Porto Alegre, 28 de maio de 2025 Ano 19 - N° 4.401
Conseleite Santa Catarina
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Maio de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2025.
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)
Irrigação é ferramenta para aumento da produtividade e competitividade na agroindústria gaúcha
Evento promovido pelo Sistema FIERGS, nesta terça-feira (27), debateu soluções sustentáveis para driblar prejuízos por eventos climáticos no RS
O investimento em práticas de irrigação é apontado como uma importante ferramenta para aumentar a produtividade e a competitividade na agroindústria gaúcha, ajudando a mitigar os prejuízos bilionários causados por eventos climáticos extremos. Somente entre 2020 e 2024, o agronegócio do estado sofreu perdas de R$ 319 bilhões devido à estiagem, conforme estimativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
Essas considerações foram apresentadas por especialistas durante o evento Irrigação e Segurança Hídrica: Caminhos Para a Evolução Sustentável da Agroindústria na Reconstrução do Estado, promovido pelo Sistema FIERGS nesta terça-feira (27). Reunindo autoridades governamentais, representantes da indústria, produtores rurais e especialistas técnicos, a iniciativa reforçou a urgência do debate sobre soluções concretas para enfrentar as secas e inundações devastadoras que historicamente atingem o Rio Grande do Sul.
Na visão do presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, a irrigação é um dos suportes para a estabilidade econômica, social e ambiental do estado. Por isso, considera fundamental desenvolver medidas estratégicas urgentes para lidar com o problema e garantir a competitividade do setor. “A irrigação é o maior seguro que podemos dar, não só para a agricultura gaúcha, mas também para as nossas indústrias”, enfatizou.
O coordenador do Conselho da Agroindústria (Conagro) da FIERGS, Alexandre Guerra, reforçou a importância do tema para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e salientou que o órgão trabalha em um projeto de irrigação desde 2021, realizando levantamentos e reunindo dados para medir as consequências da falta de água e os benefícios da medida. “Cada milímetro de água guardado gera 2,5 empregos quando se fala no cultivo de milho. Isso mostra o diferencial que traz para nós do setor quando se trabalha a irrigação”, exemplificou.
Crédito da foto: Dudu Leal
POLÍTICAS ESTADUAIS
Entre os painelistas convidados para o evento, estava a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que destacou as políticas e estratégias desenvolvidas pelo governo do estado nos últimos anos para a consolidação da irrigação no RS. Além de ressaltar a relevância econômica do tema, a representante da pasta enfatizou a necessidade de alinhar o desenvolvimento e a proteção ambiental.
"Se soma a importância da irrigação como uma atividade da agricultura de baixo carbono, como uma atividade que potencializa a nossa capacidade de ter um solo coberto e de emitir menos gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para a redução daqueles efeitos de mudanças climáticas locais”, pontuou.
O secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum, apresentou dados relacionados aos efeitos da estiagem no estado, chamando a atenção para as quebras de safras, com consequente alta volatilidade econômica, e quedas no Produto Interno Bruto (PIB). Também destacou que o Rio Grande do Sul perde competitividade em diferentes setores, devido à falta de irrigação: “Apenas 4% das áreas de sequeiro no Rio Grande do Sul são irrigadas. Isso é muito pouco diante dos desafios climáticos que temos vivenciado nos últimos anos. Então, o governo do estado está fazendo projetos para fomentar a questão da irrigação”.
Diante desse cenário, o advogado e consultor tributário Luiz Antônio Bins reforçou a importância do Fundopem da Irrigação, um programa de expansão da agricultura irrigada no Rio Grande do Sul, cuja criação é defendida há anos pelo presidente Claudio Bier. “As finalidades do Fundopem da Irrigação são reduzir os efeitos climáticos, a insuficiência hídrica na nossa atividade agropecuária, evitar perdas de produção em decorrência de estiagem e seca, aumentar a produtividade e qualificar o produto agrícola gaúcha”, detalhou Bins.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O segundo painel do evento contou com a participação do diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Simioni, e do chefe do Departamento Agrossilvipastoril da Fepam, Cristiano Prass. Durante a conversa, mediada pelo executivo do Conagro, Tiago Pereira, foram apresentadas informações sobre os avanços relacionados ao licenciamento ambiental de sistemas de irrigação no Rio Grande do Sul.
Por fim, o encontro abordou os avanços, tecnologias e práticas inovadoras da irrigação no estado, a partir do depoimento do vice-presidente da Cotrisoja, Adriano Borghetti, do gerente na Cotripal Agropecuária Cooperativa, Tiago Kuntz, e do gerente corporativo PD&I da Fockink, Alejandro Meyer. (FIERGS)
Acordo prevê votação "a jato" para projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho
Texto encaminhado pelo governador Eduardo Leite na segunda-feira estipula índice de 8%, acima da inflação do período, que fechou em 4,83%. O governo do Estado construiu, nesta terça-feira (27), um acordo com os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa para que o projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho — também chamado de piso regional — seja votado em 3 de junho. Caso isso se confirme, o texto poderá ser aprovado oito dias depois de ser protocolado.
