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17/09/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.482


Setor de proteína animal reúne especialistas para debater impactos da Reforma Tributária

O evento "Encontro sobre reforma tributária - aspectos práticos para o setor de proteína animal" reuniu especialistas, lideranças e produtores no dia 5 de setembro, na Casa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (Fundesa), durante a 48ª Expointer, realizada em Esteio, entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro. O objetivo foi debater temas importantes para o agronegócio, sendo um dos temas os impactos práticos da Reforma Tributária sobre a cadeia de proteína animal, analisando quem será afetado com as mudanças e como adaptar contratos e operações.

Promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em conjunto com a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS (Sicadergs), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul, o evento contou com a participação de representantes e técnicos das cadeias produtivas de avicultura, suinocultura e laticínios, em conjunto com juristas e técnicos e representantes do governo estadual que integraram os debates.

Ao reunir análises técnicas e experiências jurídicas em um ambiente de debate, o evento proporcionou diretrizes operacionais para produtores, cooperativas e empresas ajustarem seus fluxos de caixa, planejamento tributário e renegociação de contratos. O resultado é mais previsibilidade para investimento e segurança jurídica, fortalecendo o papel do agronegócio como motor de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul.

“A inclusão das carnes na cesta básica com alíquota zero, conforme aprovada, tende a reduzir custos e fortalecer a competitividade interna e externa do setor. Mas há o outro lado da moeda: o fim de benefícios fiscais e a adoção de uma alíquota única de IBS/CBS podem elevar a carga tributária do produtor de forma significativa, especialmente por conta da perda de créditos fiscais e da centralização da tributação. Além disso, o desafio operacional para pequenos produtores é real — adaptação ao novo sistema tributário, fluxo de caixa e burocracia podem exigir uma reestruturação urgente”, disse José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav.

O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, participou do evento.

As informações são da Asgav adaptado pelo Sindilat


GDT 388: estabilidade para o leite em pó e queda forte para muçarela
 
GDT registra estabilidade nos preços do leite em pó e Cheddar, enquanto muçarela segue em queda. Confira os efeitos para o Brasil.
 
No 388º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 16 de setembro, o preço médio dos produtos negociados ficou em US$ 4.041 por tonelada, praticamente estável em relação ao evento anterior — a menor variação registrada entre dois leilões neste ano (-0,05%, ou seja, USD 2/ton). Essa estabilidade foi sustentada, sobretudo, pelos leites em pó, cujos preços médios também permaneceram próximos aos do último evento.
 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT
 
 
O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, manteve-se relativamente estável, com variação negativa de apenas -0,8%, cotado a US$ 3.790 por tonelada, após a forte queda registrada no último evento. O leite em pó desnatado (LPD) acompanhou a mesma tendência, permanecendo estável, com leve variação negativa de -0,3%, cotado a US$ 2.615 por tonelada, após as quedas observadas nos últimos leilões.
 
Gráfico 2. Preço médio LPI
 
 
O Cheddar manteve-se como o único produto a registrar alta, repetindo o movimento do último evento, com valorização de +2,2% e cotação de US$ 4.814 por tonelada. 
 
Entre os demais produtos, o movimento foi de retração: a gordura anidra do leite recuou -1,5%; a manteiga acumulou a sexta queda consecutiva, ainda que mais moderada (-0,8%); e a muçarela manteve a trajetória de baixa, com sétima queda seguida, de -9,6%, somando desvalorização de -19,8% desde junho. 
 
Já a lactose e o leitelho não foram negociados neste evento.
 
A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.
 
Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 16/09/2025.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Volume negociado mostra certo padrão
 
O volume negociado neste leilão somou aproximadamente 39,1 mil toneladas, um recuo de -5,7% em relação ao último evento. Já em relação ao evento correspondente no ano passado, o aumento é de +0,7%. 
 
Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram nova queda nas projeções de preços em comparação com as projeções no último leilão, mas a previsão de queda vista nos últimos meses deu lugar à uma tendência de estabilidade até fevereiro de 2026.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).
 
 
Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Após a forte queda registrada no primeiro leilão de setembro, os preços no GDT voltaram a mostrar estabilidade, o que pode trazer um alívio momentâneo ao mercado brasileiro, já que Argentina e Uruguai — principais fornecedores de lácteos — seguem de perto as referências desse mercado. Caso o GDT retome a trajetória de queda, aliado à cotação do dólar próxima de R$ 5,30, a competitividade dos produtos do Mercosul tende a aumentar, ampliando a pressão sobre os preços nacionais.
 
Para a muçarela, o cenário é ainda mais delicado: os preços no mercado interno têm registrado quedas sucessivas e, combinados à tendência baixista do mercado internacional, podem sinalizar novas desvalorizações do produto.
 
