Porto Alegre, 02 de maio de 2025 Ano 19 - N° 4.383
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1865 de 30 de abril de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
Nas áreas mais afetadas pela estiagem, a situação segue crítica, e ocorreram perdas nas lavouras de milho para silagem e degradação dos campos nativos utilizados na alimentação dos rebanhos. Os produtores seguem monitorando moscas e carrapatos, adotando estratégias de controle sanitário.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as propriedades que contam com feno e silagem apresentam melhor produtividade e qualidade do leite.
Na de Caxias do Sul, a queda de temperatura favoreceu o conforto térmico e o bem-estar dos animais. A sanidade dos rebanhos leiteiros permaneceu dentro da normalidade, e foi efetuado controle adequado de endo e ectoparasitas.
Na de Erechim, o estado nutricional das vacas é considerado satisfatório. Em razão da diminuição das temperaturas, a tendência é de maior consumo voluntário de alimento pelos animais. Há aumento na suplementação com silagens de verão e inverno, pré-secados e fenos, principalmente em rebanhos mantidos a pasto.
Na de Frederico Westphalen, as chuvas e as temperaturas mais amenas proporcionaram conforto térmico para os rebanhos.
Na de Ijuí, o tempo seco tem contribuído para melhores condições de higiene dos animais e das instalações, resultando em melhoria na qualidade do leite.
Na de Passo Fundo, a menor disponibilidade de volumosos exige maior atenção ao manejo nutricional dos rebanhos, sendo necessários ajustes nas dietas das vacas em lactação, com alimentos conservados e concentrados. No entanto, tais ajustes nem sempre são suficientes para evitar a redução da produção de leite neste período de transição forrageira.
Na de Pelotas, para suprir a alimentação dos rebanhos, os produtores têm recorrido ao uso de silagem, ração e pastagens perenes irrigadas. A produção de leite apresentou queda na maioria das localidades, embora em São Lourenço do Sul tenha sido registrada leve elevação, atribuída à melhora nas condições climáticas e no bem-estar animal.
Na de Porto Alegre, a comercialização de terneiros e vacas de descarte vem ocorrendo sem dificuldades. Contudo, o principal desafio tem sido a engorda dessas vacas para posterior colocação no mercado.
As informações são da Emater editadas pelo Sindilat
Agilidade para o SIF: governo lança novo sistema de registro de produtos de origem animal
Com plataforma digital, Mapa acelera registro do SIF, facilita abertura de empresas e amplia segurança na produção animal. Saiba mais!
Nesta terça-feira (29), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou um novo serviço eletrônico para registro de estabelecimentos que produzem alimentos de origem animal. A novidade automatiza a obtenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF), permitindo que empresas do setor tenham acesso mais rápido à certificação obrigatória tanto para o mercado interno quanto para exportações.
“O SIF simplificado é mais uma ferramenta que estamos implementando no Mapa para trazer mais agilidade, transparência e eficiência ao setor. Isso também fortalece a segurança alimentar e amplia a competitividade do Brasil no mercado internacional”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
SIF pode ser emitido em minutos, com mais integração e menos burocracia
Com o novo sistema digital, empresas como abatedouros, fábricas de embutidos e laticínios poderão obter o número do SIF em poucos minutos, nos casos de registro simplificado. Antes, o mesmo processo poderia levar até cinco dias. “O cidadão que deseja abrir um pequeno abatedouro, uma fábrica de embutidos ou um laticínio agora pode contar com um processo totalmente digital. Dependendo do risco da atividade, o número do SIF pode ser gerado em poucos minutos. E, nos casos que exigem análise técnica, também feita de forma digital, a equipe do Mapa garante agilidade no atendimento, facilitando a abertura”, explicou Fávaro.
O novo sistema também permite maior integração com bancos de dados do governo, o que evita a repetição de informações e reduz o retrabalho, otimizando o processo para o usuário.
O acesso ao serviço será feito pelo portal gov.br, com navegação mais simples e intuitiva. A ferramenta também traz avanços importantes em rastreabilidade e auditoria dos estabelecimentos registrados, aumentando a confiança e a segurança do processo.
“Estamos eliminando entraves burocráticos e oferecendo um serviço mais eficiente para os produtores”, reforçou Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária. Já o subsecretário de Tecnologia da Informação, Camilo Mussi, ressaltou a mudança no tempo de resposta: “Hoje, depois de fazer o processo no sistema, o SIF é gerado automaticamente, com a possibilidade de emitir segunda ou terceira via, se necessário. Caso queira transferir o SIF para outra pessoa, isso também será possível. Ficamos felizes em realizar uma entrega que traz mudanças para a sociedade”.