O projeto de lei, encaminhado em regime de urgência na segunda-feira (26) pelo governador Eduardo Leite, prevê reajuste de 8% no mínimo regional. O índice é superior à inflação de 4,83% do último ano. Se aprovado sem mudanças, o menor salário pago formalmente no Estado passará de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04. Na justificativa do projeto de lei, o governo Leite aponta que a proposta "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas".
A antecipação na apreciação do projeto foi uma sugestão de centrais sindicais e deputados de oposição. — Concordamos que este assunto não pode ficar como no ano passado, que foi atípico pela tragédia, e foi se alongando o período de votação do piso. Este ano, em que temos condições normais, concordamos em fazer a votação em maio — disse Frederico Antunes (PP), líder do governo Leite na Assembleia. Deputados aliados e de oposição se manifestaram, nesta terça-feira, a respeito da proposta enviada pelo Piratini.
Professor Bonatto (PSDB) avaliou positivamente o projeto, destacando que o salário mínimo mais alto tem potencial de atrair profissionais para o Estado em um momento em que há dificuldade de preencher vagas. — Precisamos olhar a dificuldade que se tem para conseguir trabalhadores. Hoje temos déficit em todas as áreas. Eu acredito que este seja o grande desafio do governo, da sociedade, do empreendedor: ter trabalhadores eficientes.
Para isso, precisamos fazer a roda da economia girar — disse Bonatto. Luciana Genro (PSOL) lembrou que os trabalhadores reivindicam perdas acumuladas ao longo dos últimos anos, mas também valorizou o índice encaminhado por Leite. — A proposta do governo está sempre aquém do que os trabalhadores reivindicam, mas é positivo que o governo tenha mandado o projeto e que esteja um pouco acima da inflação — apontou a deputada Luciana Genro (PSOL). Cláudio Tatsch (PL) se disse favorável, como regra, a reajustes para trabalhadores.
— Vejo com bons olhos. Em primeiro lugar, fica acima da inflação. É uma média dos Estados de Santa Catarina e Paraná. O projeto vem para a gente dizer sim ou não. E quando vierem projetos de aumento salarial, tanto piso regional quanto qualquer tipo de aumento, vou sempre votar favorável ao trabalhador — ressaltou Tatsch. Na lista dos contrários, estão Felipe Camozzato (Novo) e Guilherme Pasin (PP).
— Eu voto contra, não pelo reajuste em si, mas por não concordar com essa ferramenta. Acredito que é mais uma interferência do poder público perante à sociedade civil. Sei que é uma visão um pouco polêmica, algumas pessoas não compreendem isso, e acreditam que o Estado pode fomentar o aumento da remuneração. A minha posição é uma questão conceitual — disse Pasin. O piso regional é aplicado sobre os salários daquelas categorias que não têm acordos coletivos e para trabalhadores informais. Também serve de base para o salário de alguns funcionários públicos estaduais, como os servidores de escolas. No ano passado, o reajuste foi aprovado em dezembro com índice de 5,25%. (Zero Hora)
Jogo Rápido
Piracanjuba escolhe RELCO para projeto de ponta em proteínas do soro e lactose no Paraná
Empresa brasileira de laticínios investe mais de US$ 100 mi em nova planta no PR, com foco em queijos, WPC e lactose. Projeto inclui tecnologia da RELCO e amplia presença nacional. Genuinamente brasileira, uma das maiores empresas de laticínios do Brasil. Foi fundada em 1955, no estado de Goiás, com um único produto: manteiga. Hoje, algumas das principais marcas incluem Piracanjuba (marca principal), Emana, LeitBom e a licenciada Almond Breeze (leite de amêndoa - leite não lácteo), Ninho e Molico (leite UHT). Com mais de 4.000 funcionários, a empresa opera em sete fábricas próprias e produz alimentos que são vendidos em todo o Brasil, com cerca de 200 itens em seu portfólio, tornando-se uma das marcas mais populares nas casas de todo o país. Aumentando sua presença pelo Brasil, decidiu iniciar uma nova planta de queijos no estado do Paraná e, como parte da melhoria do portfólio, irão processar proteínas e lactose no mesmo local - São Jorge D’Oeste, Paraná, Brasil. O total do investimento deverá ser superior a US$ 100 milhões neste projeto, incluindo a planta de queijos. A parte da Relco será de aproximadamente US$ 22 milhões. A Relco está fornecendo uma planta completa e turnkey composta por: Planta de WPC, incluindo evaporador TVR, secador Bustle com filtro de mangas e Central CIP (Cleaning in Place), manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Planta de lactose de grau IFM, incluindo evaporador TVR, cristalização, solução de secagem de lactose Relco Ltech, Central CIP, manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Capacidade da planta de WPC: cerca de 5.000 toneladas por ano. Capacidade da planta de lactose: cerca de 20.000 toneladas por ano. (Fonte: Milkpoint)