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22/08/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.464


Cases de sucesso e estratégias de associação: veja como começou o segundo dia de Interleite Brasil

O segundo dia do Interleite Brasil 2025 começou com o Painel 4: Quem já foi pequeno produtor mostra os caminhos para o crescimento. Patrocinado pela Kuhn, o painel destacou dois cases de sucesso, em que produtores compartilharam suas trajetórias e revelaram como superaram os desafios da produção.

O primeiro relato foi de Marius Bronkhorst, proprietário da Chácara Nova Esperança e integrante da seleta lista de produtores que compõem o Top 100 MilkPoint / ABRALEITE. Ele destacou os desafios enfrentados, como investimentos pesados, mudanças no manejo, aumento da produção e verticalização da atividade. “Como chegamos até aqui? Muita determinação, persistência e uma boa dose de resiliência”, afirmou o produtor durante sua palestra.

O segundo case de sucesso foi apresentado por Marlene Kaiut, conhecida como a Rainha do jersey a produtora relatou como foi a experiência de sair do mundo da moda para se tornar uma das mais bem sucedidas produtoras de gado jersey, contando sobre as dificuldades enfrentadas e as soluções encontradas para seguir com a produção. Marlene tembém enfatizou a importância de se arriscar para chegar aonde chegou, "Às vezes as pessoas não se arriscam por medo ou comodismo, e por consequência não saem do lugar" disse. 

A última palestra do painel foi apresentada por Nicolas Guillou, CEO da KUHN no Brasil. Ele detalhou a importância de misturadores e máquinas automáticas na alimentação animal, mostrando ganhos de eficiência, precisão e redução de mão de obra. Por fim, apresentou soluções de automação completas e comerciais, que operam de forma autônoma e aproveitam a infraestrutura existente das fazendas. “A escassez de mão de obra é um desafio cada vez mais frequente. Investir em automação representa ganho de tempo, economia de recursos e simplificação dos processos.”, completou o CEO, reforçando a importância da automação. 

Técnicas para produtores agregarem valor a sua produção
O segundo painel da parte da manhã foi o Painel 5: Estratégias associativas e de diferenciação, foi oferecido pela F5, nele palestrantes trouxeram como ações coletivas e modelos de negócio diferenciados podem gerar mais escala, agregar valor e fortalecer produtores

A palestra de abertura do painel ficou por conta de Antônio Carlos de Souza Lima Neto, Diretor-Superintendente do Sebrae/GO, ele abordou a agregação de valor e verticalização na produção de leite, destacando os desafios e os benefícios do processo. Apresentou exemplos de queijarias goianas que agregaram valor com produtos A2A2, selos de certificação e turismo. segundo o Diretor, "A verticalização possui sim desafios, porém gera valor agregado e este não é só preço, é percepção, qualidade e conexão com o consumidor."

A segunda palestra do painel foi apresentada por Victor Vidal, Supervisor comercial da F5 Fueling Sustainability, ele apresentou o DDG de alta proteína da F5 e afirmou: “O FS Essencial - DDG de Alta Proteína é uma alternativa inteligente para a dieta, que foca em eficiência proteica e mais kg de leite por vaca”

Para finalizar Luis Carlos Brandt, da Natercoop/ES apresentou os condomínios de produção como alternativa de escala para produtores familiares, no modelo, o cooperado investe em cotas de animais, enquanto a cooperativa fornece infraestrutura, insumos, mão de obra e gestão diária, entregando relatórios técnicos e econômicos. "Independente do modelo de produção, a eficiência é primordial, e os conceitos de economia compartilhada podem contribuir muito para a rentabilidade na atividade", destacou Luis. O sistema permite diluição de custos, ganho de escala e precificação otimizada, beneficiando produtores sem imobilizar capital. (Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1881 de 21 de agosto de 2025 

BOVINOCULTURA DE LEITEAs pastagens com maior disponibilidade de massa verde foram destinadas às vacas em lactação, em um primeiro lote, e às vacas secas e novilhas, em sequência. As condições climáticas recentes favoreceram o conforto térmico dos animais, beneficiando o bem-estar e a sanidade dos rebanhos. A produção de leite manteve-se estável ou apresentou leve aumento em propriedades com oferta de pastagens e suplementação alimentar adequadas, especialmente silagem e concentrados. A qualidade nutricional das forragens, que apresentam maior teor de proteínas, contribuiu para a manutenção do escore corporal e para o aumento da ingestão alimentar. O uso de suplementação foi necessário em áreas com oferta insuficiente de forragem para garantir condição corporal satisfatória. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as propriedades com disponibilidade de silagem estão apresentando produtividades crescentes; nas que dependem exclusivamente de pastagens cultivadas, o volume de produção ficou abaixo do normal. 

Na Campanha, a produtividade aproximou-se de 28 litros/vaca/dia em algumas propriedades, com a participação das vacas em início de lactação. As reservas de silagem e de feno têm sido administradas para chegarem até o final do inverno. 

