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04/11/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.508


China: mesmo com instabilidade econômica, país segue comprando lácteos

A China continua importando volumes significativos de manteiga e queijo apesar das preocupações econômicas persistentes e do crescimento da produção doméstica de leite. Saiba mais!

A China continua importando volumes significativos de manteiga e queijo apesar das preocupações econômicas persistentes e do crescimento da produção doméstica de leite, mas as importações ainda não estão tão fortes quanto há alguns anos, de acordo com Betty Berning, analista do Daily Dairy Report.

“A China vem trabalhando para alcançar autossuficiência em laticínios, investindo em fazendas leiteiras, o que tem reduzido os valores das importações. Além disso, os consumidores chineses também podem estar mudando suas preferências para outros produtos, o que pode estar reduzindo as importações de alguns derivados lácteos”, afirma Berning.

Como evidência para a teoria da mudança no perfil de consumo, Berning destaca que as importações de manteiga e queijo pela China em 2025, até setembro, estavam no caminho para atingir recordes anuais. Segundo dados do Trade Data Monitor, as importações chinesas de queijo subiram 13,5% em relação a setembro de 2024, chegando a 14,3 milhões de quilos, e nos primeiros nove meses do ano ficaram 8,7% acima do mesmo período de 2024. As importações de manteiga também ultrapassaram 10,7 milhões de quilos no ano, alta de 8,8% em comparação aos primeiros nove meses de 2024.

As importações de leite em pó integral (WMP) pela China, majoritariamente originárias da Nova Zelândia, cresceram 41% em setembro, para 14,65 milhões de quilos, em relação a uma base fraca no mesmo mês de 2024. No acumulado até setembro, a China importou 328,49 milhões de quilos de WMP, o nono maior volume desde 2016, ficando atrás apenas de 2024 dentro da série. Já as importações de leite em pó desnatado, de 8,44 milhões de quilos, caíram 3% em relação a setembro de 2024 e foram o menor volume para o mês desde 2011. Enquanto isso, as importações de soro de leite caíram levemente, 3,1% frente a setembro de 2024, totalizando 53,25 milhões de quilos.

“Surpreendentemente, as importações chinesas de produtos de soro dos Estados Unidos caíram apenas 0,5%, apesar das tensões comerciais contínuas entre os dois países”, diz Berning. “No início deste ano, a China anunciou planos de reduzir seu plantel de suínos reprodutores em 1 milhão de matrizes. Como resultado, as importações de soro, incluindo as de origem norte-americana, com ou sem tarifas, podem continuar encolhendo nos próximos meses.”

A incerteza em torno da economia chinesa também continua a gerar dúvidas nas projeções para importações de lácteos.

“Embora o crescimento do PIB chinês no terceiro trimestre, de 4,8%, tenha atendido às expectativas dos analistas, foi o menor avanço em um ano”, afirma Berning. “Chamou atenção a queda acumulada de 0,5% nos investimentos em ativos fixos, que incluem o setor imobiliário. Os economistas esperavam um crescimento, mesmo que modesto, e a queda reforça os problemas persistentes no mercado imobiliário chinês.”

Essa incerteza econômica contínua tem deixado os consumidores chineses mais cautelosos. Embora as vendas no varejo tenham aumentado 3% em setembro na comparação anual, houve retração em relação a agosto.

Berning conclui: “Diante da economia incerta e da disputa comercial em andamento, grandes volumes de vendas de lácteos dos EUA para a China parecem improváveis até que a economia chinesa mostre sinais duradouros de força.”

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat  

MILHO/CEPEA: Com recuo vendedor e paridade de exportação elevada, preços têm novas altas

Milho segue avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada. 

Os preços internos do milho seguem avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada. Pesquisadores explicam que muitos produtores, atentos à maior presença de compradores no mercado na última semana, se afastaram das negociações, à espera de novas valorizações do cereal. 

De modo geral, os vendedores ofertam novos lotes apenas quando há necessidade de fazer caixa no curto prazo e/ou de liberar parte dos armazéns. Conforme o Centro de Pesquisas, as altas de preços só não foram mais intensas porque parte dos consumidores utiliza estoques em detrimento de realizar novas aquisições. (CEPEA VIA TERRA VIVA)


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: China sinaliza importação dos EUA, e prêmio de exportação cai no BR
Soja da China nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação no Brasil, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano. A sinalização de retomada parcial das compras de soja da China nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação no Brasil, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano. Mesmo assim, as cotações da oleaginosa no mercado físico se mantiveram firmes ao longo da última semana. Vendedores brasileiros mostraram preferência por negociar novos lotes com entrega imediata (spot) e pagamento longo, no intuito de garantir os atuais patamares de preço, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Quanto à safra 2025/26, a Conab projeta recorde de 177,6 milhões de toneladas. Nesta estimativa, a Companhia já prevê menor produtividade no Centro-Oeste do País, devido aos possíveis impactos do fenômeno La Niña. Ao mesmo tempo, bons volumes de chuva nos últimos dias trouxeram alívio e otimismo ao setor. (CEPEA VIA TERRA VIVA)