Porto Alegre, 26 de novembro de 2025 Ano 19 - N° 4.522
11º Prêmio Sindilat de Jornalismo divulga finalistas
Reunida na manhã desta quarta-feira (26/11), a comissão julgadora do 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo anunciou seus finalistas. Com participação de concorrentes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul e de outros estados, a premiação está alinhada com a diversidade e conceito democrático da produção de leite, que ocorre em quase todos os municípios gaúchos. Presidente da Comissão e representante da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o jornalista Antônio Goulart citou que foi um ano de difícil decisão. “Tivemos trabalhos de muita qualidade e profundidade este ano”, citou, lembrando que a mídia do agronegócio passa por uma especialização profunda.
Dividido em duas categorias (Texto e Audiovisual), o Prêmio Sindilat de Jornalismo também se adaptou aos novos tempos, valorizando o conteúdo independentemente da plataforma. “As mídias mudam, mas a qualidade do conteúdo jornalístico apresentado se mantém. O prêmio busca valorizar exatamente o trabalho de apuração e abordagens diferenciadas sobre o setor que visem seu desenvolvimento e propostas resolutivas para seus dilemas”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Entre as temáticas abordadas estão avanços tecnológicos, questões de mercado e histórias inspiradoras do campo.
A Comissão Julgadora do 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo contou com a participação dos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Jorge Leão (Sindjors), Gerson Raugust (Farsul), Camila dos Santos (Fetag) e da gerente de comunicação do Sindilat, Jéssica Aguirres. A entrega dos troféus e premiações ocorrerá no Jantar de Fim de Ano do Sindilat, no dia 17 de dezembro, em Porto Alegre (RS).
A diretoria do Sindilat também anunciou a entrega de menção honrosa à jornalista Tamires Hanke, da RBS TV, pela cobertura do MilkSummit 2025 Brazil, realizada no mês de outubro em Ijuí (RS).
Confira a lista de Finalistas do 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo:
CATEGORIA TEXTO
Jornalista: Andressa Silva Simão Pardini
Veículo: Notícias Agrícolas
Trabalho: Desistir Não é Opção: a história da pecuarista que superou desafios pessoais e crises no setor para se manter na pecuária leiteira no Rio Grande do Sul
Jornalista: Bruna Oliveira Scheifler
Veículo: Revista Valor Cooperado/ Cotrijal
Trabalho: Legado para o futuro: cooperativismo e sucessão rural são chaves para o desenvolvimento sustentável
Jornalista: Raíza Goi Borba
Veículo: Revista Valor Cooperado/ Cotrijal
Trabalho: Propriedade ganha reforço de robô na ordenha
CATEGORIA AUDIOVISUAL
Jornalista: Bruno Pinheiro Faustino
Veículo: Negócio Rural
Trabalho: Leite é tudo igual?
Jornalista: Eliza Maliszewski
Veículo: Canal Rural
Trabalho: Terceira ordenha: sistema aumenta produtividade nas fazendas leiteiras
Jornalista: Simone Feltes
Veículo: TVE/RS
Trabalho: Desafios da cadeia do leite no RS
As informações são do Sindilat
Uruguai: Alerta para reajuste no preço do leite para produtores até 2026
A Conaprole alerta que a queda global dos preços forçará um ajuste no início de 2026, após nove declínios consecutivos.
Preço do leite ao produtor: especialistas alertam que um ajuste será necessário no início de 2026.
Os produtos lácteos continuam a apresentar um declínio sustentado no mercado internacional. Desde maio, os preços têm caído constantemente, e o leite em pó integral reflete claramente essa tendência: seu preço caiu de US$ 4.374 por tonelada no início de maio para US$ 3.452 no último leilão da Global Dairy Trade (GDT) em novembro. O declínio acumulado em seis meses chega a 27% .
O diretor da Conaprole , Juan Parra , reconheceu a preocupação do setor e previu que o início de 2026 forçará uma revisão dos sinais de preço para os embarcadores.
“Quase certamente haverá um ajuste de preços até o início de 2026. Esperamos que não seja muito drástico, mas a queda tem sido clara e constante. Não parece provável que se reverta no curto prazo”, observou Parra, acrescentando que o mercado internacional registrou nove quedas consecutivas .
O Brasil está comprando menos e pressionando os fluxos comerciais.
Parra também analisou a situação regional. A recuperação da produção no Brasil , um dos principais destinos dos produtos lácteos uruguaios, reduziu a demanda nos últimos meses.“Há vendas, mas não nos níveis que vimos em anos anteriores. Esses sinais são preocupantes”, afirmou. O executivo enfatizou que o volume de compras do Brasil caiu abaixo do normal , impactando um fluxo comercial historicamente forte para a cooperativa.
A Indonésia e o TPP abrem novas possibilidades.