Na de Caxias do Sul, a produtividade ficou estável, mas houve auxílio da complementação alimentar com silagem de milho. As condições de bem-estar foram satisfatórias em razão das temperaturas amenas e da menor formação de barro. A condição nutricional dos animais confinados permaneceu adequada, e foi oferecida dieta à base de silagem de milho e de concentrados. A qualidade do leite está dentro dos padrões do Ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA), sem registros de exclusões de propriedades por laticínios ou cooperativas.

Na de Erechim, os rebanhos apresentaram bom estado sanitário e nutricional, beneficiados pelas temperaturas mais elevadas, que proporcionam melhor conforto térmico. A maioria das propriedades registrou aumento na produção de leite no período, sustentada pela melhora na qualidade nutricional dos pastos, especialmente pelo maior teor de proteínas. O escore corporal está adequado. 

Na de Frederico Westphalen, houve leve aumento na produção, associado à melhoria da qualidade das pastagens e ao maior tempo de pastejo, inclusive nas perenes de verão que foram sobre semeadas. Foi possível reduzir a quantidade de alimentos concentrados na dieta. 

Na de Ijuí, a produção seguiu aumentando lentamente, mas em volume inferior ao mesmo período do ano passado. Os animais apresentaram sanidade e escore corporal satisfatórios. Na de Passo Fundo, o escore corporal está adequado, e a produção de leite estável. Foi necessário o uso de alimentos conservados e concentrados.
Na de Pelotas, a boa oferta de forragem em alguns municípios e as condições climáticas, que permitiram o pastejo, contribuíram com a manutenção ou com o aumento da produção. No entanto, a suplementação alimentar foi necessária em determinados locais. 

Em Rio Grande, a maior incidência de radiação solar foi benéfica para o conforto dos animais. Na de Santa Rosa, o volume de produção manteve-se elevado devido às condições ambientais favoráveis, à qualidade e à quantidade adequadas dos volumosos, além da concentração de partos próximos ao inverno. O tempo seco evitou a formação de barro, melhorando a sanidade do rebanho e facilitando o manejo dos animais na sala de ordenha. De modo geral, as condições sanitárias dos rebanhos ficaram satisfatórias.

Na de Soledade, a oferta de forragem não foi suficiente para manter a condição corporal dos animais, e o uso de alimentação suplementar foi necessário, assim como na de Santa Maria, onde o escore corporal dos rebanhos ficou abaixo do ideal. (Emater editado pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 34/2025 – SEAPI

Nos últimos sete dias ocorreram chuvas expressivas no RS. Na quinta-feira (14), a propagação de uma frente fria no oceano manteve a nebulosidade e provocou garoas e chuviscos isolados, principalmente na Metade Leste.

O aumento das temperaturas e a menor ocorrência de precipitação contribuíram com o desenvolvimento e com a sanidade das pastagens, resultando em crescimento dentro do esperado e oferta satisfatória de forragem. As condições climáticas também beneficiaram o rebrote, especialmente das pastagens perenes de verão. Os produtores continuaram a semeadura de milho para silagem e os demais preparos das áreas de verão. As forrageiras de inverno, principalmente aveias, apresentam sinais de finalização do ciclo, e há grande parte das plantas em estádio reprodutivo, o que tende a reduzir a oferta de forragem no próximo mês. 

Na bovinocultura de corte e na de leite, as condições climáticas recentes favoreceram o bemestar e a sanidade dos rebanhos, beneficiando tanto o ganho de peso na bovinocultura de corte quanto a manutenção da produção de leite. Na maioria das regiões, a oferta adequada de pastagens e o uso de suplementação alimentar quando necessário contribuíram para a manutenção da condição corporal dos animais e para o desempenho produtivo em ambos os sistemas.

A próxima semana terá chuva forte e o retorno do frio intenso ao RS.  No decorrer da sexta-feira (22) e no sábado (23), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo estado, com possibilidade de temporais isolados. No domingo (24), ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste, com tempo firme e temperaturas baixas nas demais regiões. Entre a segunda (25) e quarta-feira (27), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com acentuado declínio das temperaturas e formação de geadas em diversas regiões.

Os volumes previstos deverão variar entre 50 e 100 mm na maioria dos municípios do Estado e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades da Metade Sul. Nas Missões, Planalto, Região Metropolitana e na Fronteira Oeste são esperados totais entre 30 e 50 mm. (Seapi editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
Dez anos de ordenha robotizada
A propriedade Tambo Nólio, no município de Paraí, completa em agosto 10 anos da instalação do primeiro robô de ordenha do Rio Grande do Sul. Associada à Cooperativa Santa Clara há quatro décadas, a família Nólio já está na terceira geração de sucessão e segue como referência em inovação na pecuária leiteira. O primeiro equipamento foi instalado em 2015, com capacidade de retirada de 2 mil litros de leite por dia. Com bons resultados, três anos depois foi adquirido o segundo robô. Atualmente, a produção diária chega a 5.500 litros. O sistema funciona 24 horas por dia, reconhecendo o animal por meio de sensores, higienizando e realizando a ordenha. Além de otimizar a rotina, também analisa a qualidade do leite. (Jornal do Comércio)