Para compreender as tendências do mercado, traçar estratégias assertivas, se conectar com os líderes do setor e participar ativamente da transformação do leite no mundo, o Dairy Vision 2025 é o espaço ideal. (Milkpoint)
 
 
 
Banco de antígenos para febre aftosa é inaugurado nas Américas para facilitar acesso rápido a vacinas de emergência
 
O Banco Regional de Antígenos contra a Febre Aftosa (BANVACO) está oficialmente em operação a partir de hoje, marcando um marco importante na capacidade das Américas de responder a emergências sanitárias relacionadas a essa doença.
 
O objetivo do BANVACO, que realizou sua primeira reunião regular em 28 e 29 de agosto, é garantir um fornecimento contínuo de antígenos e vacinas para conter potenciais surtos de todos os sorotipos virais relevantes da febre aftosa por meio da vacinação de emergência. Embora a reintrodução da doença seja improvável nas Américas, é essencial que os países estejam preparados, já que um surto grave poderia comprometer a segurança alimentar nacional e internacional, além do desenvolvimento socioeconômico e do bem-estar das comunidades afetadas.
 
Gerido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio de seu Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA), o BANVACO não é uma instalação física. Trata-se de uma rede coordenada de laboratórios fornecedores que armazenam antígenos, os quais seriam formulados em vacinas em caso de emergência. Essa abordagem inovadora garante resposta rápida, custo-benefício e flexibilidade em situações de crise.
 
O diretor da OPAS, Dr. Jarbas Barbosa, chamou a iniciativa de um passo ousado rumo a uma região mais preparada e coesa. “O BANVACO é um compromisso político e operacional dos países para fortalecer a preparação regional, a saúde e a segurança alimentar, garantindo acesso ao rápido fornecimento de vacinas em uma emergência para preservar a saúde animal e o bem-estar das comunidades”, afirmou.
 
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de produção, incluindo bovinos, suínos e outros de casco fendido. Pode ter consequências socioeconômicas significativas, com perdas anuais que podem ultrapassar bilhões de dólares nos países afetados.
Nos últimos anos, as Américas avançaram significativamente na erradicação da febre aftosa. Neste ano, Brasil e Bolívia foram certificados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) como países livres de febre aftosa sem vacinação. Atualmente, quase 80% do rebanho bovino das Américas está em países reconhecidos pela OMSA como livres da doença sem vacinação, cerca de 18% em países ou territórios livres com vacinação, e apenas 2% ainda sem status oficial de livre. Esse progresso é uma conquista histórica, resultado de políticas sólidas de saúde animal, vigilância aprimorada e controles de fronteira eficazes.
 
“O reconhecimento oficial da Bolívia e do Brasil como países livres de febre aftosa sem vacinação representa um marco significativo para o Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), que busca a erradicação da doença”, acrescentou o diretor da OPAS.
 
Historicamente, a vacinação sistemática do rebanho tem sido a principal estratégia para controlar surtos e prevenir novos casos. No entanto, uma vez confirmada a ausência de infecção e eliminados os riscos internos, os países podem suspender a vacinação. Em uma crise sanitária animal, a vacinação de emergência é reconhecida mundialmente como a ferramenta mais eficaz e socialmente aceita para o manejo de surtos, pois reduz a necessidade de abates em larga escala, mitiga perdas econômicas e contribui para a recuperação do status sanitário. Essa estratégia, porém, só é possível se existir uma reserva estratégica prévia de antígenos adequados, o que requer planejamento e coordenação entre os setores público e privado.
 
A criação do BANVACO está alinhada com recomendações de longa data das autoridades regionais de febre aftosa, incluindo a Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), o Comitê Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA) e a Reunião Interamericana de Saúde Animal em Nível Ministerial (RIMSA). Seu objetivo é proteger os territórios livres de febre aftosa, evitar a disseminação do vírus em caso de surto e resguardar os avanços conquistados pelo PHEFA.
 
Todos os países das Américas podem aderir ao BANVACO, sejam eles livres da doença com ou sem vacinação. Integram o Conselho Diretor do BANVACO:
 
• Brasil, por meio do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
 
• Equador, representado pela Agência de Regulamentação e Controle da Saúde Vegetal e Animal (AGROCALIDAD)
 
• Paraguai, por meio do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (SENACSA)
 
Fonte original: 
https://www.paho.org/en/news/29-8-2025-antigen-bank-foot-and-mouth-disease-opens-americas-facilitate-quick-access-emergency
 
Traduzida para português via inteligência artificial 

Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Óleo de soja tem participação recorde na margem de lucro da indústria
Levantamento do Cepea mostra que a participação do óleo de soja na margem de lucro da indústria de esmagamento praticamente se igualou à do farelo na semana passada, configurando um cenário histórico. Pesquisadores explicam que o movimento reflete o avanço da demanda pelo óleo brasileiro, sobretudo por parte do setor de biodiesel. No último dia 11 de setembro, a participação do farelo na margem da indústria foi de 51% e a do óleo atingiu 49% – como comparação, a participação média do farelo no ano passado foi 62,2% e a do óleo, de 37,8%, considerando-se como base os preços da soja em grão, do óleo e do farelo no estado de São Paulo levantados pelo Cepea. (Cepea via Terra Viva)