Porto Alegre, 05 de setembro de 2025 Ano 19 - N° 4.474
Governo do RS e Lactalis Brasil anunciam investimento de R$ 400 milhões no Rio Grande do Sul
O governador do Estado, Eduardo Leite, e a Lactalis anunciaram, nesta quinta-feira (4/9), na 48ª Expointer, um investimento de R$400 milhões em cinco unidades industriais no Rio Grande do Sul.
Os recursos serão aportados ao longo dos próximos três anos (até 2028) na ampliação da produção de queijos prato e mussarela, whey protein, manteiga, requeijão e composto lácteo em Ijuí, Teutônia, Santa Rosa e Três de Maio, além da expansão de dois centros de distribuição em Ijuí e Teutônia.
“Este anúncio da Lactalis é uma demonstração clara de confiança no Rio Grande do Sul e na força do nosso agro. Com esse novo aporte, chegamos à marca histórica de R$1 bilhão investido aqui. Isso significa mais oportunidades para milhares de famílias produtoras, mais empregos no campo e na cidade e a consolidação do RS como protagonista no setor lácteo no Brasil”, disse o governador Eduardo Leite.
A expectativa é elevar a produção no Estado de 304 mil toneladas (base 2024) para 453 mil toneladas em 2028. Para isso, a captação no campo precisará sair dos atuais 900 milhões de litros/ano para 1,3 bilhão de litros/ano. “Para se ter uma ideia, isso significa aumentar em 10% a produção do Rio Grande do Sul apenas para atender à demanda da Lactalis”, salientou o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.
O executivo reuniu-se no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e também contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, e do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
Ampliação
Entre as linhas de produção a serem incrementadas no RS, haverá ganho substancial no processamento de queijos. Ao fim de 2028, a empresa pretende produzir 100 mil toneladas de queijos/ano no Rio Grande do Sul, 70% mais do que as atuais 58 mil toneladas.
Líder mundial em captação de leite, a Lactalis comemora, nesta Expointer, 10 anos de Brasil. Neste período, o Rio Grande do Sul recebeu R$600 milhões em investimentos, que, somados aos R$400 milhões anunciados, atingem a marca de R$1 bilhão aportados. Atualmente, a Lactalis tem 23 fábricas, 49 centros logísticos e 14 mil empregados em oito estados do Brasil. Ao ano, a empresa de origem francesa capta 2,8 bilhões de litros de leite no Brasil.
O CEO da Lactalis Brasil destaca que o projeto faz parte dos planos da empresa para ampliar sua presença no mercado brasileiro. “Nos seus dez anos de atuação, a Lactalis reafirma seu compromisso com o Rio Grande do Sul e com os produtores de leite. A marca de R$1 bilhão investido confirma esse comprometimento, que começa no campo e se solidifica em um setor industrial forte capaz de lastrear o crescimento que projetamos para o setor lácteo no Rio Grande do Sul e no Brasil”.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, o anúncio de hoje reafirma a confiança do setor privado no potencial produtivo gaúcho. “Este investimento fortalece nossa cadeia leiteira, que é uma das mais importantes para a nossa economia e para milhares de famílias que vivem do agro. Este aporte contribuirá diretamente para a geração de empregos - no campo e na cidade - e para a valorização da produção local, além de demonstrar o compromisso do governo do RS de tornar o Estado um local onde as empresas queiram ampliar seus negócios. Por meio do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, continuaremos criando um ambiente de negócios com segurança jurídica, diálogo permanente e políticas públicas que estimulem o crescimento”, disse. (Jardine comunicação)
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1883 de 04 de setembro de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
As temperaturas amenas, a radiação solar e a redução de chuvas proporcionam bem estar, manutenção da produtividade e da sanidade dos animais, além do bom aproveitamento das pastagens. A oferta de volumosos de qualidade permitiu diminuir o uso de alimentos concentrados na maioria das regiões. A higienização e o manejo dos rebanhos foram facilitados pela ausência de excesso de umidade.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período sem chuvas facilitou os trabalhos de higiene da ordenha e permitiu o uso mais racional das reservas de feno e silagem. Houve aumento da produção em função das condições climáticas.
Na de Erechim, os rebanhos apresentaram apropriado estado sanitário e nutricional. A oferta de pastagens de inverno diminuiu a dependência de volumosos conservados e concentrados, embora a suplementação tenha sido utilizada para compensar déficits energéticos. O clima mais seco e ensolarado do período melhorou as condições nos arredores das instalações e a movimentação dos animais, contribuindo para a recuperação do estado nutricional e para maior eficiência produtiva.
