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08/08/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.454


Queijos Maturados | Parmesão da RAR brilha no Prêmio Queijo Brasil 2025 com medalha de ouro 

O Parmesão da RAR Gastronomia foi eleito o melhor do país no principal concurso de queijos artesanais e industriais, consolidando a excelência do produto gaúcho.O Queijo Parmesão da RAR Gastronomia conquistou medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025, o maior e mais prestigiado concurso nacional dedicado à produção artesanal e industrial de queijos.
O reconhecimento foi anunciado em julho, consagrando a unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, com sede em Vacaria (RS), como referência de qualidade no setor lácteo brasileiro.A premiação, realizada anualmente, reúne os melhores produtores, especialistas e entusiastas da gastronomia para avaliar e celebrar a diversidade dos queijos brasileiros.O júri técnico, composto por profissionais da cadeia láctea, elegeu o Parmesão da RAR Gastronomia como destaque absoluto entre centenas de amostras inscritas de todo o país.

Com maturação de seis meses, textura firme e sabor marcante, o Parmesão da RAR se posiciona entre os queijos de alta gastronomia com DNA nacional.

“Este reconhecimento é um testemunho da nossa incansável busca pela excelência. O prêmio reflete o cuidado com cada etapa: da escolha da matéria-prima até o processo de maturação”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR Agro & Indústria.

Tradição italiana, qualidade brasileira
A RAR não é novata quando o assunto é inovação no mercado de queijos. Nos anos 1990, sob a liderança visionária do fundador Raul Anselmo Randon, a empresa foi pioneira na produção do queijo Tipo Grana fora da Itália, lançando a marca Gran Formaggio RAR, hoje considerada uma das mais sofisticadas do país.

Com mais de três décadas de trajetória na produção de queijos maturados de padrão internacional, a RAR Gastronomia alia tecnologia, respeito às tradições e um processo artesanal rigoroso que garante identidade e qualidade ao Parmesão agora premiado.

Um portfólio com sabor global
Além da produção própria, a RAR Agro & Indústria mantém um diversificado portfólio voltado à alta gastronomia. Entre os destaques estão:

Queijos e acetos balsâmicos italianos, presuntos e salames da Itália e Espanha
Azeites de oliva chilenos e azeite premium nacional, extraído de oliveiras próprias
Creme de leite fresco e manteiga
Vinhos e espumantes nacionais e importados, com 36 rótulos sob curadoria própria
 

Com sede em Vacaria, na Serra Gaúcha, a empresa também é uma das maiores produtoras e comercializadoras de maçã do Brasil — atividade que deu origem ao grupo na década de 1970. A expansão para os laticínios e derivados veio com o mesmo compromisso com a inovação e a sustentabilidade.

Reconhecimento que impulsiona o setor
A conquista da medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025 reforça o posicionamento da RAR como uma das líderes em qualidade no segmento de queijos maturados.

Mais que um prêmio, o reconhecimento simboliza a capacidade do setor lácteo brasileiro de produzir alimentos com padrão internacional, preservando o terroir e o saber fazer local.

O Prêmio Queijo Brasil vem ganhando importância ano após ano e já é considerado uma vitrine estratégica para negócios, especialmente em um mercado que busca diferenciação, rastreabilidade e valor agregado.

Com um parmesão que rivaliza com os melhores da Europa, a RAR abre espaço para queijos brasileiros ganharem protagonismo não apenas nas mesas locais, mas também nos mercados internacionais. (Edairy News)


 

O leite como ativo estratégico global e regional

Futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional

Por Deniz Anziliero, diretor da Escola do Agronegócio da Atitus Educação

A produção de leite e seus derivados está em franca expansão no mundo. A previsão é de um crescimento de 17% na demanda global até 2034, impulsionada pela busca por proteínas de alta qualidade nutricional, de acordo com Organizações para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Nos Estados Unidos, por exemplo, o soro de leite, antes considerado resíduo, tornou-se insumo valioso e hoje, move bilhões ao ser transformado em proteína em pó para suplementos e medicamentos.

No Brasil, embora o potencial produtivo seja alto, ainda importamos volumes expressivos de leite. Em 2024, as importações chegaram a 2,3 bilhões de litros (em equivalente-leite), enquanto as exportações foram pouco expressivas, sinalizando o desafio da competitividade e da valorização do produtor nacional.

É nesse contexto que, aproveitando minha participação na Agroleite, uma das maiores feiras do setor no país, realizada de 5 a 8 de agosto, em Castro (PR), compartilho uma reflexão sobre o papel estratégico do leite para o Rio Grande do Sul. 

O evento, promovido pela Castrolanda, mostra como o setor pode ser um motor de desenvolvimento quando apoiado por inovação, gestão e cooperação. E é nesse modelo que o RS pode se inspirar para se consolidar como protagonista.

