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29/08/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.469


CONSELEITE – SANTA CATARINA

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de Agosto de 2025 atendendo 
os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 35/2025 – SEAPI 

A última semana apresentou chuva forte e o retorno do frio intenso ao RS.  Nas pastagens, os efeitos das chuvas variaram entre as regiões: em algumas, provocaram barro e retardaram o desenvolvimento das pastagens; em outras, estimularam o rebrote das áreas nativas e cultivadas, além de permitir a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura. A semeadura de milho para silagem continuou, e os produtores se organizaram para a implantação das forrageiras anuais de verão. As lavouras de aveia, estabelecidas no outono, encontram-se em fase final de ciclo, apresentando redução acentuada na disponibilidade de folhas e na qualidade da forragem.

Na bovinocultura de leite, devido às chuvas, a oferta de forragem ficou limitada, provocando queda significativa de produção nas propriedades dependentes exclusivamente de pastagens e de ração. Nas demais propriedades, a suplementação alimentar com silagem de milho, rações concentradas e outras fontes de volumosos permitiu manter a produção estável ou atingir o pico, conforme o manejo adotado. Em algumas localidades, a formação de barro nos arredores das salas de ordenha dificultou o 
manejo dos animais e limitou o acesso dos caminhões de coleta nas estradas principais.

Os próximos sete dias serão marcados pelo calor e chuva forte no RS. Entre a quinta-feira (28/8) e o domingo (31/8), o tempo permanecerá seco, com gradativa elevação das temperaturas e que deverão superar os 30°C na maioria dos municípios do estado no fim de semana. 

Na segunda-feira (01/9), o tempo firme e quente seguirá predominando na maior parte do RS, porém no decorrer do dia a aproximação de uma nova frente fria vai provocar chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. 

Na terça (02/9) e quarta-feira (03/9), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos deverão variar entre 50 e 100 mm na maioria dos municípios do Estado e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades da Metade Sul. Nas Missões, Planalto, Região Metropolitana e na Fronteira Oeste são esperados totais entre 30 e 50 mm. (SEAPI)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1882 de 28 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O consumo de reservas de feno e silagem se intensificou para preservar as forrageiras e manter a produção. Nas propriedades dependentes exclusivamente de pastagens e de ração, houve queda significativa na produção. Em outras, a produção atingiu o pico. Diante da limitada oferta de forragem ocasionada pelas chuvas, os animais receberam suplementação alimentar com silagem de milho, além de rações concentradas e outras fontes de volumoso para conservar o desempenho produtivo e reprodutivo.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o barro formado pelas chuvas nos arredores dos galpões e das salas de ordenha dificultou o manejo e restringiu o acesso dos animais às pastagens. Em algumas propriedades, também ocorreram problemas para chegar ao resfriador ou para transitar pelas estradas principais, devido à elevação de cursos d’água e aos danos nas pontes, o que impediu a passagem dos caminhões para a coleta da produção, resultando no descarte do leite.

Na de Frederico Westphalen, a produção se estabilizou. A complementação com alimentos concentrados foi reduzida, o que diminuiu os custos de produção. 

Na de Ijuí, a produção de leite aumentou, seguindo a tendência sazonal. Nos sistemas de produção a pasto, o volume de leite atingiu o pico e ficou cerca de 50% superior em relação aos períodos de menor disponibilidade de forragem. 

Na de Passo Fundo, as condições de saúde e de nutrição dos rebanhos estão adequadas, assim como os níveis de produção de leite. Em relação à alimentação, foram priorizadas as vacas em produção, que tiveram acesso às pastagens de aveia e de azevém, complementadas com silagem, concentrados e sal mineral. As demais categorias também receberam silagem.

Na de Pelotas, os produtores reforçaram a alimentação dos animais com silagem. O solo encharcado e a formação de barro, em razão das chuvas, prejudicaram o acesso dos animais às forragens, causando queda de produção em algumas propriedades. 

Na de Santa Rosa, o período é de pico de produção de leite. A boa oferta de pastagens permitiu aos produtores reduzir a utilização de alimentos conservados, como silagem e feno, diminuindo o custo de produção. 

Na de Santa Maria, o acesso restrito dos animais às pastagens, devido às condições climáticas, impactou diretamente o escore corporal dos animais, que, de forma geral, está abaixo do ideal. (Emater/RS)


Jogo Rápido
LEITE/CEPEA: Oferta em alta supera capacidade da demanda e pressiona cotações
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em julho fechou a R$ 2,6236/litro na “Média Brasil”, com quedas de 1,16% frente a junho/25 e de 8,42% em relação a julho/24. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu quase 1% de junho para julho na “Média Brasil”. Segundo dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a captação industrial de leite no Brasil alcançou 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, o que representaria um crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024.  Além disso, ainda que de forma modesta (0,1%), esta seria a primeira vez na série histórica que o segundo trimestre apresentaria aumento frente aos primeiros três meses – historicamente, o segundo trimestre coincide com a entressafra, quando normalmente há retração na produção. (CEPEA)