Porto Alegre, 24 de outubro de 2025 Ano 19 - N° 4.503
Secretaria da Agricultura firma parceria com a Embrapa para projeto de rastreabilidade no Estado
Acordo de cooperação de três anos foi assinado durante Dia de Campo em Bagé
O projeto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul deu mais um passo decisivo nesta quinta-feira (23/10), em Bagé. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Embrapa Pecuária Sul formalizaram um acordo de cooperação técnica para avançar e qualificar a implementação do sistema de rastreabilidade bovina no Estado, em alinhamento ao Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O ato de assinatura ocorreu durante o Dia de Campo da Embrapa Pecuária Sul e contou com a presença do secretário-adjunto da Seapi, Márcio Madalena, do chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Rosane Collares, do diretor-geral da Seapi, Márcio Amaral, entre outras autoridades e lideranças nacionais e regionais.
Nesta etapa do projeto, 307 animais já estão rastreados na região da Campanha. A programação do evento incluiu visita a quatro estações técnicas em Bagé e reuniu mais de mil participantes.
Rio Grande do Sul pretende ser pioneiro
Segundo o secretário-adjunto da Seapi, o Rio Grande do Sul está liderando um projeto-piloto de rastreabilidade na pecuária, demonstrando o protagonismo do Estado no cenário nacional. A iniciativa tem como objetivos acelerar a implementação do sistema no Estado e validar novas tecnologias, com a participação de produtores e o apoio técnico de instituições parceiras.
“Vivemos em um mundo dinâmico, onde a tecnologia avança rapidamente. O uso de brincos com chip já é uma realidade, e outras inovações surgem constantemente. O Rio Grande do Sul está inserido nesse contexto e aspira ser protagonista no desenvolvimento dessa discussão”, destaca Madalena.
Para o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, atuar como unidade de referência e laboratório para o sistema de rastreabilidade do Rio Grande do Sul — que pretende ser pioneiro no Brasil — é motivo de satisfação e compromisso. “Entendemos que esse processo é fundamental para garantir a qualidade da produção pecuária e do produto que chega ao consumidor”, ressalta Cardoso.
Conforme a diretora do DDA, o acordo representa um passo importante no processo de implantação da rastreabilidade no Estado. “Parcerias como essa são fundamentais para fortalecer e ampliar o sistema, que já conta com cerca de mil animais mapeados no Rio Grande do Sul só no projeto-piloto”, salienta Rosane.
Integração e qualificação da rastreabilidade
O plano de trabalho, com duração de 36 meses, prevê a integração de esforços entre as instituições para o desenvolvimento e a validação de tecnologias voltadas à qualificação e ao aprimoramento da rastreabilidade animal. O projeto permite acompanhar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada bovino, contribuindo para a consolidação do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina.
Pelo acordo, a Embrapa será responsável pela disponibilização dos animais para identificação, pelos registros nos sistemas utilizados e pela proposição de melhorias nos processos. Já a Seapi ficará encarregada do fornecimento dos identificadores eletrônicos (brincos ou chips) e da disponibilização do sistema de registro de dados.
A rastreabilidade garante maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação do acesso a mercados internacionais. Com a identificação eletrônica individual, é possível rastrear com precisão a origem, as movimentações e o destino dos bovinos, fortalecendo a credibilidade da pecuária gaúcha.
Projeto-piloto e novas tecnologias
Em 2024, o Estado iniciou a identificação individual de bovinos em uma propriedade experimental da Seapi, na região da Campanha, em Hulha Negra. Nessa etapa inicial, 395 animais foram rastreados, e novas tecnologias — como a biometria nasal — começaram a ser testadas. A identificação única é registrada por meio de brinco ou bóton eletrônico, permitindo o acompanhamento de todo o ciclo produtivo do animal.
As informações sobre raça, idade, vacinação e movimentações são armazenadas em uma base de dados oficial, garantindo controle sanitário, rastreabilidade e segurança na produção.
O projeto está alinhado ao PNIB, coordenado pelo Mapa, que estabelece um cronograma de sete anos para adaptação e adoção obrigatória a partir de 2032. No Rio Grande do Sul, a execução é conduzida por um grupo de trabalho da Seapi, e o projeto-piloto foi lançado oficialmente durante a Expointer 2025.
Entre os benefícios esperados estão o aprimoramento da gestão de rebanhos, o reforço do controle sanitário, a prevenção de furtos de animais e o aumento do valor agregado da produção — especialmente em mercados que exigem comprovação de origem. Além disso, o sistema contribui para a valorização ambiental do bioma Pampa e para o reconhecimento da pecuária gaúcha como referência em sustentabilidade. (Seapi)
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida em Chapecó no dia 24 de Outubro de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2025 e a projeção dos valores de refer
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1890 de 23 de outubro de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em diversas propriedades da Campanha, a produção de leite reduziu em relação aos meses de agosto e setembro em razão da transição entre pastagens e do desconforto térmico causado por dias de temperatura elevada. Para enfrentar a menor oferta de forragem, os produtores estão fornecendo silagem e ração aos rebanhos.
Na de Caxias do Sul, as temperaturas do período favoreceram o bem-estar das vacas leiteiras, e não houve relatos de estresse. O estado corporal do rebanho está adequado, assim como a qualidade do leite, que se manteve dentro dos padrões exigidos pela legislação.
Em Serafina Corrêa, foram observados casos isolados de mastite e de cetose, além do surgimento de moscas e de borrachudos. Porém, a situação sanitária geral está satisfatória.
Na de Erechim, de Ijuí, de Passo Fundo e de Santa Maria, a boa oferta de forragem colaborou para a manutenção ou para o aumento do escore corporal e da produção. A suplementação com silagem foi utilizada nos sistemas a pasto.
Na de Santa Rosa, a atual transição forrageira está impactando temporariamente o desempenho produtivo dos rebanhos. No entanto, os indicadores de qualidade do leite, como contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana padrão (CPP), estão dentro dos padrões aceitáveis na maioria das propriedades.
Na de Pelotas, a produção aumentou em algumas áreas; em outras, houve queda, acompanhada da redução no número de produtores. O rebanho apresentou sanidade e estado corporal adequados. (Emater/RS)
Jogo Rápido
Neste fim de semana a previsão é de instabilidade no Rio Grande do Sul. As informações constam no Boletim Integrado Agrometeorológico 43/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Sexta-feira (24/10): A atuação de uma frente fria próxima ao Uruguai pode vir a trazer instabilidade para metade sul do estado. Assim, há previsão de chuva fraca, localmente moderada, em alguns pontos isolados dessa região. Sábado (25/10) e domingo (26/10): O tempo ficará instável devido a passagem de uma frente fria. Por consequência, no sábado há previsão de chuva na metade sul e central e no domingo, previsão de chuva na metade central e norte. A partir do domingo (26/10), as temperaturas estarão em declínio. Segunda (27/10), terça (28/10) e quarta-feira (29/10): A instabilidade deve ficar mais concentrada na metade norte do estado. Por conta disso, nessa localidade, ainda há previsão de chuva para esses dias. Nas demais regiões, o tempo voltará a ficar estável e não há previsão de chuva significativa. De forma geral, os acumulados de precipitação previstos variam entre 10 e 100 milímetros na maior parte do estado. Assim como na semana passada, a única exceção será na porção mais a sudeste e leste, que os acumulados não devem ultrapassar os 10 milímetros. O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.