Nosso estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com mais de 4,4 bilhões de litros anuais. A cadeia produtiva está presente em 493 dos 497 municípios gaúchos, gerando renda, fixando famílias no campo e movimentando R$ 6,6 bilhões por ano. A Região Noroeste se destaca como epicentro da produção: Ijuí, Santa Rosa e Passo Fundo lideram o envio de leite cru para industrialização.

A recente inauguração da Whey do Brasil, em Palmeira das Missões, é um marco que mostra o quanto podemos avançar na agregação de valor e industrialização local. A planta, formada por um consórcio de laticínios gaúchos, tem capacidade para processar 1,4 milhão de litros por dia, transformando-os em proteína de alto valor agregado.

O futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional. O leite já é essencial para a economia gaúcha, agora precisa ser reconhecido como ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável de nosso estado.

As informações são de GZH

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1879 de 07 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em várias regiões, os rebanhos apresentam estado corporal e produtivo adequados, favorecidos pelo clima mais ameno, que proporcionou conforto, bem-estar animal e manutenção da produção. Em alguns locais, a elevação das temperaturas no início da semana também estimulou o aumento de produção. Por outro lado, em áreas com excesso de chuvas e baixa radiação solar, houve dificuldades de manejo, formação de barro e maior risco de mastites, exigindo suplementação. O retorno do frio e da umidade no final do período voltou a limitar o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite se manteve estável, e as condições sanitárias e corporais dos animais estão ideais. Os campos de azevém e de aveia têm sido destinados às vacas em produção. 

Na de Caxias do Sul, as vacas em lactação pastejaram principalmente nas áreas de trigo, mas utilizaram também as de azevém e de aveia, além de terem sido beneficiadas com suplementação alimentar para conservar o escore corporal. A saúde e o bem-estar dos animais ficaram apropriados. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Padrão em Placas (CPP) permaneceram em conformidade com os padrões de qualidade exigidos.

Na de Erechim, os aspectos sanitários e nutricionais estão adequados, apesar de registros pontuais de perda de escore corporal em propriedades sem acesso à forragem de qualidade. De maneira geral, foi possível reduzir a quantidade de alimentação suplementar. A produção ficou estável.

Na de Frederico Westphalen, foi possível diminuir a quantidade de alimentos concentrados na dieta dos animais e consequentemente os custos de produção. Houve leve aumento na produção, resultado do maior tempo de pastejo e do conforto dos animais, situação também verificada na de Santa Maria.

Na de Ijuí, a produção de leite aumentou, sobretudo nas propriedades com sistema de criação a pasto, e observou-se melhora nos padrões de qualidade do leite. As condições climáticas na maior parte do período foram favoráveis ao manejo de alimentação e de ordenha dos animais. O rebanho apresentou condição corporal adequada. 

Na de Passo Fundo, as condições climáticas proporcionaram bem-estar aos rebanhos, e o escore dos animais aumentou. As vacas secas foram mantidas nas pastagens e receberam complementação com sal mineral.

Na de Porto Alegre, os custos de produção seguiram elevados devido à necessidade de suplementação alimentar do rebanho. 

Na de Soledade, nas propriedades onde houve atraso na semeadura das pastagens, e o rebanho não conseguiu pastejar plenamente, a dieta foi complementada com volumosos conservados, como silagem de milho. 

Na de Pelotas, algumas propriedades enfrentaram problemas de energia elétrica, o que prejudicou o manejo e a ordenha. De maneira geral, as condições climáticas contribuíram para o bem-estar animal e para a manutenção do volume de produção. Porém, também ocorreram precipitações no final do período, dificultando os manejos e aumentando o risco de ocorrência de mastites.

Na de Santa Rosa, a produção de leite aumentou, e houve redução da necessidade de suplementação alimentar. As condições climáticas foram benéficas para o bem-estar animal. Cresceu o interesse de produtores por sistemas intensivos como compost barn e free stall. (As Emater/RS adaptado pelo Sindilat/RS)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº  32/2025 – SEAPI
Os últimos sete dias alternaram períodos de temperatura alta, chuva e frio no RS.Na bovinocultura de leite, as temperaturas mais elevadas no início do período contribuíram com o conforto dos animais, favorecendo a manutenção ou o aumento da produção em várias regiões. A elevação das temperaturas estimulou o desempenho produtivo, especialmente nos sistemas a pasto. Por outro lado, o retorno do frio e da umidade ao final da semana limitou o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.A próxima semana permanecerá com temperaturas baixas no RS. Nesta sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano manterá a nebulosidade em todas as regiões, com pancadas de chuva nos setores Leste e Norte. No sábado (9) e domingo (10), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas, e formação de geadas.Entre a segunda (11) e quarta-feira (13), o frio se intensificará, com mínimas próximas de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm nas faixas Leste e Norte, e poderão superar 40 mm no Noroeste Gaúcho. Na Metade Sul e Fronteira Oeste não há previsão de chuva significativa. (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação)


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