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19/09/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.484


Gestão, tecnologia e sucessão marcam XV Dia de Campo da CCGL
 
A CCGL recebeu nesta quinta-feira, 18, centenas de produtores rurais para o XV Dia de Campo do Leite. O encontro transformou o Tambo Experimental da cooperativa em um grande espaço de debates sobre o futuro da atividade, conectando conhecimento técnico, inovação e a realidade das propriedades leiteiras, através de estações temáticas que apresentaram soluções práticas para aumentar a rentabilidade, a qualidade do leite e fortalecer a sustentabilidade da produção.
 
Com o tema “O leite do futuro se constrói hoje: com gestão, tecnologia e sucessão”, a programação reuniu especialistas e produtores em torno de questões que desafiam a cadeia do leite. Manejo de solo, irrigação, nutrição animal, gestão financeira e sucessão familiar foram discutidos em estações técnicas que buscaram traduzir a pesquisa em soluções práticas para o dia a dia no campo.
 
A movimentação começou cedo: produtores, técnicos e parceiros de diferentes regiões percorreram as estações, viram cases reais aplicados em propriedades, tiraram dúvidas práticas com os técnicos e discutiram custos, retornos e viabilidade das tecnologias apresentadas. Em cada espaço, especialistas e produtores compartilharam experiências e apresentaram soluções práticas para fortalecer a sustentabilidade e a competitividade da cadeia do leite.
 
Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o evento mostrou na prática como conhecimento pode se transformar em resultado.
 
“Cada edição é pensada para responder às necessidades do produtor. Queremos que o conteúdo ajude a tomar decisões estratégicas, fortaleça a gestão e prepare as famílias para o futuro. O Dia de Campo não é só um encontro técnico, é também um espaço de construção coletiva”, afirmou.
 
Para a jovem produtora Thiele Schwantz, de Quinze de Novembro, o Dia de Campo foi importante para que os produtores pudessem conhecer as novas tecnologias disponíveis, assim como aprender os melhores manejos para a propriedade. “Quem decide permanecer na atividade leiteira, precisa sempre buscar atualização através desses eventos técnicos oferecidos pelas cooperativas, pois conhecimento é extremamente importante e necessário para garantir a sustentabilidade da atividade”.
 
A programação abordou irrigação como ferramenta para intensificação da produção de forragens; fertilidade do solo como base da produtividade; a importância de diversificar fontes de forragem para aumentar os sólidos do leite; estratégias de bem-estar animal para reduzir o estresse térmico; o uso do controle leiteiro como instrumento de decisão; a gestão financeira aplicada à propriedade rural, com ênfase no Demonstrativo de Receita em Exercício (DRE); e reflexões práticas sobre sucessão familiar.
 
Em meio ao processo de sucessão familiar na propriedade rural, o casal Marinei e Evander Griech destacou a importância de iniciativas voltadas à permanência dos jovens no campo. Durante o dia de campo, aproveitaram especialmente a estação dedicada ao tema da sucessão. “Hoje em dia, se não fosse por toda essa tecnologia, como a Smartcoop, o jovem não pensaria em permanecer na propriedade. Se fosse como no nosso tempo, eles certamente não ficariam. As cooperativas fazem o possível para nos apoiar nessa continuidade, e viemos aqui para aprender ainda mais”, afirmou Marinei.
 
O XV Dia de Campo da CCGL foi uma realização da CCGL e suas cooperativas, da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e da Smartcoop, com co-realização do Sebrae RS. O evento contou ainda com patrocínio de Sicredi, Biotrigo, Fockink, Elanco, BRDE, Gelgas, Genex, Plastrela, Inbra, Datamars Livestock e Oligo. (CCGL)

Piracanjuba mais perto do RS

Do interior de Goiás para os lares de milhões de brasileiros. Em 2025, a Piracanjuba celebra 70 anos de história com um portfólio de mais de 200 produtos e presença consolidada em todo o país. Agora, a marca aposta na regionalização para estreitar ainda mais os laços com o público gaúcho.– Os valores muito presentes no Rio Grande do Sul estão também no DNA da Piracanjuba. Somos uma empresa familiar e com tradição em fazer produtos de qualidade. Vemos no povo gaúcho esse mesmo alinhamento com as raízes, a família e a cultura – ressalta a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos.Essa aproximação se baseia em três pilares principais:

1 PERFIL DOCEIRO
A tradição gaúcha na doçaria impulsiona o consumo de produtos como leite condensado e creme de leite, liderando as vendas da marca na região. Segundo a executiva, receitas típicas, como cuca e ambrosia, fazem parte da rotina local, o que fortalece o desempenho da linha food service. A unidade fabril da Piracanjuba em Carazinho, adquirida em 2019, reforça ainda mais essa conexão, permitindo atendimento mais ágil e alinhado aos hábitos locais.

