Porto Alegre, 29 de dezembro de 2025 Ano 19 - N° 4.543
Conseleite indica leite projetado a R$ 2,0180 em dezembro no RS
O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite) divulgou projeção de R$ 2,0180 para o valor de referência do leite em dezembro no Rio Grande do Sul, queda de 0,28% em relação ao projetado de novembro (R$ 2,0237), dados que podem apontar uma desaceleração no movimento de baixa, indicando uma possível melhora e recuperação nos preços a partir do primeiro trimestre de 2026. Os números foram divulgados na manhã desta segunda-feira (29/12), última reunião do ano de 2025, que ocorreu em formato virtual.
O Conseleite também anunciou o valor consolidado em novembro de 2025 em R$ 2,0601, 6,38% abaixo do consolidado em outubro de 2025 (R$ 2,2006). O cálculo é elaborado mensalmente pela UPF com dados fornecidos pelas indústrias, considerando a movimentação dos primeiros 20 dias do mês, e leva em conta parâmetros atualizados pela Câmara Técnica do colegiado em 2023.
Conforme o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, o Conseleite acompanha atentamente a evolução do mercado. “Mantemos sempre o diálogo entre os elos da cadeia, buscando fornecer informações que contribuam para o equilíbrio e a sustentabilidade da atividade leiteira no Rio Grande do Sul. Torcemos para um 2026 de crescimento para os produtores e toda a indústria do leite.”
Definição da Diretoria do Conseleite 2026
Durante a reunião, também foi definida a nova coordenação do Conseleite para 2026. Conforme o sistema de rotação adotado pela entidade, que alterna anualmente a coordenação entre representantes da indústria e dos produtores de leite, o cargo passa do setor industrial,responsável pela coordenação em 2025, para o setor produtivo em 2026. Assim, Kaliton Prestes, secretário executivo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), assume como o novo coordenador do Conseleite.
CONSELEITE MINAS GERAIS - CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO DEZEMBRO/2025
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Dezembro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2025 a ser pago em Novembro/2025
b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2025 a ser pago em Dezembro/2025
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2025 a ser pago em Janeiro/2026.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.
Como será a febre das proteínas em 2026?
Proteína continua no centro das inovações em alimentos e bebidas em 2026, confira como o setor está reinventando sua combinação com saúde e funcionalidade.
Especialistas da indústria alimentícia estão olhando para o futuro, e os prognósticos apontam para uma tendência que deve dominar o setor em 2026: a proteína continuará sendo o principal foco nos alimentos e bebidas.
Proteína, proteína, proteína - até mesmo no refrigerante
A tendência de alimentos ricos em proteína não é nova; alegações de alto teor proteico têm aparecido em produtos de quase todas as categorias, desde iogurtes e cereais até mesmo batatas fritas. Mas, em 2026, analistas preveem que essa tendência começará a diminuir, caminhando para uma dieta muito mais diversificada até 2030.
É isso que a Mintel prevê. A empresa de análise de mercado espera que o consumo excessivo de proteínas e fibras diminua e que as dietas passem a ser equilibradas com uma variedade de frutas, verduras, grãos, sementes, especiarias e, claro, proteínas.
Mas a tendência de "maximização" não está diminuindo agora, nem diminuirá nos próximos 12 meses. Pelo menos não é o que os especialistas em ingredientes, incluindo os da Arla Foods Ingredients, estão prevendo. O diretor sênior de nutrição de desempenho da empresa, Peter Schouw Anderson, admite seu viés por trabalhar na área de proteínas. Mas, ao mesmo tempo, ele não pode ignorar que são as gigantes da alimentação mundial que estão lançando "produtos proteicos exclusivos" neste momento.
Esse fato é inegável. A maior empresa do mundo, a Nestlé, desenvolveu uma linha de refeições congeladas prontas com alto teor de proteína e criou um microgel de soro de leite patenteado para aumentar o teor proteico em bebidas lácteas. A Danone também está investindo pesado na onda de alto teor proteico, desenvolvendo shots com 10g de proteína para auxiliar na saúde muscular.