Em um cenário complexo, a possível autorização do Uruguai para exportar produtos lácteos para a Indonésia é um desenvolvimento positivo. Parra destacou que a Indonésia é o terceiro maior importador mundial de produtos lácteos , tornando essa abertura uma oportunidade estratégica.
Por outro lado, a futura integração do Uruguai na Parceria Transpacífica (TPP) é vista como uma vantagem competitiva para a indústria de laticínios.
“Temos oito países com os quais podemos comercializar produtos lácteos sem tarifas. É uma oportunidade muito interessante para a cooperativa e para o setor”, afirmou.
A taxa de remissão está aumentando e este ano promete ser recorde.
Em novembro, as entregas à Conaprole aumentaram 16,6% em comparação com o mesmo período de 2024, com uma média diária de 5,4 milhões de litros . Se esse ritmo for mantido, 2025 fechará com uma produção de aproximadamente 1,67 bilhão de litros , marcando um novo recorde para a cooperativa.
Parra destacou o papel da primavera — “espetacular”, em suas palavras —, com chuvas semanais e uma produção que, nos últimos quatro ou cinco meses, foi 12% superior à do ano anterior.
Margens positivas para o produtor
A combinação de boa disponibilidade de forragem e uma relação favorável entre grãos e leite permitiu a manutenção de margens atrativas.
“O valor deve fechar positivo, mais próximo de US$ 3 ou US$ 4 por vaca por dia. Depois, é preciso deduzir os custos de infraestrutura e operação”, explicou Parra, que descartou uma deterioração no curto prazo: “Acreditamos que a margem de lucro com a alimentação permanecerá positiva e aceitável”.
Fonte: Blasina e Associados
Instalações da Piracanjuba iniciam produção de queijo em nova planta no PR
Cidade do Paraná com 9,5 mil habitantes recebe fábrica de R$ 612 milhões e, nesta semana, inicia a operação da produção de queijo muçarela.
A pequena São Jorge D’Oeste, município paranaense com 9.587 habitantes, entrou oficialmente no mapa dos grandes investimentos da indústria de alimentos do Brasil.
O Grupo Piracanjuba afirmou que iniciou nesta semana a produção de muçarela na nova fábrica instalada na cidade. O início das operações marca um avanço estratégico para a empresa e um impulso significativo para a economia regional.
A fábrica, que receberá um investimento total de R$ 612 milhões com apoio do programa Paraná Competitivo, será uma das maiores produtoras de queijos do país.
Nesta primeira fase, já em operação, a planta está produzindo muçarela em barra — o queijo mais consumido no Brasil — ampliando a capacidade produtiva da Piracanjuba e fortalecendo sua competitividade nos mercados do Sul e Sudeste. Segundo a empresa, a unidade permitirá reduzir custos logísticos, encurtar rotas e melhorar a eficiência.Além do impacto na cadeia produtiva, o complexo deve transformar o cenário econômico local: cerca de 250 empregos diretos serão gerados, com efeito multiplicador no comércio, serviços e setor agropecuário da região. Para o governo estadual, a instalação reforça o objetivo de atrair indústrias e agregar valor à produção rural. “Nós temos uma empresa que começou muito pequena, uma empresa familiar, e que se tornou uma empresa grande que emprega mais de 4 mil pessoas. E aqui no Paraná temos que incentivar para que mais empresas possam vir para nosso estado”, disse em recente visita técnica ao local, secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes.
Uma queijaria de nova geração
Com 54 mil metros quadrados de área construída e capacidade para processar 1,37 milhão de litros de leite por dia, o empreendimento se destaca pelo modelo industrial integrado. No mesmo complexo onde serão produzidas 39,4 mil toneladas anuais de muçarela e 7,9 mil toneladas de manteiga, a empresa instalará duas plantas anexas para transformar o soro de leite — subproduto da produção de queijos — em produtos de alto valor agregado.
A partir do soro de leite, efluente da produção de queijos, a planta produzirá até 6 mil toneladas ao ano de whey protein e até 14,8 mil toneladas anuais de lactose em pó. Segundo a empresa, a construção das duas plantas em uma mesma unidade traz ganhos de escala, sendo a primeira queijaria de grande porte no Brasil que já nasce planejada e integrada em um mesmo parque industrial.
Trata-se de um movimento pioneiro no Brasil. O objetivo é diminuir a dependência de importação dos produtos, que têm aplicações que vão desde a nutrição até produtos farmacêuticos e cosméticos, e que hoje gira em torno de 85% e US$ 54 milhões na balança comercial brasileira. Os outros 15% são de produção nacional, com poucas indústrias produzindo whey protein em pó em suas várias concentrações. Os dados são dos ministérios da Agricultura e Pecuária e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, de 2023.
As informações são do GMC Online, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
O Doutor e Mestre em Educação, Jornalista e publicitário José Luiz Tejon, falou do papel do rádio para a comunicação do produtor rural em entrevista coletiva no Tá Na Mesa da Federasul. Ouça aqui. (Agert)