As informações são do Mapa, adaptadas pela equipe MilkPoint
Secretaria da Agricultura prorroga edital do Programa de Irrigação até julho
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) prorrogou até o dia 29 de julho o edital do Programa de Irrigação para o recebimento de projetos. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (29/4). O programa prevê apoio financeiro direto ao produtor de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário.
A prorrogação do edital se deve à continuidade da política pública, que vem apresentando resultados positivos para o aumento da área irrigada no Rio Grande do Sul. Com a criação da Subsecretaria da Irrigação na Seapi, estão sendo discutidas algumas melhorias de processos que podem ser aperfeiçoadas.
De acordo com o subsecretário de Irrigação da Seapi, Paulo Salerno, “este é um projeto estratégico do governo do Estado e que todos os esforços estão sendo destinados para a busca de melhores resultados. A irrigação é hoje essencial para a garantia de produtividade do agro”.
O protocolo dos novos projetos deve ser feito até o dia 29 de julho para a sua tramitação interna. O prazo máximo para a celebração do Termo de Subvenção de Outorga será 29 de outubro.
Até o momento, já foram recebidos 873 projetos que totalizam um investimento de R$ 258 milhões feito pelos produtores. Por sua vez, o governo do Estado participa com cerca de R$ 32 milhões previstos em subvenção econômica como incentivo à irrigação e reservação de água. Os projetos seguem tramitando, alguns na fase de implementação. Atualmente, 139 produtores já receberam os valores das subvenções.
Os sistemas mais implantados têm sido por pivôs (em 40% dos projetos) e por aspersão convencional (com 38%), vindo a seguir a irrigação localizada (gotejamento), com 16%, e o autopropelido (carretel), com 6%. As culturas mais irrigadas têm sido o milho, a soja, as pastagens para pecuária de leite e corte, as frutícolas e as olerícolas.
Sobre o Programa
O governo do Estado, por meio da Seapi, lançou o Programa de Irrigação que prevê um apoio financeiro de 20% do valor do projeto, pagos direto ao produtor rural, limitado a R$ 100 mil por pessoa. Em quatro anos, espera-se aumentar a área irrigada em 100 mil hectares, um incremento de 33% das principais culturas de sequeiro, como milho e soja.
A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação (elevando a produtividade das culturas) e se aproximar da autossuficiência de grãos, principalmente do milho.
O Estado pagará a subvenção ao produtor rural em parcela única, após a execução do projeto e a apresentação de laudos de conclusão e dos demais documentos comprobatórios exigidos no edital.
O programa é destinado a todos os produtores rurais (pessoas físicas) e busca apoiar projetos de implantação ou ampliação de sistemas de irrigação (por aspersão, localizada ou por sulcos); e construção, adequação ou ampliação de reservatórios de água para fins de irrigação.
Os projetos podem ser financiados por instituições bancárias ou bancados com recursos próprios.
As informações são da SEAPI RS
Jogo Rápido
BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 18/2025
Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul foi marcado por chuvas de baixa intensidade, com algumas áreas apresentando ausência total de precipitação. A queda de temperatura favoreceu o conforto térmico e o bem-estar dos bovinos de leite. Nas áreas mais afetadas pela estiagem, a situação permanece segue complexa pois ocorreram perdas nas lavouras de milho para silagem e degradação dos campos nativos utilizados na alimentação dos rebanhos. A sanidade dos rebanhos permaneceu dentro da normalidade, e foi efetuado controle adequado de endo e ectoparasitas. A previsão para os próximos dias indica chuvas irregulares e de baixo volume em algumas áreas do Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (02/05), uma baixa pressão no oeste do estado, juntamente com um sistema frontal deslocado sobre o oceano, poderá provocar chuvas isoladas de curta duração, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. No sábado (03/05), as chuvas devem se concentrar nas áreas da Serra e no Litoral Norte. Durante esse período, as temperaturas poderão apresentar uma leve elevação, com a característica amplitude térmica diária.No domingo (04/05) e na segunda-feira (05/05), espera-se tempo firme e seco, com um aumento nas temperaturas devido à atuação dos jatos de baixos níveis, que transportam calor e umidade do norte do país em direção ao sul. Esse padrão, aliado a uma baixa pressão no oceano e às condições favoráveis em altos níveis atmosféricos, poderá resultar em chuvas volumosas entre terça-feira (06/05) e quarta-feira (07/05). Inicialmente, as precipitações devem ocorrer nas áreas do oeste do estado, com a previsão de se estender para as demais regiões do Rio Grande do Sul ao longo dos dias. O prognóstico para os próximos dias indica a possibilidade de chuvas concentradas principalmente entre o centro e o norte do estado, com volumes que podem ultrapassar os 50 mm em algumas localidades. Já nas regiões da metade sul e nordeste, os acumulados previstos são significativamente menores, variando entre 1 mm e 20 mm ao longo do período. (Boletim agrometeorológico)