezembro, e em janeiro, registram um declínio acentuado de 21% na comparação interanual.
 
 
 
 
Por outro lado, os estoques iniciam o ano com 56 milhões a menos do que no ano anterior que compensam, em certa medida, a queda das exportações (58 milhões).
 

 
Portanto, o aumento de 46 milhões da produção de leite foi para os estoques finais de janeiro que cresceram 48 milhões em relação a janeiro de 2024, levando-se em conta que o consumo total se manteve praticamente igual ao de janeiro do ano passado (+0,5%). Além disso, o crescimento anual estimado da população fez com que o consumo per capita caísse 0,3%.
 

 
Contribuem para a melhora paulatina do consumo, como indicado no relatório de vendas, a recuperação do salário em relação ao valor do litro equivalente leite comercializado no mercado interno conforme mostra nos últimos meses, um incremento do poder aquisitivo medido em litros Equivalente Leite (LLE), além da desaceleração dos preços dos lácteos no atacado e no varejo.
 
Fonte: OCLA – Tradução livre: www.terraviva.com.br.


Jogo Rápido

O Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, falou ao RBS Notícias sobre o impacto da estiagem no setor lácteo gaúcho. A produção de leite no RS registrou uma queda de 5% devido à falta de chuvas e ao estresse calórico nos animais, afetando diretamente a produtividade. Para 2025, a expectativa é de crescimento de 4%, após os desafios enfrentados pelas enchentes de 2024. No mercado atacadista, a entressafra tem resultado em um aumento de 5% a 8% nos preços, enquanto o Conseleite aponta estabilidade no valor pago ao produtor. A entrevista pode ser assistida clicando aqui (a partir do minuto 12:50). (RBS Notícias)


 
 
 

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