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18/06/2018

Porto Alegre, 18 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.758

 

   Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de junho de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de maio de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de junho de 2018.  Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.  (Famasul)
 
 
 
Campo Responde - Por que a indústria cobra tão caro o creme de leite, uma caixa tão pequenina? Elci Ilário Potter, de Porto Alegre

Resposta: Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat)

O creme de leite é um produto de alto valor nutricional, rico em gordura láctea, um composto natural capaz de conferir sabor diferenciado aos alimentos. Sua composição é basicamente a soma de gordura e leite. É empregado em diversos pratos da culinária brasileira, como molhos brancos, no tradicional estrogonofe e na receita de sobremesas. Para entender a formação de preço, é preciso avaliar sua composição.

Em cada caixinha de 200g do produto há aproximadamente 40 gramas de gordura. Um litro de leite UHT, por exemplo, tem 30 gramas de gordura. Desta forma, se considerarmos que um litro de leite custa R$ 2,80 e que para produzir 200g de creme de leite é necessário o equivalente a R$ 1,33 litro, qualquer produto adquirido próximo ao valor de R$ 3,70 estaria dentro do valor de mercado.

É importante avaliar a composição do produto para mensurar seu preço. Os cremes de leite oscilam entre R$ 2,80 e R$ 3,00, bem abaixo do valor referencial de composição de gordura se usarmos o leite UHT. Além disso, é um produto de uso eventual na culinária, diferentemente do leite, que está diariamente na mesa dos brasileiros. (Zero Hora)

Impasse no transporte gera novas incertezas

O impasse sobre a adoção da tabela de preços mínimos para o transporte rodoviário de cargas traz novas nuvens de incertezas para o agronegócio, que já estava impactado com os 11 dias de greve dos caminhoneiros. A interferência do governo Michel Temer, que adotou a medida para encerrar a paralisação dos caminhoneiros enfureceu o setor produtivo do país, da agricultura, passando por serviços e até a indústria.

- É uma afronta para a livre negociação. Estão tentando extinguir a lei da oferta e da procura. E não funciona, na questão do frete, há muitos caminhões para pouca carga. É preciso adequar a oferta à demanda - diz Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

Os segmentos que dependem de novos carregamentos - incluindo o mercado de grãos - simplesmente paralisaram. Em outras categorias, compras e entregas de produtos, como insumos, foram afetadas. Apenas quem possui frota própria ou já tinha acordos acertados anteriormente está conseguindo passar ileso.

Novos carregamentos estão comprometidos
A atual situação atinge diretamente a atividade de empresários ligados à Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs).

- Há dificuldade enorme. Teremos problemas para garantir o fertilizante, que é o que volta do porto. E estamos há um mês sem transportar soja, arroz, milho e trigo - alerta Vicente Barbiero, presidente da Acergs.

Na produção de leite, as entregas não cessaram, mas há dificuldade com novos contratos, relata Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

- O acerto com o transportador é mensal e estamos tentando administrar - detalha o dirigente.
Com o impasse, a indicação é não contratar frete pelos valores definidos pela medida provisória.

- Estamos orientando os associados a não aceitarem a tabela pela dificuldade em repassar aumento de preços - ressalta o presidente da Asgav.

Sem uma solução, as entidades aguardam a Justiça, onde o número de ações se multiplica de Norte a Sul, incluindo a da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), que alega interferência na livre negociação, mesma justificativa usada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux havia dado prazo de 48 horas para o governo se manifestar sobre o tema. Na quinta-feira, Fux havia suspendido todas as ações que contestavam a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). (Zero Hora)

Preços/AR

O Departamento de Laticínios do Ministério da Agroindústria divulgou o relatório mensal com os dados correspondentes à produção de leite em maio. O quadro foi bom: aumento de 3% em relação a abril de 2% em comparação com o mesmo mês do ano passado, acumulando crescimento de 7,8% nos primeiros 5 meses de 2018.
Ainda assim são muitas vozes que advertem sobre um cenário crítico para a atividade e os números mostram que é um dos setores com maior dificuldade para acompanhar a inflação e a desvalorização cambial. 

Dados
De acordo com o boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), entre maio de 2014 e o último mês, o preço do leite pago ao produtor aumentou 115,6%, quando a inflação foi de 179,8%, e o dólar subiu 194,3%. Isto quer dizer que, em quatro anos, o custo de vida aumentou 55,5% a mais e que o dólar subiu 68% acima do valor recebido pelo produtor.

Os produtores são os mais prejudicados dentro da cadeia láctea, que, em geral, fica sempre atrás dos preços e do dólar: os lácteos subiram 168,4% no período mencionado, enquanto que o valor do Litro Equivalente Leite(faturamento total ao consumidor final no mercado interno, dividido pelo total de litros de leite cru utilizado para elaborar esses produtos) cresceu 136,5%. “A defasagem fica mais evidente para o setor primário já que o leite teve, para maio um preço de 6,41 pesos ou US$ 0,271/litro. Em maio de 2014 esses valores foram (em termos reais) 8,32 pesos por litro e US$ 0,37/litro, respectivamente”, concluiu o Ocla. (Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva)

 

Após greve, oferta de leite no Brasil deve recuar 9%, diz Rabobank
A oferta de leite no Brasil deve recuar 9% no segundo trimestre de 2018, ante igual período de 2017, como consequência da greve dos caminhoneiros de maio, afirma o Rabobank, em relatório sobre o setor divulgado na última sexta-feira, dia 15. O banco estima que a captação tenha encolhido 20% apenas em maio durante a paralisação dos motoristas. "A produção vai levar um tempo para se recuperar e provavelmente vai cair 6% no terceiro trimestre, na comparação anual". A avaliação é de que preços do leite pagos ao produtor deverão ter um pico no terceiro trimestre de 2018. "Tanto os agricultores quanto os processadores terão de absorver perdas de uma redução na renda durante maio e será difícil para o setor, já que ele vem de um período de 12 meses de baixa rentabilidade", diz. Em relação às importações, o Rabobank afirma que as compras diminuíram 35% em volume, de janeiro a abril, porque os preços internos foram menores do que no ano passado. Além disso, a demanda doméstica continua fraca e deverá permanecer assim até o terceiro trimestre de 2018, diz o banco, devido à estagnação da economia e consumidores cautelosos antes das eleições presidenciais em outubro. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 

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