Na de Frederico Westphalen, apesar das baixas temperaturas, o tempo seco e ensolarado contribuiu para a oferta de pastagens de qualidade, permitindo a redução de alimentos concentrados na dieta.
Na de Ijuí, a produção de leite acompanhou o pico da curva de sazonalidade, elevando a oferta no mercado. Nos sistemas de produção a pasto, os custos diminuíram devido à maior disponibilidade de forragem de alta qualidade e à menor necessidade de alimentos concentrados. As condições sanitárias dos animais estão apropriadas, e há poucos registros de problemas digestivos e de cascos.
Na de Passo Fundo, a produção de leite está estável. Os rebanhos estão em condições nutricionais e sanitárias adequadas.
Na de Pelotas, alguns rebanhos apresentaram desempenho satisfatório devido à oferta de forragem de qualidade e da entrada das vacas no período de lactação. No entanto, em algumas localidades, o frio e as chuvas limitaram a disponibilidade de pasto e exigiram maior uso de silagem de milho. Nesses casos, o desempenho dos animais foi mais baixo.
Na de Santa Maria, os produtores intensificaram a suplementação alimentar dos rebanhos, recorrendo à silagem de milho, a outras fontes de volumoso e a rações concentradas para assegurar o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais.
Na de Santa Rosa, houve alta na produção de leite, mas menor do que no período anterior. A disponibilidade e a qualidade dos volumosos, associadas à concentração de partos próximos ao inverno e ao pico de forrageiras, favoreceram o aproveitamento dos nutrientes e a produtividade. O tempo seco contribuiu para o manejo e reduziu o barro nas instalações, melhorando a higiene e a saúde dos animais. No geral, as condições sanitárias estão dentro dos padrões, assim como a maior parte do leite.
Em Cândido Godói, um levantamento do Emater/RS-Ascar e do Escritório de Defesa Agropecuária apontou redução de produtores de leite bem com aumento da tecnificação e de investimentos em sistemas de confinamento, refletindo a tendência regional de menor participação familiar e maior produção em propriedades empresariais. (Emater/RS)
Previsão do tempo
Os últimos sete dias foram marcados por calor e chuva forte no RS. A próxima semana terá chuva e retorno do frio ao RS.
Em 05/09 (sexta), ocorrerá grande variação de nuvens, com pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste.
Em 06 e 07/09 (domingo), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de formação de geadas, especialmente na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul.
Nos dias 08 (segunda) e 09/09 (terça-feira), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados em todas as regiões.
Em 09/09 (quarta-feira), a entrada de uma massa de ar seco e frio ocasionará novo declínio da temperatura e garantirá o tempo firme em todo o Estado.
Os totais esperados oscilarão entre 30 e 60 mm na maioria das regiões, e somente no Extremo Sul e no Noroeste deverão ocorrer valores inferiores a 30 mm. Em alguns municípios da Campanha, Zona Sul e Região Central, os volumes previstos podem alcançar 100 mm. (Agrometerologia Seapi)
Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 05/09/2025
A sexta-feira (5) foi marcada por uma agenda diversificada para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na 48ª Expointer, em Esteio. Pela manhã, o sindicato esteve presente no Encontro sobre Reforma Tributária, realizado na Casa do Fundesa. O evento discutiu os impactos da reforma no setor de proteínas, reunindo lideranças e especialistas para avaliar os desafios e oportunidades do novo modelo tributário. À tarde, o Sindilat acompanhou a palestra “A importância do ESG para os resultados das organizações”, promovida pelo Simers na Casa Simers, que abordou práticas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social aplicadas ao setor produtivo. Na sequência, participou do Circuito Exceleite 2024-2025, na Casa do Gadolando, que premiou destaques da cadeia leiteira, valorizando a excelência na produção. Encerrando a programação, o sindicato acompanhou a Cerimônia de Lançamentos de Tecnologias e Assinatura de Parcerias da Embrapa, no Pavilhão Internacional, em conjunto com o Ministério da Agricultura e a Conab, reforçando a importância da inovação para o fortalecimento do setor. Representaram o Sindilat nas atividades o presidente Guilherme Portella e o secretário-executivo Darlan Palharini. (Sindilat)