Porto Alegre, 06 de outubro de 2025 Ano 19 - N° 4.495
Mais do que nutrição infantil, o leite protege ossos, previne doenças crônicas e contribui para o envelhecimento saudável, aponta especialista.O leite é um dos alimentos mais completos e acessíveis para o fortalecimento dos ossos e a prevenção de doenças crônicas — e não deve ser restrito apenas à infância. Segundo reportagem do portal VivaBem (UOL), publicada em 10 de setembro de 2025, o consumo regular de leite e derivados desempenha papel essencial ao longo de toda a vida, ajudando na manutenção da massa óssea e muscular e reduzindo riscos de condições ligadas ao envelhecimento.A relação entre leite e saúde óssea é amplamente reconhecida. O cálcio presente nesse alimento é fundamental para o crescimento e a estruturação do esqueleto humano, especialmente durante as fases de desenvolvimento, mas continua sendo indispensável na fase adulta e na maturidade.O papel do leite na prevenção da sarcopenia
De acordo com a reportagem assinada por Janaína Silva, um dos principais benefícios do leite é a prevenção da sarcopenia — a perda de massa e força muscular que ocorre com o passar dos anos, sobretudo entre idosos. Esse processo, que afeta mobilidade e qualidade de vida, pode ser retardado com uma dieta rica em proteínas de alta qualidade, como as encontradas nos laticínios.O leite contém aminoácidos essenciais que contribuem para a regeneração muscular, além de ser uma fonte natural de vitamina D, fósforo e magnésio, nutrientes que trabalham em sinergia para fortalecer ossos e músculos.Leite e saúde cardiovascular
Pesquisas recentes indicam que o consumo equilibrado de leite e seus derivados pode também estar associado à redução do risco de doenças cardiovasculares. Isso se deve à presença de peptídeos bioativos e ácidos graxos benéficos, que podem ajudar na regulação da pressão arterial e na saúde metabólica.
Apesar das controvérsias sobre o consumo de gordura saturada, evidências mostram que o leite integral pode ter efeitos neutros ou até positivos no metabolismo quando inserido em uma dieta balanceada.
Muito além da infância
Durante anos, o leite foi visto como um alimento “para crianças”. No entanto, os especialistas destacam que seus benefícios se estendem por toda a vida. No Brasil, estudos populacionais mostram que o consumo de laticínios tende a diminuir na idade adulta, especialmente entre mulheres, o que pode aumentar o risco de osteopenia e osteoporose.
Para evitar deficiências, nutricionistas recomendam incluir duas a três porções diárias de laticínios, seja em forma de leite, iogurte natural ou queijos magros. Essa rotina contribui para manter níveis adequados de cálcio e proteínas, essenciais para a saúde óssea e muscular.
Orientações e moderação
Embora o leite seja um alimento valioso, é importante respeitar as necessidades individuais. Pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite devem buscar orientação médica e nutricional para substituições adequadas, como produtos sem lactose ou bebidas fortificadas à base vegetal.
Além disso, o equilíbrio continua sendo a palavra-chave. O excesso de laticínios, principalmente com alto teor de gordura e açúcar (como sobremesas lácteas industrializadas), pode contrariar os benefícios desejados.
Um hábito para todas as idades
O leite, portanto, não é apenas um alimento infantil, mas um aliado estratégico para o envelhecimento saudável. Seu consumo regular, aliado a uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, ajuda a manter a densidade óssea, prevenir a perda muscular e contribuir para uma vida mais ativa e duradoura.
Como resume a reportagem do VivaBem, “o leite é um investimento diário na saúde do corpo e da mente — do café da manhã da infância ao copo morno da maturidade”.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Viva Bem
Consumidor sênior brasileiro e a indústria de lácteos
O público +50 no Brasil cresce e busca lácteos funcionais: probióticos, proteínas, baixo açúcar e saúde óssea. Descubra oportunidades para inovação.
O público acima de 45 anos, a chamada “geração prateada”, é cada vez mais digital, representando uma fatia crescente do consumo e do poder aquisitivo brasileiros.
Segundo o portal CartaCapital, até 2040, 57% da força de trabalho no Brasil será composta por profissionais com mais de 45 anos, trazendo uma grande motivação para se conquistar este consumidor ainda hoje. Mas, se olharmos atentamente para consumidores seniores de agora, vemos que já existe uma oportunidade incrível de mercado:
Os consumidores + 50 anos já representam 24% do consumo das famílias brasileiras, movimentando R$1,8 trilhão por ano. A projeção é que esse grupo alcance 35% do consumo até 2044.
São pessoas que valorizam mais a experiência do que o status, buscam qualidade e praticidade, e têm participação crescente no consumo digital, movimentando R$15 bilhões ao ano em compras online.
Segundo dados do Kantar, o público maduro prioriza alimentos básicos como arroz, feijão, carnes magras, ovos, frutas e leite/derivados. Entre alimentos industrializados, há demanda crescente por produtos com benefícios funcionais, incluindo iogurtes probióticos, queijos magros, leites fortificados e bebidas funcionais.