Então, como será a febre das proteínas em 2026? A Arla Foods Ingredients prevê que muitos mais refrigerantes proteicos, feitos com a fração beta-lactoglobulina do soro do leite, chegarão ao mercado. Anderson revelou até que algumas "grandes marcas" já estão trabalhando nisso. "Será um grande sucesso no próximo ano."
Adicionando um reforço funcional à proteína
A Arla Foods Ingredients está longe de ser a única fornecedora a prever que a proteína dominará, ou continuará a dominar, o mercado em 2026. Outras empresas, porém, preveem que a proteína será a tendência dominante – com uma reviravolta.
Não é segredo que os alimentos e bebidas funcionais estão em alta. Globalmente, o mercado de alimentos e bebidas funcionais vale atualmente € 317 bilhões e a expectativa é que mais que dobre até 2032. E se a febre das proteínas pudesse se unir à demanda por funcionalidade adicional? Essa é uma tendência que a FrieslandCampina Ingredients está chamando de “proteína-plus”.
Na prática, isso significa formular um produto com alto teor de proteína e, em seguida, adicionar um ingrediente funcional que ofereça um benefício adicional à saúde. A fibra é um bom exemplo, explica Sophie Zillinger Molenaar, líder global de execução de marketing. Por que um consumidor não optaria por um iogurte rico em proteínas, por exemplo, com adição de fibras alimentares para melhorar a saúde intestinal?
“As aplicações estão em plena expansão”, diz Molenaar, a ponto de a proteína quase não ser mais um diferencial – é simplesmente algo esperado pelos consumidores. Até mesmo a rede de cafeterias Starbucks está vendendo Protein Lattes e Cold Foam Drinks que oferecem até 36g de proteína por bebida tamanho grande. Produtos lácteos congelados, de sorvetes a iogurtes, são outra categoria que vem recebendo o tratamento de alto teor proteico.
Pode não demorar muito para que eles também sejam reformulados e se tornem produtos "proteína-plus": ricos em proteínas, mas com um reforço funcional extra.
Oportunidades de expansão na tendência de proteínas
Com a Starbucks apostando na tendência de alto teor proteico, fica claro que a moda chegou ao grande público. Só nos EUA, estima-se que 40% dos iogurtes ostentem o rótulo "alto teor proteico". Mas, globalmente, essa é uma visão muito ocidentalizada. A proteína é inegavelmente uma grande tendência em alimentos e bebidas, mas não no mundo todo.
Andrew Taylor, vice-presidente executivo de alimentos e bebidas da Novonesis, empresa global de biossoluções, optou por não citar uma única tendência para 2026, mas algumas. Rótulos limpos são uma delas, assim como proteínas. No entanto, ele ressalta que a tendência de proteínas varia de acordo com a região. Sim, é forte nos EUA e na Europa, onde "continua crescendo", mas só agora está começando a se infiltrar na Ásia.
“Em muitos outros países, isso está apenas começando”, explica ele. “Acreditamos que será uma tendência que veio para ficar.”
Outras tendências de saúde e estilo de vida, como o controle de peso, só irão aumentar a demanda por proteínas, já que os consumidores buscam maneiras de se sentirem saciados por mais tempo e manterem a massa muscular – principalmente ao tomar medicamentos GLP-1.
Qual a conclusão desses especialistas em ingredientes? A tendência de alimentos ricos em proteína não vai perder força tão cedo. E, em escala global, o mercado está longe de estar saturado – ainda há muito espaço para crescimento.
As informação são traduzidas do FoodNavigator Europe.
Jogo Rápido
Compra de leite em pó: Setor esperava maior volume adquirido
Sofrendo com a baixa remuneração pelo litro de leite, os produtores pedem apoio do governo. Uma das maneiras de ajudar o setor é a destinação de mais de 100 milhões de reais para compra de leite em pó. Veja na reportagem de Álvaro Couto. Assista clicando aqui. (AgroMais via Youtube)