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21/08/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.463


Políticas públicas para o setor lácteo gaúcho serão debatidas no Milk Summit Brazil 2025

O Milk Summit Brazil 2025, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí (RS), durante a Expofest, debaterá o futuro da cadeia leiteira no Rio Grande do Sul. Produtores, técnicos, lideranças do setor e representantes de entidades ligadas à atividade se reunirão para discutir políticas públicas, inovação e oportunidades de negócios.

Entre os destaques da programação está a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, que abordará estratégias para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do setor lácteo gaúcho. O painel com o secretário ocorrerá na manhã do dia 14 de outubro e será um espaço de diálogo entre indústria, produtores e demais atores da cadeia.

“O Milk Summit Brazil será um palco de debates fundamentais para gerar emprego, renda e fortalecer o setor lácteo no RS”, afirma o secretário Edivilson Brum.

Além do painel com o secretário, o evento contará com palestras de especialistas nacionais, debates com instituições representativas do setor e degustação de produtos lácteos. O objetivo é consolidar o Milk Summit como ponto de encontro de produtores, cooperativas, indústrias, fornecedores e pesquisadores, ampliando o acesso a tendências e inovações.

O Milk Summit Brazil 2025 é uma realização da Seapi, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Sebrae, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí. O evento conta com o patrocínio da Tetra Pak Brasil, Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Senar, Launer Química e RIT Resfriadores, e parceria com a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Ministério da Agricultura, Hooks, Universidade de Passo Fundo,  UFSM – Centro de Ciências Rurais e  Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.milksummitbrazil.com.

As informações são do Milk Summit Brazil/Sindilat/Seapi. 


Sustentabilidade redefine estratégias no mercado de queijos

O mercado de queijos no Brasil avança com demanda por praticidade, inovação, queijos veganos e artesanais, enquanto a volatilidade pressiona margens.O mercado de queijos está passando por uma transformação significativa no Brasil, impulsionado pela busca dos consumidores por conveniência, inovação e novas alternativas alimentares, segundo relatório da Pristine.
O segmento combina tradição com modernização, abrindo espaço tanto para produtos premium quanto para opções à base de plantas.Entre as principais tendências, destaca-se o crescimento da demanda por queijos prontos para consumo, como os ralados e pré-fatiados.

Esses formatos oferecem praticidade no dia a dia e atendem ao ritmo acelerado das famílias urbanas, que buscam alimentos de preparo rápido e de fácil armazenamento.

Outra mudança relevante é a expansão das alternativas veganas e de origem vegetal, que conquistam participação de mercado em ritmo acelerado.

O público consumidor, cada vez mais atento às questões de saúde, bem-estar e sustentabilidade, pressiona a indústria a investir em formulações que entreguem sabor e textura semelhantes ao queijo tradicional.

A mussarela continua sendo a variedade mais demandada, especialmente devido à forte atuação de redes de pizzarias e estabelecimentos de food service.

Esse movimento mantém a pressão sobre a produção local e abre oportunidades para fabricantes que conseguem atender grandes volumes com regularidade e qualidade.

No segmento de valor agregado, cresce a procura por queijos artesanais e especiais premium, que chegam às gôndolas do varejo com preços mais elevados.

Esses produtos conquistam consumidores dispostos a pagar mais por diferenciação, identidade regional e características exclusivas de sabor e textura.

Outra tendência em ascensão é o uso do queijo em pó em alimentos industrializados, como salgadinhos, misturas de temperos e snacks.

A versatilidade desse ingrediente amplia a presença do queijo em diferentes categorias de produtos e fortalece a indústria de ingredientes lácteos.

Além disso, o mercado de marcas próprias vem ganhando espaço nas redes varejistas, pressionando os produtores tradicionais em suas margens de lucro.

A busca por competitividade leva indústrias a firmar contratos de fornecimento de longo prazo e, em muitos casos, a consolidar operações para reduzir riscos e garantir sustentabilidade financeira.

A sustentabilidade é outro fator central que molda estratégias. Rotulagem de carbono e compromissos ambientais estão se tornando diferenciais importantes, já que consumidores e parceiros comerciais priorizam cadeias produtivas que demonstram responsabilidade ambiental.

No campo da inovação, fabricantes têm investido em melhorias na durabilidade e conveniência do queijo ralado, ampliando a vida útil do produto e garantindo maior praticidade para diferentes ocasiões de consumo.

No entanto, o setor enfrenta desafios. A volatilidade dos preços do leite e das commodities lácteas comprime as margens dos fabricantes de queijo, principalmente em períodos de alta no preço pago ao produtor.

Nesse cenário, as indústrias precisam decidir entre absorver os custos ou repassá-los ao varejo, o que pode afetar diretamente a demanda. Para os pequenos e médios produtores, o risco é maior, o que leva à necessidade de adaptação e, em muitos casos, à consolidação do setor.

O relatório da Pristine reforça que o queijo mantém sua posição como alimento básico e de fácil digestão, mas agora inserido em um contexto em que o consumidor valoriza também os atributos de saúde e funcionalidade.

A crescente preferência por lanches ricos em proteínas e formatos práticos impulsiona inovações em SKUs voltados tanto para o varejo quanto para o food service.

