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04/06/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.406


Reajuste de 8% no salário mínimo regional no RS é aprovado na Assembleia Legislativa; veja como ficam os valores

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na tarde desta terça-feira (3), o projeto de lei que reajusta em 8% o salário mínimo regional no Estado. Com a aprovação, o menor valor de remuneração formal no Rio Grande do Sul passa de R$ 1.656,51 para 1.789,04. Foram 46 votos favoráveis e quatro votos contrários ao projeto. 

Estabelecido em 8%, o índice de reajuste é superior à inflação de 4,83% registrada em 2024 no Rio Grande do Sul. O projeto havia sido apresentado em regime de urgência pelo governador do Estado, Eduardo Leite, e protocolado em 26 de maio.

Leite argumenta que o reajuste "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas". O reajuste entra em vigor de imediato.

Votaram contra o projeto os deputados Guilherme Pasin (PP), Marcus Vinícius (PP), Felipe Camozzato (Novo) e Rodrigo Lorenzoni (PL).

— Nos últimos anos temos um crescimento de vagas formais de emprego abaixo dos demais Estados que não têm piso regional, e a gente segue acreditando que a política de piso regional é que está garantindo melhores salários. Não está, ela está expulsando trabalhadores do mercado formal e expulsando gaúchos do seu território para buscar oportunidades em outro lugar — argumentou Camozzato.

Como fica o piso no RS com o reajuste

O salário mínimo regional é composto por cinco faixas, divididas de acordo com as características do trabalho. Veja abaixo como ficará a remuneração de cada uma com o reajuste proposto:

● Faixa 1: de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04

Agricultura, pecuária e pesca; indústria extrativa; empregados domésticos; turismo; construção civil; motoboys, etc.

● Faixa 2: de R$ 1.694,66 para R$1.830,23

Indústria do vestuário, calçado, fiação e tecelagem; estabelecimentos de serviços de saúde; serviços de limpeza; hotéis; restaurantes e bares, etc.

● Faixa 3: de R$ 1.733,10 para R$ 1.871,75

Indústrias de alimentos, móveis, química e farmacêutica; comércio em geral; armazéns, etc.

● Faixa 4: de R$ 1.801,55 para R$ 1.945,67

Indústrias metalúrgicas, gráficas, de vidros e da borracha; condomínios residenciais; auxiliares em administração escolar; vigilantes, etc.

● Faixa 5: de R$ 2.099,27 para R$ 2.267,21

Técnicos de nível médio.

As informações são de Zero Hora.

GDT 381: preços passam por correções de baixa no mercado internacional

381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), com queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. Confira!

No 381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 3 de junho, observou-se queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.332 por tonelada, refletindo uma queda de 1,6% no GDT Price Index — indicador que mede a variação média dos preços com base na representatividade e volume de cada item ofertado no evento.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP) apresentou recuo de 3,6% no leilão GDT, encerrando a sessão com média de US$4.173 por tonelada. Após alcançar picos significativos no início de maio, o valor do produto dá sinais de correção de baixa, aproximando-se gradualmente dos níveis registrados no mês de abril - ainda assim se mantendo em níveis elevados se comparado ao histórico recente.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O queijo cheddar também teve nova correção negativa. Após sucessivas oscilações nos últimos eventos, seu preço retornou aos níveis observados no início do ano, sendo negociado a US$ 4.759 por tonelada.

A manteiga manteve estabilidade, sem variação em relação ao leilão anterior.

As únicas valorizações foram observadas na gordura anidra de leite (AMF), com alta de 1,4%, e na muçarela, que apresentou, pelo segundo evento consecutivo, avanço de 2,3%, alcançando US$ 4.897 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/06/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado volta a crescer

O volume negociado no leilão apresenta recuperação, mesmo que ainda tímida. No total, foram comercializadas 16.307 toneladas, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao evento anterior, que havia apresentado queda de pouco mais de 9%. Após meses de queda, esse foi o primeiro aumento de volume após 15 eventos.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentaram valores superiores aos observados em maio, com elevação nas cotações para os vencimentos de curto prazo. No entanto, permanece a tendência de queda ao longo do restante do ano.