O envelhecimento aumenta o interesse por laticínios funcionais, saudáveis e adequados à população madura. Após os 45 anos, cresce a busca por leite e derivados ricos em cálcio, proteínas e vitamina D, visando saúde óssea, massa muscular e prevenção de doenças crônicas.
Segundo artigo publicado em setembro/2025 no portal UOL, “A associação entre consumo de leite e derivados e saúde óssea é quase sempre imediata. Como fonte natural de cálcio, esses alimentos, de fato, desempenham papel fundamental no crescimento e fortalecimento do nosso esqueleto, especialmente durante a infância e adolescência — mas também durante a vida adulta e na maturidade”. Um dos principais benefícios é a prevenção da sarcopenia, que é a perda de massa muscular que afeta principalmente a população sênior. O artigo ainda lembra que “ o consumo regular também favorece a saúde muscular e cardiovascular. Entre os efeitos benéficos estão a redução da pressão arterial, a prevenção de doenças cardíacas, o controle da glicemia e o combate à diabetes tipo 2 e à síndrome metabólica”
Mas por que, então, a indústria láctea brasileira ainda não desenvolve produtos para este consumidor – cujo gasto com saúde aumenta significativamente após os 50 anos?
Vale lembrar que o público maduro busca cada vez mais lácteos funcionais: probióticos, iogurtes enriquecidos, queijos magros e alternativas com baixo teor de gordura ou açúcar, além de produtos zero lactose, devido à crescente prevalência de intolerância entre idosos.
Além disso, o envelhecimento populacional no Brasil impulsiona oportunidades para a indústria inovar com soluções alinhadas às necessidades deste grupo, privilegiando saudabilidade, conveniência, opções sem lactose, rótulos limpos e informações claras sobre benefícios para a saúde de longo prazo. Sim, há queda no consumo de lácteos integrais - mas em prol de versões semidesnatadas, desnatadas e fermentadas, consideradas mais leves e digestivas.
O NCOA (National Council on Aging), em artigo recente, recomenda o consumo de iogurte grego como fonte de proteína, já que apenas uma xícara contém 17 gramas de proteína, além de 20% da ingestão diária recomendada de cálcio e probióticos, que nos ajudam a manter a saúde intestinal..
1. Desenvolvimento de Lácteos Funcionais e Adaptados - lácteos com benefícios como alta concentração de cálcio e proteína, versões sem lactose, reduzidas em açúcar e gordura, voltadas à saúde óssea, digestiva e muscular da terceira idade.
2. Embalagens Práticas e Acessíveis – uma das maiores dificuldades do público maduro refere-se às embalagens. Pense em design ergonômico, fáceis de abrir e manusear, porções individuais e materiais recicláveis, facilitando o uso para idosos com limitações motoras. Muito importante, também, desenvolver rótulos com informações ampliadas e, eventualmente, QR codes para se ter acesso a informações complementares.
3. Comunicação Direcionada e Experiências Sensorial – Engana-se quem pensa que este público não valoriza marketing sensorial. Ações de focadas em sabor, textura, cores e aromas atrativos, que estimulem memórias afetivas e experiências agradáveis são muito bem aceitas por consumidores +50 anos. (e por que não valorizar as histórias de vida e protagonismo na longevidade?)
4. Conteúdo Educativo e Institucional - Parcerias com profissionais de saúde para disseminar informações sobre a importância do consumo regular de lácteos, guias e campanhas educativas sobre o papel dos lácteos para longevidade ativa e saudável, usar as redes sociais e iniciativas presenciais em comunidades sêniores valem a pena!
As informações são do Milkpoint
Importações de laticínios da China aumentam 6% neste ano
A demanda da China continua forte, apoiando o comércio global de laticínios.
Entre janeiro e julho, a China aumentou suas compras de laticínios em volume e valor; o aumento foi de 16% em dólares, com as vendas de soro de leite se destacando em comparação ao declínio do leite em pó integral.
A China está acelerando suas importações de laticínios: de acordo com dados do CLAL divulgados pela OCLA e reportados pela Blasina y Asociados, o volume importado atingiu 1.772 toneladas entre janeiro e julho de 2025, representando um aumento de 6% em relação ao ano anterior . Em julho, o volume mensal foi de 265.144 toneladas, representando um crescimento de quase 7% em relação ao mesmo mês de 2024.
Em termos monetários, o aumento é ainda mais pronunciado: em dólares, as importações cresceram 16% no acumulado do ano em relação ao ano anterior.
As importações de soro de leite lideraram o crescimento: 410.804 toneladas até julho, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Em contraste, o leite em pó integral (WMP) , um dos produtos mais exportados do Uruguai, registrou uma queda de 13%, passando de 43.116 para 37.584 toneladas.
Até o momento, neste ano, a China importou 291.575 toneladas de LPE, apenas 1% a menos que em 2024. No entanto, em moeda estrangeira, essas compras aumentaram 17%. Em julho, o dólar subiu 8% para este produto.
Fonte: Blasina y Asociados — “As importações de lácteos chineses acumularam um aumento de 6% neste ano” Blasina y Asociados
Jogo Rápido
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat. (Sindilat)