2 EVENTOS REGIONAIS
A presença da Piracanjuba em ações culturais também fortalece o vínculo com os gaúchos. No Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, a marca realiza ativações com brindes, torres de carregadores de celular, estações de descanso e experiências sensoriais relacionadas ao leite. Também apoia eventos do agronegócio, como a Expointer, em Esteio, importante espaço de relacionamento que reforça a relação com os produtores locais. O evento vai até 21 de setembro.

3 CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO
A empresa reconhece que a construção dessa relação leva tempo e exige constância. Além da presença nas prateleiras gaúchas, a Piracanjuba quer ser reconhecida como marca empregadora, incentivando a cultura local e o desenvolvimento das comunidades onde atua.
– Estamos começando uma relação que, como dizemos internamente, é como um namoro. Nosso desejo é que se transforme em um casamento duradouro – conclui Lisiane. (Zero Hora)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1885 de 18 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE
A oferta de forragem e o desenvolvimento das pastagens melhorou em função do fim  do frio intenso, elevando a produtividade leiteira, o conforto térmico e o bem-estar animal. Os problemas com excesso de barro também foram temporariamente resolvidos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os parâmetros de qualidade, como gordura e proteína do leite, encontram-se em níveis elevados, refletindo a boa composição da dieta. 

Em Hulha Negra, os produtores planejam ampliar as lavouras de milho para silagem, uma vez que, em algumas propriedades, as reservas atuais devem se esgotar até o final de setembro; a reposição está prevista apenas para fevereiro. 

Na de Caxias do Sul,nos sistemas de confinamento, a situação nutricional permaneceu equilibrada em razão da quantidade suficiente de silagem de milho para atender à demanda anual. A saúde do rebanho segue estável, e houve manejo adequado de endo e ectoparasitas. 

Na de Erechim, o estado nutricional está satisfatório devido à suplementação estratégica para suprir demandas energéticas. É fase de nascimento de bezerras e de manejo criterioso no fornecimento de colostro e na desinfecção de umbigos; dedica-se atenção redobrada às categorias jovens em função da umidade.

Na de Ijuí, a produção de leite está em alta em decorrência da boa disponibilidade de forragem proveniente das plantas anuais de inverno nos sistemas a pasto. 

Na de Passo Fundo,vacas em lactação foram manejadas em pastagens de melhor qualidade, complementadas com silagem, ração concentrada e minerais. Já as vacas secas e novilhas receberam pastagens e suplementação, conforme necessário. Na de Pelotas, a sanidade animal foi beneficiada pela redução natural da população de carrapatos em função do clima frio. Contudo, a precariedade da infraestrutura de transporte segue como gargalo para o escoamento da produção. 

Os produtores ainda estão adotando técnicas e práticas para aumento da produtividade, embora 
enfrentem desafios econômicos e estruturais que limitam a viabilidade da cadeia.

Na de Santa Maria, as lavouras de cereais de inverno destinados à silagem, como aveia, triticale e trigo, se desenvolvem bem, e a produção de leite mantém estabilidade na região. 

Na de Santa Rosa, as pastagens já estão em fase de entressafra. As forrageiras anuais de inverno estão em fase final de ciclo, perdendo qualidade nutricional, e têm sido substituídas pelas pastagens de verão. 

Trata-se de um momento estratégico para o controle da primeira geração de ectoparasitas, e os produtores vêm sendo orientados a adotar medidas preventivas para reduzir futuras infestações. Na de Soledade, os produtores já planejam a implantação de espécies anuais de verão, e as áreas de milho para silagem estão em germinação ou prontas para a semeadura. (Emater)


Jogo Rápido

Tempo volta a ficar instável no RS nos próximos dias
Nos próximos dias, o tempo voltará a permanecer instável em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 38/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com Emater/RS-Ascar e Irga. Na sexta-feira (19/9), sábado (20/9) e domingo (21/9) a atuação de um sistema de baixa pressão adjacente ao território gaúcho deverá manter o tempo instável. Por conseguinte, nos dias 19/9 e 20/9 são previstas chuvas fracas a moderadas, ocasionalmente forte em pontos isolados, para a porção central e sul do estado e chuva fraca em pontos isolados da porção norte. No domingo (21/9), o sistema irá aumentar sua influência sobre o Estado, favorecendo a ocorrência de volumes mais expressivos de precipitação para todo o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (22/9), o sistema começa a se afastar e diminuir a influência sobre o Estado. Por isso, na porção sul não há previsões de chuvas significativas, enquanto nas porções central e norte ainda há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte em pontos isolados. Na terça-feira (23/9) e quarta-feira (24/9), o tempo volta a se estabilizar, com declínio das temperaturas e ausência de chuvas significativas no Estado. De forma geral, os totais esperados ficaram entre 30 e 100 milímetros em praticamente todas as regiões do RS. No Litoral Norte, os totais previstos estão um pouco menores do que nas outras regiões e devem, portanto, ficar entre 30 e 50 milímetros.  O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)