O mercado projeta um aumento na oferta global nos próximos meses. Embora algumas regiões, como a União Europeia, ainda enfrentem dificuldades para expandir a produção, o cenário aponta para um crescimento da oferta por parte dos principais exportadores. Esse movimento reflete tanto fatores sazonais, como o avanço da produção na Oceania e América do Sul, quanto uma expectativa de volumes superiores aos registrados em 2024 nas principais regiões exportadoras.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

 E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Como é de conhecimento do setor, o Brasil importa lácteos majoritariamente da Argentina e do Uruguai, países cujas cotações costumam acompanhar os movimentos observados nos leilões da plataforma GDT.

Diante das correções de baixa registradas no mercado internacional, aliadas à expectativa de aumento da produção na Argentina e no Uruguai nos próximos meses, é provável que os preços de exportação desses países também sofram recuos.

No entanto, o mercado brasileiro também passa por um momento de pressão baixista nos preços internos. Além disso, a taxa de câmbio real/dólar permanece em patamar elevado, o que reduz a atratividade das importações, mesmo com uma eventual queda nos preços internacionais. Esse cenário limita a competitividade do produto importado frente ao nacional, dificultando aumentos expressivos no volume de lácteos adquiridos pelo Brasil no curto prazo.

As informações são do Milkpoint

Projeto piloto em Hulha Negra testa diferentes formas de rastreabilidade bovina

A rastreabilidade individual bovina é uma das principais frentes de modernização da defesa agropecuária no Estado do Rio Grande do Sul. Coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a iniciativa busca garantir maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação de mercados internacionais. A identificação eletrônica de cada animal permite o acompanhamento preciso de sua origem, movimentações e destino, fortalecendo a credibilidade do sistema produtivo gaúcho.

O projeto-piloto em andamento no Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistema de Produção e Meteorologia Aplicada (CESIMET), localizado em Hulha Negra, tem papel fundamental nesse processo. A unidade serve como campo experimental para testes de identificação eletrônica, desde o uso de microchips até a identificação biométrica nasal, integração de dados em tempo real e validação dos fluxos de informação entre produtores e o sistema oficial.

O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, afirma que “como já estamos trabalhando com projeto piloto de identificação individual de bovinos no estado, já estamos trabalhando na modernização do nosso Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) e estamos em constante construção e conversa com o setor produtivo, nós podemos fazer com que o Rio Grande do Sul seja um dos estados pioneiros na implementação da rastreabilidade bovina no país”.“A presença de técnicos capacitados, somada à estrutura de pesquisa já existente no centro e equipe dedicada da Procergs, proporciona um ambiente ideal para a consolidação da rastreabilidade como política pública robusta, segura e funcional”, destaca o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.

Segundo Francisco, a ideia é colocar à prova o sistema de rastreabilidade que já existe e também testar os novos desenvolvimentos que estão sendo feitos, para se ter uma prévia de como o sistema está se comportando na prática. O piloto no CESIMET iniciou em outubro do ano passado e não tem prazo para terminar. “Na verdade, este piloto deve se expandir para mais propriedades do Estado, provavelmente a próxima será no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. E devemos também realizar um piloto expandido com propriedades privadas ainda esse ano”, afirma o diretor adjunto.

O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em dezembro de 2024. O cronograma prevê que a partir de 2027 o rebanho deverá começar a ser identificado. O prazo final é 2032. 
As informações são da Seapi


Jogo Rápido
Petrobras anuncia redução de 5,6% da gasolina para as distribuidoras
A Petrobras anunciou hoje que reduzirá seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6%. Dessa forma, o preço médio de venda da estatal para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro. Os novos valores passam a vigorar a partir desta terça-feira.Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 / litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C. Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, uma redução de 7,3%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%. (Correio do Povo)


 
 
 

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