Entre as iniciativas da indústria, destacam-se as reformulações de produtos, o lançamento de variantes fortificadas com maior teor de proteína e a expansão das embalagens em formatos portáteis, ideais para consumo fora de casa.

Dessa forma, o mercado de queijos no Brasil se consolida como um setor dinâmico, que combina tradição, inovação e adaptação às novas demandas de consumo. O futuro aponta para maior diversidade de opções, mais tecnologia aplicada à conveniência e crescente valorização da sustentabilidade como diferencial competitivo. (Edairy News)

Interleite Brasil 2025 começa com casa cheia

Com mais de 1.100 inscritos, o maior evento de conhecimento do setor lácteo brasileiro reuniu lideranças do agro, produtores, especialistas, técnicos e estudantes.

A cerimônia de abertura reuniu importantes lideranças do agro. Participaram da mesa: José Mário Schreiner, Presidente do Sistema Faeg/Senar e do Conselho Deliberativo do Sebrae; Antônio Carlos de Sousa Lima Neto, Superintendente do Sebrae Goiás; Dirceu Borges, Superintendente do Senar Goiás; Geraldo Borges, Presidente da Abraleite; José Ricardo Caixeta Ramos, Presidente da AGRODEFESA; Patrícia Honorato de Carvalho, Superintendente de Produção Rural da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Luis Alberto Pereira, Presidente do Sistema OCB/Sescoop; Jubrair Gomes Caiado Junior, Superintendente do Sistema OCB/GO; Jair José Antônio Borges, Presidente do Sindileite Goiás; e Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures. A condução ficou por conta da mestre de cerimônias Juliana Pertille.

Em sua fala, Marcelo Pereira de Carvalho destacou o propósito da MilkPoint Ventures e do evento em tornar o setor lácteo brasileiro mais bem-sucedido. “É para fazer do setor lácteo brasileiro o mais bem sucedido do mundo. Vocês vão falar que isso pode parecer uma insanidade, porque a gente é uma cadeia que é conhecida por ter dificuldades. E é verdade, ela tem dificuldades, mas ao mesmo tempo ela tem um potencial incrível. O potencial é enorme e eu não tenho dúvida que a gente vai chegar lá.”, pontuou.

Logo após a abertura, o evento deu início ao primeiro painel, “O contexto atual da produção de leite no Brasil e no mundo”, com oferecimento da Milhão Ingredients. O debate trouxe reflexões sobre os diferentes cenários que impactam a cadeia produtiva, tanto no Brasil quanto no exterior.

Abrindo as apresentações, Zander Navarro, da Embrapa, destacou os desafios estruturais do Brasil rural, apontando que o esvaziamento populacional do campo e as transformações sociais e ambientais exigem mudanças urgentes de postura. “O futuro do Brasil rural é marcado pelo esvaziamento demográfico, desafios sociais e ambientais, e pela necessidade urgente de mudança de comportamento e decisões baseadas em informação e tecnologia para sustentar a agropecuária.”

Na sequência, Expedito Netto, gestor Educampo, trouxe uma perspectiva prática sobre a realidade de produtores de leite com baixo volume diário. Segundo ele, “crescer é uma necessidade estratégica para manter a relevância no mercado, potencializar a geração de margem e aumentar a rentabilidade.”, reforçando que a escalabilidade é chave para garantir a sobrevivência no setor.

O debate então avançou para o campo da nutrição animal. Jardel Neri, médico veterinário e mestre em nutrição de ruminantes, apresentou novas perspectivas para a utilização do gérmen de milho desengordurado, destacando seu papel como alternativa eficiente para otimizar a produtividade. 

“A nutrição animal é pilar fundamental para a otimização da produtividade. O germe de milho desengordurado é um ingrediente seguro e eficiente para a dieta do rebanho, além de fornecer um elevado teor de amido altamente digestível, contribuindo para melhor desempenho e resultados consistentes.”, destacou.

Encerrando as apresentações, Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite, trouxe uma análise comparativa com o cenário internacional, mostrando que o movimento de redução no número de produtores é global, mas vem acompanhado de aumento de eficiência e concentração. “Os 25 países maiores produtores do mundo têm recuado no número de produtores, mas, apesar disso, há aumento de produtividade em sua grande maioria. Concentração, modernização e ganhos de escala marcam essa virada.”

Ao final do painel, todos os palestrantes participaram de um debate aberto com o público, aprofundando temas e respondendo perguntas sobre os desafios e oportunidades do setor. Durante a discussão, Paulo Martins reforçou que não é o tamanho do produtor que garante a permanência na atividade, mas sim a eficiência no uso dos recursos disponíveis na produção. (Milkpoint)


Jogo Rápido
Portella destaca relevância dos lácteos no Pampa Debates
O presidente do Sindilat/RS e Diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, participou do programa Pampa Debates, ao lado de lideranças do agronegócio. Ele ressaltou a importância da produção gaúcha de queijos, os 10 anos da Lactalis no Brasil e o papel dos lácteos para a saúde. Assista na íntegra no youtube do Pampa Debates. (Sindilat/RS)